TJs contra a doutrina da Trindade

tj pergunta

Respondendo os argumentos das TJs contra a doutrina da Trindade

O propósito deste estudo é examinar os argumentos das Testemunhas de Jeová (TJs) no ataque à doutrina da Trindade. Aproximar-nos-emos deste estudo da seguinte maneira:

Devemos apontar duas coisas importantes antes de iniciar este estudo:

Uma das mais recentes obras apresentadas pelas TJs é a revista intitulada “DEVE-SE CRER NA TRINDADE?” Nesta revista muitas citações são feitas fora do contexto.

O vocábulo TRINDADE foi usado pela primeira vez por Teófilo de Antioquia em 189 AD (no livro Epístola a Autolycus 2.15). A doutrina da Trindade é assim definida:

“Cremos em um só Deus, eternamente subsistente em três pessoas: O Pai, o Filho e o Espírito Santo. O Pai é Deus, o Filho é Deus e o Espirito Santo é Deus, e no entanto, não são três deuses, mas Deus é um só”.

A Trindade pode ser esplanada, e biblicamente provada, seguindo três fatos:

Baseados nesses argumentos bíblicos, Deus é Trino, entendamos ou não a doutrina da Trindade. A Trindade é uma conclusão lógica dos textos bíblicos apontados. Ataques contra a Trindade são normalmente usados em conjunto com ataques à divindade de Jesus Cristo e à negação da personalidade do Espírito Santo.

A posição da Sociedade Torre de Vigia de Bíblias de Tratados, sobre a doutrina da Trindade, será agora apresentada juntamente com os textos bíblicos usados. A apresentação se fará da mesma forma como costumam fazer as TJs, quando estão sentadas com você em sua casa.

I – A POSIÇÃO DAS TESTEMUNHAS DE JEOVÁ E A RESPECTIVA REFUTAÇÃO

1ª Objeção: A ideia da Trindade está além da compreensão humana. Dizem: “Quanto à Trindade, o credo de Atanásio diz (em português) que cada um dos membros é ‘imenso’ (ilimitado)” (Raciocínios à Base das Escrituras, p. 417).

Resposta Cristã: É claro que a compreensão completa da Trindade está além da capacidade humana. Entretanto, só porque uma pessoa não está capacitada para intelectualmente compreender a doutrina da Trindade, não significa que a doutrina seja falsa. Por exemplo, a Sociedade Torre de Vigia tem escrito que não temos capacidade para compreender completamente a eternidade de Deus, isto é, que Deus não teve princípio, embora creia que Deus sempre existiu:

“Nossa mente não pode compreender isso plenamente. Mas não é uma razão sólida para rejeitar” (Raciocínios à Base das Escrituras, p. 123).

Assim, desde que o fato de alguém não poder compreender como Deus não teve começo, não justifica rejeitar tal ensino, assim também não há razão para se rejeitar a doutrina da Trindade, embora não possamos compreendê-la completamente. Nossas limitações humanas nos previnem de não poder compreender tudo sobre Deus (Isaías 55.8-9; Romanos 11.33). Vide também A Verdade Que Conduz à Vida Eterna, p. 181: “É verdade que nenhum de nós sabe tudo sobre Jeová e seus modos de agir. Ele é tão grandioso, que os homens aprenderão sempre coisas novas a seu respeito”.

2ª Objeção: “A palavra Trindade não é encontrada na Bíblia” (Poderá Viver Para Sempre No Paraíso na Terra, p. 39 §14).

Resposta Cristã: É verdade que a palavra Trindade não aparece na Bíblia, como também não aparecem outras palavras usadas pelas TJs. Por exemplo, a palavra “organização”, como se lê em A Sentinela, de 01/11/1981, p. 31: “Visto que as palavras originais que significam “organização” nas línguas antigas não ocorrem nas inspiradas Escrituras Hebraicas e Gregas”.

Além disso a Sociedade Torre de Vigia usa palavras como “teocracia”, “salão do reino”, “servo de congregação”, “servo de circuito”, como também a palavra Jeová que não é encontrada uma só vez no Novo Testa mento, e é ali colocada pelas TJs 237 vezes. Encontram-se sim as palavras Kurios (Senhor) e Theós (Deus), traduzidas ambas por Jeová conforme a conveniência das TJs.

3ª Objeção: “A doutrina da Trindade é confusa e Deus não é Deus de confusão” (1Coríntios 14.33).

Resposta Cristã: É verdade que a doutrina da Trindade pode ser confusa para alguns. Entretanto, a doutrina da Trindade não é contraditória, e após quase dois mil anos de Cristianismo ela tem sido mostrada como a que melhor se harmoniza com o ensino bíblico sobre Deus. Se vamos admitir como falsa a doutrina da Trindade, porque é dificil de ser entendida, pela mesma razão deveríamos rejeitar muitas outras doutrinas da Bíblia, como o nascimento virginal de Jesus, sua ressurreição dentre os mortos, a doutrina da expiação etc. Ademais, se vamos rejeitar a doutrina da Trindade, porque não compreendemos totalmente a natureza de Deus, devemos ter presente as palavras de Paulo em 1Coríntios 13.12: Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido”. Um dia entenderemos de maneira mais completa a natureza de Deus e muitos outros mistérios (1Coríntios 15.51).

4ª Objeção: “As religiões pagãs da Babilônia e da Assíria ensinavam a existência de uma “tríade” ou “trindades” de deuses, muito antes do Cristianismo admitir tal ensino, é claro pois que a cristandade aceitou a doutrina da Trindade das religiões pagãs”.

Resposta Cristã: É verdade que algumas religiões pagãs criam numa tríade de deuses. Entretanto, existe muita diferença entre crenças pagãs e a doutrina da Trindade. Eles ensinavam o politeísmo, enquanto o Cristianismo ensina o monoteísmo. Se a comparação que faz a Sociedade Torre de Vigia deve ser aceita, e como tal deve a doutrina da Trindade ser rejeitada, então, pela mesma razão devem ser rejeitados:

Seria correto rejeitar a crença no dilúvio como fato histórico (Mateus 24.37), o Messias (Jesus) – Isaías 7.14 comparado com Mateus 1.21-23; a ressurreição corporal de Jesus (João 2.19-22; Lucas 24.1-3,36-41)?

5ª Objeção: “Longe de admitir a ideia da existência de três Pessoas na Divindade, como a cristandade ensina, a Bíblia declara a existência de um só Deus (Deuteronômio 6.4; 1Coríntios 8.4-6; Gálatas 3.20) e não três”.

Resposta Cristã: É verdade que a Bíblia declara que Deus é um (Deuteronômio 6.4) e que há um só Deus (Isaías 43.10). Inobstante, isto não conflita com a Trindade, desde que cremos existir um só Deus. Essencialmente os textos usados pela Sociedade Torre de Vigia concordam que há um só Deus. Os textos de nenhum modo estabelecem existir uma só Pessoa na divindade.

6ª Objeção: “A doutrina da Trindade ensina que o Pai, o Filho e o Espírito Santo são cada qual igualmente Deus por natureza e ainda um só Deus. Se isso for verdadeiro, então o Pai seria um terço de Deus; o Filho um terço de Deus; o Espírito Santo um terço de Deus? Tal conclusão não faz sentido”.

Resposta Cristã: Não é correto, tanto hermenêutica quanto exegeticamente, fazer que a palavra Deus sempre se refira à Trindade. Algumas vezes a palavra Deus é empregada com referência ao Deus triúno (Gênesis 1.26 e 3.22; Isaías 6.3,8), tendo as três Pessoas em vista. Entretanto, em outras passagens a Palavra Deus pode se referir ao Filho, não ao Pai nem ao Espírito Santo (João 20.28; Romanos 9.5 e Tito 2.13, onde as palavras Deus e Salvador se referem à Pessoa de Jesus Cristo). De acordo com Hebreus 1.8, o Pai chama a seu Filho de Deus, e em Hebreus 1.10 o escritor cita o Salmo 102.25-27.

Outras vezes, a Bíblia usa a palavra Deus para referir-se ao Espírito Santo. Por ocasião da tentativa de Ananias de enganar os apóstolos, Pedro disse: “Não mentiste aos homens, ao mentir ao Espírito Santo, mas a Deus” (Atos 5.3-4). Assim a Palavra de Deus algumas vezes se refere ao Pai, algumas vezes ao Filho e às vezes ao Espírito Santo, e ainda outras vezes ao Deus trino (as três Pessoas como um só Deus).

7ª Objeção: Apocalipse 3.14 – “A conclusão lógica… se Jesus fosse Deus, ele não poderia ter começo” (Raciocínios à Base das Escrituras, p. 401).

Resposta Cristã: A palavra grega “arche” é a raiz das nossas palavras arcebispo, arquiteto, referindo-se a alguém que ocupa lugar de autoridade. A palavra arquiteto é empregada para Jesus como o criador do universo (João 1.3,10; Atos 3.15; Colossenses 1.16). Deus é chamado o princípio em Apocalipse 21.6 (a mesma palavra grega, arche) e, entretanto, Deus não teve princípio, no que as TJs concordam conosco. A palavra “arche” não pode significar “criado” desde que Jesus é também chamado o Primeiro e o Último em Apocalipse 1.17; 2.8 e 22.13, como também chamado de Alfa e Ômega, expressão esta empregada para Jeová. Em Lucas 12.11, a Sociedade Torre de Vigia na TNM emprega a palavra grega “arche” com o sentido de autoridade.

8ª Objeção: Colossenses 1.15 – “Indica que ele é um ser criado, faz parte da criação produzida por Deus” (Raciocínios à Base das Escrituras, p. 401).

Resposta Crista: A palavra primogênito (do grego prototokos) e não primo criado (que seria protoctisis) é a que aparece nessa passagem. Significa supremacia, primazia ou preeminência (Colossenses 1.18: “para que em tudo tenha a preeminência”) dependendo do contexto. Por exemplo, essa mesma palavra é usada na Septuaginta em Gênesis 41.50-51, onde Manassés é chamado “primogênito” (do grego prototokos) de José. Mas em Jeremias 31.9 Efraim, o segundo filho de José, é chamado de “primogênito” com o sentido de preeminente. No Salmo 89.27 se fala de Davi como “primogênito” (e ele não era o primogênito de Jessé), mas se tornou preeminente como o rei de Israel. Se a palavra primogênito tivesse o sentido de primeiro criado, isto introduziria uma contradição com o contexto. Paulo estabelece em Colossenses 1.16 que “todas as coisas” foram criadas por Jesus. Se Jesus fosse o primeiro criado, ele teria criado a si mesmo. No verso 17 o apóstolo Paulo estabelece que Jesus “era antes de todas as coisas”. Como podia Jesus “ser antes de todas as coisas” se ele fosse uma das coisas criadas? Colossenses 1.18, por fim, estabelece o sentido da palavra primogênito “para que em tudo tenha a preeminência”. A TNM introduz a palavra “outras” quatro vezes no texto de Colossenses 1.16-17, para justificar seu ponto de vista, como se Cristo fosse parte da criação. Tal acréscimo é condenado em Apocalipse 22.18-19.

9ª Objeção: João 3.16 – “Jesus é chamado Filho Unigênito (TNM). A expressão “único gerado” significa que o Pai é o gerador do Filho Jesus e portanto Jesus é um filho criado” (Poderá Viver Para Sempre no Paraíso na Terra?, p.58 §5).

Resposta Cristã: A palavra Filho unigênito (do grego monógenes) é traduzida por “um” e “só”. Os eruditos gregos traduzem a palavra por “único” e “um” e “só” (Veja Bauer, Arndt, Gingrich no seu Greek-English Lexicon of the New Testament).

A palavra monógenes em João 3.16, traduzida por Filho unigênito, indica que Miguel não pode ser Jesus, pois Miguel não passa de outro anjo (Daniel 10.13) e Jesus é único. É preciso guardar na mente que o João que empregou a palavra “monógenes” é o mesmo escritor que também chamou Jesus de Deus em João 1.1. Este mesmo escritor, em João 1.23, registrou que João Batista chamou Jesus de Jeová (do grego kurios), que é uma citação de Isaías 40.3, onde aparece no texto hebraico o tetragrama traduzido por Jeová. João não podia pois invalidar seu próprio ensino, afirmando que Jesus fosse o único criado diretamente por Jesus, sendo pois criatura e não criador, desde que já fizera a afirmação em João 1.1 de ser Jesus Deus, da mesma natureza do Pai.

10ª Objeção: Provérbios 8.22-24 – Dizem as Testemunhas de Jeová que Jesus é indicado como um ser criado e portanto não é Deus.

Resposta Cristã: O assunto de Provérbios 8 é a sabedoria, a qual é personificada, ou seja, lhe são dados atributos humanos (por exemplo “ela clama nas portas”). As TJs afirmam no livro Ajuda Para o Entendimento da Bíblia, p. 542: “Não é incomum, nas Escrituras, que algo seja personalizado ou personificado sem ser realmente uma pessoa. A sabedoria é personificada no livro de Provérbios (1.20-33 e 8.1-36)!”

Ademais, a “sabedoria” em Provérbios 8 não pode ser identificada com Cristo pelas seguintes razões:

11ª Objeção: Se Jesus é Deus, era de se esperar que os mesmos atributos aplicados a Ele pudessem ser aplicados a Jesus. Por exemplo, Deus não pode ser tentado (Tiago 1.13), entretanto Jesus foi tentado (Lucas 4.2 e Hebreus 4.15).

Resposta Cristã: O que o texto está dizendo é que nenhum crime secreto, traiçoeiro e deliberado é apropriado dizer que foi praticado pela vontade de Deus. Ele não pode ser responsabilizado pelas ações más dos homens. Em Mateus 4.16 narra o escritor que Jesus fora levado ao deserto para ser tentado pelo diabo, e que, à terceira tentação, respondeu Jesus à Satanás: “Também está escrito; não tentarás ao Senhor Teu Deus”. Ora, Satanás estava tentando a Jesus, e Jesus, aplicando a Si as palavras de Deuteronômio 6.16, identificou-se como Jeová e, portanto, Se confessou Deus.

12ª Objeção: Deus é onisciente, assim se Jesus era Deus, era de se esperar que ele soubesse todas as coisas. Entretanto, Jesus disse que não sabia quem o tocou (Lucas 8.45) e especialmente se diz em Mateus 24.36 que ele não sabia o dia da sua volta,mas o Pai sim.

Resposta Cristã: Há várias passagens na Bíblia que apontam que o Pai não sabia de determinadas coisas. Por exemplo:

Ademais, há coisas que só Jesus sabe e ninguém mais (Apocalipse 19.12), pois Jesus “tinha um nome escrito, que ninguém sabia senão ele mesmo”.

13ª Objeção: De acordo com as Escrituras, Jesus é “o último Adão” que veio ao mundo para pagar o resgate no lugar do “primeiro Adão” (1Coríntios 15.22,45):

“A perfeita vida humana de Jesus foi entregue para obter o livramento da humanidade da servidão ao pecado e à morte” (Poderá Viver para Sempre no Paraíso na Terre, p. 61 § 13);

“Se Jesus fosse Deus, o resgate seria de maior valor do que a lei requeria (Êxodo 21.23-25; Levítico 24.19-21)” (Poderá Viver Para Sempre no Paraíso na Terra, p. 62 § 16);

“Jesus era o equivalente do homem perfeito Adão (p. 63 gravura). Isto prova que Jesus não era Deus, mas antes um homem perfeito semelhante a Adão”.

Resposta Cristã: A resposta à essa objeção é simples. Jesus, de fato, era absolutamente Deus (João 1.1; Romanos 9.5; Tito 2.13), e entretanto, ao mesmo tempo era homem perfeito. Jesus derramou seu sangue (Efésios 1.7), não sua deidade. Se fosse procedente a alegação das TJs, então Jesus não poderia sequer ter reassumido sua vida (João 10.17-18) de novo, desde que ele a dera no seu resgate. Jesus, na verdade, era verdadeiramente homem e como tal participou da carne e do sangue dos homens (Hebreus 2.13,17).  Entretanto, sua deidade coexistia com sua natureza humana, cumprindo assim todas as exigências do “último Adão”, embora permanecesse Deus todo o tempo.

14ª Objeção: 1Timóteo 2.5 – Como pode Jesus ser mediador entre Deus e os homens e ao mesmo tempo ser Deus? Ninguém pode ser mediador entre si mesmo e os homens? O texto diz que mediador é o “homem Cristo Jesus”, assim Jesus não pode ser Deus.

Resposta Cristã: As TJs contestam que Jesus não pode ser Deus e ao mesmo tempo mediador, agindo entre Deus e os homens. Elas assumem que Deus sempre significa Deus o Pai e que os trinitarianos creem que Jesus é o Pai. Não é isso o que cremos. Jesus é nosso Advogado com Deus, o Pai (1João 2.1), assim Ele é ao mesmo tempo Deus o Filho. Deus, nesta passagem, refere-se ao Deus trino, isto é, o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Sim, Jesus é chamado “um homem, Cristo Jesus” (TNM) aqui, mas – note – que ele é qualificado para ser mediador entre Deus e os homens porque ele possui – a um só tempo – completas naturezas divina e humana.

15ª Objeção: João 17.3 – Dizem que Jesus chama o Pai de “único Deus verdadeiro”, logo exclui a si mesmo.

Resposta Cristã: Há um texto paralelo com esse. É 1Coríntios 8.6, que diz: “Todavia para nós há um só Deus, o Pai, de quem é tudo e para quem nós vivemos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas…” Se há um só Senhor, isto exclui o Pai de ser Senhor? Há muitos textos que falam do Pai como Senhor e as próprias TJs citam tais textos, como por exemplo Deuteronômio 10.17 e Isaías 65.13. O fato de Jesus ser “um só Senhor” não exclui o senhorio do Pai, como também o fato de o Pai ser o “único Deus” não exclui a deidade de Jesus (João 1.1 e 20.28; Romanos 9.5; Tito 2.13). Ainda Judas 4 fala de Jesus “como nosso Único Dono e Senhor”, que embora único não exclui a soberania e senhorio do Pai.

16ª Objeção: Jeová é Deus Todo-poderoso e Jesus é deus poderoso.

Resposta Cristã: Com esse arrazoado as TJs estão admitindo a existência de dois Deuses: um grande, Jeová Todo-poderoso, e outro menor, Jesus, o poderoso. Ao mesmo tempo se confessam as TJs com base em Isaías 43.10. Entretanto, lemos na parte final desta referência: “Antes de mim não foi formado nenhum Deus e depois de mim continuou a não haver nenhum”. Como podem então reconhecer a existência de dois Deuses e que o maior criou o menor, se o texto afirma que “antes de mim não foi formado nenhum Deus e depois de mim continuou a não haver nenhum”???

Concordam as TJs que Jesus é Deus verdadeiro? Se é assim, pode haver dois Deuses verdadeiros? Ou admitem as TJs que Jesus é um deus falso? Esta última hipótese parece ser a verdadeira, pois afirmam no seu livro Poderá Viver Para Sempre no Paraíso na Terra, p. 40 § 16: “Mas não é Jesus chamado de deus na Bíblia? Poderá perguntar alguém. Isto é verdade, contudo, Satanás também é chamado de deus (2Coríntios 4.4)”. Ora, tanto Jesus como Satanás são chamados “deus” (com letra minúscula) e sabemos também que Satanás é um deus falso, que pretendeu ser Deus (Isaías 14.12-14; Ezequiel 28.14-16) sem o ser por natureza. Não é o caso de Jesus que era Deus por natureza (Filipenses 2.6) e se humilhou tomando a forma de homem (2Coríntios 8.9).

Ao ressuscitar dos mortos, Jesus disse que todo o poder lhe fora dado no céu e na terra (Mateus 28.20). Logo, quem tem todo o poder é Todo-poderoso (Apocalipse 1.8)! Além disso as TJs por muitos anos afirmaram ser Jesus Deus Todo-poderoso, como se lê na página 872 do Apêndice no “The Emphatic Diaglot”, publicação da Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados.

No livro Raciocínios à Base das Escrituras, p. 215, indagam as TJs “SERÁ QUE O FATO DE SE PRESTAR ADORAÇÃO A JESUS PROVA QUE ELE É DEUS?” Qual seria sua resposta, leitor? Poderia Jesus ser adorado como homem (Atos 10.25-26)? Poderia ser adorado como anjo (Apocalipse 22.8-9)? Só poderia ser adorado como Deus (Apocalipse 5.11-13), desde que conjuntamente com Deus o Pai recebe adoração (p. 300 do livro Raciocínios à Base das Escrituras).

17ª Objeção: João 20.17 – Jesus refere-se ao Pai como “meu Pai” e “meu Deus”. Se existe um só Deus, e o Pai é Deus, como pode ser Jesus também Deus? Ademais, o Deus de Jesus é o Pai, que é também o nosso Deus. O mesmo se lê em Marcos 15.34.

Resposta Cristã: Não podemos nos esquecer que o vocábulo Deus pode referir-se isoladamente ao Pai (Efésios 1.3); ao Filho (João 1.1 e 20.28); e ao Espírito Santo (Atos 5.3-4); como também às três pessoas em conjunto (Gênesis 1.26). Isto posto, lê-se em Hebreus 1.8 que o Pai, por outro lado, chama seu Filho de Deus, dizendo: “Mas, do Filho, diz: ó Deus,o teu trono subsiste pelos séculos dos séculos; cetro de equidade é o cetro do teu reino” (ARC). A TNM registra: “Mas, com referência ao Filho: “Deus é o teu trono para sempre, e (o) cetro do teu remo é o cetro da retidão”. Essa tradução (TNM) resultaria em reconhecer Jesus Cristo superior a Jeová, desde que Jesus é colocado acima do Pai, pois que o Filho está sentado acima do Pai. Como transformar Jeová em trono de alguém?

18ª Objeção: Mateus 20.23 – Jesus não tem a mesma autoridade do Pai.

Resposta Cristã: Jesus tomou a forma humana (Filipenses 2.6-8) e tomou a posição de nosso Mediador, Substituto e Salvador. Deixou de lado a glória que tinha junto ao Pai (João 17.5) e tomou a posição inferior de submissão ao Pai. Daí a razão da sua resposta.

19ª Objeção: João 14.28 – Como pode Deus ser maior do que Jesus, se Jesus é Deus? Logo Jesus não é igual como ensina a Trindade.

Resposta Cristã: Este é o texto favorito usado pelas TJs contra a deidade absoluta de Jesus. Devemos lembrar que as palavras de Jesus foram pronunciadas quando ele estava no estado de esvaziamento, do qual fala Filipenses 2.6-8. Assim, podia falar acerca do Pai como maior do que ele. Pela sua encarnação, o Filho se havia feito “menor do que os anjos” (Hebreus 2.9). O sentido do texto pode ser visto como o que está escrito em Hebreus 1.4. O vocábulo usado em João 14.28 é “meizon” (grande). O vocábulo empregado em Hebreus 1.4 é “kreitoon”, (melhor) descrevendo Cristo como “melhor” do que os anjos. Em João 14.28 – o Deus homem – que havia se humilhado a si mesmo (Filipenses 2.6-7), abandonando a sua glória, podia dizer “o Pai é maior do que eu”. Contrastava “posição” e não “natureza”. Como Deus é igual em natureza (João 10.30-33).

20ª Objeção: 1Coríntios 11.3 – Como pode o Pai ser a cabeça de Cristo, sendo Jesus Cristo ao mesmo tempo Deus?

Resposta Cristã: Deve ser observado que este mesmo texto diz que “o varão é a cabeça da mulher”, entretanto ambos – homem e mulher – são da mesma natureza (Gênesis 2.24). Da mesma forma Deus, o Pai, e Jesus, ambos participam da mesma natureza divina.

21ª Objeção: 1Coríntios 15.28 – As TJs perguntam: “Como pode Jesus ser submisso ao pai, se ele é Deus?”

Resposta Cristã: Jesus durante a sua vida de adolescência foi submisso aos seus pais (Lucas 2.51). A palavra submissão (hupotasso), que aparece em Lucas 2.51, é a mesma que aparece em 1Coríntios 15.28. Significaria que sua natureza humana fosse inferior a dos seus pais, por ser-lhes submisso?

Com relação a 1Coríntios 15.28, deve-se ter presente a palavra “então” com a qual se quer dizer que esta sujeição será no fim de tudo. Se Jesus fosse um ser criado, então ele já teria se submetido ao Pai, como as demais criaturas (anjos e homens – Efésios 1.20-21) o que se submeterá a Deus serão todas as criaturas que estão e estarão até aquele dia em rebelião contra Deus. Esta sujeição então virá no fim, quando deixar o seu trabalho de Advogado, Intercessor, Redentor, Mediador entre Deus e os homens, e já não atuará mais independentemente do Pai e do Espírito Santo, mas as três Pessoas da Trindade serão integradas em uma só personalidade do Deus trino, e então Deus (o Pai, o Filho e o Espírito Santo) será todas as coisas em tudo. Que isso é verdade pode ser visto pelo que se lê no livro Raciocínios à Base das Escrituras, página 300:

“UNIFICARÁ TODA A CRIAÇÃO NA ADORAÇÃO DO ÚNICO DEUS VERDADEIRO – Rev. 5.13; 15.3-4: “E toda a criatura que está no céu, e na terra, e debaixo da terra, e no mar, e todas as coisas neles, eu ouvi dizer: Ao que está assentado no trono (Jeová Deus) e ao Cordeiro (Jesus Cristo) seja a bênção, e a honra, e a glória, e o poderio para todo o sempre”.

22ª Objeção: Como pode o Pai, o Filho e o Espírito serem três Pessoas e ao mesmo tempo um só Deus? 1+1+1=3 e não igual a 1.

Resposta Cristã: Embora se possa dizer que 1 + 1 + 1 é igual a 3, e não igual a 1, pode-se dizer aritmeticamente que 1x1x1 = 1. Logo, não há nada de incongruente na doutrina da Trindade.

23ª Objeção: A Doutrina da Trindade não era conhecida dos Pais da Igreja e só foi estabelecida no Concílio de Nicéia em 325 A. D.

Resposta Cristã: A doutrina da Trindade se originou muito antes de Constantino, que presidiu o Concílio de Nicéia. Todos os termos da Trindade (três Pessoas em uma substância ou natureza) eram usados por Tertuliano mais de um século antes de Nicéia. Embora seja verdade que Constantino presidiu o Concílio de Nicéia em 325 A.D., e destituiu Ário em 332 A.D., mudou ele de posição completamente apoiando Ário, e posteriormente baniu Atanásio, o defensor da doutrina da Trindade (vide livro da Sociedade Torre de Vigia Caiu, Babilônia, A Grande p. 35 § 63). Nos 50 anos seguintes, mais ou menos, o arianismo foi um movimento apoiado pelo Império na pessoa de Constâncio, filho de Constantino. A propósito, muitas doutrinas que agora se consideram essenciais para a fé cristã nos chegarem por um desenvolvimento gradativo parecido com a Trindade. A Bíblia nos apresenta um catálogo de livros que pertencem ao Cânon. Tal lista não existia até o IV século, e só foi elaborada em resposta aos heréticos que queriam incluir na lista outros livros suspeitos (apócrifos).

24ª Objeção: Mateus 12.31-32 – As TJs perguntam: “Se Jesus e o Espírito são iguais, por que se pode blasfemar contra Jesus e ser perdoado, mas contra o Espírito Santo não há perdão?”

Resposta Cristã: Pense um momento. Se isto pode ser apresentado contra a divindade de Cristo, então, pela mesma razão, se pode argumentar contra a deidade do Pai. Desde que o texto específica “blasfêmia contra o Espírito Santo”, e esta inclui toda a sorte de blasfêmia e nada se diz contra o Pai, então esse texto prova que também Jeová não é Deus. A resposta que podemos dar às TJs deve ser dada apontando que, embora o Filho e o Espírito Santo sejam iguais em natureza, são diferentes no que podem fazer e diferentes na forma como podem ser tratados. O Espírito Santo convence do pecado (João 16.8-9). Ele também regenera o homem (Tito 3.5) e batiza no corpo de Cristo (1Coríntios 12.13). Sem a atuação do Espírito Santo para convencer-nos, regenerar-nos e fazer-nos nascer de novo (João 3.3-5), não podemos ser salvos. E mais: como se omite o Pai, poderíamos dizer também que o Pai nao existe?

25ª Objeção: Mateus 3.11 – Dizem as TJs que assim como a água não é pessoa, tampouco o Espírito Santo é pessoa (Mateus 3.11 – Poderá Viver Para Sempre no Paraíso na Terra, p. 40 § 17). Perguntam ainda no mesmo livro e página: “Todos eles ficaram cheios de espírito santo”. Ficaram eles “cheios” duma pessoa? Não, mas ficaram cheios de força ativa de Deus”.

Resposta cristã: Antes de responder a objeção levantada, é importante pensar a metodologia da Sociedade Torre de Vigia, aplicada com relação ao Espírito Santo. A linguagem impessoal empregada com relação ao Espírito Santo (como batizar, água, fogo, derramar) obviamente é uma linguagem figurada. Arbitrariamente também as passagens que falam do Espírito Santo como uma personalidade são interpretadas como figuras de linguagem. Usando a mesma forma de argumentar das TJs, teremos problemas se aplicarmos tais princípios a outras partes da Bíblia, com relação à pessoa de Jesus Cristo:

Vejamos com o apóstolo Paulo: “Já estou sendo derramado” (2Timóteo 4.16 – TNM).

Vejamos com Moisés: “E todos foram batizados em Moisés…” (1Coríntios 10.2).

Se tomarmos literalmente essas palavras “batizados”, “revesti-vos”, “pedra”, “derramado”, então as personalidades de Jesus, de Paulo, de Moisés podem ser negadas, pois dizem as TJs “assim como água não é pessoa, tampouco o espírito santo é pessoa”.

Quanto a ser “cheio” de uma pessoa, empregada com relação ao Espírito Santo, e como tal negando sua personalidade, então pelo mesmo raciocínio, se poderia negar a personalidade do Diabo, pois acerca de Judas se diz: “Entrou, porém, Satanás em Judas…” (Lucas 22.3), ficando assim Judas cheio de outra pessoa – Satanás. Muito embora isso, as TJs concordam que Satanás é uma pessoa espiritual (Poderá Viver Para Sempre no Paraíso na Terra, p. 18 § 7).

Por outro lado, a Bíblia também indica que o Espírito Santo é uma Pessoa, da mesma forma que o Pai e o Filho:

26ª Objeção: Atos 7.55-56 – Por que Estêvão não viu o Espírito Santo, logo o Espírito Santo não é uma pessoa, mas a força ativa de Deus.

Resposta Cristã: Estêvão não viu o Espírito Santo porque Ele tinha descido no dia de Pentecoste (Atos 2.1-4). Estêvão, para ter a visão que teve, estava cheio do Espírito Santo (Atos 7.55).

27ª Objeção: O Espírito Santo nunca é referido na Bíblia com nome próprio, o que deveria acontecer se fosse uma pessoa.

Resposta Cristã: É Jeová um bom e suficiente nome pessoal? Em 2Coríntios 3.17-18 na TNM o nome Jeová é dado ao Espírito Santo “exatamente como feito por Jeová, (o) Espírito”.

Finalmente, em Atos 28.25 Paulo cita as palavras do Espírito Santo (falando através de Isaías). Quando o original do texto de Isaías 6.9 é consultado, as palavras não são de nenhum outro senão “a voz de Jeová”. Biblicamente, pois, o nome Jeová pode ser empregado igualmente ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo. Diante disso, pode-se dizer que o Evangelho da Sociedade Torre de Vigia não é o de Jesus e da Bíblia. A Sociedade Torre de Vigia proclama “outro” evangelho (2Coríntios 11.3-4).

28ª Objeção: João 1.1 – Dizem as TJs “Que o Verbo (a palavra) era semelhante a um deus, era divino, era um deus” (Veja a edição de 1984, da TNM, com referências p. 1579, em inglês)”. (Raciocínios à Base das Escrituras, p. 213).

Resposta Cristã: As próprias TJs, citando o erudito grego E. C. Colwell, na A Sentinela de 01/07/1976, p. 415, reconhecem:

“Em João 1.1, o substantivo predicativo anartro theos de fato precede o verbo, sendo que a ordem geral das palavras em grego é: “Deus (predicativo) era (verbo) a Palavra (sujeito) “A respeito deste versículo, Colwell concluiu: “O versículo inicial do Evangelho de João contém uma das muitas passagens em que esta regra sugere a tradução dum predicativo como substantivo definido”. Por isso, alguns eruditos afirmam que a única maneira correta de traduzir esta frase é: “E a Palavra era Deus!” (letra maiúscula).

Logo, João 1.1 revela grandes verdades bíblicas:

A TNM, fazendo constar “e a Palavra era um deus”, faz uma falsificação e não uma tradução, aliás, acompanhando a tradução de um espírita, Johannes Greber (vide A Sentinela de 01/10/1983, p. 31: “Essa tradução foi usada ocasionalmente em apoio de versões de Mateus 27.52-53 e de João 1.1, conforme vertidos na Tradução do Novo Mundo e em outras traduções conceituadas da Bíblia”.

29ª Objeção: João 1.18 – Dizem as TJs: “Embora os homens tenham visto a Jesus, o versículo 18 diz que “Deus nunca foi visto por alguém” (ARC).

Resposta Cristã: Jesus tem sido visto, e isto é base para as TJs concluírem que não é Deus. O curioso é que a Bíblia aplica a Jesus a mesma declaração de João 1.18. Basta ler 1Timóteo 6.16 “a quem nenhum dos homens viu nem pode ver”. E as TJs concordam que esse texto se emprega a Jesus (Ajuda Para o Entendimento da Bíblia, p. 775). Em Atos 7.55-60 se diz que Estevão viu o Pai, à mão direita de quem Jesus estava. Houve outras pessoas que viram Jeová Deus (Gênesis 17.1; 18.1,13,17,21,26,33 e 19.24; Isaías 6.1-8). Dizer que ninguém viu a Deus expressa a incapacidade da criatura humana conhecer-Lo quanto à sua natureza única, e a essência do seu Ser espiritual e infinito, porém que pode manifestar-se e se há manifestado de modo perceptível, pondo-se ao alcance de suas criaturas na Pessoa do Verbo (João 14.8-10), não se pode negar.

30ª Objeção: João 4.23-24 – Perguntam as TJs: “Quem você adora como Deus? Qual o seu nome” e concluem, “Você não é um adorador verdadeiro, porque a Bíblia ordena que se adore o Pai e não o Filho”.

Resposta Cristã: Depois de concordar com as TJs que um dos nomes do Pai é Jeová (pode ser também El-Shadai, El-Elion, El-Olam, Adonai), indague das TJs se elas respeitam o desejo do Pai em outros assuntos também. Naturalmente elas responderão que sim. Então, levadas para João 5.23, onde se declara que o Pai quer “que todos honrem o Filho, como honram o Pai…” Se as TJs não prestam adoração ao Filho, então, sua adoração ao Pai é vã, pois o texto diz: “Quem não honra o Filho, não honra o Pai que o enviou”. Compare os textos de Atos 9.14,21 e 1Coríntios 1.2 com Gênesis 13.4 e Salmo 105.1, mostrando que assim como Deus era invocado no passado, o Filho foi e é invocado pelos cristãos.

31ª Objeção: João 10.30-33 – Dizem as TJs: “Jesus e o Pai eram “um” no sentido de que Jesus estaria em plena harmonia com o Pai” (A Verdade Que Conduz à Vida Eterna, p. 23 § 16).

Resposta Crista: Por que a reação tão hostil dos judeus? É que Cristo acabava de afirmar sua deidade ao declarar abertamente “Eu e o Pai somos um”. E a frase grega está tão repleta de significado que não podia ser mais rica em conteúdo doutrinário: “Ego Kai ho Pater en esmen”. Com efeito, no grego gramaticalmente falando, usa-se o verbo no tempo presente “esmen” (somos). Os judeus souberam entender claramente que Jesus se comparava a Jeová como sendo igual a Ele, e então quiseram apedrejá-lo. Agora, se somos um com Cristo, como Cristo é um com o Pai, então cada cristão pode dizer “Eu, fulano de tal, faço igualmente tudo o que o Pai faz, como acontece com João 5.39; como todos devem honrar o Filho como honram o Pai, então que todos me honrem como honram a Jesus (João 5.23); tudo quanto o Pai tem é meu, disse Jesus; logo, tudo quanto Jesus tem, eu tenho (João 16.15) e assim por diante.

CITAÇÕES E OMISSÕES DAS TJs CONTRA A DOUTRINA DA TRINDADE

O artigo sobre a TRINDADE no livro Raciocínios à Base das Escrituras ocupa as páginas 397 a 418. Primeiro conferiremos algumas citações de que se utilizam as TJs para sustentar a negação dessa doutrina, e as partes omitidas dessas mesmas citações, que provam justamente ao contrário, isto é, apoiam a Trindade.

“Qual é a origem da doutrina da Trindade?

The New Encyclopedia Britannica diz: “Nem a palavra Trindade, nem a doutrina explícita, como tal, aparecem no Novo Testamento, e nem Jesus ou seus seguidores tencionaram contradizer o Shema do Velho Testamento: ‘Ouve, ó Israel, o Senhor Jeová é o único Deus’”. 1ª Citação Omitida: Página 398.

“Os primitivos cristãos, entretanto, lidavam com as implicações da vinda de Jesus e da pre sença e do poder de Deus entre eles, isto é, o Espírito Santo, os quais foram associados em tais passagens no Novo Testamento, como a Grande Comissão: “Ide portanto e fazei discípulos de pessoas de todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo” (Mateus 28.19); e na bênção apostólica: “a graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus e a comunhão do Espírito Santo seja com todos vós” (2Coríntios 13.13) EB vol. X, 1976, p. 126.

2ª Citação Omitida: Página 398.

