I – REFERÊNCIAS BÍBLICAS FREQUENTEMENTE CITADAS PELAS TESTEMUNHAS DE JEOVÁ, PARA JUSTIFICAR A DOUTRINA DO ANIQUILAMENTO
1 – Gênesis 2.7 – “E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra, e soprou-lhe nas narinas o fôlego da vida; e o homem tornou-se alma vivente”.
O Ensino da STV: “O homem é uma combinação de duas coisas: o pó da terra e o fôlego de vida. A combinação dessas duas coisas forma o homem ou a pessoa vivente. Não foi dada uma alma ao homem, mas ele se tornou uma alma”.
Refutação: O texto bíblico está declarando o que o homem é, e não o que ele não é. Gênesis 2.7 afirma que o homem é um ser vivente, mas não nega que ele tenha uma natureza imaterial. De fato, Gênesis 35.18 mostra que a alma (nephesh) se retira por ocasião da morte da pessoa. A palavra alma (nephesh), no Antigo Testamento, pode ser usada para referir-se à sede das nossas emoções. A alma do homem pode:
- Sofrer desmaio – Deuteronômio 28.65;
- Sofrer angústia – Jó 30.25;
- Sofrer aflição – Salmo 13.2;
- Sofrer abatimento-Salmo 42.6; 43.5.
Nesse sentido, a alma (nephesh) se refere ao homem interior (2Coríntios 4.16) que existe no ser humano, conforme lemos em 2Reis 4.27; Salmo 42.6; Salmo 43.5.
Pergunta: Sabendo que a palavra hebraica alma = nephesh – pode ser usada de várias maneiras, ou em vários sentidos na Bíblia, podemos dizer que a palavra alma (nephesh) por exemplo, pode referir-se ao homem interior (2Coríntios 4.16) como oposto ao homem como um ser vivo?
Resposta: Gênesis 2.7 afirma apenas que o homem tornou-se um ser vivente, enquanto outras passagens claramente mostram a natureza imaterial do homem. Exemplo: Mateus 10.28. A palavra psyche é frequentemente traduzida da palavra hebraica nephesh na LXX. Em Mateus 10.28 psyche é usada para designar a natureza imaterial do homem, a parte que sobrevive à morte do corpo. Este versículo mostra a possibilidade de matar o corpo sem poder matar-se a alma. Jesus está afirmando: existe algo em cada pessoa que aqueles que matarem o corpo não podem tocar.
Se a palavra alma não tem outro sentido, senão como referindo-se à pessoa em si, então por que não se pode matar a alma quando se mata o corpo? Como se pode aceitar a posição das TJs de que o homem é uma alma, quando Mateus 10.28 claramente indica que é possível matar o corpo sem matar a alma?
———-
2 – Apocalipse 6.9-10 – ”E, havendo aberto o quinto selo, vi debaixo do altar as almas dos que foram mortos por amor da palavra de Deus e por amor do testemunho que deram. E clamavam com grande voz, dizendo: Até quando, ó verdadeiro e santo Dominador, não julgas e vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra?”
Pergunta: As almas existem e estão conscientes, apesar de seus corpos terem sido mortos. Como sabemos que estavam conscientes?
Resposta: A Bíblia afirma “clamava com grande voz a Deus”. Aquilo que está inconsciente não pode clamar ou ouvir. É impossível a palavra alma não referir-se a seres viventes, considerando o que o texto de Ap. 6.9-10 pode ser lido assim: ”Eu vi debaixo do altar os seres viventes daqueles que haviam sido mortos”.
———-
3 – Lucas 23.46 “E, clamando Jesus com grande voz, disse: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito. E, havendo dito isto, expirou”.
A palavra espírito nesta referência é pneuma O espírito como parte da personalidade humana. Jesus está encomendado a Seu Pai o seu espírito. Considerando que Jesus não se levantou dos mortos senão três dias depois da sua crucificação, podemos então concluir que a alma humana de Jesus, ou seu espírito, foi diretamente para a presença de Deus no céu, enquanto seu corpo permaneceu no sepulcro.
———-
4 – Atos 7.59 – “E apedrejaram a Estêvão que em invocação dizia: Senhor Jesus, recebe o meu espírito”.
Este versículo não faz sentido se interpretarmos a palavra espírito (pneuma) como significando simplesmente fôlego de vida, que deixou de existir no momento da morte de Estêvão. Por que Estêvão pediria a Jesus para “receber” aquilo que deixara de existir? Ele pediu a Jesus para recebê-lo, quando seu corpo físico morria.
