Resposta à Igreja Local

Prezado Irmãos 

Com surpresa, recebi um e-mail do ICP transmitindo uma declaração de pessoa que se diz militante de igreja evangélica, identificando-se como obreiro envolvido em várias atividades atinentes aos seus conhecimentos teológicos. Cita estar envolvido em trabalhos na Faculdade Teológica Batista de São Paulo, como professor, liderança na UNAC, integra o grupo de fantoches interdenominacionais, ministrando aulas no Instituto Teológico Quadrangular e ainda no seminário Luz Para as Nações. Sem dúvida, pessoa ocupadíssima entre os evangélicos de várias denominações.

Ainda acrescenta um testemunho pessoal de sua fé em Cristo, declarando mais sua identificação e simpatia com as diversas denominações.

Em seguida vem sua opinião sobre a Igreja Local, de Witness Lee.

RESPOSTA

Indagado sobre “Qual sua opinião sobre a igreja local de Witness Lee? informou que resolveu empreender uma pesquisa procurando averiguar os fatos por si mesmo.

Como se justifica que um cidadão, tão identificado nos meios evangélicos, possa tomar uma decisão espontânea de fazer a defesa de uma igreja da qual ele não é membro declarado?

Não seria uma estratégia da direção da Igreja local para adquirir membros entre as igrejas evangélicas essa manifestação de alguém que se diz não ser membro dessa igreja? Por outro lado – perguntamos – pode estar à frente de tantos ministérios de ensino em entidades educacionais evangélicas uma pessoa que embora afirme sua confissão em Jesus Cristo como único Salvador da humanidade, genericamente, não tenha passado por um exame de suas crenças para assumir responsabilidades tão grandes como a de professor da Faculdade Teológica Batista de São Paulo e outras entidades de ensino? Não se discute sua honestidade como pessoa humana. Discute-se sua forma de crer. Está sua forma de crer identificada com os Artigos de Fé das igrejas para as quais ele ministra ensinos? Claro que não! O que esse cidadão manifesta em sua “opinião”, defendendo a Igreja Local e acusando o ICP de difamação, não corresponde realmente ao que crê a Igreja Local. O livrete com o título “O QUE CREMOS E PRATICAMOS NAS IGREJAS LOCAIS que seria sua forma de crer, na verdade, não é realmente o que crê essa igreja. É’ o que se pode dizer, uma cortina de fumaça na sua propaganda para imiscuir-se nos meios evangélicos. E quem é usado para essa forma falsa de dar a impressão de que a Igreja Local adota doutrinas estritamente idênticas a dos evangélicos? Nada mais, nada menos do que o cidadão que se coloca como evangélico e que dá as boas vindas a todos os evangélicos. Se leu, como afirma, tantos livros editados pela Editora Árvore da Vida, jamais poderia fazer a defesa da Igreja Local. É só inquirir aos membros dessa igreja de onde vieram? Se do mundo ou de igrejas evangélicas e se comprovará que mais de 90% dos membros saíram das igrejas evangélicas. Foram vítimas de proselitismo igual ao que está fazendo o cidadão que vem a público fazer a defesa da Igreja Local. Se não tem consciência do que está sendo usado pela Igreja Local, não passa de um inocente útil fazendo proselitismo para essa igreja nos meios evangélicos. E mais: será que ele leu na integra a apostila a que se refere como sendo um meio de o ICP difamar a Igreja Local? Não parece.

É o que vamos expor.

Entretanto, um adendo, já que o cidadão em apreço admite só um caso em que a Igeja Local entrou em juízo contra o editores do livro The God Man, ele está muito alheio ao que realmente acontece com a Igreja Local em ações movidas contra seus oponentes.

O ICP já foi vítima de reivindicação de direito de resposta movido pela Igreja Local. O mesmo aconteceu com a Primeira Igreja Batista em Mendes, no Rio de Janeiro, num alerta feito pelo então Pr. Carlos Henrique Soares. Ele já sentiu na pele os efeitos de sua publicação no JORNAL BATISTA de 16 de setembro de 1960. Imaginem só! O pastor da referida igreja, sentindo-se incomodado pela ação de proselitismo dos representantes da Igreja Local, fez um alerta em jornal da própria denominação, e foi ameaçado por medidas judiciais se não lhes dessem o direito de resposta.

Em edição de 30 de dezembro de 1980, página 04, o JORNAL BATISTA se viu obrigado a dar o direito de resposta aos líderes dessa igreja. Só esperamos que não sejamos processados pela nossa resposta à “opinião” do cidadão, tão diligente, em se manifestar “espontaneamente” pela internet, endereçando suas razões a favor da Igreja Local.

FALANDO PELOS DOIS LADOS DA BOCA

Essa expressão não é minha. É uma expressão usando por Walter Martin numa entrevista concedida aos líderes adventistas. O mesmo acontece com o nosso cidadão que emite sua “opinião” sobre a Igreja Local. Esta se manifesta de um modo para o público externo, notadamente os pastores das igrejas evangélicas denominacionais. O livrete “O QUE CREMOS E PRATICAMOS NAS IGREJAS LOCAIS” é uma forma de apresentação muito simpática para os pastores sem conhecimento de sua estratégia de proselitismo. Lemos:

“Na vida da igreja, posicionamo-nos pela unidade única do Corpo de Cristo. A fim de manter esta unidade, reunimo-nos como crentes na base da unidade, recebemos todos os crentes segundo a fé comum e procuramos crescer em Cristo de modo que estejamos com Ele no Pai e na glória do Pai, onde somos aperfeiçoados na unidade. Cremos que a oração do Senhor em João 17 será respondida na terra e que, quando formos aperfeiçoados na unidade, o mundo crerá e saberá que o Pai enviou o Filho.” (p. 16)

Quem poderá afirmar que essa declaração de fé na unidade do corpo de Cristo não seja bíblica? Mas a pergunta: onde deve ser mantido essa “unidade única do Corpo de Cristo”? Cada igreja evangélica dentro de sua própria denominação trabalhando com esse objetivo de apresentar a Jesus Cristo como Senhor e Salvador? Absolutamente, não! Unidade única significa que as denominações evangélicas devem abandonar seus nomes denominacionais e se integrarem no localismo, doutrina que explicita que em cada cidade só pode haver uma igreja que represente o Corpo de Cristo. Repetindo: unidade única na Igreja Local

“EXCLUSIVISMO”

O cidadão que subscreve a “opinião” procura justificar que não existe exclusivismo na Igreja Local. Cita em apoio o livrete, “O QUE CREMOS…, onde se lê: “Devemos nos importar com a unidade por isso devemos repudiar e abominar toda divisão. … “Na vida da igreja nos posicionamos sobre a base da unidade de todos os crentes.”

Ingenuidade ou má fé? O que significa para a Igreja Local essa expressão “base da unidade”? Será que o cidadão que emitiu sua “opinião” gratuita não o sabe? Ele sabe que, segundo o ensino da Igreja Local, em cada cidade, só pode haver uma única igreja, que, naturalmente, é a igreja local.

“Uma cidade deve ter somente uma igreja, uma igreja local.” (.”(A Expressão Prática da Igreja, p. 28)

O que realmente declara a Igreja Local sobre as denominações?

“Não tente ser neutro. Não procure reconciliar as denominações com a igreja local. Você nunca conseguirá reconciliá-las. Você consegue reconciliar branco com preto? Sim, mas serão cinza; nem preto e nem branco. (A Expressão Prática da Igreja, p.128).

“Não importa se você é ou não religioso, pois desde que você persiga a igreja, você é parte do dragão ou pelo menos um com ele. Os judeus antigos pensaram que estavam lutando por Deus, mas não perceberam que estavam lutando junto com o dragão para perseguir o povo de Deus, e para causar dano e estorvar a economia de Deus.”(Estudo Vida de Apocalipse, vol. 2 p. 393)

“Hoje em dia há principalmente dois tipos de crentes: um são as denominações, incluindo a Igreja Católica Romana, e o outro é composto daqueles que estão fora das divisões e sobre a base correta.”