“É difícil, na segunda metade do século XX, oferecer um claro, objetivo e simples relato da Trindade. Entre os Pais Apostólicos, Clemente de Roma, no final da década do I século, sustentaram testemunho a respeito do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Do que tem sido visto assim distante, a impressão poderia ser que o dogma trinitário é em última análise uma invenção do século IV. De certa forma, isto é verdade, mas isso implica uma interpretação extremamente severa sobre as palavras e o dogma trinitário” (NCE New Catholic Encyclopedia, vol. XIV, 1967, p. 295/99).

3ª Citação Omitida: Página 398.

O que a Sociedade Torre de Vigia omite a seus leitores sobre esta citação, é que ela vem de um artigo de 8 páginas sobre o Unitarismo. Unitarianos são um grupo que abertamente nega a deidade de Cristo, a sua morte por nossos pecados. A parte do artigo que nós temos adicionado mostra isto claramente:

Continuação da Citação Omitida:

“O alegado fato de que Jesus morreu por nossos pecados e assim guardou-nos dos efeitos da ira de Deus, é categoricamente negado. Crer que a morte de Jesus teve este resultado seria lançar uma suspeição sobre o caráter de Deus. Portanto, os homens não deveriam crer, creem os unitarianos, numa tal oferta da parte de Deus…” (EA, vol. XXVII, 1956, p. 294-L).

Mais uma vez a Sociedade Torre de Vigia é culpada de citar um grupo anticristão para tentar provar suas doutrinas errôneas.

4ª Citação Omitida: Página 398.

Continuação da Citação Omitida:

“Esta distinção entre Deus e a carne é a base do Novo Testamento para a afirmação de unidade de natureza; as muitas identificações do Pai com “Deus” mostra que os escritores do Novo Testamento desejaram distinguir o Filho e o Espírito Santo do Pai. O Novo Testamento não trata o problema metafísico de subordinção, assim como não trata de problema metafísico. Ele não deixa nenhum espaço para uma afirmação da relação do Pai, Filho e Espírito Santo que implicaria que um deles estivesse mais no nível do que outro. Qualquer afirmação desta distinção, que reduziria a deidade de qualquer pessoa é uma falsa afirmação” (Dictionary of the Bible, 1965, p. 899/900).

5ª Citação Omitida: Página 399.

Parte omitida no início da citação:

“Embora os conceitos do Novo Testamento sobre o Espírito de Deus são largamente uma continuação daqueles do Velho Testamento, no Novo Testamento há uma revelação gradual de que o Espírito de Deus é uma Pessoa”. (NCE, vol. XIII, 1967, p. 575).

Continuação: A New Catholic Encyclopedia admite: “A maioria dos textos do Novo Testamento revela o espirito de Deus como sendo algo, não alguém; isto se vê especialmente no paralelismo entro o espírito e o poder de Deus”. (1967, Vol. XIII, p. 575).

6ª Citação Omitida: Página 399.

Parte omitida no início da citação: “O Deus dos cristãos, como o Deus dos israelitas, era inequivocamente um. Entretanto, se como Justino nota (I Apol. 13), cristãos adoram Cristo em segundo lugar e o Espírito Santo em terceiro, não há nenhuma inconsistência; pois a palavra e o Espírito não são separados do único Deus, o Pai” (NCE, vol. XIV, 1967, p. 296).

Continuação: “Os apologistas [escritores cristãos gregos do segundo século] falavam com demasiada hesitação do Espírito; pode-se adiantar até certo ponto que o fizeram, de modo impessoal demais” — Vol. XIV, p. 296.

7ª Citação Omitida: Página 404.

Na íntegra o texto citado consta assim: “… há seis textos completos em que theos é usado para falar da segunda pessoa da Trindade…” (Karl Rahner, vol. I, Investigações Teológicas, 1961, p. 138-143).

8ª Citação Omitida – Página 407

Observações:

9ª Citação: Páginas 408 e 409.

João 1.1: “No princípio…” a frase grega é exatamente a mesma da tradução grega, a Septuaginta, para Gênesis 1.1. Deus estava no princípio… Não criado; em João 1.1 a palavra é “No princípio era…” – e não será.

Jesus existiu antes de qualquer criação (v.3) e como vimos, isto significa que Ele não teve começo.   Use Hebreus 7.3 na TNM mostrando que o Filho de Deus não “tendo nem princípio de dias nem fim de vida”, isto é, Ele é eterno.

João 1.3: “Todas as coisas vieram a existência por intermédio dele”. A palavra de Deus não oferece exceção como a ênfase neste texto mostra: “…à parte dele nem mesmo uma só coisa veio a existência”. Somente sustentando interpretações humanas você pode dizer que Cristo foi criado.

João 1.14: “Unigênito”. A palavra grega monógenes contrasta com a palavra “nascido” (gennao) no versículo 13. Cristo é o único não nascido como nós somos, mas gerado. Gerado nunca pode significar criado.

“Não se usa mais as palavras gerado ou gerou no inglês moderno, mas todos ainda sabem o que significa. Gerar é tornar-se pai de; criar é fazer. E a diferença é justamente esta: quando alguém gera, gera alguma coisa no mesmo tipo do ser gerado. Um homem gera bebês humanos, um castor gera castorzinhos, e um pássaro gera ovos que se tornam passarinhos. Mas quando você faz, você faz alguma coisa diferente de você mesmo. O que Deus gera é Deus assim como o que o homem gera é homem. Logo, os homens não são filhos de Deus no sentido que Cristo é” (C. S. Lewis, Além da Personalidade, 1944, p.12).

“Nós só podemos entender corretamente o termo “unigênito”, quando usado para o Filho, no sentido de relacionamento sem origem. A geração não é um no tempo, nem mesmo remoto, mas um fato sem o respectivo tempo. O Cristo não se tornou, mas necessária e eternamente é o Filho. Ele, uma Pessoa, possui todos os atributos da pura Deidade. Isto necessita eternidade, ser Absoluto; neste ponto Ele não é “após” o Pai” (VINE, Vol 3, p. 100).

10ª Citação: Página 409.

Sobre João 8.58, a Sociedade Torre de Vigia não poderia aceitar Jesus dizer que Ele é o “EU SOU” e então eles traduziram “Eu tenho sido” (TNM). Eles tentaram justificar isto com uma citação de A.T. Robertson, mas ele mesmo diz que isso é impossível. Isto está na página 410 de “Raciocínios à Base das Escrituras”:

Entretanto, diz o mesmo escritor na página 879 do citado livro:

“O PRESENTE PROGRESSIVO: Este é um nome pobre em lugar de um melhor para o presente de uma ação passada que ainda está em progresso. Em João 8.58 EIMI é realidade absoluta”.

11ª Citação: Página 410.

Sobre Romanos 9.5, a pontuação está alterada na TNM, para que Cristo não fique igual a Deus. Elas citam o Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento na p. 411. Entretanto, elas terminam a citação antes da seguinte parte na página seguinte:

Parte Omitida: “…a passagem não pode ser tratada como uma doxologia a Deus o Pai, desde que não segue as normas de doxologia encontradas na LXX e Novo Testamento. A aplicação de “Théos” para Cristo é apoiada pelo contexto… afirmações comparáveis da Deidade podem ser encontradas em 2Tessalonicenses 1.2; Tito 2.13; Colossenses 2.9; 2Coríntios 3.17… “Deus bendito é indicada a favor de Cristo”.

12ª Citação: Página 411.

Sobre Filipenses 2.5-6, as TJs defendem que Cristo não pode ser igual a Deus, e como de costume têm um erudito que parece concordar com elas, mas a citação é parcial. Parte citada na página 412.

