Respostas bíblicas aos ensinamentos da Nova Era

new age 2345

Há muitas respostas diferentes que têm sido dadas aos ensi­namentos da Nova Era, pois a Igreja tem estado na linha de frente resistindo ao ocultismo por quase 2.000 anos. E correto dizer que a maioria dos erros modernos são apenas antigas heresias e doutrinas em diferentes roupagens, talhadas para a época em que vivemos.

Portanto, não deveria surpreender-nos que as antigas respostas da sabedoria acumulada e da autoridade teológica dos apóstolos, dos Pais da Igreja, e dos reformadores sejam os melhores meios de combater o ocultismo antigo em suas formas modernas. É difícil, se não impossível, melhorar o que a erudição da igreja cristã tem a dizer sobre o reavivamento do ocultismo na seita Nova Era.

 

O Deus Trino e Pessoal

Na teologia da Nova Era, o Deus trino da Bíblia não pode ser descrito apropriadamente em termos pessoais. “…Ele não é um indivíduo, mas uma energia gestalt.” Deus é visto como um campo impessoal de energia cuja única verdadeira estrutura pessoal é a soma de suas partes. Tanto o judaísmo quanto o cristianismo abominam essa concepção essencialmente hindu, afirmando um monoteísmo inabalável — uma divindade pessoal, benevolente e amorosa que é imanente dentro de sua criação, e contudo a transcende em infinidade por ser o seu criador.

As maiores autoridades sobre a natureza e identidade de Deus são seu Filho e sua Palavra. Jesus Cristo é o Verbo vivo de Deus e a Bíblia é a Palavra escrita de Deus. Ambos testificam que a mais elevada de todas as verdades é a unidade divina. O grande man­damento é este: “Ouve, ó Israel: o Senhor nosso Deus é o único Senhor” (Deuteronômio 6:4; Marcos 12:29).

Estudiosos cristãos através dos séculos têm reconhecido o fato de que se Jesus Cristo não conhece a natureza de Deus, e alguma outra pessoa alega conhecer, fica claramente aparente que o contestador colocou-se acima de Cristo. Os gurus e avatares da Nova Era fazem essa alegação. O cristão precisa responder revisando a superioridade da vida e da influência de Jesus Cristo sobre este mundo, um mundo cujo próprio calendário é datado por seu nascimento.

Que o Deus da Bíblia é um ser pessoal, que ele se designa como Criador do Universo, e que o conceito bíblico da criação é cienti­ficamente preferível a todas as versões citadas pelos líderes da Nova Era, é claramente evidenciado. O conceito do mundo man­tido por fontes pagas, às quais a Nova Era deve recorrer, falham em todos os critérios científicos.

Os personagens e atributos do Criador estão detalhados no Antigo e no Novo Testamento, e merecem ser repetidos.

No terceiro capítulo de Êxodo, Moisés encontrou a Deus na experiência da sarça ardente, e Deus identificou-se como um ser pessoal, dizendo: “Eu sou o Deus de teu pai, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque, e o Deus de Jacó… Eu Sou O Que Sou” (Êxodo 3:6, 14).

Quando Moisés persistiu em fazer perguntas como “quando eu voltar à terra do Egito, quem devo dizer que me enviou?”, Deus respondeu dizendo: “Assim dirás aos filhos de Israel: Eu Sou me enviou a vós” (Êxodo 3:14).

Estudiosos judeus traduziram apropriadamente isso como “o Eterno”, visto ter Deus afirmado que “este é o meu nome eterna­mente, e este é o meu memorial de geração em geração” (Êxodo 3:15).

Ao contrário do que declara a seita Nova Era, Deus é um espírito pessoal (João 4:24). Disse-nos ele: “Eu sou o Deus Todo-poderoso; anda na minha presença, e sê perfeito” (Gênesis 17:1).

Esse Deus eterno revelou-se na Bíblia como Pai, Filho e Espírito Santo (Mateus 28:19).

O Deus da criação tem memória reflexiva: “Pois eu sei os planos que tenho para vós, diz o Senhor…” (Jeremias 29:11).

Ele afirma a sua singularidade: “Eu sou o Senhor; este é o meu nome! A minha glória a outrem não a darei” (Isaías 42:8).

