Trânsito religioso

Existem centenas de denominações evangélicas no Brasil. Algumas delas possuem milhares de templos, outras apenas uma ou duas congregações. Algumas têm milhares de membros (como as Assembleias de Deus), outras alguns poucos. Nesse universo de denominações, há um fluxo constante de pessoas que saem de uma denominação e passam a congregar em outra. É o fenômeno do trânsito religioso. Nesse fenômeno, há pessoas que aparentemente nunca encontram a igreja certa. Mudam de igreja tal como trocam de roupas. O que motiva essas mudanças?

  1. Conflitos e/ou disputas internas: Algumas pessoas que frequentam a igreja participam muitas vezes de disputas por cargos de liderança. Ao perceberem que serão preteridos, buscam outra igreja onde julgam ter mais oportunidades para exercer o que acreditam ser um “ministério”.
  2. Existem pessoas que percorrem as igrejas em busca das bênçãos de Deus, e não querem ter um compromisso com Ele, tampouco com a comunidade cristã. Assim que recebem a bênção, ou veem frustrados seus pedidos (nem sempre de acordo com a Palavra de Deus), buscam outra denominação que lhes prometa vitórias, bênçãos, força e poder, esquecendo que somente o Senhor Deus é o detentor e doador de todas as bênçãos.
  3. Há outro grupo que troca de igreja por observar falta de capacitação espiritual e teológica da liderança onde está. A mudança ocorre por insatisfação e fome espirituais.
  4. Há o grupo que aceita Jesus como Senhor e Salvador, e após algum tempo descobre que onde está não há seriedade ou compromisso com a obra de Deus. São arapucas para laçar os incautos e inocentes. Nesse caso, há uma busca por uma igreja que prega o genuíno evangelho.
  5. Existem ainda aquelas pessoas que trocam de igreja por conveniência geográfica. Procuram a igreja evangélica mais próxima de sua residência, não importando qual seja a denominação.
  6. Finalmente, há a troca efetuada por pessoas que buscam as igrejas que melhor se identificam com o perfil social desejado. Sendo assim, não há um compromisso com Deus ou fidelidade denominacional, mas sim a busca pela comunidade cristã que ofereça o status desejado.

Resta-nos, como salvos por Jesus Cristo e obreiros do Senhor, lembrar da orientação dada pelo apóstolo Paulo a Timóteo: “Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina; persevera nestas coisas; porque fazendo isto, te salvarás, tanto a ti mesmo como aos que te ouvem” (1Timóteo 4.16).

Sempre receberá novas pessoas, seja pela conversão ou pela busca por alimento espiritual, a igreja que cuidar para que haja um verdadeiro compromisso com Deus e sua Palavra, um serviço executado com amor, respeito e ordem para com a membresia e congregados, proporcionando um ambiente de paz, conforto, graça e poder, e um corpo ministerial capacitado por Deus, que viva o verdadeiro Evangelho de Jesus Cristo. Ali estará a boa mão do Senhor estendida continuamente!

Pr. Paulo Roberto Freire Costa, Líder da Assembleia de Deus em Campinas/SP, Membro do Conselho de Doutrina da CGADB

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