“Os Anjos assumiram corpos carnais e vieram a terra ter relações com as belas mulheres” (Livro “Poderá Viver Para Sempre no Paraíso na Terra” Pg . 93)
Segundo a interpretação jeovista, a frase “filhos de Deus” (Gn 6.2) está se referindo aos anjos, que assumiram corpos físicos e vieram à terra para ter relações sexuais com belas mulheres, união da qual teriam nascido gigantes iníquos.
Resposta apologética: Ainda que tal interpretação possa ser defendida, acreditamos, porém, que os “filhos de Deus” sejam os descendentes piedosos de Sete. Apresentamos, para isso, os seguintes argumentos:
Em primeiro lugar, ao analisarmos o texto de Mateus 22.29,30, que diz: “Jesus, porém, respondendo, disse-lhes: Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o poder de Deus. Porque na ressurreição nem casam nem são dados em casamento; mas serão como os anjos de Deus no céu“, entendemos que as paixões e os apetites sexuais são especificamente manifestações do corpo e não dos anjos celestiais.
Em segundo lugar, não foi da união entre os “filhos de Deus” e as “filhas dos homens” que nasceram os gigantes. Pelo contrário, eles já existiam antes desse acontecimento. Vejamos: “Havia, naqueles dias, gigantes na terra; e também depois, quando os filhos de Deus entraram às filhas dos homens e delas geraram filhos; estes eram os valentes que houve na antiguidade, os varões de fama” (6.4).
Em terceiro lugar, caso esses “filhos de Deus” fossem anjos decaídos, seriam demônios e não mais “filhos de Deus”; logo, não poderiam ser considerados como tais (Ou pior, teríamos mais outra queda angelical e Pedro chama os anjos de Deus, aprovados após a queda, de Anjos eleitos… sem contar que poderíamos ter mais outras quedas de anjos a qualquer momento que uma mulher muito bonita der mole, ou seja, teríamos que ter uma Polícia especializa em estupro angelical).
Em quarto lugar, os descendentes de Sete “invocavam o nome do Senhor”, tal como o próprio Sete (4.26). Ou seja, possuíam comunhão com Deus. Andavam com Deus, como Enoque (5.22-24). “Acharam graça diante do Senhor”, como Noé (5.29; 6.8). E obtiveram “testemunho de que agradaram a Deus e se tornaram herdeiros da justiça que é segundo a fé” (Hb 11.5,7).
Fonte: Defesa da Fé