“Todos vêem a má influência das denominações; assim, decidem reunir-se em suas casas ou em outros lugares, baseados no princípio de reunir-se em dois ou três.”(A Expressão Prática da Igreja, p. 28)


ORGANIZAÇÕES DE SATANÁS

“O catolicismo romano e o protestantismo, assim como o judaísmo, estão todos nessa categoria, tornando-se uma organização de Satanás, como seu instrumento para danificar a economia de Deus.“(Apocalipse (Versão Restauração), p. 28)

“Visto que a ‘Mãe das Prostitutas’ é a igreja apóstata, as prostitutas, suas filhas, devem ser todas as diferentes facções e grupos no cristianismo que mantêm, até certo ponto, o ensinamento, as práticas e as tradições da Igreja Romana apóstata. A pura vida da Igreja não possui nenhum mal transmitido da Igreja apóstata.” (Idem, p. 107)

Alega o cidadão da “opinião” que reconhece que na “ Igreja Católica… há muitos crentes em Cristo, lavados pelo sangue e regenerados pelo Espírito” e que eles os recebem como seus irmãos e irmãs no Senhor? Dá para crer na sinceridade de uma organização religiosa que assim se pronuncia, dolosamente, quando afirma em sua literatura que a Igreja Católica é a “Mãe das Prostitutas”. Um católico que se prostra diante de uma imagem de santos ‘é um crente regenerado e lavado no sangue do Senhor Jesus? Se realmente o nosso opositor crê nisso, então mostre na Bíblia apoio para sua declaração.
Não transparece a hipocrisia religiosa, muito semelhante ao pregador que se intitula o maior pregador de cura divina dos tempos modernos, ao declarar a plenos pulmões em seus programas de rádio, “Meus irmãos evangélicos, meus irmãos católicos, meus irmãos espíritas”… O que está querendo esse pregador? Nada mais do que aliciar adeptos. Assim, hipocritamente age a Igreja Local ao admitir que recebe à mesa da comunhão um idólatra, regenerado e lavado no sangue de Jesus. Isso sim é apostasia! (1 Tm 4.1)

O que deve ser entendido dito acima quando coloca a igreja Católica como a mãe das prostitutas do Apocalipse e suas filhas como as diferentes facções do cristianismo? Está afirmando que o cristianismo estabelecido é a Babilônia, e as filhas da grande prostituta sendo as denominações evangélicas. Quando a Igreja Local reconhece que há cristãos verdadeiros nas denominações está expondo que essas pessoas devem abandonar a Babilônia se quiserem se salvar. Por um lado da boca aquela voz amiga de acolhimento a todos os membros das denominações. Por outro lado da boca, aquela acusação ferina de que fazemos parte da Babilônia, a prostituta, e somos considerados como filhos da prostituta.

RESTAURAÇÃO DA IGREJA

A Igreja Local estabelece três pontos sobre sua posição em face das outras igrejas:

1.Denominacionalismo é pecado em detrimento do crescimento espiritual. A igreja precisa ser unificada.

2.Só pode existir uma igreja em cada cidade e a Igreja Local é independente de todas as igrejas.

3.Os crentes devem quebrar sua lealdade às suas igrejas e estabelecer uma igreja local.

A igreja local usa do mesmo artifício do mórmons. Só que estes pregam a restauração pelo nome da igreja – Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos últimos Dias – enquanto que a Igreja Local fala do localismo. Freqüentemente os membros se utilizam da palavra restauração para afirmar que, com o surgimento da igreja local, a igreja foi restaurada na terra

“A restauração de Deus não começou no século vinte. Embora seja difícil fixar uma data exata para o seu início, é conveniente estabelecê-la na época da Reforma. A restauração passou por muitos estágios desde a Reforma… prosseguindo para a revelação de muitas verdades preciosas da Bíblia através dos Irmãos de Plymouth e depois continuando até a genuína experiência da vida interior. Agora ela atingiu o seu estágio atual com o estabelecimento das genuínas igrejas locais…”(O Que Cremos e Praticamos na Igreja Local, p. 8)

Pensamos: será que os pastores das igrejas evangélicas e o próprio cidadão que emite sua “opinião” são tão ingênuos que não percebem a malícia de tal declaração tão acintosa? A expressão “genuínas igrejas locais” tem algum sentido de exclusividade ou não? É´ ou não exclusivista? Se só as igrejas locais são genuínas, obviamente que todas as demais são falsas ou espúrias. Como manter comunhão com as denominações que são filhas da prostituta do Apocalipse? Não declara Ap 18.1-4 para sair da Babilônia? Pois é justamente isso que quer a Igreja Local e subestima a inteligência dos evangélicos pensando que todos eles são pessoas simples como as pombas que se podem enganar a todo o tempo. Lamento saber que um cidadão que adota os pontos doutrinários da Igreja Local e procura defendê-los abertamente esteja à frente de entidades educacionais evangélicas.

É’ incrível que pessoas que se servem da Bíblia para mostrar que suas doutrinas se baseiam na sua autoridade consigam, ao mesmo tempo, negar a continuidade da Igreja fundada por Jesus no dia de Pentecostes. (At 2.37-44). Jesus prometeu que as portas do inferno não prevaleceriam contra a sua igreja (MT 16:18) “Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela;”

Será que as portas do inferno prevaleceram contra integridade da sua Igreja e que a igreja, por ele fundada no dia de Pentecostes, veio a apostatar precisando ser restaurada por Witness Lee? Não prometeu Jesus estar conosco todos os dias até à consumação dos séculos?

(MT 28:20) “Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém.”

Como aceitar essa arrogância religiosa de Witness Lee em afirmar que com o estabelecimento das genuínas igrejas locais a igreja foi restaurada na terra? Isso é realmente característica de seita – a exclusividade- baseada numa suposta revelação dada pelo Senhor Jesus ao líder fundador.

IGREJA LOCAL – UMA DENOMINAÇÃO

Mesmo negando sua condição de denominação e alegando que as denominações são divisões do Corpo de Cristo, a Igreja Local não pode negar essa sua condição denominacional:

Declaram no livrete, O QUE CREMOS… citado acima, que tiveram um nome denominacional – os “Irmãos de Plymouth” surgidos como denominação em 1828 nos Estados Unidos. Watchman Nee separou-se deles e criou sua própria denominação conhecida como o ”Movimento do Pequeno Rebanho” .

Vejamos como Witness Lee explica os motivos que deram ocasião à fundação de uma nova denominação:

“Por volta de 1933, o irmão Watchman Nee, percebendo a confusão reinante entre as assembléias dos “Irmãos” e por estar grandemente preocupado com a linha demarcatória ou o limite da igreja local, leu novamente o Novo testamento a fim de ficar claro sobre esta questão.”(A Expressão Prática da Igreja, p. 75)

Witness Lee começou a ler os escritos de Watchman Nee e se tornou pregador dessa nova facção. Posteriormente Witness Lee se separou do “ Movimento do Pequeno Rebanho” e criou seu própria facção em Taiwan, partindo daí para os Estados Unidos em 1962 adotando o localismo, que é a característica principal da Igreja Local.

Vejamos agora a confissão espontânea dessa igreja com a característica de toda e qualquer denominação.

“ No que diz respeito às questões financeiras, as igrejas locais estão legalmente registradas com relação ao governo, como entidades religiosas que não visam lucro.”(O Que Cremos e Praticamos nas Igrejas Locais, p. 17).

Essa não é a situação legal de todas as denominações de estarem registradas como entidades religiosas? Isso não faz da igreja local uma denominação igual às demais? Sem dúvida que sim. Mas não é só isso.

