Origem remota, rituais ocultos, superdesenvolvimento mental – são alguns dos assuntos que fascinam os iniciados no rosacrucianismo. Dizem os rosa-cruzes que para entender seus ensinos é preciso recuar à época do Império Egípcio, e assim dão a sua origem ao tempo em que os egípcios ainda transmitiam suas idéias imprimindo sinais herméticos em tijolos de barro, tempo que antecede o uso do papiro como escrita. Afirmam ainda que a primeira Loja Branca teve início no reinado do Faraó Amenófis I.
Christian Rosenkreuz é conhecido como o fundador do rosacrucianismo. Nascido em 1375, na fronteira da Alemanha com a Áustria, onde se educou e se desenvolveu, Rosenkreuz começou a viajar e após percorrer a Alemanha, Áustria e Itália, encaminhou-se para o Egito, onde foi bem acolhido pelos irmãos da Loja Egípcia. Ali, foi admitido em todos os graus dos mistérios egípcios e fundou a Ordem Rosa-Cruz.
Assim como a Maçonaria se intitula uma sociedade secreta, assim também são os rosa-cruzes. No século 18, deu-se o título de Rosa-Cruz a todas as entidades que afirmam ter relações secretas com o mundo invisível. Da mesma forma como a Maçonaria nega sua condição de entidade religiosa, assim o fazem os rosa-cruzes. Pode-se afirmar, entretanto, que o rosacrucianismo é um tipo de sociedade religiosa eclética ou sincrética, pois admite em seu quadro associativo pessoas de todas as religiões. Tem seu templo, a sua loja do lar. Tem seus sinais de reconhecimento, tem palavras de passe e apertos de mão, tem também diversos graus e há cerimônias especiais para a entrada nesses graus.
Religião ecumênica
Declarações sobre sua condição de seita religiosa são comprometedoras e contraditórias: Já disseram que o trabalho Rosa-Cruz se torna uma religião para alguns de seus membros. Isto é verdade desde que com isto não se queira dizer que a Ordem se transforme em igreja. Aos rosa-cruzes pede-se que freqüentem as suas respectivas igrejas, e que cooperem no bom trabalho que estão realizando; ao mesmo tempo, porém, os ensinamentos… podem se tornar a religião de uma pessoa, seja ela metodista, presbiteriana, protestante episcopal, católica romana ou de qualquer outra seita.
No verbete Religião afirmam que… O conhecimento de Deus e de suas manifestações suscita real devoção religiosa da parte dos rosa-cruzes, e o místico é sempre um sincero estudante de teologia básica. Todavia, além de associar-se a igrejas sectárias a fim de auxiliá-las na importante obra que estão realizando, o rosa-cruz é liberal, é tolerante em sua religião e vê Deus em tudo e em cada uma de suas criaturas. (O destaque é nosso).
Incentivando o estudo de suas monografias dizem mais: Se para o estudante, os ensinamentos rosa-cruzes tiverem se tornado sua religião, deixe que eles permaneçam assim, como coisa pessoal, apenas sua, e não permita que um gesto ou uma palavra de sua parte possa sugerir a alguém que prefere permanecer afastado das igrejas devido aos seus estudos rosa-cruzes. Poderá ser leal a ambos: auxiliar a ambos e, ao mesmo tempo, servir a Deus e prestar maior auxílio à humanidade através desses dois canais. (Monografia do Templo, 12º n.61, p. 4) (O destaque é nosso).
Ademais, os rosa-cruzes afirmam que não constituem uma sociedade religiosa cristã. Se a Ordem Rosa-Cruz fosse uma organização puramente cristã, isto significaria que em todas as terras onde outras religiões fossem aceitas, os rosa-cruzes teriam de ser cristãos. Esta não é a verdade. (Monografia do Templo, 12º n. 102, p. 2).
Como vemos, embora negando e depois afirmando, os rosa-cruzes confessam ser uma religião, mas destacam que não se trata de uma religião cristã. É uma religião eclética. A Bíblia ensina que não existe possibilidade de alguém servir a dois senhores em Mt 6.24 e que não devemos nos colocar debaixo de um jugo desigual com os infiéis, notoriamente uma sociedade ocultista (2 Co 6.14-17). Para muitas pessoas, qualquer tipo de culto é aceitável e não examinam as Escrituras para verificar como Deus vê essa situação de duplicidade religiosa. Nas Escrituras, vamos encontrar que Deus não aceita qualquer tipo de culto. Olhando em Gênesis 4.3-7 encontramos dois irmãos – Abel e Caim – oferecendo culto a Deus. O oferecimento de Caim foi rejeitado e o de Abel foi aceito. Na Bíblia encontramos Deus exigindo adoração exclusiva em Dt 6.5; Êx 20.5. Só existe um meio aceitável de adorar a Deus (Jo 4.23-24) e os demais são inconvenientes e impróprios (Mt 7.13-14).