O conhecimento que este ser todo-poderoso possui é declarado sem limites: “Deus… conhece todas as coisas” (1 João 3:20).

Ele possui uma vontade (Romanos 12:2) à qual até mesmo seu Filho está sujeito: “Aqui estou… para fazer, ó Deus, a tua vontade” (Hebreusl0:7).

Longe de o Deus trino ser “Pai-Mãe-Filho”, como afirma o movimento Nova Era, o Deus vivo e pessoal proclama: “Eu sou o primeiro, e eu sou o último, e fora de mim não há Deus” (Isaías 44:6).

Deus, o Criador, nos ama; Deus, o Criador, lembra-se de nós e não tolerará nenhuma interferência em seus decretos. Como disse o Senhor Jesus: “Venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu” (Mateus 6:10).

O Deus da Bíblia é também o juiz do universo. Escreve Ezequiel: “Por isso o Senhor Deus assim lhes diz: Eu, eu mesmo, julgarei…” (Ezequiel 34:20; Atos 17:31).

O apóstolo Paulo chama a nossa atenção para o fato de que precisamos todos comparecer perante o tribunal de Cristo (2 Coríntios 5:10), que todos os reinos serão sujeitos ao controle absoluto do reino de Cristo, e que seu reinado será eterno (Apocalipse 11:15).

Essas são apenas algumas das descrições dadas na Escritura, mas são mais do que adequadas para revelar o nítido contraste existente entre deuses modelados à imagem dos homens ou Satanás, e o “Deus vivo, que é o salvador de todos os homens, princi­palmente dos fiéis” (1 Timóteo 4:10).

Freqüentemente, os adeptos da Nova Era dirão que rejeitam o conceito bíblico de Deus e até mesmo a autoridade das Escrituras, mas sua incoerência emerge porque eles persistem em citar pas­sagens para reforçar sua própria posição. Por que citar como prova o que se diz não ser confiável? A verdade é que eles acham impossível funcionar sem certa referência básica ao Deus eterno, c não devemos hesitar em citar exemplos do uso que fazem da Bíblia como prova de incoerência e falta de integridade espiritual e acadêmica.

 

Jesus Cristo

O ensinamento da Nova Era com relação a Jesus Cristo, embora variado, tem áreas básicas de acordo. Nenhum adepto da Nova Era aceitará Jesus Cristo como “o unigênito Filho de Deus sacrificado por seu Pai amoroso para salvar a humanidade dos resultados de seus pecados.”

O ataque da seita Nova Era à pessoa de Jesus Cristo — e ataque é claramente o que é — concentra-se na reivindicação singular de Cristo ser divino. O Senhor Jesus de fato é proclamado no Novo Testamento como “o unigênito Filho de Deus” em virtude do termo grego monogenes (cf. João 1:1,14,18; 3:16). A segunda pessoa da trindade não reparte seu trono com Krishna, Buda, Maomé, Zoroastro ou qualquer personagem da infinda variedade de gurus e deuses. Como Salvador do mundo, ele levou os nossos pecados em seu próprio corpo sobre a cruz (1 Pedro 2:24), e seus milagrosos poderes jamais foram duplicados; ele é de fato singular entre os filhos dos homens.

Em resposta àqueles que lhe desafiaram a identidade e autori­dade durante seu ministério terreno, o Senhor Jesus declarou: “Mas se as faço [as obras], e não credes em mim, crede nas obras” (João 10:38).

Ele deixa que os fatos falem por si mesmos. A um inquiridor de João Batista na prisão, Cristo enumerou as obras milagrosas que havia feito. A fim de eliminar a dúvida de João, ele disse: “Ide, e anunciai a João as coisas que ouvis e vedes: os cegos vêem, os coxos andam, os leprosos são limpos, os surdos ouvem, os mortos são ressuscitados e aos pobres é anunciado o evangelho” (Mateus 11:4-5).