O grande historiador Philip Schaff, na sua obra História of Christian Church, p. 371 declara, “m grandes cidades, como em Roma, a comunidade cristã dividiu-se a si mesma em várias assembléias em casas próprias, as quais, as vezes, eram dirigidas as cartas como a uma unidade.”

A Igreja Local baseia sua distinção como igreja restaurada, como dissemos, ao localismo, mas Jesus ensinou que a base verdadeira da igreja não se assenta na situação geográfica de um município, mas na sua própria pessoa.

(MT 7:21) “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.”

(MT 7:22) “Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas?”

(MT 7:23) “E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade.”

(MT 7:24) “Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras, e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha;”

Ou seja, a base da fé está em uma fé viva em Jesus Cristo e,se assim acontecer, não precisamos dessa idéia de homens de restaurando a igreja na base do localismo.

“A jurisdição de uma Igreja local deve abranger a cidade toda na qual a Igreja está; não deve ser maior nem menor que o limite da cidade. Todos os crentes dentro daquele limite devem constituir a Igreja local única naquela cidade.”(Apocalipse (Versão Restauração), p. 16)

“Se você se mudar de São Paulo para Belo horizonte, não precisa se preocupar quanto a qual ‘igreja’ você irá. É tão claro. Você irá à igreja naquela cidade, à igreja local. Não irá a uma igreja chamada pelo nome de alguma rua, mas à igreja local naquela cidade; não à igreja de alguma casa ou de alguma universidade, mas daquela cidade. Se você entrar em qualquer outra coisa afora a igreja local daquela cidade, entrará numa divisão; se entrar na igreja daquela cidade, entrará na unidade.”(A Visão da Igreja, p. 10,11).

É’ de espantar a petulâncìa de Witness Lee. Afirma,enfaticamente, tirando a capa de ovelha,

“Se as denominações estão erradas e a igreja local correta, temos de derramar cada gota de nosso sangue por ela. Há necessidade de sermos absolutos! O Senhor não gosta de qualquer tipo de mistura.”(A Expressão Prática da Igreja, p. 97)

“Agora precisamos ver o que devemos fazer com as denominações. Alguns irmãos que viram que as denominações estão erradas, ainda insistem que precisamos ficar lá. Se são erradas, deveríamos permanecer nelas? Deveríamos permanecer em algo errado? (A Expressão Prática da Igreja, p. 117,118)

Entretanto, em Mt 16.16-18 confirma o que afirmamos.Simão Pedro respondeu à indagação de Jesus sobre sua identidade, “Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo.” Sobre essa declaração de Pedro foi firmada a igreja de Jesus Cristo e ela tomou forma física em Pentecostes.
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ADVERTÊNCIA AOS PASTORES

Você, prezado pastor denominacional, aceite um conselho de Witness Lee, pois neste particular ele acertou:

“Digamos que você seja um pastor de uma denominação.Você permitiria que um membro de sua denominação permanecesse e ainda minasse sua obra? Você teria de despedi-lo.” (A Expressão Prática da Igreja, p. 118)

É o que recomendo à direção da Faculdade Teológica Batista de São Paulo e outras entidades onde esse cidadão ministra. Como pastor denominacional eu seguiria incontinenti o conselho dado por Witness Lee.Demitiria esse professor. Seguiria estritamente o conselho de Witness Lee. Esse professor está minando a obra de Deus com doutrinas estranhas (Hb 13.9). E não vão saindo por aí dizendo que é muita intransigência da nossa parte pois estou apoiado pela Bíblia.

(2JO 1:9) “Todo aquele que prevarica, e não persevera na doutrina de Cristo, não tem a Deus. Quem persevera na doutrina de Cristo, esse tem tanto ao Pai como ao Filho.”
(2JO 1:10) “Se alguém vem ter convosco, e não traz esta doutrina, não o recebais em casa, nem tampouco o saudeis.”
(2JO 1:11) “Porque quem o saúda tem parte nas suas más obras.”


TRINDADE

O ICP afirma que a I. L. não crê na Trindade 
1.
2.
A doutrina da Trindade é usualmente declarada nos seguintes termos:

“Na natureza do único e eterno Deus há três pessoas eternamente distintas, o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Todas as três pessoas são o mesmo Deus, embora o Pai não seja nem o Filho e nem o Espírito; o Filho não seja nem o Pai e nem o Espírito; e o Espírito não seja o Pai e nem o Filho. “

A Bíblia ensina que Deus subsiste em três Pessoas. Pai, Filho e Espírito Santo. São três Pessoas distintas com uma só e a mesma natureza. Não três deuses, mas um Deus, no qual há distintamente três Pessoas.

A igreja Local crê na doutrina da Trindade da forma acima exposta? Certamente que não!

“A teologia nos ensina que o Deus Triúno compõe-Se de três pessoas e uma única substância, que as três pessoas não devem ser confundidas e que a única substância não deve ser dividida.”(A Economia Divina, p. 87)

Eles afirmam que “ a teologia” se excluindo dela, o que indica que não crêem na doutrina como nós cremos.
Ao contrário, crêem que existe uma só pessoa na Deidade que se expressou em três estágios ou funções. Essa única pessoa eles chamam de Jesus Cristo. Ele é todo-inclusivo. Dizem eles.

Comentando 2 Co 3.17 vemos uma doutrina exposta como se fosse a Trindade tradicional.

“Temos que admitir que o Espírito deve ser o Espírito Santo. Portanto, o Filho é chamado Pai; e o Filho, que é o próprio Senhor, também é o Espírito. Isso quer dizer que o Pai, o Filho e o Espírito Santo são Um.” (A Economia de Deus, p. 52)

“O Pai está no Filho, e o Filho está no Espírito. Não apenas a pessoa do Filho está no Espírito Santo, mas também a obra realizada do Filho.”( A Economia de Deus, p. 109)

“O Espírito Santo inclui Deus Pai, Deus Filho, as naturezas divina e humana, a vida humana de Cristo…” (idem 109

Quando o Filho veio, não veio sozinho, não deixou o Pai nos céus.(A Economia Divina” p. 40)

“Provavelmente nos disseram no passado que quando o Filho veio nascer como um homem, Ele deixou o Pai no trono no céu, mas a Bíblia nos diz que quando o Filho veio, Ele veio com o Pai. (A Economia Divina, p.41)

O ensino modalista sobre a Trindade estabelece

“Quando a Bíblia se refere a Deus, está falando no Espírito Santo que é o Pai, Criador e Senhor de todas as Coisas.”,
“Jesus tanto é o Pai, como é o Filho…”,
“antes da manifestação de Jesus como homem, não havia Filho de Deus (somente anjos eram tidos como Filho de Deus)…”,
“Jesus pode ser Pai e também o Filho? É muito lógico que sim, pois Ele é Deus…”.
Esse é o credo de uma igreja que segue o modalismo: a Igreja Voz da Verdade.


ILUSTRAÇÕES DA TRINDADE

Ilustrando a sua forma de crer na Trindade assim escreve Witness Lee:

“ O Pai está ilustrado pela melancia inteira; o Filho, pelas fatias e, finalmente, o Espírito, pelo suco. Agora você vê este ponto: o Pai não é apenas o Pai, mas é também o Filho. E o Filho não é apenas o Filho, mas é também o Espírito. “(Idem, p. 71)

Outra ilustração usada pelo mesmo escritor:

“Alguns homens são de pouco propósito; por isso, sua aparência é sempre a mesma. Contudo, um homem cheio de propósito terá várias aparências. Se você pudesse visitá-lo em sua casa logo pela manhã, veria que ele é um pai ou um marido. Depois do café da manhã, talvez vá a uma universidade para ser um professor. À tarde, no hospital, é possível que o veja com um uniforme branco de médico. Em casa é um pai, na universidade é um professor, e no hospital é um médico. Por que ele é esses tipos de pessoas? Porque ele é um homem que tem grandes propósitos”… “O pai em casa, o professor na universidade e o médico no hospital são três pessoas com um só nome.” (A Expressão Prática da Igreja, p. 8)

Este pai, professor e médico “não são três pessoas”; mas uma só e a mesma pessoa, mesmo porque o exemplo dado fala de “um homem” e não de três homens. Um homem com três profissões ou com três funções.