A Rosa-Cruz se vangloria de ter em seu rol de membros pessoas consideradas ilustres na História, contudo o apóstolo Paulo era um doutor da lei e, quando no judaísmo, havia estudado aos pés do sábio Gamaliel. Agora que era cristão, não se envergonhava do Evangelho de Cristo, ao contrário, (Rm 1.16-17), admitindo até que não eram muitos os poderosos segundo a carne que haviam aceitado a fé cristã. Então, declara em 1 Co 1.18: Porque a palavra da cruz é loucura para os que perecem; mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus. Porque está escrito: Destruirei a sabedoria dos sábios, e aniquilarei a inteligência dos inteligentes. Onde está o sábio? Onde está a escrita? Onde está o inquiridor deste século? Porventura não tornou Deus louca a sabedoria deste mundo? Visto como na sabedoria de Deus o mundo não conheceu a Deus pela sua sabedoria, aprouve a Deus salvar os crentes pela loucura da pregação (1 Co 1.18,21).
Como vimos, quão diferente é a linguagem de Paulo da empregada pelos rosa-cruzes! Fazem declarações bombásticas de pessoas ilustres para ressaltar o conhecimento secreto revelado a pessoas consideradas ilustres neste mundo por meio dos seus ensinos secretos, quando Cristo, o próprio Evangelho, veio e viveu entre os humildes e sua mensagem é aceita e compreendida por todos os homens sinceros de coração (Mt 11.25).
Símbolos e Misticismo
Utilizam-se de objetos em suas práticas ocultistas tais como: incenso, estátuas, toalhas, aventais, bandeiras, decalques, discos, fitas K-7; publicações como monografias, de vários graus, enviadas pelo Correio para os membros do Sanctum da Grande Loja.
Quando uma pessoa se converte, abandona as práticas ligadas ao ocultismo. Essas práticas são chamadas de artes mágicas e todos os objetos de livros ligados a essas artes devem ser abandonados e se possível até queimados. Esse era o modo como agiam os primitivos cristãos (At 19.18-19).
O símbolo da Ordem é uma cruz negra com uma rosa vermelha no centro. A Cruz representa o corpo humano, com os braços abertos voltados para a luz. No centro, no ponto em que o braço horizontal da cruz se une à madeira vertical, está sobreposta a rosa, representando a personalidade-alma. Essa rosa, parcialmente desabrochada, simboliza a consciência em evolução à medida que recebe a Luz Maior (Manual Rosa-Cruz, p. 235, 7ª edição, 198l).
A saudação rosa-cruz é feita com as seguintes palavras: Floresçam as Rosas na tua Cruz. A resposta à saudação é: E também a tua (O Caos das Seitas, p. 87).
Sendo uma entidade religiosa com práticas ocultistas, propaga curas por meio de poderes extra-sensoriais conhecidos pela sigla PES. Promete desenvolver o poder da vontade; manter a saúde; superar hábitos maus, atingir uma conscientização cósmica; mudar o ambiente; superar o complexo de inferioridade; decifrar antigos símbolos. Essa condição de práticas ocultistas não é negada pelos rosa-cruzes. Dizem que seu estudo é o mais completo, integral, minucioso e maravilhoso curso de alta instrução em metafísica, ocultismo, magia natural, psicologia e desenvolvimento mental, que o homem jamais teve.
Palavras mágicas
Afirmam os rosa-cruzes que existem certas palavras mágicas que, quando pronunciadas, trazem proteção contra circunstâncias adversas. Os membros dos graus inferiores quando se confrontaram com situações graves e ameaçadoras, ao repetir, imediata, silente ou suavemente a palavra Mathrem, ou a palavra Mathra, trouxe-lhes proteção imediata para o corpo e paz para a mente. Por exemplo, os membros que se confrontaram com colisões quase certas foram protegidos quando rápida e mentalmente repetiram a palavra Mathrem ou Mathra. (Monografia do Templo, 12º, número 206, p. 3). Outras palavras são… RA-MA. Pronunciar essa palavra sagrada e fazer com que ambas soem como o A. (Monografia do nono Grau, número sete, p. 4). A palavra RAMA deve ser pronunciada alongadamente da seguinte forma: RAAAAAAAAA-AAAA-MAAAAA-AAAAAAAA.
