O presidente do CACP fala do islã
CACP: Em primeiro lugar, gostaria que o senhor pegasse os cinco pilares da fé islâmica e confrontasse-os com a Bíblia.
Prof. J Flávio: Bem, as Colunas do Islamismo são:
Recitação do credo islâmico: Não existe nenhum deus além de Alá e Maomé é o seu profeta. (Ao recitar esta frase o indivíduo torna-se um islâmico).
Preces cotidianas: chamadas de slãts, feitas cinco vezes ao dia, cada vez em uma posição diferente (de pé, ajoelhado, rosto no chão, etc), e virados em direção à Meca. A chamada para a oração é feita por uma corneta, denominada de muezim, desde uma torre chamada de minarete, a qual faz parte de um santuário ou lugar público de adoração conhecido como mesquita.
Observação do mês de Ramadã: o qual comemora a primeira revelação do Alcorão recebida por Maomé. Durante um mês, as pessoas jejuam desde o nascer até o pôr do sol. Segundo eles, os portões do paraíso abrem, os do inferno fecham, e os que jejuam têm seus pecados perdoados.
Pagamento do zakat: imposto anual de 2,5% do lucro pessoal, como forma de purificação e ajuda aos pobres. Também ofertam para a riquíssima Liga Muçulmana.
Peregrinação para Meca: ou Hajj, ao lugar do nascimento de Maomé, na época de Eid el Adha (festa islâmica que rememora o dia em que o profeta Abraão aceitou a ordem de sacrificar um carneiro em lugar de seu filho), pelo menos uma vez na vida por todo muçulmano dotado de condições físicas e econômicas.
O Jihad, ou guerra santa: é a batalha por meio da qual se atinge um dos objetivos do islamismo, que é reformar o mundo e conquista-lo para Alá. Qualquer muçulmano que morra numa guerra defendendo os direitos do islamismo ou de Alá, já tem sua vida eterna garantida. Por esta razão, todos que tomam parte dessa “guerra santa”, não tem medo de morrer ou de passar por nenhum risco (Sura 9:111).
CACP: Existem outras doutrinas islâmicas que não se coadunam com a Bíblia que o Senhor pudesse citar e confrontar da mesma forma? Por exemplo, a poligamia, o tratamento dispensado às mulheres, a negação da divindade de Jesus e sua morte na cruz e outros.
Prof. J Flávio: Existem várias doutrinas que poderíamos aqui contrastar com a Bíblia e mostrarmos como o Islã é diferente do Cristianismo, mas a minuta não nos permitiria usar tanto espaço. Então farei uma resenha, sintetizando o máximo.
– O islamismo afirma que a Bíblia foi corrompida – Entretanto há só do Novo Testamento mais de 24 mil manuscritos, sendo que grandes partes desses manuscritos são anteriores a Hégira e a fundação do Islã. A variação desses manuscritos é de menos de 5% e todas irrelevantes teologicamente, ou seja, temos subsídios suficientes para acreditarmos que a Bíblia é perfeitamente confiável. Já do Alcorão; não podemos dizer o mesmo. Os primeiros adeptos do Islã memorizavam o Alcorão. Albu Bakr, a conselho de Omar, decidiu fazer uma coleção das revelações. Deve-se observar que por volta do ano 11 da Hégira havia morrido em combate grande número de adeptos do Profeta que sabiam décor os textos corâmicos. Zaid ben Tsabit, que fora um dos escribas de Maomé, recebeu a incumbência de reunir tudo que havia escrito sobre os diferentes temas de revelação e também tudo que os companheiros do Profeta haviam retido na memória. Essa primeira compilação dos textos corâmicos, embora não possuísse autoridade oficial, iria desempenhar papel relevante por ocasião da elaboração de uma nova compilação sob o califado de Otmã. Deve-se observar que a redação feita por Zaid não foi à única: outros companheiros de Maomé promoveram também compilações particulares que apresentavam divergências entre si e provocaram naturalmente divisões doutrinárias entre os crentes. Compreende-se assim a decisão de Otmã no sentido de mandar fazer uma redação oficial do livro santo. O califa apelou para o auxilio de Zain cuja compilação serviu de base para o estabelecimento do novo texto. A nova versão foi então imposta oficialmente pelo califa: enviaram-se cópias às principais cidades com ordem de destruição das demais cópias e coleções. (Fonte de pesquisa: História do Mundo Árabe – Ed. