Promotoria quer cooperação de países no caso Universal

Da Folha Online 

O Ministério Público de São Paulo vai pedir a cooperação internacional para investigar os crimes de lavagem de dinheiro e formação de quadrilha supostamente praticados por líderes da Igreja Universal do Reino de Deus, informa reportagem de Marcio Aith, publicada nesta quarta-feira pela Folha.

Segundo a reportagem, o pedido deverá compor a segunda fase da investigação dos promotores paulistas contra Edir Macedo, fundador da Igreja Universal, e outras nove pessoas ligadas à igreja, denunciadas na última segunda-feira à Justiça de São Paulo.

A denúncia resulta de uma investigação que quebrou os sigilos bancário e fiscal da Universal e levantou o patrimônio acumulado por seus membros com dinheiro doado pelos fiéis, entre 1999 e 2009.

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A Folha informa que, segundo dados da Receita Federal, a Universal arrecada cerca de R$ 1,4 bilhão por ano em dízimos. Somando-se as transferências atípicas e os depósitos bancários em espécie feitos por pessoas ligadas à Universal, o volume financeiro da igreja entre 2001 e 2008 foi de cerca de R$ 8 bilhões, segundo informações do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), órgão do Ministério da Fazenda que combate a lavagem de dinheiro.

Outro lado

O advogado dos líderes da Igreja Universal, Arthur Lavigne, afirmou que ainda analisará a denúncia feita pelo Ministério Público.

Segundo a defesa da Universal, as empresas apontadas pela Promotoria como fachada para a movimentação do dinheiro pago por fiéis como dízimo já foram fiscalizadas pela Receita e tiveram as contas aprovadas.

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