Um dos rituais mais praticados é assim descrito:
“PREPARAÇÃO”
“Selecione qualquer ocasião do dia ou da noite, e qualquer período da semana que seja mais conveniente para realizar este ritual. Requererá o isolamento de uma convocação de Sanctum.”
Velas: Acenda duas velas (archote) no altar de seu Sanctum, colocando-as cerca de 20 cm de distância uma da outra, no mesmo plano. Se tiver a Cruz do Sanctum, coloque-a ligeiramente por trás das duas velas e no centro entre as mesmas.
Incenso: Na ocasião em que preparar as velas, acenda também o incenso no Incensório. O Incensório deve ser colocado cerca de 10 cm em frente à Cruz do Sanctum.
Avental: Se tiver o seu avental ritualístico, deverá usá-lo, atando-o da maneira usual.
Luzes: Todas as luzes devem ser apagadas, em seu Sanctum, com exceção das velas e a lâmpada próxima à cadeira em que estiver sentado, para a leitura. Evite, se possível, ter luzes brilhantes acesas no teto (Ádito número Um, p. 6).
Ensinos que entram em conflito com a Palavra de Deus – A divindade do homem.
Essa pretendida evolução do homem indicada pela rosa desabrochada é elevar o homem à divindade, como afirmam: O (uso do) símbolo da Rosa-Cruz, não como símbolo religioso, mas como símbolo divino, representa a verdadeira divindade do homem e de toda a natureza (Manual Rosa-Cruz, p. 89). Esse ensino panteísta (Tudo é Deus) é antibíblico. O homem foi criado por Deus (Gn 1.1), à sua imagem e semelhança. É criatura e não um deus (Gn 1.26-27). O homem é homem e Deus é Deus, não podem ser confundidos (Is 31.3; Ez 28.2,9).
Para criarem a consciência da sua divindade os rosa-cruzes são aconselhados a repetir continuamente as seguintes palavras: Eu sou puro! Eu sou puro! Eu sou puro! Minha pureza é a pureza da divindade do templo Sagrado (Cro-Maat! – Monografia Semanal, segundo Grau, número Um, p. 6). Deus é distinto da sua criação, embora não esteja distante dela. Entende-se com isso a transcendência e a imanência de Deus. A transcendência de Deus é a característica de Ele ser distinto da criação e a imanência de Deus indica que Ele não abandonou a criação como ensina o deísmo. Paulo abordando o assunto no seu discurso no areópago de Atenas disse: O Deus que fez o mundo e tudo que nele há, sendo Senhor do céu e da terra, não habita em templos feitos por mãos de homens, nem tampouco é servido por mãos de homens, como que necessitando de alguma coisa; pois Ele mesmo é quem dá a todos a vida, e a respiração, e todas as coisas. E de um só fez toda a geração dos homens, para habitar sobre toda a face da terra, determinando os tempos já dantes ordenados, e os limites da sua habitação (At 17.24-26).
Reencarnação
A doutrina da reencarnação é uma das principais doutrinas dos rosa-cruzes e eles não fazem segredo disso. De acordo com a lei de encarnação, cada ser humano renasce no plano terreno a cada 144 anos, em média. Em outras palavras, se pudéssemos acompanhar as reencarnações de uma pessoa em um período de mil anos atrás, verificaríamos a ocorrência de um renascimento em um novo corpo a cada 144 anos, em média. Se uma pessoa vive somente 80 anos neste plano terrestre e, em seguida, eleva-se a uma vida mais alta pela transição, a alma e a personalidade da referida pessoa permanecem no plano cósmico psíquico cerca de 64 anos antes de se reencarnar, a fim de completar o ciclo de 144 anos… A criança que passa para o plano cósmico aos quatro anos de idade teria de permanecer no mesmo 140 anos aguardando a reencarnação. (Monografia de Neófito, segundo grau, número doze, pp. 4-6).
A Bíblia enfatiza que o homem só passa uma vez pela terra em Hebreus 9.27, “aos homens está ordenado morrerem uma só vez vindo depois disso o juízo”. Se morrem uma só vez é porque só podem nascer uma só vez. Depois da morte… juízo e não retorno a este “plano terrestre”.