Parte Omitida:

“Nós estamos obrigados, então, a pensar do grego “harmpagnon” como alguma coisa futura. Observe-se quão aptamente a visão se encaixa ao contexto. No versículo 10, que é o clímax da passagem inteira, nós vemos que Deus dá a Jesus Cristo como um dom… o nome acima de todo o nome, isto é, o nome (incluindo posição, dignidade e autoridade) de Kyrios, Senhor, o nome que no Velho Testamento representa Jeová. Mas este é o lugar mais alto a que Cristo tem chegado. Jesus tem (na compreensão de Paulo) compartilhado da natureza divina… Mas é somente como resultado da sua Encarnação, Sacrifício, Ressurreição e Ascenção que Ele aparece aos homens como um em igualdade com Deus que é adorado por eles da maneira como Jeová é adorado” (o livro citado, p. 437).

Devemos agradecer às TJs por dar-nos a citação que mostra que Jesus é Deus verdadeiro.

13ª Citação: Página 412.

Sobre Colossenses 2.9, o argumento das TJs, que o grego aqui não deve ser traduzido “deidade” mas “qualidade divina”, é cheio de lógica para a Sociedade Torre de Vigia, mas não satisfaz as Escrituras. A melhor resposta está no que VINE falou:

“THEIOTES… divindade… é para ser distinguida de THEOTES em Colossenses 2.9 ‘Divindade’ (nesta passagem). Paulo está declarando que no Filho habita toda a plenitude da absoluta divindade; não eram meros raios de glória divina que havia sobre Ele, iluminando Sua pessoa por um tempo e não com um esplendor seu próprio; mas Ele era e é, absoluto e perfeito Deus” (VINE, vol. I, p. 328,329).

14ª Citação: Página 413.

Sobre Tito 2.13, outra vez o versículo é alterado para impedir de afirmar que Jesus é Deus. Outra vez, aparentemente a citação está eruditamente convincente. Outra vez falta parte da citação:

Parte Omitida: “Qualquer que seja o caminho tomado, a passagem sozinha é um importante testemunho da Deidade de nosso Salvador: conforme (1) (Jesus Cristo o grande Deus e nosso Salvador por afirmar sua possessão de Deidade e para apelação do Altíssimo: conforme (2) (o grande Deus e nosso Senhor Jesus Cristo) ainda mais destacadamente, afirmando sua igualdade em glória com o Pai…” (H. Alford, O Testamento Grego, 1877, p. 421).

Em outras palavras, de qualquer forma que você traduza, Jesus ainda é igual ao Pai, Deus.

15ª Citação: Página 413.

Sobre Hebreus 1.8, a introdução de Tito 2.13 pode ser repetida. A mesma maracutaia da Sociedade Torre de Vigia de fazer citação parcial para chegar ao resultado desejado:

“… Em qualquer sentido que “ho theos” seja tomado, a citação estabelece a conclusão de que o que o escritor deseja demonstrar é a diferença essencial do filho e dos anjos. Realmente, pode parecer a muitos que a aplicação direta do nome divino para o Filho obscureceria este pensamento” (B. F. Westcott, A Epístola aos Hebreus, 1889, p. 26).

A posição de Westcott fica clara na página 20 do mesmo livro:

“Não é sem o mais profundo significado que nas passagens fundamentais – Salmos 2.7; 2 Samuel 7.14 – quem fala é o “SENHOR” e não Deus. O único título de Cristo é assim conectado com Deus como sendo o Deus da Aliança (Jeová, o Senhor)”.

A distorção dos argumentos do livro “Raciocínios à Base das Escrituras” torna-se bem clara quando as citações originais são checadas.

A Posição do Velho Testamento Para as Testemunhas de Jeová:

Sobre Malaquias 3.1:

Comparemos com o que está escrito no Apêndice da mesma Bíblia, p. 1506, sobre a palavra hebraica “ha’A-dhohn”

Claramente Jeová está falando do verdadeiro Senhor que Ele enviará. O verdadeiro Senhor, a quem o povo está buscando e o único que virá ao templo é Jesus. A nota do rodapé diz que o hebraico “ha’A-dhohn” com o uso do artigo “limita a aplicação deste título exclusivamente a Jeová Deus”.

Sobre Zacarias 2.10-12:

“Grita alto e alegra-te, ó filha de Sião; pois eis que venho, e vou residir no teu meio é a pronunciação de Jeová. E naquele dia certamente se juntarão muitas nações a Jeová e tornar-se-ão realmente meu povo; e eu vou residir no teu meio. E terás de saber que foi o próprio Jeová dos Exércitos quem me enviou a ti. E Jeová há de tomar posse de Judá como seu quinhão sobre o solo sagrado e ainda terá de escolher Jerusalém”.

É claro que Jeová é aquele que vem e reside em Jerusalém, não Zacarias como algumas TJs tentaram fazer crer. Mas é também claro que Jeová dos Exércitos o tem enviado. Um claro caso de dois Jeovás na TNM. A única resposta possível é que Deus o Pai está enviando Deus o Filho.

ADORAR OU NÃO ADORAR?

Lucas 4.8 deixa claro que somente Deus deve ser adorado. Mas as Escrituras mostram que Jesus recebeu adoração. – “Oh! Não senhores trinitaristas, Jesus somente recebeu homenagem” dizem as Testemunhas de Jeová.

Se isto não é traduzir a Bíblia para ajustá-la a si mesmo, eu não sei o que é tradução. No entanto, a “evolução” da Sociedade Torre de Vigia de Hebreus 1.6 é digna de menção:

  1. “E todos os anjos de Deus o adorem” (edição da TNM, 1967);
  2. “E todos os anjos de Deus lhe prestem homenagem” (edição atual da TNM);

Então, em 1967 era correto adorar a Jesus, hoje não. Jeová mudou de atitude mental. Não é volúvel o “deus” das Testemunhas de Jeová?

Uma interessante luz sobre adoração é que hoje uma Testemunha de Jeová não deve adorar a Jesus, mas em 1916 elas diziam que muitos adoravam Charles Taze Russell: “Charles Taze Russell, tu tens, pelo Senhor, sido coroado um rei… teus inimigos virão e adorarão aos teus pés” (ZWTR, 1 de dezembro de 1916, p. 6015 – Sociedade Torre de Vigia de Sião e Arauto da Presença de Cristo).

As TJs criam realmente que Russell era mais importante do que Jesus.

O ESPÍRITO SANTO

De uma maneira indireta, a Sociedade Torre de Vigia mostra que o Espírito Santo é uma Pessoa. Apontamos a seguinte citação:

Abstração ou Pessoa?

As Escrituras se referem coerentemente ao Diabo como pessoa. O livro bíblico de Jó se inicia com um relato de que os angélicos “filhos do verdadeiro Deus” se reuniram perante Jeová. Sobre tal reunião, que sem dúvida incluía Jesus em sua forma pré-humana, lemos: Satanás passou a entrar no meio deles (Jó 1:6). A vinda de Satanás para entre os “filhos de Deus”, que são pessoas, indica que ele também é uma pessoa. Assim também o fato de que Satanás conversou com Jeová Deus – Jó 1:6-12; 2:1-5”. Despertai!, 08/04/1973, p. 6.

Esta é uma boa maneira de argumentar das TJs, e esses argumentos podem ser empregados em outros casos. Apliquemos esses argumentos ao Espírito Santo:

Primeiro, as TJs dizem que o Diabo tem que ser uma pessoa, porque ele é mencionado entre pessoas. Vejamos o Espírito Santo mencionado entre pessoas:

Mateus 28.19: “Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo”.

Se pela expressão “o Pai” se entende a personalidade do Pai; se em “nome do Filho” se entende a personalidade do Filho; obviamente “em nome do Espírito Santo” se entende a personalidade do Espírito Santo.

Atos 15.28: “Na verdade, pareceu bem ao Espírito Santo e a nós, não vos impor mais encargo algum senão estas coisas necessárias” (o grifo é nosso).

Segundo, as TJs dizem que o Diabo é uma pessoa porque ele falava a Jesus, conversando com ele. Vejamos se o Espírito Santo também fala a outras pessoas:

Atos 8.29: “De modo que o Espírito disse a Filipe: Aproxima-te e junta-te a este carro” (TNM).

