Uma palavra sobre Graça Preveniente e responsabilidade humana
“(…) embora não esteja no poder do homem aquilo que precisa ser feito para sua salvação, certamente as Escrituras afirmam que o homem tem em si a faculdade de escolher se permite ou não que Deus faça por ele o que precisa desesperadamente ser feito, uma faculdade que Deus nunca ignora nem viola, e pela qual cada homem deve responder ao seu Criador. Por exemplo, a promessa graciosa de Deus dita por meio de Ezequiel é ‘darei a eles um coração não dividido e porei um novo espírito dentro deles; retirarei deles o coração de pedra e lhes darei um coração de carne. Então agirão segundo os Meus decretos’ (11:19ss). Mas Ele também admoesta, ‘busquem um coração novo e um espírito novo. Por que deveriam morrer ó nação de Israel? Pois não Me agrada a morte de ninguém. Palavra do Soberano, o Senhor. Arrependam-se e vivam!’ (Ezequiel 18.31ss). E, novamente, Deus declara, ‘Eu lhes darei um coração capaz de conhecer-Me’ (Jeremias 24:7), mas Ele também suplica, ‘Ó Jerusalém, lave o mal do seu coração para que você seja salva’ (Jeremias 4:14). Por toda a Escritura podem ser encontradas duas verdades paralelas igualmente enfatizadas: a segurança da iniciativa graciosa de Deus na salvação, e os apelos e exortações ardentes prescrevendo a iniciativa das pessoas e a necessidade da resposta deliberada delas para a iniciativa anterior de Deus na realização da salvação individual e pessoal. Nenhum homem jamais se tornou para a graça salvadora de Deus exceto com base numa iniciativa anterior e numa graça capacitadora de Deus. E nenhum homem jamais buscou a Deus e Sua graça salvadora sem o exercício deliberado de sua própria iniciativa em resposta à graciosa iniciativa de Deus”. (Robert Shank, Eleitos no Filho, p. 212,213, Reflexão)
A iniciativa sempre será de Deus! A Graça Preveniente operada pelo Espírito Santo permite ao pecador dizer “sim” para Deus, e aceitar a maravilhosa obra da salvação. Mas a faculdade da escolha, largamente difundida em todas as Escrituras, também foi soberanamente concedida por Deus ao homem, podendo este resistir ao Espírito Santo, e recusar os desígnios de Deus para ele (Mateus 23.37; Marcos 10.21,22; Lucas 7.30; Atos 7.51; Hb 11.6).
Valdemir Pires Moreira via facebook