TJs: “Tomé se referiu a Jesus como um deus”

TJ739

SENHOR MEU E DEUS MEU!” (JOÃO 20.28)

Argumento das Testemunhas de Jeová (TJs):  

“…não há objeção a Tomé referir-se a Jesus como um deus. Isto estaria em harmonia com o fato de que Jesus, em sua existência pré-humana, certamente era um deus, isto é, uma pessoa poderosa, divina…Tomé dizia que Jesus era um deus para ele, um divino, um poderoso. Mas, não dizia que Jesus era Jeová, motivo pelo qual Tomé disse “meu” Deus e não “o” Deus.” ( A Sentinela 01/06/1988 pág. 19)

 

COMO REFUTAR

O evangelho de João começa e termina com a declaração de dois dos discípulos originais do Senhor de que Ele é Deus (João 1:1 ; 20:28). Tanto João quanto Tomé confirmam sem sombras de dúvidas de que Jesus Cristo é o Deus verdadeiro. A Sociedade Torre de Vigia (STV) tem dificuldades em explicar tanto um quanto o outro, sendo que neste último elas se perdem nos mais variados devaneios.

A declaração de A Sentinela citada acima de que “Mas, não dizia que Jesus era Jeová, motivo pelo qual Tomé disse “meu” Deus e não “o” Deus.” (o sublinhado é nosso) é sem sombra de dúvidas ridícula levando em consideração o texto original grego que diz explicitamente “HO KYRIOS MOU KAI HO THEÓS MOUS”. No texto grego portanto Tomé chamou Jesus de “o Deus” e não “um deus” como quer insinuar a A Sentinela. Esse argumento fraudulento, baseado na mentira prevaleceu por pouco tempo, pois no ano seguinte, ou seja em 1989, quando foi lançada a brochura, “Deve-se Crer na Trindade? “, obra esta, destinada a refutar a doutrina da Trindade, o argumento usado acima nem ao menos aparece, mostrando quão débil e pueril era.

A STV tenta explicar o referido versículo dos seguintes modos:

1) Para Tomé, Jesus naquelas circunstâncias miraculosas era como um deus.

2) Tomé espantado ante tal acontecimento estava apenas exclamando sua surpresa. É como se nós diante de uma notícia chocante exclamássemos “Oh! Meu Deus”.

3) Tomé talvez estivesse se referindo não ao próprio Jesus mas ao Deus deste, pois alguns dias antes Jesus havia dito a Maria Madalena: “Eu ascendo para junto de meu Pai e vosso Pai, e para meu Deus e vosso Deus.” (João 20:17)

“Seja como for, Tomé não pensava que Jesus fosse o Deus Todo-poderoso…” (Deve-se Crer na Trindade? pág. 29)

Veja o leitor que a STV nem ao menos tem certeza dos argumentos que usam, terminando com um inquietante “Seja como for”. Percebe-se claramente que suas pressuposições preconceituosas à respeito da pessoa de Jesus Cristo foi o que determinou a interpretação do versículo. De qualquer modo, para elas, mesmo o versículo mostrando que Tomé chamou Jesus clara e propositalmente de “o Deus” com o artigo definido “o” antes do sujeito e “Deus” mesmo na TNM traduzido com letra maiúscula duas coisas que elas levantam como prova de que Jesus não é o Deus verdadeiro pois em João 1:1 não aparece desta maneira em relação a Jesus, mesmo com todas essas provas, ainda assim elas não aceitam o claro e simples depoimento das escrituras, pois entra em choque com sua crença antibíblica de que Jesus é apenas “um deus”, uma criatura chamada Miguel.

DESTRUINDO SOFISMAS

Se uma TJ parasse para raciocinar à base das escrituras verificaria que o primeiro argumento é desprovido de base escriturística, pois Tomé não se referiu a Jesus como a “um deus” mas chamou-O de ho Theós ou seja “o Deus meu” com letra maiúscula.

O segundo argumento não é menos irracional do que este pois Tomé ao que parece foi o único que inventou a exclamação “o Senhor meu, e o Deus meu!”. estranho essa exclamação não? Você já ouviu alguém proferir uma exclamação como esta hoje em dia? Além do mais, as TJs tentam levar uma expressão moderna do nosso tempo e da nossa cultura para o tempo e cultura daquela época, algo que seria considerado blasfêmia para qualquer judeu piedoso. Portanto Tomé não estava fazendo uma exclamação ao léu, mas sim, uma afirmação, note que o verso 28 diz que isto foi uma RESPOSTA dada a Jesus e não uma exclamação como quer parecer a STV.

O terceiro argumento de que talvez Tomé estivesse referindo-se a Deus e não a Jesus é meio confuso, pois fica parecendo que o apóstolo se dirigiu a Jesus mas não falando a Jesus. Longe disso, como já vimos, o versículo diz que foi em resposta a Jesus que Tomé fez aquela declaração de fé.

A STV tenta diluir o impacto do versículo citando como referencia versículos que na má tradução delas apontam Jesus como “um deus”, mas como já vimos, não existe nenhum Deus além de Jeová.

Como já mencionamos anteriormente o evangelho de João apresenta Jesus do começo ao fim como Deus, esta confissão norteia todo o livro e aparece nos capítulos 1:1,18 5:18 10:33 20:28 como também indiretamente em 8:58 etc…Tomé obviamente havia presenciado muitas coisas em Jesus que somente uma pessoa que realmente fosse Deus poderia realizar, ouvido coisas que somente Deus poderia falar, por exemplo, ele sabia que somente o Deus verdadeiro poderia perdoar pecados Marcos 2:5-10 ressuscitar mortos João 10:18 etc… Jesus fez tudo isso e muito mais provando que Ele e o Pai eram Um João 10:30, em essência e substância, porque tudo o que o Pai fazia, o Filho fazia igualmente João 5:19. Tendo todas essas informações em mente e a prova tangível da ressurreição, só restava a Tomé confessá-lo como “Senhor e Deus”, mesmo porque a expressão “SENHOR MEU e DEUS MEU” fora usada para se referir ao único Deus verdadeiro, veja Salmos 35:23. Se Jesus não fosse esse Deus o próprio Jesus o teria repreendido mas não  fez e logo em seguida no verso 31 João diz a razão do seu evangelho ter sido escrito, “estes, porém, estão escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome.”

Jesus fala daqueles que, mesmo sem  ver, crerão, e João logo depois diz ao leitor que ele registrou os acontecimentos no evangelho para que todos também creiam assim, imitando Tomé na sua confissão de fé, ou seja, todo o evangelho foi escrito para convencer as pessoas a imitar Tomé , que sinceramente chamou Jesus de “Senhor meu e Deus meu”.

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