Mesmo hoje, os milagres comprovados de Jesus de Nazaré proclamam-no como o Verbo de Deus encarnado. Os adeptos da Nova Era buscarão em vão qualquer guru em sua história que tenha alimentado 5.000 pessoas com cinco pãezinhos e dois peixes, que diante de inúmeras testemunhas tenha curado enfermos, purificado leprosos, ressuscitado mortos, aberto os olhos de cegos e os ouvidos de surdos, expelido demônios, e demonstrado o amor de Deus aos pobres de tantas maneiras maravilhosas. E quantos deles algum dia caminharam sobre a água?

Existe bom motivo para a grande antipatia da parte da Nova Era no que diz respeito ao Cristo histórico e à revelação bíblica. Jesus simplesmente desafia todas as suas categorias e humilha todas as suas obras. Isto ele faz precisamente por ser o Filho unigênito de Deus. O registro do Novo Testamento testifica que ele recebeu a adoração de homens (João 20:28), que é o nosso grande Deus e Salvador (Tito 2:13), que venceu a própria morte (Mateus 28:1), e com a vinda do seu Espírito, no Pentecoste, iluminou o mundo como uma tocha inflamada. Essa chama se espalhou aos confins da terra e arde brilhantemente até hoje.

O homem de Nazaré não foi apenas uma pessoa extraordina­riamente boa, um profeta ou sábio habitado pelo Cristo ou pela Consciência Cósmica, como proclama a Nova Era. E o Rei dos Reis e o Senhor dos Senhores, Criador de todas as eras (Hebreus 1:1-3), e permanece o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vai ao Pai senão por ele (João 14:6).

 

A Degradação da Humanidade

É um ensinamento cardinal da Nova Era que o homem nasce neste mundo tanto bom quanto divino em sua natureza. A salva­ção depende de ele olhar dentro de si para a sua natureza espiritual, e reconhecer que é deus. Um escritor da Nova Era declara:

O homem como a imagem de Deus já está salvo com salvação perene… O homem é a imagem e semelhança de Deus; o que for possível a Deus, é possível ao homem como o reflexo de Deus.

O registro bíblico reflete constantemente o fato de que o homem é pecador, que ele transgrediu a lei de Deus. Jesus Cristo reconheceu isso e disse: “Não vim chamar os justos, e, sim, os pecadores ao arrependimento” (Mateus 9:13).

O apóstolo Pedro nos informa que Cristo morreu por nossos pecados com o propósito de reconciliar a nós, os injustos, com Deus (I Pedro 3:18). Paulo concorda, escrevendo: “Todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus… Não há um justo, nem um sequer” (Romanos 3:23,10).

O pecado, a transgressão da lei, é descrito como “toda injustiça” (1 João 5:17), e Isaías nos diz que foi por nossas transgressões que Jesus, o Messias, sofreu e morreu (Isaías 53).

O movimento Nova Era nega a doutrina bíblica do pecado e apresenta a reencarnação como meio de expiação, na tentativa de fugir ao significado da cruz. É como disse um escritor da Nova Era: “Ninguém que se veja como culpado pode evitar o medo de Deus.”

Não é que o movimento Nova Era seja ignorante do que a igreja cristã tem estado a dizer e do que Jesus Cristo fez; é antes que eles se recusam a “temer a Deus e guardar os seus mandamentos” (Eclesiastes 12:13), e escolheram não “fazer as obras de Deus” conforme Deus prescreveu que deveriam ser feitas (João 6:28-29).

A doutrina da redenção ou salvação pessoal do pecado é o cerne do judaísmo e do cristianismo, e das mais antigas religiões monoteístas. Não admira que esse conflito seja inevitável, dada a defi­nição de salvação do movimento Nova Era. O apóstolo João falou a palavra final sobre isso quando escreveu: “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda injustiça. Se dissermos que não pecamos, faze­mo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós” (1 João 1:9).

 

Juízo, Céu e Inferno

O problema do mal, do juízo dos erros e de recompensa da retidão é tratado no movimento Nova Era essencialmente sob o conceito da reencarnação. Segundo a lei do carma, declarada em termos cristãos, “aquilo que o homem semear, isso também ceifa­rá.” O ensinamento da Nova Era elimina o céu e o substitui pelo nirvana, a idéia budista de que todas as almas humanas serão eventualmente absorvidas na grande “alma mundial”. O inferno é o que colhemos aqui na forma de “carma ruim” ou castigo por erros cometidos em vidas passadas. Isso é o mais próximo que o movimento Nova Era chega do conceito de juízo divino.

