Segundo Allan Kardec, uma pessoa boa é aquela cujo espírito é bom; e uma pessoa ruim, é aquela cujo espírito é maldoso. Quando um espírito bom reencarna, dá-se no seio da Humanidade a aparição de uma pessoa boa e, quando um espírito mau reencarna, não é surpresa se aparece entre os homens mais um perverso. Pois bem, um espírito revelou a Kardec que estava chegando a hora da Terra ser transformada em um lindo paraíso, pois que os espíritos maus não mais iriam encarnar no planeta Terra, e sim, noutros mundos. Daquele dia em diante, cada criança que nascesse neste planeta, seria a encarnação de um espírito adiantado e propenso ao bem. Conseqüentemente, ao passar a geração da qual ele era contemporâneo, surgiria na Terra uma geração justa. Veja a prova, consultando as seguintes obras de Kardec: A Gênese, capítulo XVIII, números 6, 20 e 27; e Obras Póstumas, sob o tópico “Regeneração da Humanidade”, páginas 244-249). Acontece, porém, que a referida geração já passou há muito, e os espíritos adiantados propensos ao bem ainda não chegaram. Isto, à luz de Dt 18.20-22 é mais que suficiente para provar que Allan Kardec e os espíritos que consigo se comunicavam, não falavam da parte de Deus (Jr 1:12; Nm 23:19; 1Pe 1:25; Ap 21:5, etc.). Os Kardecistas certamente se defendem dizendo que os espíritos não são Deus, mas criaturas finitas e falíveis. Todo mundo erra. Mas aí pergunto: Por que não encontramos na Bíblia nenhuma profecia falível? A resposta a esta pergunta é que a Bíblia é a Palavra de Deus, e os escritos de Allan Kardec, a palavra do diabo, dos demônios, do próprio Kardec e de outros necromantes.
Da Bíblia disse Jesus: “…em verdade vos digo que até que o céu e a terra passem, nem um jota nem um til se omitirá da lei, sem que tudo seja cumprido” (Mt 5:18). Podemos dizer o mesmo dos escritos de Allan Kardec?
É oportuno relembrar que Allan Kardec alegou que o Antigo Testamento é a primeira revelação de Deus; o Novo Testamento, a segunda; e o Espiritismo codificado por ele, a terceira. Esta teria sido prevista por Jesus em Jo. 16:12-13; bem como pelo autor dos Atos dos Apóstolos. Relembro ainda que eu afirmei no capítulo II que o Kardecismo prega a hipótese de que conforme a humanidade evolui moral e intelectualmente, vai, por conseguinte, se habilitando a maiores revelações da parte de Deus. Logo, a segunda revelação é mais panorâmica do que a primeira, assim como a terceira é mais ampla e perfeita do que a segunda. Ora, se das profecias constantes da alegada “primeira revelação” (o Antigo Testamento), Jesus diz que se cumprirão à risca ( Mt.5:18), o que não deveríamos esperar das predições da terceira revelação, já que esta está dois degraus acima daquela? Mas não é o que estamos vendo. Por que isso? pergunto aos kardecistas.
Extraído do livro “O ESPIRITISMO KARDECISTA E SUAS INCOERÊNCIAS”, Pr. Joel Santana