Sheik Jihad participa de Evento Esotérico

LÍDER ISLÂMICO PALESTRA EM SEMINÁRIO ESOTÉRICO

Campina Grande, no estado da Paraíba, foi mais uma vez palco do Encontro Para a Nova Consciência, o evento encontra-se na sua 15º edição. A Nova Consciência reúne líderes espiritualistas como os: esotéricos, feiticeiros, bruxos, entre outros religiosos do Brasil inteiro, tendo como finalidade a discussão de alternativas ecológicas, sociais e religiosas.

Na mesma cidade também é realizado o Encontro Para Consciência Cristã, que já está na sua 8º edição e é promovida pelos evangélicos. O evento foi criado com o objetivo de edificar as pessoas que querem buscar a Deus, mas que se encontram perdidos no marasmo das religiões. Dezenas de palestras são proferidas e milhares de pessoas têm sido levadas a meditar sobre assuntos espirituais.

Eu havia sido convidado para participar do Encontro Para Consciência Cristã e dentro da minha programação estava agendado uma entrevista em uma emissora de rádio. Qual foi minha surpresa quando encontrei uma das maiores lideranças islâmicas do Brasil, o Sheik Jihad Hassan Hammadeh. Imaginava que ele estava ali pregando ou inaugurando alguma mesquita. Entretanto, a proposta do sheik estar ali não era essa, mas sim proferir palestras no encontro esotérico.

Mas a grande pergunta seria: Qual o problema de um líder islâmico participar de um evento desse tipo?

Antes de responder a tal questão, gostaria de deixar explicitado que o sheik Jihad externou em sua entrevista não corroborar com as manifestações religiosas do encontro esotérico e que estava ali para mostrar e falar o quanto o islamismo é pacifico e tolerante.

A resposta a esta pergunta passa primeiro pelo Alcorão:

“Também vos está vedado fazer adivinhações com setas, porque isso é uma profanação. Hoje, os incrédulos desesperam por fazer-vos renunciar à vossa religião. Ó fiéis… as adivinhações… são manobras abomináveis de Satanás. Evitai-os, pois, para que prospereis” (Surata 5: 3 e 90 – Versão de Samir El-Hayke).

O livro sagrado dos muçulmanos está imperativamente mandando “evitar” as abominações das adivinhações. Sendo assim, na minha concepção alcorânica, nenhum líder islâmico deveria participar de um evento que afronta a fé do Islã. A mesma assertiva é factual com relação ao cristianismo – seria um escândalo um líder, de nome reconhecido no meio evangélico, participar de tal evento espírita. Sabemos, por exemplo, que o pseudopastor Nehemias Marien participou do evento. Se ele ainda fosse reconhecidamente um líder evangélico, seria um escândalo para os cristãos protestantes. Tal fato só não se deu, pois o referido “pastor” foi desligado e afastado pela sua antiga denominação, a Igreja Presbiteriana do Brasil.

A Bíblia ratifica as palavras do Alcorão na condenação de tais práticas espíritas:

“Quando vos disserem: Consultai os que têm espíritos familiares e os feiticeiros, que chilreiam e murmuram, respondei: Acaso não consultará um povo a seu Deus? acaso a favor dos vivos consultará os mortos?” (Is. 8:19);

“… não usareis de encantamentos, nem de agouros…” (Lv. 19:26);

“Mas, quanto aos covardes, e aos incrédulos, e aos abomináveis, e aos homicidas, e aos adúlteros, e aos feiticeiros, e aos idólatras, e a todos os mentirosos, a sua parte será no lago ardente de fogo e enxofre, que é a segunda morte” (Ap. 21:8).

“Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores” (Sl. 1:1).

Bem, segundo a Bíblia, o sheik Jihad ao participar de tal evento assentou-se na roda dos escarnecedores. A problemática disso é escandalizar os pequeninos, os mais fracos na fé e deixá-los sem paradigmas positivos para a sua crença (Mt. 18:6).

Entendemos que o líder religioso deve ter certos cuidados para com os seus seguidores e zelar para que a fé dos mais humildes não seja contaminada. Isso vale principalmente para os líderes cristãos.

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