Cardozo manda PF investigar grupo anti-Dilma acampado no Congresso
Atendendo a um pedido do líder do PT na Câmara, Sibá Machado (AC), o ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) determinou na noite desta sexta-feira (13) que a Polícia Federal investigue o grupo contrário à presidente Dilma Rousseff que está acampado nas imediações do Congresso Nacional. “O ministro determinou que a PF tome as providências cabíveis para averiguação do ocorrido, e aguarda informações de providências adotadas”, conforme informou a assessoria do ministério. A solicitação de Sibá ocorreu após a prisão de um dos manifestantes acampados no gramado na noite de quinta (12), quando a Polícia Militar do Distrito Federal apreendeu uma arma de fogo e diversas armas brancas escondidas no carro dele. O deputado petista divulgou, na tarde desta sexta, uma “nota de repúdio” em nome da bancada da Câmara na qual também pede a retirada dos manifestantes contrários a Dilma do gramado do Congresso. O texto veio à público após um princípio de confusão na manifestação dos grupos de esquerda que passaram pelo local. “Manifesto o mais mais veemente repúdio às movimentação de segmentos refratários à democracia que atentam contra a normalidade constitucional ao tentarem interromper a qualquer custo o mandato da presidente Dilma Rousseff”. Sibá disse considerar a permanência dos grupos no local “temerária” e afirmou que os grupos “representam uma inconteste ameaça a qualquer pessoa que eventualmente circule nas áreas adjacentes aos acampamentos”. Além de pedir investigações das Polícias Federal e Civil ao Ministério da Justiça e ao governo do Distrito Federal, respectivamente, Sibá solicitou aos presidentes do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que “façam cumprir a resolução que proíbe acampamentos no grama à frente da sede do Legislativo”. Uma norma conjunta das Mesas das duas Casas não autoriza qualquer instalação nas imediações do Congresso. Contudo, Cunha afirma ter permitido o acampamento do grupo pró-impeachment de Dilma por não representar riscos para a população.
DÉBORA ÁLVARES BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) –