A situação da Igreja Local se torna mais grave quando ela mesma admite “O modalismo é herético.” (O QUE CREMOS E PRATICAMOS NAS IGREJAS LOCAIS, p. 200

O que esse oponente tem a dizer quanto a essa prova evidente de que a igreja Local ensina o modalismo??? Ensinam que Jesus Cristo é o próprio Pai, e Ele é também o Filho e o Espírito. Insistem que crêem que o Pai,o Filho e o Espírito são pessoas reais. Para eles, a palavra pessoa tem o sentido de personagem. Assim como um único artista de palco se apresenta sucessivamente ao público como a figura do Pai, muda de roupa nos bastidores e veste-se como o Filho. De novo volta aos bastidores e se veste como o Espírito Santo, quantas pessoas se apresentaram no palco? Três pessoas ou uma pessoa vestida de três modos… “E sendo Jesus batizado, saiu logo da água, e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito de Deus descendo com pomba e vindo sobre ele.” (Mt 3.16)

Erra o nosso oponente ao afirmar que o modalismo ensina que “quando o Filho veio, o Pai deixou de existir, e então quando o Espírito veio, o Filho deixou de existir.” O modalismo afirma que o Pai é a natureza divina de Jesus e Filho é a natureza humana de Jesus, que também é o Espírito Santo. Ilustrando a doutrina da Trindade, o modalismo ensina que o Pai, Filho e Espírito podem ser ilustrados da seguinte forma.

Um homem pode ser um pai, ao mesmo tempo que é filho e marido. Três modos de ser de uma pessoa e não três pessoas.

MONARQUISMO MODALISTA

A Igreja Local ensina que o Pai, o Filho e o Espírito Santo são três passos sucessivos da revelação de Deus à humanidade.

“Assim, as três Pessoas da Trindade tornam-se os três passos sucessivos no processo da economia de Deus. Sem esses três estágios, a essência de Deus nunca poderia ser dispensada para dentro do homem. A Economia de Deus é desenvolvida do Pai, no Filho e através do Espírito.” (A Economia de Deus, p. 13)

Não há que duvidar que esse aspecto do ensino de Lee é o monarquismo modalista, ou seja, o Pai, o Filho e o Espírito Santo são três modos sucessivos ou estágios da manifestação de Deus aos homens e não são três pessoas distintas.

“Quando Jesus nasceu, Ele se tornou carne. Quando ressuscitou, tornou-Se o Espírito.”(A Economia Divina, p. 71)

Se Jesus houvesse se tornado o Espírito Santo quando ressuscitou dos mortos e, considerando que o Espírito santo desceu no dia de Pentecostes teria então ocorrido a segunda vinda de Jesus. (At 2.1-4)

Entretanto, a ortodoxia bíblica estabelece que no mistério da encarnação, aquelas duas naturezas nunca se amalgamaram e jamais se amalgamarão. No grande mistério da encarnação, aqueles duas naturezas se uniram, não numa nova natureza, mas, numa pessoa, a pessoa do Senhor Jesus Cristo. Ele permanece inteira e verdadeiramente Deus e inteira e verdadeiramente homem, mas sem qualquer amálgama.

DISTINÇÃO ENTRE AS PESSOAS DA TRINDADE

A distinção entre as três Pessoas da Trindade são observadas na Bíblia, como passamos a expor:

1. Pai e Filho são duas pessoas distintas:

a) como duas testemunhas:

Se eu testifico de mim mesmo, o meu testemunho não é verdadeiro. Há outro que testifica de mim, e sei que o testemunho que ele dá de mim é verdadeiro.”(Jo 5.31,32).

“E, se na verdade julgo, o meu juizo é verdadeiro, porque não sou eu só, mas eu e o Pai que me enviou. E na vossa lei está também escrito que o testemunho de dois homens é verdadeiro. Eu sou o que testifico de mim mesmo, e de mim testifica também o Pai, que me enviou. (Jo 8.16-18)

b) O que envia e o enviado:

“Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele.”(Jo 3.17)
“Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher…” (Gl 4.4)

Ora, o que o nosso oponente confirma o modalismo quando insiste em afirmar, “Quando o Filho veio, o Pai veio com Ele. Quando o Espírito veio, o Filho e o Pai vieram.”
Paulo ensinava que Cristo voltaria pessoalmente para buscar a Igreja (1 Ts 4.16-18)

b) nas saudações:

Graça e paz da parte de Deus nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo.(1 Co 1.3)
“Paulo apóstolo (não da pare dos homens, nem por homem algum, mas Jesus Cristo e por Deus Pai, que o ressuscitou dos mortos.(Gl 1.1)

2. O Pai não é o Espírito Santo

a) O Pai envia o Espírito Santo

“Eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre.”(Jo 14.16)
Mas, quando vier o Consolador, que eu da parte do Pai vos hei de enviar, aquele Espírito de Verdade, que procede do Pai, ele testificará de mim. (Jo 15.26)

b) O Espírito Santo intercede junto ao Pai

“… mas o mesmo Espírito intercede por nós, com gemidos inexprimíveis.” E aquele que examina os corações sabe qual é a intenção do Espírito; e é ele que segundo Deus intercede pelos santos.” (Rm 8.26,27)

3. Jesus não é o Espírito Santo

a) O Espírito Santo é outro Consolador

“Eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre. “(Jo 14.16)
“Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis; e, se alguem pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo.”(1 Jo 2.1)

b) O Espírito Santo glorifica a Jesus

“Ele me glorificará, porque há de receber do que é meu, e vo-lo há de anunciar.(Jo 16.14)

c) O Espírito Santo desceu sobre Jesus no momento do batismo

“E sendo Jesus batizado, saiu logo da água, e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito de Deus descendo com pomba e vindo sobre ele.” (Mt 3.16)

4. Pai e Filho são duas pessoas distintas:

c) como duas testemunhas:

“Se eu testifico de mim mesmo, o meu testemunho não é verdadeiro. Há outro que testifica de mim, e sei que o testemunho que ele dá de mim é verdadeiro.”(Jo 5.31,32).

“E, se na verdade julgo, o meu juizo é verdadeiro, porque não sou eu só, mas eu e o Pai que me enviou. E na vossa lei está também escrito que o testemunho de dois homens é verdadeiro. Eu sou o que testifico de mim mesmo, e de mim testifica também o Pai, que me enviou.” (Jo 8.16-18)

b) O que envia e o enviado:

“Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele.” (Jo 3.17)

“Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher…”(Gl 4.4)

5. O Pai não é o Espírito Santo

c) O Pai envia o Espírito Santo

“Eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre.”(Jo 14.16)

“Mas, quando vier o Consolador, que eu da parte do Pai vos hei de enviar, aquele Espírito de Verdade, que procede do Pai, ele testificará de mim.” (Jo 15.26)

d) O Espírito Santo intercede junto ao Pai

… mas o mesmo Espírito intercede por nós, com gemidos inexprimíveis.” E aquele que examina os corações sabe qual é a intenção do Espírito; e é ele que segundo Deus intercede pelos santos. (Rm 8.26,27)

6. Jesus não é o Espírito Santo

d) O Espírito Santo é outro Consolador

“Eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre.” (Jo 14.16)
“Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis; e, se alguem pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo.”(1 Jo 2.1)

e) O Espírito Santo glorifica a Jesus

“Ele me glorificará, porque há de receber do que é meu, e vo-lo há de anunciar.”(Jo 16.14)

f) O Espírito Santo desceu sobre Jesus no momento do batismo

(MT 3:16) “E, sendo Jesus batizado, saiu logo da água, e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito de Deus descendo como pomba e vindo sobre ele.”

(MT 3:17) “E eis que uma voz dos céus dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo.”


