Em Mateus 25.46 é empregado o mesmo adjetivo para descrever a duração da punição do ímpio e da felicidade do salvo. “E irão estes [os que estão à esquerda do Rei] para o castigo eterno (kolasin aionion), porém os justos para a vida eterna (zoen aionion)”.
Em relação a isso também podem ser mencionadas duas passagens do Evangelho de João. A primeira é o famoso “Evangelho em miniatura”, João 3.16: “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito para que todo o que nele crê não pereça (me apoletai), mas tenha a vida eterna (zoen aionion)”. Fica claro que “perecer” neste verso significa punição eterna comparado com o trigésimo-sexto verso deste capítulo: “Aquele que crê no Filho tem a vida eterna; o que, todavia, se mantém rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele repousa (reside [ASV] ou permanece [NIV]; no grego, menei) a ira de Deus”. Se a ira de Deus permanece sobre uma pessoa assim, que outra conclusão podemos tirar senão que a punição envolvida é eterna?