———-
5 – 1Tessalonicenses 4.13-17 – “Não quero, porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que já dormem, para que não vos entristeçais, como os demais, que não têm esperança. Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem, Deus os tornará a trazer com ele. Dizemo-vos, pois, isto, pela palavra do Senhor: que nós, os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, não precederemos os que dormem. Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor”.
A palavra ‘dormir’ é aplicada e sempre empregada na Bíblia refetindo-se ao corpo (Mateus 27.52), desde que na morte o corpo toma a aparência de alguém que está dormindo. Mas a expressão “sono da alma” nunca é encontrada na Bíblia. Enquanto enquanto no verso 14 Paulo está empregando uma metáfora para “sono”, para explicar a morte do corpo, claramente se mostra que quando Jesus vier, Ele trará consigo (grego sun) aqueles cujos corpos estão dormindo. Para ser mais explícito, as almas ou espíritos dos que estão com Cristo na glória ((2Coríntios 5.8; Filipenses 1.22-23) serão reunidos com seus corpos na ressurreição (1Coríntios 15.51-54), revestidos de incorruptibilidade e imortalidade. A palavra grega “sun” indica que eles, isto é, suas almas ou espíritos, estarão lado a lado com Cristo, e seus corpos físicos, que agora dormem, serão instantaneamente ressuscitados para a imortalidade e reunidos com seus espíritos.
De acordo com 1Tessalonicenses 4.14, quem Jesus trará com Ele quando voltar? Se Jesus trará muitos crentes que estão com Ele (v.14), mas eles não têm corpos ressuscitados ainda (v.16), então significa que as almas, ou espíritos imateriais, desses crentes estão com Cristo e irão ser reunidos aos seus corpos por ocasião da ressurreição.
———-
6 – Lucas 20.38 – “Ora, Deus não é Deus de mortos, mas de vivos; porque para ele vivem todos.
De acordo com o escritor Flávius Josephus, a doutrina dos saduceus era que as almas morriam com seus corpos. Jesus contradisse tal ensino, afirmando que embora Abraão, Isaque e Jacó estivessem mortos, estavam vivos. Mostra que os patriarcas, embora estivessem mortos há séculos, estavam vivos naquele momento presente. A palavra “vivos” indica o presente e o futuro, como se os mortos viessem a ressuscitar.
O que você pensa de Jesus ter se referido aos mortos como “todos vivos” usando o tempo presente de viver, indicando o tempo presente “vivos” com o oposto ao futuro “viverão”?
———-
7 – Filipenses 1.21-23 – “Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho. Mas, se o viver na carne me der fruto da minha obra, não sei então o que deva escolher.Mas de ambos os lados estou em aperto, tendo desejo de partir, e estar com Cristo, porque isto é ainda muito melhor”.
A pergunta que surge é: Como podia Paulo referir-se à morte como ganho, se a morte fosse inconsciência? O que Paulo fala como ganho é partir do corpo físico para estar com Cristo. Estando com Cristo é muito melhor do que permanecer no corpo físico (inexistência não pode ser tida como melhor). Esse texto não está falando da ressurreição futura, em cuja ocasião estará com Cristo. Antes, Paulo está dizendo que no momento da morte física ocorrer-a o “estar com Cristo”.
Como podia Paulo referir-se à morte como ganho ou lucro se a morte fosse inexistência? A construção do texto grego no v. 23 indica o partir (morrer) e o estar com Cristo como sendo duas faces da mesma moeda – isto é, estar com Cristo ocorrendo imediatamente após o partir tomar lugar.
———-
8 – 2Coríntios 5.6-8 – “Por isso estamos sempre de bom ânimo, sabendo que, enquanto estamos no corpo, vivemos ausentes do Senhor (porque andamos por fé, e não por vista). Mas temos confiança e desejamos antes deixar este corpo, para habitar com o Senhor”.
As expressões “estamos no corpo” e “ausente do corpo” estão no tempo presente, o que indica ação contínua. As palavras de Paulo podem ser parafraseadas “continuamos com a nossa morada no corpo e continuamos ausentes do Senhor”. No momento em que o cristão morre, ele estará imediatamente na presença de Jesus.
O que você entende da expressão “estar ausente do corpo e estar presente com o Senhor?” (2Co. 5.8)?