JESUS COM NATUREZA AMALGAMADA

A pessoa de Jesus é motivo de controvérsias. Algumas seitas negam sua humanidade afirmando que ele tinha um corpo fluídico, aparente; outros negam sua divindade, alegando ser ele o arcanjo Miguel, antes de tomar a forma humana. A igreja local ensina o amálgama da sua natureza divina com a natureza humana. Seria como se disséssemos que Jesus é 50% Deus e 50% homem formando nova natureza misturada.

“O princípio da encarnação é que em tudo Deus está amalgamado com o homem, e o homem está amalgamado com Deus”(A Expressão Prática da Igreja, p. 146)

Falando de Cristo, Lee afirma:

“Por um lado, Ele tem a natureza divina; por outro, Ele tem a natureza humana. A natureza divina é amalgamada com a natureza humana em unicidade.”(A Visão do Edifício de Deus, p. 97,98)

“Podemos demonstrar esta relação mergulhando um lenço branco em tinta azul. A divindade do pai podia ser originalmente comparado ao lenço branco. Este lenço, imerso em tinta azul, representa o Pai no Filho encarnando-Se na humanidade. A peça branca agora tornou-se azul. Assim como o azul foi adicionado ao lenço, assim também a natureza humana foi adicionado à divina, e as naturezas antes eram separadas, agora tornaram-se uma.” (A Economia de Deus, p. 13,14)

Mais uma ilustração de Lee:

“Tome um copo com água e misture chá. A água torna-se algo mais que apenas água. Originalmente era água, mas agora é água amalgamada com chá. Antes de Deus Se encarnar, Ele era Deus e apenas Deus. Mas após sua encarnação, Ele é Deus amalgamado com homem. Nele não há apenas a divina natureza, mas também a natureza, a essência humana, o elemento humano.Ele é Pai, Ele é o Filho, Ele é o Espírito e Ele é homem.” (The All-Inclusive Spirit of Christ, p. 189, em inglês)

“Através da Sua encarnação, Ele trouxe Deus para dentro do homem e amalgamou a essência divina de Deus com a humanidade. Em Cristo não há somente Deus, mas também o homem.” (Idem, p. 14)

Se o ensino de Witness Lee fosse correto teríamos de concluir que a natureza divina amalgamada à natureza humana, faria com que essa nova natureza deixasse de ser inteiramente divina e sua natureza humana deixasse de ser inteiramente humana. Então, Jesus não seria absolutamente Deus nem absolutamente homem, mas metade de cada uma delas. Jesus antes de tomar forma humana era absolutamente Deus como lemos em Jo 1.1 “, … e o Verbo era Deus.” Vivia na condição de Deus, …” que sendo em forma de Deus…(Fp 2.5) Na sua encarnação foi-lhe preparado um corpo humano,“…corpo me preparaste. (Hb 10.5)

Paulo define a natureza divino-humana de Jesus afirmando que nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade.(Cl 2.9) Ainda em Rm 9.5 Paulo se refere a Jesus dizendo, … “dos quais é Cristo segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito eternamente. É assim uma personalidade teantrópica (theos: Deus; ântropos: homem) como lemos em Is 7.14, comparado com Mt 1.23 Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e chama-lo-ão pelo nome de EMANUEL, que traduzido é: “Deus conosco.” Afirmamos, pois, que Jesus é verdadeiramente Deus e verdadeiramente homem e uma só pessoa não com naturezas amalgamadas, ou misturadas.
Esse ensino leva a seguinte conclusão: as duas naturezas foram amalgamadas numa tal mistura que ambas as naturezas cessaram de ter sua própria identidade, dando assim lugar a uma terceira e nova que é a amálgama das anteriores. Não há mais uma natureza divina que seja exclusivamente divina. E a natureza humana de Cristo não é mais exclusivamente humana.

Deve-se ter presente que Lee não usa a palavra “amalgamar” com o sentido de manter comunhão. Amalgamar diz Lee, “é muito mais do que misturar, é uma união intrínseca. (The Four Major Steps of Christ, p. 6)

“O princípio da encarnação é que em tudo Deus está amalgamado com o homem, e o homem está amalgamado com Deus.’(A Expressão Prática da Igreja, p. 146)

“Através da Sua encarnação, Ele trouxe Deus para dentro do homem e amalgamou a essência divina de Deus com a humanidade. Em Cristo não há somente Deus, mas também o homem.” (Idem, p. 14)

Se o ensino de Witness Lee fosse correto teríamos de concluir que Jesus não seria absolutamente Deus nem absolutamente homem, mas metade de cada uma delas a natureza divina amalgamada à natureza humana Jesus antes de tomar forma humana era absolutamente Deus como lemos em Jo 1.1, … e o Verbo era Deus. Vivia na condição de Deus, “… que sendo em forma de Deus…”(Fp 2.5) Na sua encarnação foi-lhe preparado um corpo humano, “… corpo me preparaste. (Hb 10.5)


QUATRO CONSEQUÊNCIAS SÉRIAS DO ENSINO DE AMALGAMAR

1. O Deus não identificável 

Se a natureza de Deus é misturada com a natureza humana para formar uma nova natureza, Deus não existe mais como Deus verdadeiro. Ele perdeu sua identidade distinta. Ele foi destituído de sua deidade absoluta. Deus deixa de existir e é substituído por uma nova natureza composta de uma mistura do Deus de outrora unindo-se a um ex-homem.

2. O homem que deixou sua natureza humana

O homem que se amalgamou com Deus, torna-se algo inteiramente diferente daquele homem original. Ser homem foi apenas uma coisa temporária. No sistema de Lee o homem não é redimido, mas substituído.

3. Desprezo pela natureza humana 

Há uma atitude de desdém e dó para com os pobres seres humanos que ainda não foram amalgamados com a natureza divina. Os da Igreja Local são homens-Deus.

4. O fardo Insuportável

O fardo de ser um homem-Deus é simplesmente pesado demais para um ser humano suportar. As exigências são por demais extremas. Deus nunca planejou isso. Os membros da Igreja Local podem falar sobre ser Deus homem, mas eles ainda são tão humanos como todos nós.

Ora, o que se pode esperar do ensino acerca da Trindade se Lee confessa, abertamente, que pouco lhe importa o que se crê acerca dessa doutrina.

“Para nós hoje, a Trindade não deve ser assunto doutrinário…”
“Não devemos ter uma Trindade doutrinariamente…” (Estudo Vida de Apocalipse, vol. II, p. 376,377)


A IGREJA LOCAL E A MENTE

Os membros da igreja Local são ensinados a liberar o espírito. Freqüentemente usam a expressão, “libere o espírito, irmão.” “Oh! Mas você está na mente irmão, deve aprender a voltar para o seu espírito.” Assim, é a resposta típica dos membros da Igreja Local a qualquer questionamento de suas doutrinas. Liberar o espírito significa não recalcitrar contra os ensinos de Witness Lee nos seus comentários sobre a Bíblia.