O ensino de Jesus em Lc 16.22-26 mostra o seguinte: a) a unicidade da vida terrestre; b) a existência de um lugar de felicidade após a morte (2 Co 5.6-8; Fp 1.21-23); um estado consciente de tormento para os que o rejeitaram como Salvador e Senhor (Lc 16.22-24); c) a futura ressurreição do corpo: glorificado para os cristãos e de vergonha para os não-cristãos (Jo 5.28-29). Pela doutrina da reencarnação ninguém se salvaria, seria um vai e vem sem fim, pois quem viesse pagar uma dívida iria contrair outra para futuras reencarnações.
Deturpação da Bíblia
a) As últimas palavras proferidas pelo Mestre Jesus, na Cruz, foram RA-MA.
Se examinassem um pouco melhor a Bíblia encontrariam que as últimas palavras de Jesus na cruz foram Tudo está consumado (Jo 19.30).
b) Sobre o Jardim do Éden:
…no alvorecer da evolução do Homem, encontramos o homem e a mulher em lugar alegoricamente chamado Éden – o Jardim… Devemos, portanto, considerar o Jardim do Éden como uma condição e não um lugar… (Monografia do Templo, nono Grau, número Um, p. 4).
Consideramos o relato bíblico do Jardim do Éden realmente um lugar, uma realidade histórica, e não um relato alegórico. Jesus se reportou, em seus ensinos, sobre a criação de Adão e Eva como verdades históricas da criação do primeiro homem e da primeira mulher (Mt 19.4-6). O mesmo fez o apóstolo Paulo falando da queda dos nossos primeiros pais (Rm 5.12).
c) EU SOU O CAMINHO
E, naturalmente, temos esta outra maravilhosa e iluminadora declaração do Grande Mestre, falando desta vez como CRISTO RESSUSCITADO… Ele não pronunciou esta frase no sentido pessoal, e que Ele não estava falando como Jesus, o Homem, ou como um Líder Divino… Naqueles dias o CAMINHO era uma escola mística esotérica e secreta que aqueles que guiavam aos outros n’O CAMINHO eram perseguidos. (Monografia do Templo 9º, número 29, p. 3).
Ora, lendo Jo 14.6 e o contexto vemos que Tomé perguntou a Jesus sobre o caminho para a casa do Pai (Jo 14.2-3) e Jesus responde dizendo ser Ele o caminho, e a verdade e a vida. “Ninguém vem ao Pai, senão por mim.” Jesus é esse caminho e não uma escola mística esotérica. É um ensino esdrúxulo (Hb 13.9).
Trindade
Falando sobre a Trindade, assim se manifestam os rosa-cruzes: Os místicos compreendiam muito bem o que Jesus quis dizer por Sagrada Trindade ou por ‘Pai, Filho e Espírito Santo’. Eles conheciam a lei do triângulo e como a divindade pode ser representada pelo símbolo do triângulo ou pelos três. Eles não puderam compreender, contudo, outras características da religião cristã adicionadas a ela séculos depois. (Monografia do Templo, 12º, número 102, p. três).
A doutrina da Trindade é usualmente declarada nos seguintes termos: Na natureza do único e eterno Deus há três pessoas eternamente distintas, o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Todas as três pessoas são o mesmo Deus, embora o Pai não seja nem o Filho nem o Espírito; o Filho não seja nem o Pai nem o Espírito; e o Espírito não seja o Pai nem o Filho. Isto pode ser visto nas referências de Mt 3.16-17; Jo 14.16,26; 2 Co 13.13.
A identificação da ordem batismal de Jesus na fórmula trinitária de Mt 28.19, em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo em nada se relaciona com essa lei do triângulo mencionada pelos rosa-cruzes.
O que pensam sobre Jesus
As opiniões dos rosa-cruzes sobre Jesus são estranhas e extravagantes. Os conceitos emitidos sobre Jesus são até blasfemos. Nós que podemos ver o futuro, compreendemos que o próximo grande salvador mundial, o próximo Cristo do homem, e o filho de Deus, nascerá livre de qualquer relação com qualquer organização, com qualquer seita ou religião, com qualquer movimento que seja limitado a certas pessoas ou crenças. (Monografia do Templo, 10º, número 30, p. 6).
Os rosa-cruzes falam de outro Cristo que ainda vai nascer para se tornar o salvador do mundo. Estão falando do anticristo (1 Jo 2.18). Seria Lord Maitreya da Nova Era? Jesus falou da vinda de falsos cristos e esse anunciado não deixa de ser um deles (Mt 24.5, 23-25).
SER EVOLUÍDO
Jesus foi, inquestionavelmente, a culminação da evolução de centenas dos grandes místicos e seres inspirados dos séculos anteriores. (Monografia do Templo, 11º, número 34, p. 4).
