Hebreus 1.6 – Mas ao trazer novamente o seu primogênito à terra habitada, ele diz: E todos os anjos de Deus o adorem (Tradução do Novo Mundo, edições de 1953, 1960, 1961 e 1970).
Quando as edições da Bíblia da Sociedade Torre de Vigia citadas acima foram impressas, de algum modo esta referência a Jesus Cristo conseguiu escapar ao corte do censor. Toda outra menção de adorá‑lo foi removida da Tradução do Novo Mundo, exceto esta que permaneceu ‑ mas não por muito! Começando com a revisão de 1971, todas as edições futuras foram mudadas para que se leia: “E todos os anjos de Deus o reverenciem”.
O contexto deste versículo é muito significativo. E o capítulo inteiro de Hebreus é devotado a contrastar Jesus Cristo com os anjos ‑ mostrando a superioridade do Filho de Deus sobre a criação angélica. Mas a Sociedade Torre de Vigia ensina que Jesus Cristo é um anjo. Não é de se admirar que eles mudassem o versículo 6 para eliminar a idéia de adorá‑lo.
A raiz grega aqui é proskuneo, a qual pode propriamente ser traduzida por “adoração” ou “reverência”, dependendo do contexto e, neste caso, da tendência do tradutor. Convide a testemunha de Jeová a ler em Apocalipse 22:8,9 na sua própria Tradução Interlinear do Reino, onde a mesma palavra proskuneo é usada no grego original. Lá o apóstolo João diz: “Prostrei‑me para adorar [raiz: proskuneo] diante dos pés do anjo… Mas ele me diz: Toma cuidado! Não faças isso! Adora [raiz:proskuneo] a Deus”. Pondere com a testemunha de Jeová que a adoração que o anjo recusou, mas disse a João para dar a Deus, é a mesma proskuneo que o Pai ordena que seja dada ao seu Filho Jesus Cristo em Hebreus 1:6. Então, o Filho certamente não é um anjo.
Seria apropriado dar ao Filho a mesma honorável adoração que é dada ao Pai? Deixe João 5:23 responder a esta pergunta ‑ “a fim de que todos honrem ao Filho assim como honram ao Pai. Quem não honrar ao Filho, não honra ao Pai que o enviou” (Tradução do Novo Mundo).
Fonte de pesquisa: “As Testemunhas de Jeová refutadas versículo por versículo”, David A. Reed; trad. de Marcelus Virgílius Oliveira e Valéria Oliveira. ‑ 2. ed. Rio de janeiro: JUERP, 1990.