Há séculos os cristãos especulam sobre a identidade do Anticristo. Prováveis candidatos incluem príncipes e papas do passado, bem como potentados e presidentes nos dias atuais. Em vez de juntarem-se ao jogo sensacionalista de tentar descobrir quem é o Anticristo, os cristãos precisam apenas ir às Escrituras para encontrar a resposta.
Primeiro, o apóstolo João expôs a identidade do Anticristo quando escreveu: “Quem é o mentiroso, senão aquele que nega que Jesus é o Cristo? É o anticristo, esse mesmo que nega o Pai e o Filho. Qualquer que nega o Filho também não tem o Pai; e aquele que confessa o Filho tem também o Pai” (1João 2.22-23). Em sua segunda epístola, João dá um alerta parecido: “Porque já muitos enganadores entraram no mundo, os quais não confessam que Jesus Cristo veio em carne. Este tal é o enganador e o anticristo” (2João 7).
Além disso, João ensinou que todos que negam a encarnação, o papel messiânico e a divindade de Jesus são exemplos de anticristo. Nesse caso, o termo anticristo não só se refere à apostasia de indivíduos, mas à apostasia de instituições e ideologias também. Nesse sentido, instituições como as seitas modernas e religiões mundiais, bem como ideologias — evolucionismo e comunismo, por exemplo — podem ser consideradas anticristo.
Todos que negam a encarnação, o papel messiânico e a divindade de Jesus são exemplos de anticristo.
Finalmente, no livro de Apocalipse João identifica uma pessoa e uma instituição que representam a completa personificação do mal — o Anticristo arquetípico. João se refere a esse Anticristo arquetípico como uma Besta que “engana os que habitam na terra” (Apocalipse 13.14). Aproximando-se da descrição apocalíptica que Daniel faz dos poderes mundiais do mal (Apocalipse 13 cf. Daniel 7—8), João descreve um imperador de sua própria época, que de modo arrogante coloca a si mesmo e o seu império contra Deus (Apocalipse 13.5-6), perseguindo os santos violentamente (Apocalipse 13.7) e violando os mandamentos de forma grotesca por meio de uma longa ladainha de repulsivas demonstrações de depravação, das quais a menor foi exigir ser adorado como Senhor e Deus (Apocalipse 13.8-15).
“Filhinhos, é já a última hora; e, como ouvistes que vem o anticristo, também agora muitos se têm feito anticristos, por onde conhecemos que é já a última hora. Saíram de nós, mas não eram de nós; porque, se fossem de nós, ficariam conosco; mas isto é para que se manifestasse que não são todos de nós” (1João 2.18-19).
HANK HANEGRAAFF