O Jesus bíblico é imutável. Duas declarações nesse sentido são encontradas em Jo 8.58 e Hb 13.8, contestando assim a declaração rosa-cruz de ser Jesus uma suposta evolução de centenas de grandes místicos.
NÃO MORREU NA CRUZ
Os antigos registros da Grande Fraternidade Branca e outros documentos que constam dos arquivos rosa-cruzes demonstram claramente que, depois que Jesus retirou-se para o mosteiro do Carmelo, viveu por muitos anos, realizando reuniões secretas com seus Apóstolos e devotando-se, pela meditação e pela prece, à formulação de doutrinas e ensinamentos para serem divulgados pelos apóstolos (A Vida Mística de Jesus, p. 266). Refutando as declarações rosa-cruzes afirmamos que Jesus não pode ser comparado a qualquer outro líder religioso. Ele fez declarações tão fantásticas que causaram protestos dos seus contemporâneos. Quando contestado nas suas reivindicações, comprovava sua autoridade realizando milagres. Quando curou o coxo que fora levado à sua presença por quatro amigos, declarou: Filho, perdoados estão os teus pecados. Contestado pelos presentes sobre sua autoridade para perdoar pecados, deu ordem ao paralítico que tomasse sua cama e se levantasse, o que foi feito de imediato. Sua autoridade fora comprovada (Mc 2.1-11).
O Evangelho pregado por Paulo, declarado por ele ser o poder de Deus, (Rm 1.16-17) trazia a seguinte mensagem: Porque primeiramente vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado, e que ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras (1 Co 15.3-4). Negar a morte de Jesus implica negar sua ressurreição e negar sua ressurreição é estar sem esperança, destituído de salvação! (1 Co 15.14-17).
O rosacrucianismo não apenas nega a morte física de Jesus na cruz, como nega que essa morte tivesse efeito salvífico.
A doutrina da Expiação, ensinada pela Igreja, consiste em que o Cristo expiou todos os pecados da humanidade, morrendo na cruz… A doutrina da Expiação é misticamente verdadeira, mas somente no sentido de que o próprio homem, alcançando o estado de consciência cósmica, pode expiar seu estado pecaminoso (Discurso 24, série III, p. 4).
A morte de Jesus foi comprovada historicamente (Jo 19.30-42). Ora, considerando que o rosacrucianismo nega a morte de Cristo na cruz, afirmando que Ele sobreviveu à morte de cruz, e que viveu muitos anos como mestre no monte Carmelo, está transmitindo um ensino falso, fraudulento e apontado por Paulo em Gl 1.8 como devendo ser anatematizado. Pior ainda quando nega o significado de sua morte vicária, expiatória na cruz (1 Pe 2.24). Realmente, é outro evangelho que deve ser rejeitado. Um cristão orientado pela Bíblia jamais poderia tornar-se um rosa-cruz (Ap 18.4).
No Brasil existem várias organizações que seguem a ideologia ocultista:
Antiga Mística Ordem Rosa-Cruz (AMORC) – fundada em 1915 pelo ocultista H. Spencer Lewis, em Nova Iorque (EUA).
Fraternidade Rosa-Cruz – fundada por Max Heindel, em 1907, Oceanside, na Califórnia (EUA.).
Fraternitas Rosae Crucis – P. B. Randolph, em 1868, R. S. Clymer, Quakerstown, PA (EUA).
Lectorium Rosincrucianum/Áurea – fundada em 1971 por J. Van Rijckborgh, em Haarlem, na Holanda.
Igreja Expectante – fundada em 1919, por A. R. Costet de Mascheville, em Guarapari, no Estado do Espírito Santo.
Cerimônias e Práticas
São as seguintes as cerimônias e práticas celebradas regularmente que identificam os rosa-cruzes como uma seita religiosa:
Ritual de Aposição de Nome, que deve ser realizado até os 18 meses da data do nascimento, numa cerimônia parecida com o batismo de crianças praticadas em igrejas católicas.
Ritual de Matrimônio, um tipo de cerimônia religiosa de casamento. Esta cerimônia pode realizar-se até após uma semana depois do casamento no civil.
Ritual Fúnebre, cerimônia realizada só quando o morto tiver pertencido à Ordem.
Ordem Juvenil dos Portadores do Archote, cerimônia realizada com crianças e adolescentes entre os 5 a 17 anos, com três classes por idades.
Ritos anuais: festa sagrada do Ano Novo, com refeição simbólica (março) e a Festa da Pirâmide (setembro) em comemoração à construção da grande Pirâmide de Quéops.