“Em nosso funcionar, precisamos liberar o espírito. ‘A letra mata, mas o Espírito dá vida.’ A letra significa doutrinas, formas, regulamentos, e até mesmo maneiras ou métodos. Todas estas coisas são letras. Qualquer coisa além do Espírito é um tipo de letra, e essa mata.” (A Expressão Prática da Igreja, p. 115)

“Esqueça sobre ler, pesquisar, entender e aprender a Palavra. … a idéia que muitos de nós temos a respeito da Bíblia, é que ela é uma espécie de ensino, um livro cheio de doutrinas. Deste modo nós chegamos à Palavra com a intenção de entendermos e sabermos alguma coisa…. Nós não devemos ir à Bíblia para aprender e entender somente” (Orar-Lendo a Palavra, p. 7)

“Posso dizer uma palavra franca, honesta e amorosa para esses queridos? Esqueçam-se da doutrina e olhem para vocês mesmos! Quem e o que é você? Pouco importa se a doutrina é correta ou não.” (Estudo-Vida de Apocalipse, 362)

“Assim, quando formos às reuniões da igreja, devemos ser ousados para funcionar. Não devemos pensar demais, mas simplesmente funcionar liberando o nosso espírito a fim de expressarmos o Senhor. Desta maneira, cresceremos em nossa função e seremos mais e mais fortes, mais e mais ricos.”(A Expressão Prática da Igreja, p. 144)

“Ensinamentos bons, certos, bíblicos e até mesmo ensinamentos espirituais têm sido usados pelo inimigo como substituto para o próprio Cristo. Muitos grupos de cristãos não se fundamentam em Cristo, mas em seus ensinamentos.” (A Estratégia de Satanás Contra Igreja, p. 6)

Assim os membros da Igreja Local pensam que deixaram a doutrina para trás. Entendem que doutrina é algo da mente e nada de Cristo e que podem entender sem suas mentes. A mente deve ser deixada de lado. O espírito, aquela parte do ser humano que é supostamente a única capaz de experimentar a verdadeira compreensão espiritual, é que deve ser exercitada a “se alimentar de Cristo”.

Esse ensino segundo o qual devemos evitar o uso da mente é totalmente contrário ao que diz Jesus na Bíblia. Ele nunca mandou fecharmos a mente. Na Parábola do Semeador Jesus apontou que apenas um dos quatro terrenos onde a semente (a Palavra) foi lançada é que germinou. O terreno que foi considerado a boa terra foi aquele que representado por pessoas que entenderam a Palavra,

“Mas o que foi semeado em boa terra é o que ouve e compreende a Palavra; e dá fruto, e um produz cem, outro sessenta e outro trinta.”(Mt 13.23)

Noutra ocasião Jesus criticou seus ouvintes por não entenderam a Palavra, dizendo, “Até vós mesmos estais sem entender?”(Mt 15.16)

“Não compreendeis ainda, nem vos lembrais dos cinco pães para cinco mil homens, e de quantas alcofas levantastes?” (Mt 16.9)

“Quando pois virdes que a abominação da desolação, de que falou o profeta Daniel, está no lugar santo; quem lê, atende.”(Mt 24.15)
Copiar Lc 24.45; Jô 8.42)

Ora, fundamentalmente, Jesus recomenda amarmos a Deus com nossa mente, mas se devemos abdica-la, como então como poderíamos amá-lo da forma que ele exige?

“Ame o Senhor seu Deus com todo o coração, com toda a alma, com toda a alma e com toda a mente.”(Mt 22.37,38, BLH)

O nosso oponente confirma a preocupação da Igreja Local não é entender que o lê-em na Bíblia. Sua principal preocupação é “liberar o espírito”. Dizem “sempre que lemos a Bíblia, não devemos somente tentar conhece-lo, mas apropriar-nos de alguma coisa da essência de Deus para dentro de nós, assim como fazemos ao comer o alimento.”

A DEIDADE HUMANA

Imagine, se não é blasfêmia o centro da doutrina de Lee, “apropriar-nos de alguma coisa da essência de Deus para dentro de nós”. O que caracteriza realmente um cristão dentro do ensino de Lee?

Não há dúvida quanto a isso. Ser um verdadeiro cristão simplesmente significa estar amalgamado com Deus, ser um Deus-homem.

“O Pai está no Filho, o Filho está no Espírito, e o Espírito agora está no Corpo. Eles agora são quatro em um: o Pai, o Filho, o Espírito e o Corpo.”(A Expressão Prática da Igreja, p. 46)

Quanto à pessoa de Jesus é dito:

“Não nos esqueçamos de que Aquele que morreu por nós na cruz era tanto Deus quanto homem: o homem-Deus.”(A Economia Divina, p. 51)

Quanto aos membros da Igreja Local , é dito:

“Um cristão não é meramente um homem bom mas um homem-Deus. Fomos feitos à imagem de Deus com um espírito para recebê-lo para dentro de nós como nossa vida, nosso suprimento de vida e como tudo para nós para ser nosso conteúdo, a fim de que sejamos homens-Deuses.”(A Economia Divina,p. 17)

“Somos então o aumento, a expansão, da manifestação de Deus na carne. É novamente Deus Se manifestando na carne, mas de uma maneira mais ampla.”(A Economia de Deus, p.

Esteja bem consciente. Deus não quer que você seja um bom cristão apenas.

“Ele não quer que você seja um homem bom, mas quer que você seja um homem-Deus.”(A Economia Divina, p. 17

Isso não é o ensino do Movimento Nova Era?

A atriz Shirley MacLaine,no convés de um navio no Oceano Pacífico, com os braços estendidos, cantou : “Eu sou Deus, eu sou Deus, eu sou Deus.”

Esse é o motivo dos gurus orientais afirmarem que são Deus. O guru Sathya Sai Baba afirma que “… você é o Deus deste universo”.

ORAR LENDO A PALAVRA

3. O ICP afirma que a I. L. não estimula o estudo da Bíblia, e que o substitui pela prática do “orar-lendo” a Palavra.

Na mesma linha de abdicar da mente e “liberar o espírito” existe a prática do orar lendo a palavra.

“Não que devemos agora argumentar sobre doutrina, mas devemos reconhecer que não há necessidade de nós fecharmos os olhos quando oramos. Seria melhor que fechássemos a nossa mente!

“Simplesmente pegue a Palavra de Deus e ore lendo alguns versículos de manhã e à noite. Não há necessidade de você exercitar a sua mente para tirar dela algum proveito e não é necessário que você reflita sobre o que leu.

“Por exemplo, ao orar-lendo Galatas 2.19 (leia-se v. 20), apenas olhe para a página impressa que diz: ‘Estou crucificado com Cristo.’ Então com os olhos na Palavra e orando do fundo do seu interior diga: Glória ao Senhor, Eu estou crucificado com Cristo’. Amém! ‘Eu estou’, Oh, Senhor! ‘Estou crucificado’. Louvado seja o Senhor! ‘Crucificado com Cristo’, Amém! Aleluia! “Estou crucificado com Cristo.” Contudo, Amém! ‘Eu vivo’, Ó Senhor! ‘Eu vivo’ Aleluia! Aleluia!, ‘Não eu, mas Cristo.’ etc. …

“ Aí talvez, você abra em João 10.10 e leia: ‘eu vim para que tenham vida’. Então com os seus olhos ainda na Bíblia você pode orar ‘Eu vim’, Amém! ‘Eu vim’. Aleluia! Eu vim para que tenham vida’. Louvado seja o Senhor! ‘para que tenham vida’. Aleluia! ‘Vida’ Amém! ‘Vida’ Ó Senhor! Vida”. Não há necessidade de vocë compor nenhuma sentença ou criar uma oração, somente você verá que toda a Bíblia é um livro de oração!”(Orar-Lendo a Palavra, p. 6,7)

Jesus ensinou que não devemos ser repetitivos na oração: “E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios, que pensam que por muito falarem serão ouvidos.”(Mt 6.7) Quando oramos precisamos ser específicos na nossa oração e não falarmos palavras desconexas, sem sentido. É necessário orarmos com o espírito mas orarmos também com o entendimento: “Orarei com o espírito, mas também orarei com o entendimento.”(1 Co 14.15)

À luz da Bíblia, deve a pessoa procurar entender qualquer coisa com a mente. Do contrário, qualquer ensinamento de Witness Lee deve ser aceito sem questionamento. Lemos em 1 Ts 5.21, “Examinai tudo. Retende o bem.”Mas, como examinar tudo e reter o bem, se estamos impedidos de entender o que ouvimos e mais ainda, não devemos usar nossa mente, que é o meio de compreendermos o que ouvimos.