A Bíblia descreve o juízo quando o Senhor Jesus Cristo presi­dirá e separará as ovelhas dos bodes, os crentes dos descrentes. Os crentes entrarão para o reino de Deus tendo o céu por lar, e os outros entrarão para aquele reino que Jesus disse estar “preparado para o diabo e seus anjos desde a fundação dos tempos” (Mateus 25:41). Cristo também disse claramente: “E irão estes para o castigo eterno, mas os justos para a vida eterna” (Mateus 25:46). (Para mais discussão sobre este assunto, ver Capítulo 5.)

 

O Problema do Mal

Ao discutir o problema do porquê da existência do mal e por que Deus permite que Satanás e os poderes demoníacos tenham qualquer controle neste mundo, o movimento Nova Era assume uma posição muito definida:

É importante ver que Lúcifer, do modo como estou usando este termo, E um anjo, um ser, uma grande e poderosa consciência planetária. Não é aquele vulto mental popular de Satanás, que procura levar o homem pelo caminho de pecado e erros… O homem é o seu próprio Satanás da mesma maneira que o homem é a sua própria salvação.

Ao reconhecer Lúcifer como uma “consciência planetária”, os escritores da Nova Era reconhecem a história bíblica da origem do mal e, provavelmente de maneira muito inconsciente, adotam as descrições bíblicas de Satanás.

Na teologia da Nova Era, Satanás torna-se a “outra face escura da Força”, para usar o vernáculo de Guerra nas Estrelas, de George Lucas. Essa Força enche todo o universo e o sustenta por ser uma com o universo. Por conseguinte, Benjamim Creme pode escrever muito despreocupadamente:

Naturalmente, sim, as forças do mal fazem parte de Deus. Elas não são separadas de Deus. Tudo é Deus.

A Bíblia, contudo, pinta um quadro bem diferente da “Força”. A Bíblia enfaticamente descreve Satanás como “o deus deste século” (2 Coríntios 4:4), ou, nas palavras de Jesus, “o príncipe deste mundo” (João 12:31). Ele é rotulado “homicida desde o princípio” (João 8:44) e “inimigo do seu Autor” (Isaías 14:13-14).

Seus títulos “filho da alva” (Isaías 14:12) e “querubim da guarda” (Ezequiel 28:14) nos diz que ele caiu de um lugar de grande glória e poder. Após sua expulsão do céu, ele assumiu o título de “prín­cipe das potestades do ar” (Efésios 2:2).

Com seu grande poder e pretensa benevolência, ele entrou no jardim do Éden e, não fosse pela graça divina, teria destruído a criação que Deus havia projetado à sua própria imagem e seme­lhança.

Por seus atos malignos, ele será inevitavelmente derrotado pelo último Adão, o “Senhor do céu” (1 Coríntios 15: 47-49), que é a “semente da mulher” manifesta (Gênesis 3:15). O Novo Testa­mento proclama que o Senhor Jesus Cristo é essa semente que derrotará finalmente Satanás e o lançará no lago de fogo (Apoca­lipse 20:10).

O Novo Testamento praticamente se encrespa com as ativida­des de um Satanás pessoal, não a criação vazia do pensamento da Nova Era. Foi essa entidade pessoal que tentou o Senhor Jesus Cristo e resistiu-lhe durante os anos de seu ministério terreno (Lucas 4:1-13).

O Senhor Jesus deu poder à igreja sobre esses demônios em seu nome (Lucas 9:1). Paulo insta a que nos armemos para a batalha espiritual contra o príncipe das trevas. Satanás se adorna como um anjo de luz a fim de, se possível, enganar até mesmo os escolhidos de Deus. O apóstolo Paulo descreve esse embuste final como “o homem do pecado… Ele se opõe e se levanta contra tudo o que se chama Deus… de sorte que se assentará, como Deus, no templo de Deus, querendo parecer Deus” (2 Tessalonicenses 2:3-4). O capí­tulo treze do livro de Apocalipse cataloga sua perseguição à igreja durante a primeira parte da tribulação que provará toda a terra, e João o mostra abatido e derrotado eternamente com todos os seus seguidores (Apocalipse 20:10).