II – PASSAGENS CONTROVERTIDAS SOBRE O ESTADO INTERMÉDIO ENTRE A MORTE E A RESSURREIÇÃO DO CORPO E SOBRE A CONDENAÇÃO DOS ÍMPIOS:
1 – Salmo 146.3-4 – “Não confieis em príncipes, nem em filho de homem, em quem não há salvação. Sai-lhe o espírito, volta para a terra; naquele mesmo dia perecem os seus pensamentos”.
O ensino da STV diz que não há consciência após a morte. Quando o espírito se retira do corpo, dado que o espírito significa a força de vida, a pessoa deixa de existir e seus pensamentos perecem.
Refutação: A palavra pensamento significa que os planos, propósitos, ideias sobre o futuro cessam, não são levados avante, por isso o povo é exortado a por sua confiança em Deus e não em príncipes, cujos planos ou propósitos caem por terra.
Desde que a palavra “pensamentos” significa ideias, planos, propósitos, não fica fora de sentido interpretar o texto como prova de aniquilamento?
———-
2 – Eclesiastes 9.5 – “Porque os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem coisa nenhuma, nem tampouco terão eles recompensa, mas a sua memória fica entregue ao esquecimento”.
O ensino da STV diz que, desde que os mortos não têm consciência de nada, é certo que não sofrem qualquer tipo de castigo.
Refutação: Se os mortos estão inconscientes, como justificar o ensino da STV sobre os cento e quarenta e quatro mil que estão vivos no céu, e dirigindo a organização aqui na terra, como ensina o livro “REVELAÇÃO E SEU GRANDIOSO CLÍMAX ESTÁ PRÓXIMO” p. 125/17. O texto de Ec. 9.5 não apenas afirma que os mortos não sabem coisa nenhuma, como também afirma que não terão recompensa debaixo do sol. Se se ensina que os mortos não estão conscientes, deve se concluir também que eles não têm mais recompensa, ou seja, não haverá ressurreição ou galardão. A Bíblia, porém, afirma que haverá recompensa (1Pedro 5.4; Apocalipse 22.12). Logo, o texto está afirmando que os mortos não sabem coisa nenhuma do que ocorre debaixo do sol (Ec. 9.6-9), mas não significa que não saibam o que ocorre no entorno onde se encontram, seja no céu (Ap. 6.9-11) ou no Hades (Lc. 16.22-25).
———-
3 – Ezequiel 18.4 – “Eis que todas as almas são minhas; como o é a alma do pai, assim também a alma do filho é minha: a alma que pecar, essa morrerá”.
O ensino da STV afirma que não há uma entidade consciente chamada alma que sobrevive à morte do corpo.
Refutação: Se, como querem, a alma é apenas o homem mortal, logicamente todo o homem que pecar morrerá. No entanto, os homens vivem pecando e continuam vivos Assassinos, ladrões, adúlteros e outros tantos gozam de boa saúde. Que tipo de morte então sofre a alma que pecar? A morte bíblica da separação de Deus em ofensas e pecados (Efésios 2.1-5; 1Timóteo 5.6). Tanto é assim que se a alma se converter (Ezequiel 18.20-21) não morrerá, isto é, não ficará separada de Deus. Como poderia alguém converter-se se estivesse aniquilado?
———-
4 – Lucas 16.22-28 – “E aconteceu que o mendigo morreu, e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão; e morreu também o rico, e foi sepultado. E no inferno, ergueu os olhos, estando em tormentos, e viu ao longe Abraão, e Lázaro no seu seio. E, clamando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim, e manda a Lázaro, que molhe na água a ponta do seu dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama. Disse, porém, Abraão: Filho, lembra-te de que recebeste os teus bens em tua vida, e Lázaro somente males; e agora este é consolado e tu atormentado. E, além disso, está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que quisessem passar daqui para vós não poderiam, nem tampouco os de lá passar para cá. E disse ele: Rogo-te, pois, ó pai, que o mandes à casa de meu pai, pois tenho cinco irmãos; para que lhes dê testemunho, a fim de que não venham também para este lugar de tormento”.
A STV afirma que o ensino de Jesus é inteiramente simbólico e que não indica consciência após a morte. Afirmam, também, que se trata de uma parábola. Dizem que o rico representava os judeus religiosos – os fariseus, e Lázaro os judeus piedosos que seguiram a Jesus.