“Porque o ouvido prova as palavras, como o paladar prova a comida.”(Pv 34.3)
“Vinde então e arqui-me, diz o Senhor.”(Is 1.18) Argüir significa arrazoar, questionar, compreender e isto é feito por deus e tendo dado essa capacidade ao homem de faze-lo com a nossa mente. (Gl 1.26-27)

O propósito da forma de orar-ler a Palavra é claramente revelado por Lee ao dizer,
“A melhor maneira de ter nossos espíritos liberados é ler-orar a Palavra. É’ por isso que ler-orar a Palavra exercita o nosso espírito e não nos dá temnpo de usar a nossa mente. Os princípios para ler-orar a Palavra de uma maneira rápida, com frases curtas, orando algo novo e fresco. Isso nos resguarda da nossa mente e exercita nosso espírito. (A Expressão Prática da Igreja, 154)

Lee chega a ensinar que a letra das Escrituras mata, usando como base bíblica 2 Co 3.6

“Em nosso funcionar, precisamos liberar o espírito. ‘A letra mata, mas o Espírito dá vida.’ A letra significa doutrinas, formas, regulamentos, e até mesmo maneiras ou métodos. Todas estas coisas são letras. Qualquer coisa além do Espírito é um tipo de letra, e essa mata.”(A Expressão Prática da Igreja, p. 115)

Esse método contribui para que os ensinos da igreja local sejam aceitos sem discussão, sem qualquer espírito de crítica, e sejam preferidos a quaisquer outros ensinos, inclusive a Bíblia. Qualquer pergunta que não esteja submissa aos ensinos de Lee será entendida como ‘sair do espírito’. Eles lhe exigirão:; “Entra no espírito, irmão!” Tudo ali deve ser submisso “ao espírito” (de seus líderes, é claro). O mais santo ensino que alguém desejar expor, assim que percebam que não vem de dentro da igreja Local, é “sair do espírito”.

Jesus ensinou que não devemos ser repetitivos na oração: “E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios, que pensam que por muito falarem serão ouvidos.” (Mt 6.7) Quando oramos precisamos ser específicos na nossa oração e não falarmos palavras desconexas, sem sentido. É necessário orarmos com o espírito mas orarmos também com o entendimento: “Orarei com o espírito, mas também orarei com o entendimento. “ (1 Co 14.15)
Esse método contribui para que os ensinos da igreja local sejam aceitos sem discussão, sem qualquer espírito de crítica, e sejam preferidos a quaisquer outros ensinos, inclusive a Bíblia.

REGENERAÇÃO BATISMAL

O ICP afirma que a I. L. crê na regeneração batismal

Procurando demonstrar que esse não é o ensino da Igreja Local. Afirmam que ensinam que o batismo nas águas não salva e nem ajuda a salvar. Realmente não entendemos o que está sendo afirmado. Só podemos assimilar o que está sendo afirmado como um “diz” e outro “desdiz” ou como se costuma dizer,”falar pelos dois lados da boca.”

Vejamos algumas declarações que contrariam abertamente o dizer que não crêem no batismo regeneracional.

“Para ser regenerado e entrar no reino de Deus, é preciso nascer, não só do Espírito mas também da água. Por isso, o batismo é uma condição para a regeneração e a entrada no reino de Deus.” (Lição da Verdade – Nível Um , p. 92)

“Assim como a fé é uma condição da salvação, também o batismo o é.”(Idem, p. 93)

“A água é não só o símbolo do batismo, mas também o meio da salvação.” (ibidem, p. 86)

“Batizar as pessoas é tão importante quanto pregar-lhes o evangelho.” (Lições da Verdade Nível Um, p. 79)

Procurando apoio bíblico para a prática do batismo regeneracional arrazoa Lee, dizendo:

“Em Marcos 16.16a, o Senhor Jesus disse: ‘Quem quer e for batizado será salvo… (V. R.). Isso indica que o homem precisa do batismo bem como da fé para obter a plena salvação. Assim como a fé é uma condição da salvação, também o batismo o é.” (LIÇÕES DA VERDADE-NIVEL UM, p. 93)

O texto de Mc 16.16 citado acima mostra que os que se perderão são os que não crerem, – “mas quem não crer será condenado”.Não diz que quem não for batizado se perderá. Sem fé em Cristo ninguém, realmente, pode ser salvo, mas não quem não for batizado. Se o batismo salvasse, então a salvação seria resultado de obra de justiça e a Bíblia declara ao contrário.

(MT 3:15) “Jesus, porém, respondendo, disse-lhe: Deixa por agora, porque assim nos convém cumprir toda a justiça. Então ele o permitiu.”.
A salvação é por misericórdia de Deus e não por obras de justiça
(TT 3:5) “Não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas segundo a sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo,”

Os mórmons que pregam também o batismo regeneracional resolveram dar força à sua obra de batismo para a salvação alterando a Bíblia.

Citam Mc 16.16 e acrescentam, na parte final de Mc 16.16, “os que não crerem em Mim e forem batizados, se salvarão (LIVRO DE MÓRMON, 3 Néfi 11.33)
O eunuco de Candace havia ido a Jerusalém para adoração e voltava lendo o livro do profeta Isaías (53.7,8). Ouvindo a explicação de Filipe sobre o Senhor Jesus, de quem Isaías falara (At 8.32-35) declarou sua fé em Jesus (v. 36,37) na forma proposta em Romanos 10.9,10, 13. Restava, porém, cumprir outro passo, não para a salvação, mas, sim, como obediência à ordenança de Cristo, que era o batismo nas águas. (Mt 28.19) E foi isto que o eunuco pediu que Filipe fizesse: que o batizasse, e ambos desceram às águas e Felipe o batizou. O batismo não salva, nem é um sacramento, pois não contém em si a graça salvadora.

O absurdo do ensino de Lee, com relação ao batismo, é tão absurdo que ele chega a afirmar que o diabo só pode tentar um cristão até o momento do batismo. Depois, ele está livre de qualquer tentação do diabo.

“… o batismo nos livra de Satanás e do mundo sob ele, e por outro, ele nos introduz em Cristo. Além disso, Faraó e seu exército só puderam persegui-los até o meio do Mar Vermelho, mas não além disto. Ainda mais, tendo os filhos de Israel cruzado o Mar Vermelho, foram libertados do Egito e já não podiam voltar para viver uma vida egípcia. Isso indica que Satanás e o poder do seu mundo somente podem perseguir-nos até o meio da água do batismo, mas não além.” (LIÇÕES DA VERDADE-NÍVEL UM, p. 84)

Quem nos livra do poder de Satanás e do mundo é Jesus,
“E este sinais seguirão aos que crerem: Em meu nome expulsarão os demônios.”(Mc 16.17)

O HOMEM SATANÁS

O ICP afirma que a I. L. ensina que Adão e Satanás estão literalmente no crente

Explica o nosso oponente que a Igreja Local não ensina que literalmente que Satanás esteja em nós, mas, apenas, “figuradamente”.

“Será que fomos impressionados com o fato de que todos os três seres: Adão, Satanás e Deus – estão em nós hoje? Somos bastante complicados. O homem Adão, está em nós; o diabo, Satanás, está em nós; e o Senhor da vida, o próprio Deus, está em nós. Portanto, nós nos tornamos um pequeno jardim do Éden.”” (A Economia de Deus, p. 189)

Lemos que os três seres: Adão, Satanás e Deus – estão em nós hoje. Adão é um ser; Satanás – é dito – é um segundo ser; e Deus, um ser, também está em nós. Se fosse real que Satanás – como um ser – assim como Deus é um Ser, está em nós, então seríamos cristãos possessos. Como poderia isso se dar, se nosso corpo é o templo do Espírito Santo (1 Co 3.16; 6.19-20)? Ora, se o homem é amalgamado com Deus tornando-se um homem-Deus, da mesma forma, como Satanás está em nós, seríamos um homem-Satanás, porque somos amalgamados com Satanás.

