Que lugar ocupa Jesus na sua vida?

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Pr. Natanael Rinaldi Responde

Pergunta: O Jornal Folha de S. Paulo, de 26/01/1997, p. 21, traz um artigo com o titulo “SEGREDO DA RIQUEZA DOS JUDEUS” e se lê que o Prêmio Nobel, cujo lançamento se deu em 1901 já conferiu a 700 personalidades esse prêmio, e que desse 700 140 deles eram judeus[1] paralelamente, diz o artigo que será lançado um livro, preparado por um advogado de Nova Iorque, de nome Michael Shapiro, que depois de pesquisar a vida de filósofos, rabinos, escritores e cientistas, relacionou as 100 pessoas mais importantes entre os judeus. Esse escritor aponta no seu livro, que nessa lista de 100 pessoas o 1º lugar é de Moisés, libertador dos judeus, e em 2º lugar ficou Jesus Cristo. Qual a sua opinião sobre a colocação de Jesus em 2º lugar?

Resposta: Li o artigo a que se refere o irmão. E o escritor afirma que colocou Jesus em 2º lugar, porque o nome de Jesus tem sido usado e abusado em vão, servindo para massacres, perseguições, e intolerância. E cita como exemplo a Inquisição, quando milhares foram mortos das maneiras mais horripilantes, tudo em nome do Cristianismo.

 

Pergunta: Mas Jesus não pode ser responsabilizado pelos crimes praticados em seu nome.

Resposta: Sem dúvida. Jesus não pode ser responsabilizado pelos atos criminosos praticados em seu nome, e isso por duas razões: 1) O ensino de Jesus. Ele recomendou oferecer a outra face, quando nos batessem numa delas (Mateus 5.39-44); 2) A forma como Jesus viveu aquilo que ensinou (l Pedro 2.21-23). Deve-se levar em conta ainda que o fato de alguém usar o nome de Jesus não significa efetivamente que seja seguidor de Jesus (Mateus 7.21-23 e 15.8-9). E ainda deve ser lembrado que Jesus avisou que muitos promoveriam mortes julgando estar prestando um culto a Deus (João 16.1-4).

 

Pergunta: Que distinções à luz da Bíblia podem ser feitas entre Jesus e Moisés?

Resposta: Moisés, sem dúvida, foi a maior figura do mundo antigo. A história dele está registrada na Bíblia. Ocupa os livros de Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio. Era da tribo de Levi, filho de Anrão e Joquebede (Números 26.59). Seus pais, pela fé, não temeram o decreto do rei, ocultando seu filho, que foi salvo das águas do Rio Nilo e criado como filho da filha de Faraó (Êxodo 2.10). Pela fe, quando homem feito, rejeitou a glória do Egito, recusando, ser chamado filho da filha de Faraó. Tornou-se o libertador do povo israelita do cativeiro, e por fim, diz o texto bíblico “Nunca mais se levantou em Israel profeta algum como Moisés, com quem o Senhor houvesse tratado face a face, no tocante a todos os sinais e maravilhas, que por mando de Deus, fez na terra do Egito (Deuteronômio 34.10-12). Mas, em certa ocasião, desobedeceu a Deus e não lhe foi permitido entrar na terra de Canaã. Pôde enxergá-la de longe, morrendo aos 120 anos (Deuteronômio 34.5-6).

 

Pergunta: Mas nunca se pode comparar Moisés com Jesus?

Resposta: Exatamente. Nunca se pode igualar Moisés com Jesus. Em Hebreus 3.1-6 se lê que Jesus é superior a Moisés, dado que Moisés era servo na casa de Deus, enquanto Jesus é Filho na sua própria casa.

 

 

Pergunta: Que diferenças o pastor apontaria da superioridade de Jesus sobre Moisés?

Resposta: Jesus não foi apenas uma pessoa extraordinária, um profeta, um sábio. O nascimento de Jesus foi profetizado centenas de anos antes dEle nascer. O próprio Moisés profetizou acerca dele (Deuteronômo 18.15). Isaías é mais explícito: a) nascimento virginal (Isaías 7.14); b) falou dele como Deus Forte e Pai da Eternidade, sem princípio e sem fim de dias (Isaías 9.6) e isto foi confirmado por João em João 1.1-3,14. Jesus de fato é a segunda pessoa da Trindade, que uniu sua natureza divina à sua natureza humana: 100% Deus e 100% homem (Colossenses 2.9). Morreu, foi sepultado, ressuscitou dos mortos e está sentado à destra de Deus, e dessa posição falou Paulo: Efésios 1.20-22 e Filipenses 2.9-11. João também falou de sua condição de Deus, por ser louvado e adorado no céu, por anjos em número de milhares e milhares e milhões de milhões (Apocalipse 5.11-13).

 

Pergunta: Ainda deve ser lembrado que Jesus aceitou adoração quando estava na terra durante o seu ministério.

Resposta: Correto. Jesua aceitou adoração (Mateus 14.33; 28.9,17; João 9.35-38. Teria Jesus aceitado adoração como homem apenas? Certo que não. Até o próprio Pedro teve a honestidade de recusar adoração (Atos 10.25-26). Paulo da mesma maneira (Atos 14.13-15).

 

Pergunta: Quero acrescentar mais, que Jesus também perdoou pecados, atributo exclusivo de Deus Pai, correto?

Bem lembrado. Em Marcos 2.5 Jesus disse ao paralítico: “perdoados estão os teus pecados”. Foi contestado e comprovou seu poder de perdoar pecados, ao dizer ao paralítico que tomasse seu leito e andasse. Perdão de pecados é realmente um atributo divino (Isaías 443.25). E, se alguém quiser mais informações sobre a pessoa de Jesus, não existe melhor caminho do que aquele apontado por Ele mesmo em João 5.39.

Acrescento uma curiosidade: Quando Charles Spurgeon casou-se, disse à esposa: – Agora você está em segundo lugar. Ela perguntou: – Quem é que ocupa o primeiro lugar? – Jesus, ele respondeu.

 

[1] Perguntas foram respondidas pelo Pr. Natanael Rinaldi no programa de rádio Consultando a Bíblia em 03/04/1997.

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