Da mesma forma que João Batista preparou o caminho para Jesus, o profeta persa conhecido como Báb (o Portão, 1819-1850) preparou o caminho para Bahá’u’lláh (glória de Deus), o fundador do Bahá’í. Embora Bahá’u’lláh (1817-1892) acreditasse que o mandato messiânico fosse a unificação das religiões do mundo, sua mensagem fracassou de maneira fatal.
Primeiro, os Baháís acreditam que Bahá’u’lláh é uma manifestação de Deus maior do que Moisés, Maomé ou o Messias cristão. Assim, a confiança do Bahá’í quanto à unificação de todas as religiões está pronta para o fracasso. O islamismo, a mãe da religião do Bahá’í, não iria nem poderia considerar Bahá’u’lláh como um profeta de Deus maior do que Maomé. De igual modo, o Cristianismo é comprometido com Cristo como sendo “o caminho, e a verdade, e a vida” (João 14.6, cf. Atos 4.12).
Além disso, Bahá’í ensina que a cada século o espírito e atributos de divindade refletem uma nova mensagem e manifestação de Deus. Cada revelador mostra tanta revelação quanto os fieis estão prontos para receber. Como tal, Moisés, Buda, Zoroastro, Confúcio, Cristo, Maomé e Krishna prepararam o caminho para as supremas revelações personificadas Báb e Bahá’ulláh. A falácia, é claro, é que os reveladores e suas revelações entram em conflito direto uns com os outros. Por exemplo, Moisés foi ardentemente monoteísta, ao passo que Khrisna era politeísta. De modo semelhante, o Alcorão condena a reivindicação de que Cristo é o Filho de Deus como o pecado imperdoável de falta ao dever. Logicamente, os mensageiros e manifestações podem estar todos errados, mas não podem estar todos certos.
Finalmente, Bahá’í nega explicitamente verdades objetivas afirmadas pelo Cristianismo como a Trindade, o nascimento virginal, a Encarnação, a ressurreição e a Segunda Vinda de Cristo. Além disso, enquanto o Báb disse que Bahá’u’lláh era o mensageiro fundamental e a manifestação de Deus – o “mais amado” e o “desejado do mundo” – a Bíblia afirma que Cristo é o esplendor de sua glória [de Deus] (Hebreus 1.3) em quem “habita corporalmente toda a plenitude da divindade” (Colossenses 2.9).
“Havendo Deus, antigamente, falado muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos, nestes últimos dias, pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de tudo, por quem fez também o mundo” (Hebreus 1.1-2).
Pr.Hank Hanegraaff