Para que não nos resta dúvida quanto ao raciocínio exposto, Lee declara:

“Por isso, o homem tem não só a vida e natureza de Satanás mas também o próprio Satanás como tal espírito maligno operando dentro de nós.”(LIÇÕES DA VERDADE-NÍVEL UM, p. 13)

Diz a Igreja Local que intenção de Deus era que ele tomasse o homem para dentro de si e que Deus e o homem, o homem e Deus, se misturassem juntos como um só. Continua o ensino da Igreja Local que, da mesma forma, quando o homem tomou para dentro de si o fruto da árvore do conhecimento, recebeu Satanás nele.

“Desde que Satanás e o homem se tornaram um através da segundo árvore, Satanás já não está mais fora do homem, mas dentro do homem.”” ( O Homem e As Duas Árvores, p. 12-13)

Para não deixar dúvida de que o homem é um possesso que traz Satanás dentro de si, afirma Lee:

“Adão, o ego, está na nossa alma; Satanás, o diabo, está em nosso corpo; e Deus, o Deus Triúno, está em nosso espírito. “(A Economia de Deus, p. 190)

A Bíblia afirma, “E que concórdia há entre Cristo e Belial.”(2 Co 6.15) É possível o corpo do cristão ser, a um só tempo, templo do Espírito Santo e de Satanás?


O BODE EMISSÁRIO COMO TIPO DE SATANÁS

O nosso gratuito oponente trata como assunto secundário o ensino de Lee segundo o qual o bode emissário é um tipo de Satanás, sobre o qual irão cair finalmente nossos pecados.

Quase não dá para acreditar que alguém que é formado pela Faculdade Teológica Batista de São Paulo possa dar a esse tema o título de secundário. Pode ser considerado secundário atribuir a Satanás a remoção dos nossos pecados?

“Quando Deus fez com que o Senhor Jesus levasse os nossos pecados na cruz para sofrer o julgamento e a punição de Deus em nosso lugar, Ele também fez com que todos os nossos pecados fossem postos sobre Satanás, a fim de que este arcasse com eles para sempre. Isso é revelado em tipologia na expiação registrada em Levítico 16. Quando o sumo sacerdote fazia expiação pelos filhos de Israel, ele tomava dois bodes e os apresentava diante de Deus. Um era para Deus e devia ser morto para fazer expiação pelos filhos de Israel, enquanto que o outro era ‘por Azazel’, isto é, para Satanás, para levar os pecados dos filhos de Israel” (Lv 16.7-10, 15-22-IBB)” (LIÇÕES DA VERDADE – NÍVEL UM, p. 126)

“Deus pôs todos os nossos pecados sobre o Senhor Jesus a fim de que os levasse todos, para sofrer a punição de Deus por nós e cancelasse a acusação contra nós diante Dele. Ele então deu todos os nossos pecados de volta a Satanás a fim de que ele mesmo os carregasse. Deus, assim, pode perdoar-nos dos nossos pecados e fazer com que eles nos abandonem.” (Idem, p. 127)

Prende-se o nosso oponente ao sentido da palavra Azazel. Esta palavra aparece na Tradução de Mattos Soares. A Bíblia Almeida traz “bode emissário”. Há, como alega o oponente, dúvidas a respeito da palavra Azazel. Até que concordamos com a explicação dada de que Satanás sofrerá eternamente por todo o dano trazido ao homem.

(MT 25:41) “Então dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos;”

(AP 20:10) “E o diabo, que os enganava, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde está a besta e o falso profeta; e de dia e de noite serão atormentados para todo o sempre.”

Mas repelimos com energia o ensino que admite Satanás carregar com nossos pecados.

Atribuir a Satanás uma obra que é exclusiva de Jesus Cristo é fazer de Satanás co-redentor ao lado de Jesus. Atribuir a Satanás carregar com os nossos pecados, pelo fato de o sumo sacerdote confessar sobre a cabeça do bode emissário os pecados do povo, enviando-o depois ao deserto,é uma interpretação inqualificável. Os dois bodes de Lv 16.5,10 eram apresentados para expiação dos pecados dos israelitas e não só o bode expiatório.

(LV 16:5) “E da congregação dos filhos de Israel tomará dois bodes para expiação do pecado e um carneiro para holocausto.”
(LV 16:10) “Mas o bode, sobre que cair a sorte para ser bode emissário, apresentar-se-á vivo perante o SENHOR, para fazer expiação com ele, a fim de enviá-lo ao deserto como bode emissário.”

Em Lv 16.22 se lê, “Assim aquele bode (o emissário) levará sobre si todas as iniquidade deles à terra solitária; e enviará o bode ao deserto.”

Essa expressão levará sobre si todas as iniquidades deles à terra solitária se refere à obra de Cristo profetizada em Is 53.11, “O trabalho da sua alma ele verá e ficará satisfeito; com o seu conhecimento o meu servo, o justo, justificará a muitos, porque as iniquidade deles levará sobre si.”

Concordamos plenamente com a interpretação livro “O Caos das Seitas”. Essa cerimônia do Dia da Expiação tipificava as duas fases da obra vicária de Cristo. Pela sua morte no Calvário, Cristo efetua plena redenção do pecado do povo

(HB 9:11) “Mas, vindo Cristo, o sumo sacerdote dos bens futuros, por um maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, isto é, não desta criação,”

(HB 9:12) “Nem por sangue de bodes e bezerros, mas por seu próprio sangue, entrou uma vez no santuário, havendo efetuado uma eterna redenção.”

(HB 9:24) “Porque Cristo não entrou num santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo céu, para agora comparecer por nós perante a face de Deus;”

(HB 10:10) “Na qual vontade temos sido santificados pela oblação do corpo de Jesus Cristo, feita uma vez.”

(HB 10:11) “E assim todo o sacerdote aparece cada dia, ministrando e oferecendo muitas vezes os mesmos sacrifícios, que nunca podem tirar os pecados;”

(HB 10:12) “Mas este, havendo oferecido para sempre um único sacrifício pelos pecados, está assentado à destra de Deus,”

A segunda fase tipificava a remoção da maldição devida pelos pecados para nunca mais alcançar de novo aqueles que os cometeram. As seguintes razões justificam nossa interpretação;

Sabemos que Jesus é aquele de quem o profeta falava (Is 53.4-7, conforme interpretação que lemos em At 8.30-35). E Jesus é o Cordeiro de Deus que leva os pecados do mundo – (JO 1:29) “No dia seguinte João viu a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.”

Podemos ver isso também em 1 Pe 2.24, “Levando ele mesmo em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro, para que, mortos para os pecados, pudéssemos viver para a justiça; e pelas suas feridas fostes sarados.”

Se essa ensino de substituir a pessoa de Jesus Cristo por Satanás é assunto secundário, não passa de “heresias de perdição”(2 Pe 2.1)


JOÃO BATISTA – UM FARISEU HIPÓCRITA? 

A afirmação segundo a qual “No início, ele foi totalmente contra os fariseus, chamando-os de raça de víboras, mais depois igualou-se a eles é deveras caluniosa para quem foi chamado por Jesus o maior de todos os nascidos de mulher(Mt 11.11). Sobre a fidelidade de João Batista, concluindo plenamente sua carreira de profeta verdadeiro, está declarado em At 13.25, que diz: “Mas João, quando completava a carreira: Quem pensais vós que eu sou? Eu não sou o Cristo; mas eis que após mim vem aquele a quem não sou digno de desatar as alparcas dos pés.” Como esse homem de Deus poderia ter-se tornado num fariseu hipócrita? Depois desse absurdo, não é para surpreender-nos com as doutrinas estranhas ensinadas por Witness Lee

(HB 13:9) “Não vos deixeis levar em redor por doutrinas várias e estranhas, porque bom é que o coração se fortifique com graça, e não com alimentos que de nada aproveitaram aos que a eles se entregaram.” Naturalmente esses ensinos devem ser rejeitados.

(1TS 5:21) “Examinai tudo. Retende o bem.”

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