Todas as coisas serão restauradas a Deus?

terraplaneta

ATOS 3.21 – Todas as coisas serão restauradas a Deus, ou apenas algumas coisas?

PROBLEMA

Por um lado, esse versículo fala da “restauração de todas as cousas”, o que parece demonstrar que finalmente todos serão salvos. Por outro lado, as Escrituras declaram que muitos se perderão (Mt 25:41; Ap 19:20-20:15). Será que todos serão realmente salvos?

SOLUÇÃO

Deus deseja que todos se salvem (1 Tm 2:4; 2 Pe 3:9). Entretanto, alguns simplesmente não estão querendo aceitar a graça de Deus (cf. Mt 23:37). Como Deus é amor (1 Jo 4:16) e os seres humanos são livres, Deus não pode forçá-los a amá-lo espontaneamente. Liberdade forçada é uma contradição em si. Portanto, Deus permitirá àquele que não se arrependeu que siga o seu caminho. Aqueles que não dizem a Deus: “faça-se a tua vontade”, um dia ouvirão Deus lhes declarar: “seja feita a vontade de vocês”. Tal é a natureza do inferno.

Em parte alguma da Bíblia há qualquer base para sustentar esperança por aqueles que se recusam a aceitar o amor de Deus. Um Deus de amor não pode forçar ninguém a amá-lo. Amor forçado também é uma contradição em si. O amor sempre atua de forma persuasiva, mas nunca coercivãmente (veja também os comentários de Colossenses 1:20).

O que então significa essa “restauração de todas as cousas”? Nesse versículo, ao falar da “restauração de todas as cousas, de que Deus falou por boca dos seus santos profetas desde a antigüidade”(At 3:21), Pedro está-se referindo à “aliança que Deus estabeleceu com vossos pais [judeus], dizendo a Abraão: ‘Na tua descendência, serão abençoadas todas as nações da terra’ ” (At 3:25). Essa aliança com Abraão era incondicional e incluía a promessa da posse da terra da Palestina “para sempre” (Gn 13:15).

É, portanto, ao cumprimento futuro dessa aliança com Abraão que Pedro se refere, bem como à restauração de todas as coisas a Israel, e não à salvação de todas as pessoas (veja também os comentários de Rm 11:26-27).

Extraído do livro MANUAL POPULAR de Dúvidas, Enigmas e “Contradições” da Bíblia. Norman Geisler – Thomas Howe

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