Revista Época solta matéria sobre Agenor Duque
Num roteiro já conhecido entre os pastores das neopentecostais, Duque começou na Igreja Universal do Reino de Deus e migrou para a Mundial – até que teve uma “visão espiritual” e decidiu criar seu próprio templo. Em setembro de 2006, abria a porta da Igreja Plenitude do Trono de Deus. Com R$ 25 mil da venda de um Astra, Duque comprou algumas poucas horas nas madrugadas de rádios e alugou um galpão na Avenida Celso Garcia – que, pela facilidade de acesso e circulação intensa, concentra boa parte das igrejas neopentecostais. Há dois anos, Duque tinha cinco modestas igrejas em São Paulo.
Hoje, são pelo menos 20, espalhadas por São Paulo, Amazonas, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Goiás e Distrito Federal – sem contar as dezenas de núcleos, galpões abertos pelo interior que, ainda sem documentação, não são considerados templos. No ano passado, a Igreja Plenitude do Trono de Deus firmou uma espécie de joint venture evangélica com a igreja de André Salles, o líder evangélico responsável pela conversão da ex-senadora Marina Silva, para aportar em Brasília. Em dois anos, a Igreja Plenitude do Trono de Deus saltou de quatro para 18 horas no canal de televisão RBI. Só entre outubro e novembro, passou de quatro para mais de nove na Rede Brasil TV.
O traje de saco nos cultos é uma espécie de abadá para uma encenação de pobreza. Há tempos Duque deixou a dureza para trás. Como os adeptos do funk ostentação, fora do palco ele se enfeita com cordões, anéis e relógios dourados, bonés e tênis de marcas como Nike e Hugo Boss e adora exibir-se no Instagram. Dirige um Porsche e um BMW. Já se exibiu em um vídeo com uma Ferrari – após críticas de internautas, recuou e disse que o carro era de um “amigo”, o pastor Arthur Willian Van Helfteren, da Igreja Universal do Reino de Deus.
Sempre que viaja, Duque evita apertar o corpanzil nas poltronas da aviação comercial; prefere o conforto de um bimotor Cessna Citation. De acordo com os registros da Agência Nacional de Aviação Civil, a aeronave pertence à Cimeeli Comércio e Indústria, uma empresa sem rastro. O telefone atribuído à Cimeeli é residencial e seus sócios não foram localizados.
Em um universo em que não faltam exageros, os cultos de Duque são espetáculos ainda mais histriônicos. Ele atua em parceria com a mulher, a autointitulada bispa Ingrid Duque, e mais recentemente com o filho adotivo, o pastor Allan. Em suas performances, Agenor Duque intercala suas falas com expressões incompreensíveis que diz virem da língua do Espírito Santo – “Traz o óleo, quibalamacia balabaliã”, diz, em meio ao culto, enquanto checa mensagens no telefone. Suas orações quase sempre terminam com um “hallelujah”, num esforçado sotaque americano.
“A religiosidade brasileira sempre foi muito sincrética. O brasileiro valoriza tudo o que o ajuda a se relacionar diretamente com o sagrado”, afirma Rodrigo Franklin de Sousa, professor de pós-graduação em ciências da religião da Universidade Presbiteriana Mackenzie. “O teatro cai como uma luva.” Os cultos da Plenitude do Trono de Deus reúnem dramas humanos de todos os tipos. Há mulheres traídas pelo marido, fiéis com pendências com a Justiça, mães desesperadas para tirar o filho da prisão, pais de família desempregados, viciados que tentam resgatar a dignidade.
Converter os dramas em espetáculo e gerar lucro requer organização. Nos cultos de domingo, mais lotados, a igreja é dividida em quadras imaginárias, cada qual vigiada por um pelotão de obreiros. Numa cerimônia, um homem se exaltou e foi contido por seguranças. Curiosa, parte da plateia foi repreendida pelos obreiros: “Deus está no altar lá na frente. Parem de olhar para o lado”.
Tanto cultos quanto programas no rádio e na TV da Igreja Plenitude do Trono de Deus têm um roteiro simples, que converge para a arrecadação. A pregação da Bíblia é quase inexistente. Invariavelmente, o pastor apresenta um “milagre” e, na sequência, pede dinheiro ostensivamente. Numa tarde de terça-feira, em outubro, uma pastora da Plenitude do Trono de Deus pediu aos fiéis que abrissem suas Bíblias em 1 Reis 17. A passagem conta a história de uma viúva miserável que, diante de uma onda de fome, doou tudo o que tinha – um punhado de farinha na panela e um pouco de azeite numa botija – a um profeta desconhecido, antes mesmo de alimentar o filho.
Ao final da leitura do capítulo, a pastora gritou ao microfone: “Deus está me dizendo que alguém aqui tem R$ 50 na carteira, é tudo que essa pessoa tem. Se você sentiu que esse chamado é para você, faça como a viúva. Ela deu tudo que tinha, e foi recompensada”. Uma mulher se encaminhou ao altar e retirou a única nota de R$ 50 da carteira. Os pedidos aos demais continuaram num crescente. “Prova para Deus que você acredita. Precisa ser um sacrifício grande, algo que dói! Limpa a carteira! Raspa a carteira! Ou faz como uma mulher no culto desta manhã, que doou o próprio carro.”