O movimento Nova Era deixa de reconhecer que os chamados “seres superiores”, fazendo-se passar por avatares (mensageiros) divinos ou mesmo pelos espíritos dos mortos são, na realidade, anjos caídos, controlados diretamente por Satanás e inimigos declarados da igreja de Jesus Cristo.

Mahareeshi Mahesh Yogi, em suas meditações, fala de estudar as escrituras e de praticar a meditação transcendental hindus com a finalidade de entrar em contato com “seres superiores ou deuses” em outros níveis de realidade espiritual.

As palavras da Bíblia retornam com força espantosa: “Antes digo que as coisas que os gentios sacrificam, é aos demônios que sacrificam” (1 Coríntios 10:20), e “Pois ainda que haja alguns que se chamem deuses, quer no céu, quer na terra… para nós há um só Deus, o Pai, de quem é tudo e para quem nós vivemos; e um só Senhor, Jesus Cristo” (1 Coríntios 8:5-6).

Os adeptos da Nova Era empregam as ferramentas do ocultis­mo (cartas taro, cristais, tábuas de ouija, médiuns e canalizadores, astrólogos, e adivinhadores) e estão, na realidade, procurando os poderes do “deus deste século”. Precisamos nos lembrar do antigo provérbio: “Aquele que janta com Satanás faria bem em ter uma longa colher.” Práticas como projeção astral — deixar seu corpo físico durante o sono e viajar a outras esferas de realidade, confor­me ensinado por alguns grupos da Nova Era (Eckankar, por exemplo) — colocam a alma em perigo e entram naquela dimen­são de trevas espirituais governadas por Satanás, o inimigo de toda a justiça (cf. Efésios 6: 11-12).

O profeta ocultista Nostradamus predisse que em 1999 um grande e poderoso líder mundial se ergueria, submetendo a si todas as coisas. Pode bem ser que o anticristo seja uma figura como Maitréia que conseguirá consolidar toda autoridade e então se revelará com “todo poder, e sinais e prodígios de mentira” (2 Tessalonicenses 2:9), ludibriando o mundo com o seu carisma maléfico.

Não importa como todas essas coisas ocorram, elas virão a se passar, e por trás de tudo estarão aqueles que são descritos pelo apóstolo Paulo como “falsos apóstolos, obreiros fraudulentos, transfigurando-se em apóstolos de Cristo. E não é de admirar, pois o próprio Satanás se transforma em anjo de luz. Não é muito, pois, que os seus ministros se transformem em ministros da justiça. O fim deles será conforme as suas obras”(2 Coríntios 11:13-15). A seita Nova Era se encaixa nessa descrição, e somente o tempo revelará a extensão do seu poder.

 

A Segunda Vinda de Cristo

Através dos tempos, a doutrina da ressurreição de Jesus Cristo tem incomodado os inimigos do cristianismo. Ela tem sido ataca­da vigorosamente em todas as eras por ser tanto a pedra funda­mental quanto o ponto crucial da fé cristã. Essa doutrina está inextricavelmente ligada à doutrina da segunda vinda de nosso Senhor para livrar a sua igreja da perseguição e castigar com fogo flamejante e perdição eterna aqueles que “não obedecem ao evan­gelho de nosso Senhor Jesus” (2 Tessalonicenses 1:6-10).

A teologia da Nova Era tenta neutralizar esse evento cósmico espiritualizando-o, ligando-o ao aparecimento de “mensageiros divinos” como o Maitréia, ou tentando apontar um evento espe­cífico como sendo o seu cumprimento. David Spangler, respeitado escritor da Nova Era, exprime isso de outra maneira:

Num sentido muito real, Findhorn representa a segun­da vinda.

Isso é perfeitamente aceitável da perspectiva da visão que a Nova Era tem do mundo, que ignora a pessoa histórica de Jesus Cristo e o fato de que ele prometeu pessoalmente: “Virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estou estejais vós também” (João 14:3).

