SALMOS 113-118. UMA CANTATA DE SALVAÇÃO E LIBERTAÇÃO
Qualquer coisa no A.T. que se relacione com o Senhor Jesus Cristo é de valor supremo para o cristão. Em conseqüência, é muito possível que o conjunto de Salmos que vai do Sl.113 ao 118 forme uma parte das celebrações da Páscoa judaica; a cena que se pode encontrar neste conjunto de salmos, por meio de uma analise exegética, são os acompanhantes que cantam nos salmos 113, 114, estes cânticos eram entoados antes da refeição Pascoal, e os salmos 115 a 118 seria um hino/hinos e orações que se deram no final; (conf. Mat. 26:30). – É evidente que cada grupo de salmo tem a sua própria história literária, pois juntos (agrupados) eram chamados de “Um Hallel Egípcio”, ou seja: um ato de louvor (litúrgico pois se deu no templo), também um comentário cantado de Êxodo 6:6,7.
O Salmo 113 declara todo o sucesso do Senhor, como és intrínseco/essencial/inerente a sua dignidade exaltada, e exalta o pobre e o necessitado . O 114 registra majestosamente o êxodo, mostrando como Ele, Criador administra a sua criação para o beneficio de seu povo. Os salmos 115 e 116 se equilibram um com o outro, em comparação do resgate da morte espiritual nos 115 e da morte física nos 116, respectivamente a comunidade e o individuo. O 117 amplia a verdade dos acontecimentos do êxodo e seus limites mundiais: o que um fato para Israel será para todos (a salvação e a libertação em Cristo). Por último, o salmo 118 nos permite unirmos tudo o que aconteceu (113-117) e reconhecer a presença do mesmo Deus, e de seu anuncio que és anunciado/saldado pelo povo, com a entrada/chegada do líder do templo, com os seguintes dizeres: “Baruk Raba Beshir Adonai”: bendito é o que vêm em nome do Senhor.
Exegese:
(Obs.: não se trata de uma exegese de pericope, mas de um só verso, que podemos também chamar de eixegese).
Salmo 118:26 –
Hosannah = uma forma de oração judaica ligada á liturgia do templo no período davídico e salmódico; sendo então que Hosannah antevêem o que se sucede, como sendo a conclusão de uma oração litúrgica, ficando assim: Hosannah Baruk Raba Beshir Adonai. Esta oração era pronunciada ao líder do templo, quando este chegava e entrava na sinagoga (templo); este líder do período davídico é sombra/um tipo daquele que haveria de vir, e a mesma frase de saldação e oração seria pronunciada a Ele (Cristo), conf. (Malaquias 3:1= como alicerce de uma profecia messiânica, que nos transporta a Mateus 21:9; Portanto a oração litúrgica de Baruk Raba Beshir Adonai remete todo o povo hebreu e a nós participantes de seus benefícios, ao Cristo que haveria de vir e ser louvado entre os homens, daí então digamos (Hosannah) a Jesus o Cristo.
Luciano Aguilera.