Refutação: Se a morte significa aniquilamento ou inconsciência, qual é o ponto central de Lucas 16.22-27? Estaria Jesus ensinado uma falsidade? Quando Jesus ensinava, sempre usava exemplos da vida real:
– O filho pródigo que retornou à casa do pai;
– Um homem que encontrou um tesouro escondido e vendeu o que tinha para comprar um campo;
– Um rei que deu um banquete para seu filho.
Todas estas e outras ocorrências eram comuns nos dias de Jesus. Jesus nunca ilustrou um ensino com falsidades. Logo, Lucas 16.19-31 só pode ser reconhecido como evidência sólida do que ocorre depois da morte, ou seja, existência consciente de felicidade ou sofrimento.
Poderíamos crer que Jesus ilustrava seus ensinos com falsidades? Considerando que Jesus sempre se utilizou de exemplos reais da vida para ilustrar seus ensinos, o que Ele quis ensinar com Suas palavras em Lucas 16.19-31?
———-
5 – Lucas 23.43 – “E disse-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso”.
O ensino da STV diz que tradução correta precisa ser ensinada à luz das Escrituras. Desde que a Bíblia afirma não haver consciência após a morte (Salmo 146.3-4) é claro que a tradução correta é ‘Deverás, eu te digo hoje: Estarás comigo no Paraíso’.
Refutação: É um caso real de alteração da Bíblia feita pelas TJs para justificar suas doutrinas. Sem qualquer base, eles introduzem uma vírgula em parte da sentença com o propósito de alterar completamente o sentido das palavras de Jesus. A frase “em verdade te digo” é usada 74 vezes nos Evangelhos. No grego é amem soi lego e é sempre usada como introdução. É igual à expressão do Antigo Testamento “Assim diz o Senhor”. Jesus usava esta expressão para introduzir uma verdade que era importante.
Ponto chave: em 73 vezes das 74 que ocorre nos Evangelhos, a TNM coloca a vírgula imediatamente após a frase “Em verdade vos digo”. Só em Lucas 23.43 a TNM não coloca a pontuação depois. Por que? Porque se a pontuação fosse colocada depois da frase “Em verdade te digo” a palavra “hoje” poderia pertencer a segunda parte da sentença “Em verdade te digo. hoje estarás comigo no Paraíso”, indicando que o ladrão estaria com Jesus no Paraíso naquele mesmo dia. Mais isso seria contra a teologia das TJs.
———-
6 – Mateus 25.46 – “E irão estes para o tormento eterno, mas os justos para a vida eterna”.
O ensino da STV diz que um dos sentidos da palavra ‘kolasis’ (kolazoo) originalmente significa “decepamento” com o sentido de “cortar”, “decepar”, “aniquilar”.
Refutação: As palavras gregas em questão são aiomos (eterno) e koiasis (castigo).
Alguém pode existir e não ser castigado; mas ninguém pode sei castigado se não existir. Aniquilação significa inexistência. A Bíblia não fala de graus de aniquilação, mas fala de graus de punição ou castigo no dia do juízo (Mateus 10.15; 11.21-24; Hebreus 10.29; Apocalipse 22.13). Considerando que os homens sofrerão graus de punição na Geena, isso mostra que aniquilação não é ensinada em Mateus 25.46. Não podemos castigar uma pedra, uma casa, uma árvore. Ser castigado exige consciência. Um castigo que não é sentido não é castigo. Não posso castigar meu carro porque anda gastando muito combustível. Mateus 25.46 declara que o castigo é eterno. É o mesmo adjetivo também empregado para definir o Deus eterno (Romanos 16.26; Hebreus 9.14; 13.8; Apocalipse 4.9).
————-
É,querem a qualquer custo escaparem do inferno
Para vcs leitores do livro asiático de capas pretas, o Lázaro q foi ressuscitado, é o msm mendigo, da imortalidade da alma, ou outro ?, pois o amigo de Jesus, ñ disse nada de céu,inferno ou dimensões, imagine quantas informações teríamos, se existisse as “almas” ?
se não existe alma como o sr. existe … ? como Jesus não disse nada sobre céu e inferno ?! logico que disse vide por exemplo lucas 16. Lazaro ressuscitado não é a mesma pessoa mendigo leproso.
Como ficará alguém que está no céu, salvo, feliz e em paz com Deus, porém, sabedor que um seu ente querido está, ao mesmo tempo, sofrendo eternamente, enquanto ele é feliz eternamente?
Ranulfo