O quadro de Cristo descendo das nuvens do céu conforme registra João em Apocalipse 1:7, e Paulo em 1 Tessalonicenses 4:16-17, depende diretamente da doutrina da ressurreição de Cristo. Repetidas vezes no Novo Testamento, Cristo profetizou sua ressurreição corporal dos mortos, não sua reencarnação! (Ma­teus 20:19; Marcos 8:3; 9:31; 10:34).

Uma das mais poderosas mensagens sobre esse assunto e a única que descreve a natureza da ressurreição encontra-se no segundo capítulo do Evangelho de João. Após Cristo haver puri­ficado o templo de Jerusalém e os judeus terem pedido um sinal dele para justificar sua autoridade em executar aquele ato, ele lhes respondeu: “Destruí este templo, e em três dias o levantarei de novo. Disseram-lhe os judeus: Em quarenta e seis anos foi edificado este templo, e tu o levantarás em três dias? Mas ele falava do templo do seu corpo” (João 2: 19-21).

Visto podermos presumir que os discípulos e apóstolos de Cristo fossem homens como nós — capazes de pensamento racio­nal, lógico — podemos presumir que se Jesus não voltasse dos mortos em seu próprio corpo dentro de três dias, teria sido consi­derado um falso profeta pelos padrões do Antigo Testamento e digno de rejeição por seus seguidores. É significativo que João 2:22 nos mostra que os apóstolos se lembraram dessa declaração a respeito de levantar o templo quando Cristo se ergueu dentre os mortos e apareceu-lhes com “provas infalíveis” (Atos 1:3).

Os adeptos da Nova Era inclinam-se a pensar que se a ressur­reição de fato chegou a ocorrer, foi uma ressurreição do espírito pressagiando a futura reencarnação do Cristo ou consciência cós­mica. Eles não estão, de forma alguma, preparados para confessar a ressurreição corpórea de Cristo.

Visto os escritores da Nova Era falarem acerca da sobrevivência espiritual do Cristo após a morte do seu corpo, os únicos registros para os quais eles se podem voltar são as narrativas de seus aparecimentos após aquele evento. Considerando Lucas 24, pre­cisamos notar que Cristo disse a seu próprio respeito que um espírito não tem carne e ossos como ele tinha — e isso veio em resposta ao fato de os discípulos o terem percebido apenas como espírito. A pessoa racional precisa rejeitar a redefinição da res­surreição feita pela Nova Era com base no que as Escrituras nos mostram.

O evangelho de João registra que Cristo apareceu aos seus discípulos e apóstolos, chegando a apresentar seu corpo para ser examinado por Tome, o incrédulo (João 20:24-28), confirmando assim a profecia de João 2:19-27 com exame incontestável. Em suma, Cristo refuta todos os argumentos sobre a natureza de sua ressurreição e o fato de sua ressurreição apenas por estar lá! O apóstolo Paulo nos diz em 1 Coríntios 15 que Cristo foi ressurreto dentre os mortos e “foi visto, uma vez, por mais de quinhentos irmãos, dos quais vive ainda a maior parte” (1 Coríntios 15:6). Não é de admirar que Satanás e aqueles que estão sob seu cativeiro (2 Timóteo 2:26) temam a ressurreição de Jesus Cristo. Ela é o penhor da redenção da igreja e do próprio julgamento de Satanás.

A Era de Aquário teme acima de tudo o mais a pregação do evangelho de Jesus Cristo e o fato da sua ressurreição. A filosofia hindu e a revelação cristã postam-se face a face hoje no campo de batalha espiritual do tempo e da eternidade; mas a batalha é do Senhor (1 Samuel 17:47), o reino de Deus virá, e sua vontade será feita na terra como no céu.

Preparemo-nos para dar “a razão da esperança que há” em nós (1 Pedro 3:15); estudemos as Escrituras, nossa constante fonte de força, sob a orientação do Espírito que as inspirou, e resistamos ao diabo, e ele fugirá de nós. Nas palavras do grande hino da igreja:

Coroai-o Senhor da vida, que sobre a tumba triunfou; Que se ergueu vitorioso para a luta dos que veio salvar. As glórias agora cantamos, de quem morreu e se elevou; Que morreu para vida eterna trazer e vive para que a morte possa cessar.

Extraído do livro “Como Entender a Nova Era” de Walter Martin

Sair da versão mobile