A adivinhação no púlpito, diz um ex-obreiro da Igreja Plenitude do Trono de Deus, não passa de uma trapaça. Na chegada à igreja, os fiéis com um pedido especial preenchem uma ficha com sua história – depois colocada no altar. Enquanto lê disfarçadamente o relato, o pastor repete tudo ao microfone como se estivesse tendo uma epifania. Ao reconhecer sua história, o fiel emocionado se dirige ao altar e confirma o milagre. “São verdadeiras empresas da fé”, afirma o teólogo João Flávio Martinez, presidente do Centro Apologético Cristão de Pesquisas. Os pastores que arrecadam mais são recompensados e ascendem. “Eles recebem até bônus”, afirma um ex-obreiro da Plenitude do Trono de Deus. “Eles dizem que você tem de entrar na mente da pessoa, convencê-la a aceitar o que você diz”, afirma.
Em sua incansável cruzada por arrecadação, a Igreja Plenitude do Trono de Deus promove campanhas temáticas com objetivos específicos. Uma do Vale de Elah, traz um boneco recente, gigante que procura reproduzir a figura do rei David, vestido como um guerreiro, com escudo e espada no altar da igreja. Uma loja vende diversos badulaques inspirados longinquamente em temas bíblicos. A gama de produtos inclui a marca própria de roupas e acessórios femininos da bispa Ingrid, na loja Amor Oficial.
Os looks – saias estampadas, calças boca de sino, bolerinhos e vestidos longos com estampas em três dimensões – usados por Ingrid na TV e nas redes sociais são reproduzidos por boa parte das fiéis nos cultos. “Quem usa é escolhida por Deus”, diz Ingrid no Instagram da marca. Como a inflação não respeita nem o sagrado e não está fácil nem para milagreiros, na Amor Oficial também tem liquidação – só muda o nome: a Black Friday, o dia internacional do desconto, chama-se White Friday.
Veja o vídeo:
Extraído partes do artigo do site da Revista Época em 28/12/2015
absurdo. além deste chapéu idiota de rei momo, ele veste um avental marrom para dizer que é “pano de saco” que os antigos profetas usavam, só que o bufão esqueceu que é pano de saco e “cinzas” só falta ele pegar amassar um pouco de carvão e pinta a cara. circo do veneno !
Leandro Prates ter dez 29 at 3:35 am “fui bloqueado”.
já foi tarde.
Essa igreja não tem nada de evangélica. Homens que buscam apenas satisfazer suas ambições. Sempre o você pode, você consegue, esquecem da salvação, transformam Deus em um servo e não aquele que deve ser servido, barganham, dou isso para receber aquilo, falso evangelismo
eu queria saber qual a denominação que presta para o CACP da pra me responder?
Oscalino, aprenda a receber uma exortação bíblica. mas não como faz na pentecostal, lá é tal de “chibata” onde o dirigente se aproveita do púlpito para ficar criticando e atacando as pessoas da comunidade dele.
as que pregam a biblia.
Sim, todas as denominações bíblicas.
Leandro Prates ter dez 29 at 3:40 am “fui bloqueado”.
o escorpião morre pela própria ferroada. já foi tarde.’silvana’
Infelismente existem muitos “crêntes” analfabetos em matéria de bíblia ,aí viram presas fáceis para esses lobos devoradores de almas como esse pseudo “pastor”Agenor.
Ele me lembra Fred Flinstone. “iá-badá-badul”
Mais um bordel onde se prostitui a palavra de Deus. Os cafetões do falso evangelho estão Prosperando: Edir Macedo, Valdemiro, R. R. Soares e agora essa aí. Todos eles são ateus, pois se cressem temeriam.
gente quero ver se se a cacp tem provas sobre o que fala mas quero provas reais porque falar ou publicar mal e facio mas quero provas irmaos olha so se Deus nao aguice na vida ena igreja do ap agenor duk eu creio que nao averia milages como vivenciamos la e tambem em outraas denominacoes
Antes de julgar o apóstolo como falso profeta vai ler a bíblia primeiro e interpreta , do que falar o que não deve !
“houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição” 2 Pedro 2:1
olha aie sr. Marlon, você queria uma base biblica ? pois então preste atenção.
Absurda a falta de conhecimento das pessoas que frequentam este tipo igreja vc estão precisando é de Deus não desanime heresias vc não conhece mas Deus e descencia é não estas palhaçadas que este herege prega.
Eu acredito nele…pastor igual a ele eu nunca vi..Muito bom..
você acredita nele ? nunca viu outro igual ? (duke) …. a foto no topo do artigo fala por si só. mostra como é de fato parece-me mais um “rei momo” … um palhaço sem graça. e voce acredita nisso ?
Cara, peço a Deus para não encontrar esse gordo safado pela rua… Não sei qual será minha reação…
Isso nao é evangelho e sim “movimento” evangelico. Assim como Xico Xavier, Joao de Deus e Divaldo franco e Robson Pinheiro e a FEB nao sao espiritas mas sim de movimentos espiritas que tem medium que recebem aliens falando baboseiras kkkk cara como tem lixo nesse Brasil
Acho q o povo q fika falando mal dele julga ele sem conhecer pois pra encher a boca pra falar mal todo mundo sabe mais ir lá na igreja pra confirmar o q ele fala muitos não querem.Eu tenho apenas 17 anos mais sei q a um deus naquela igreja.
Sim Mariana, lá tem esse deus descrito em 2 Coríntios 4:4
…”o deus desse século que cegou o seu entendimento”…
Bem que a bíblia diz que muitos largaram a verdade pra acreditar em fábulas… ( 2 Timóteo 4:3 )… Você acredita nesse cara ?….você já não é vítima, é cúmplice !!