Antes era: “O sangue de Jesus tem poder!” Agora é: “Tá amarrado!”. E como gostam de amarrar! Em muitas igrejas, amarram no início, no meio e no fim do culto. Amarram antes e depois de cada cântico. Como disse alguém: “Haja corda!” E não estão amarrando direito, pois a todo o momento o demônio “escapa” e eles têm que amarrar novamente. Assim, vão aparecendo, de tempo em tempo, fórmulas mágicas para derrotar o inimigo.
Tal mania foi criada a partir de alguns textos bíblicos mal-interpretados. Um deles é o de Mateus 12:22-29: “Ou, como pode alguém entrar na casa do valente e roubar-lhe os bens sem primeiro amarrá-lo? e então lhe saqueará a casa” (versículo 29). Nesta passagem, Jesus curou um homem endemoninhado (versículo 22), o que levou a multidão a dizer: “É este, porventura, o Filho de Davi?” (versículo 23). Isso não agradou os fariseus, que aproveitaram a ocasião para difamar o Senhor, dizendo que ele expulsava demônios pelo poder de Belzebu, príncipe dos demônios.
Jesus responde que, se isso fosse verdade, o reino de Satanás estaria dividido e não subsistiria. Se Jesus está destruindo o reino de Satanás, então o que ele faz é pelo poder de Deus, não de Belzebu. Jesus fala sobre amarrar o valente para saquear-lhe a casa. Ora, para que alguém possa amarrar o valente, é preciso ser mais forte do que ele. É aí que entra Jesus. O desenrolar do plano da salvação, o nascimento, a vida, a morte e ressurreição de Cristo mostram a superioridade do Filho de Deus sobre o príncipe das trevas (1 Jo 4:4). Quando Jesus salva, liberta e transforma o pecador, ele está saqueando a casa do valente e Satanás não deixaria que seu reino fosse saqueado por alguém mais fraco do que ele. O propósito do texto é mostrar que Jesus é maior e mais forte do que Satanás e não de ensinar aos crentes que saiam por aí amarrando demônios. O conselho bíblico para o crente não é amarrar, mas resistir (Tg 4:7 e 1 Pe 5:8, 9). Cristo mesmo, o Rei dos reis, o Senhor dos senhores, o Leão da tribo de Judá que venceu, o Deus Forte de Isaías 9:6, e não Pedro, Paulo, Maria ou qualquer outro preletor de guerra espiritual é quem amarra Satanás.
Outras passagens usadas são Mateus 16:19: “Dar-te-ei as chaves do reino dos céus: o que ligares na terra terá sido ligado nos céus; e o que desligares na terra terá sido desligado nos céus” e Mateus 18:18: “Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra terá sido ligado no céu, e tudo o que desligardes na terra terá sido desligado no céu”. Quanto ao termo “terá sido ligado (…) terá sido desligado”, Ryrie comenta: “O céu, não os apóstolos, é que inicia o ligar e o desligar, ao passo que os apóstolos anunciam tais coisas. Em João 20: 22-23, Jesus fala de pecados; aqui ele fala de coisas (i.e., práticas). Um exemplo das práticas determinativas dos apóstolos encontra-se em At 15:20”. (A Bíblia Anotada de Ryrie, São Paulo, SP, Editora Mundo Cristão, p. 1208.)
Dois outros autores oferecem um bom esclarecimento sobre essa questão de “ligar” (amarrar) e “desligar”:
O foco das passagens de Mateus 16:19 e 18:18 é sobre a palavra “ligar” (deo). Nesses contextos, a idéia de ligar e desligar tem a força de uma noção judicial de “proibir” e “permitir”. Esta frase era usada nos dias de Cristo pelos líderes religiosos de Israel sobre o que era proibido (ligado) e o que era permitido (desligado). Portanto, Pedro e os apóstolos seriam os agentes humanos através de quem a entrada no reino de Deus seria negada ou permitida .(Thomas Ice e Robert Dean, Jr., A Holy Rebellion – Uma Rebelião Santa, p. 101-2) [Quanto a Mateus 18:18, ele acrescenta:] Jesus está dizendo que os crentes podem ter confiança de que quando eles excomungarem, de forma justa, alguém na Terra, estarão cumprindo a vontade de Deus já determinada no céu. Em ambas as passagens, nenhuma palavra se refere à idéia atual de amarrar Satanás ou demônios. Ao invés disso, essas referências têm a ver com o fazer a vontade celestial de Deus na Terra, exatamente como já tinha sido estabelecida no céu. De fato, a ideia atual de ligar e desligar tem muito mais a ver com os métodos de expulsão e remoção de maldições ligados ao ocultismo do que com qualquer coisa relacionada com o cristianismo bíblico.
Não faz muito tempo, um grupo de evangélicos foi até ao Vale do Anhangabaú, em São Paulo, marchou em volta do local, amarrou os demônios e decretou que o Vale era do Senhor Jesus. Mas, por alguma razão não funcionou, pois uns três dias depois, a Legião da Boa Vontade (uma seita espírita) fez ali no mesmo local uma concentração para vinte mil pessoas. Além disso, o Vale continua infestado de assaltantes, trombadinhas e prostitutas. Pregar o Evangelho, puro como ele é, sem acréscimos, foi e sempre será o método para se expandir o Reino de Deus e trazer homens e mulheres ao pé da cruz de Cristo.
Extraído do livro “Evangélicos em Crise”, Pr. Paulo Romeiro.
o diabo “aposta” na mentira porque ele sabe que Deus responsabiliza o “enganado” ou o tolo por cair no “conto” … a antiga serpente enganou Eva, consequentemente fez o mesmo com Adão, e o resultado disso foi a maldição de toda terra e humanos.
Conta na Biblia, o diabo conseguiu inicialmente por Deus contra Jó, outra vez “incitou” David a fazer um proibido censo de Israel, feito isso houve consequência terriveis. Jesus teve um confronto com um possuido de demonio legião, com grande repursão local.
enfim, a Palavra de Deus adverte : o diabo mente, mata, rouba, destroi individuos e nações e esse pessoal fica brincando com a besta?
Jesus ao expulsar um espirito demoniaco, Ele simplesmente dizia :”cala-te e saí” e no caso dos irmãos que tiver experiencia de expulsar é a mesma frase “cala-te e saí em nome de Jesus”
Isso se “eu determinei” sempre fui contra, Deus não é empregado de ninguém.
Muitas vezes eu sinto e as vezes vejo espíritos. Dai eu clamo: “o sangue de Cristo tem poder!” E tudo some.
Vdd tudo isto que eu li
O mais interessante de tudo isso é essa mentira foi uma criação das igrejas pentecostais,pois não existe isso e muitas outras coisas criadas por eles na Bíblia.
Quem lê a Bíblia sabe,quem segue pastores e líderes enganadores que criam doutrinas de homens que são verdadeiros fariseus.
doutrina de homem