Atos 13.2: “O Espírito Santo disse: Dentre todas as pessoas, separai-me Barnabé e Saulo para a obra a que os chamei” (TNM).

Hebreus 3.7: “Como diz o Espírito Santo: Hoje, se escutardes a sua própria voz…” (TNM).

O relato do Evangelho em Mateus 4.1-11 fala de Jesus ser tentado pelo Diabo, um termo grego que significa “falso acusador, deturpador, caluniador”‘. Esta tentação tríplice de Jesus envolvia a conversa entre Jesus e o Diabo, na qual Satanás empregou argumentos astutos, inclusive a aplicação errada do Salmo 91:11-12, para induzir Jesus a pecar contra Deus. (Mat. 4:6) Jesus mais tarde chamou o Diabo de “pai” (em sentido figurado), “homicida” e “mentiroso” (João 8:44). O apóstolo Paulo, em 2Coríntios 2:11, falou de maus “desígnios” que Satanás arquiteta contra os cristãos. Despertai!, 08/04/1975, p. 7.

Terceiro, as TJs dizem que o Diabo é uma pessoa por ter a capacidade de arquitetar desígnios contra pessoas, agindo com inteligência, racionalidade etc. Vejamos o Espírito Santo empregando meios próprios de uma pessoa inteligente, com racionalidade:

João 14.26: “Mas o ajudador, o espírito santo, que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar todas as coisas que eu vos disse” (TNM).

João 16.13: “No entanto, quando esse chegar, o espírito da verdade, ele vos guiará a toda verdade, pois não falará de seu próprio impulso, mas falará as coisas que ouvir e vos declarará as coisas vindouras” (TNM).

Então, vemos que o Espírito Santo é um Ajudador, um Professor, um Guia, atividades inerentes a pessoas inteligentes.

Apenas uma pessoa inteligente, racional, poderia pensar, falar com Deus e Jesus Cristo e arquitetar desígnios contra pessoas. É digno de nota, também, que a maioria da humanidade, através da história, tenha atribuído a causa final do mal a uma pessoa ou a pessoas do domínio espiritual. Despertai!, 08/04/1975 p. 7.

Um nome especialmente, Ajudador ou Consolador (ARC) dá-nos uma clara amostra para Sua pessoa. A palavra grega é Parakletos e isto é o que o erudito W. E. Vine, diz:

“…literalmente chamado para ficar ao lado de, isto é, alguém que ajuda e primeiramente um adjetivo verbal e sugere a capacidade ou adaptabilidade para dar ajuda. Era usado em um tribunal de justiça para denotar um assistente legal, conselheiro para defesa, um advogado, geralmente de um que defende a causa de outro, um intercessor; advogado como em 1 João 2.1, do Senhor Jesus. Em um sentido mais amplo, significa um salvador, um confortador. Cristo foi para seus discípulos, por implicação da palavra, outro (allos = outro do mesmo tipo, não héteros = diferente), Confortador, quando falando do Espírito Santo (João 14.16). Em João 14.26; 15.26 e 16.7 ele o chama “o Consolador” (Vine, vol. 1, p. 208).

Com tais descrições Vine tem fornecido muitas provas da personalidade do Espírito Santo. Primeiro, a definição de Parakletos mostra que alguém que defende e ajuda deve ser uma pessoa. Segundo, ele mostra que ambos – o Senhor Jesus e o Espírito Santo – são chamados Parakletos. Terceiro, ele destaca o uso da palavra allos para “outro”, que claramente mostra o mesmo tipo de pessoa, não diferente. Estes dois últimos pontos ligam o Espírito Santo a Jesus, como seres do mesmo tipo, isto é, pessoas inteligentes.

O Espírito Santo Tem Características de Uma Pessoa

Há quatro características que só podem ser encontradas em uma pessoa inteligente e nunca em coisas. O Espírito Santo é mostrado como tendo estas qualidades:

Inteligência       Habilidade para ensinar (João 14.26);

Uma mente       Habilidade para pensar (Romanos 8.27);

Uma vontade    Habilidade de escolher, desejar (1Coríntios 12.11).

Sentimentos      Habilidade de sentir tristeza ou alegria (Efésios 4.30).

Grego Original

“A personlaidade do Espírito Santo é enfatizada no uso estrito em João 14.16; 15.26; 16.8,13,14 onde o pronome enfático EKEINOS, “ele” é usado no masculino, ainda que o substantivo seja neutro…” (Vine, vol. 4, p. 64).

O Espírito Santo Tem Características de Deus

Assim como há características somente encontradas em uma pessoa, também há certas características só encontradas em Deus.

O Espírito Santo Faz a Obra de Deus

Esta obra inclui:

  1. Criação – Jó 33.4-5; SaImo 104.30. Esses versículos podem ser lidos com Isaías 44.24;
  2. Regeneração – João 3.3-5; Tito 3.5;
  3. Santificação – Romanos 15.16; 1Coríntios 6.11; 2Tessalonicenses 2.13; 1Pedro 1.1-2;
  4. Ressurreição – João 5.28-29; Romanos 8.11.

Há muitos outros versículos dignos de ser compartilhados: Atos 5.3-4, mesmo na TNM, indica claramente que o Espírito Santo é Deus. Podemos ler mais, 2Coríntios 3.16-18, na TNM: “Ora, Jeová é o Espírito… E todos nós, ao passo que com rostos desvelados refletimos como espelhos a glória de Jeová… exatamente como feito por Jeová, (o) Espírito”.

Quem Jeová é? Resposta: É o Espírito.

Verdadeiramente, as Escrituras mostram, além de qualquer dúvida, que o Espírito Santo é Deus, que o Pai é Deus, e que o Senhor Jesus é Deus (Mateus 28.19 comparado com Gênesis 1.26 e 3.22).

Miguel – O Arcanjo

Diz o livro “Raciocínios à Base das Escrituras”, na página 219:

CONCLUSÕES

Portanto, não há conexão pessoal entre Jesus e Miguel, e Jesus não tomou qualquer das características de Miguel.

Você Crê em Evolução?

A Sociedade Torre de Vigia, corretamente, rejeita a teoria da evolução, mas quando comparada com a história da vida de Miguel, qual é a diferença? Fazem afirmações verdadeiras tais como “a vida vem somente da vida” (Despertai! 22/08/1978 p. 7) e “a vida procede da vida e não de coisas, inanimadas” (Despertai! 08/04/1965, p. 8), porém dizem que quando Miguel tornou-se Jesus ele veio de uma força de vida inanimada.

Outra vez a Sociedade Torre de Vigia pergunta: “Que tipo de vida evoluiu para outra?” A resposta encontrada foi: não (Despertai!, 22/04/1967, p. 10, em inglês). Mas, sobre Miguel tornando-se Jesus, elas dizem: “Esta mudança era só uma transferência… da natureza espiritual para a natureza humana” (ZWTR, fevereiro de 1888, p. 1008).

A Sociedade Torre de Vigia conclui que os cientistas não seriam de confiança, porque “teorias que foram aceitas ontem, poderiam ser abandonadas amanhã” (Despertai!, 08/11/1982, p. 7, em inglês). Porém as teorias da Sociedade Torre de Vigia com respeito a Miguel mudaram. Uma vez disseram que ele era o Filho de Deus, e outra vez disseram que ele era o anticristo (ZWTR, novembro de 1879, p. 48 e dezembro de 1879, p. 55).

Tome tempo para estudar estas passagens, e pergunte à próxima Testemunha de Jeová que você encontrar: Por que elas não creem na teoria da evolução, mas creem na teoria de Miguel-Jesus?

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Tradução do livro AWAKE! TO THE WATCHTOWER; com adaptações do Pr. Natanael Rinaldi, Estudo elaborado em novembro de 1992

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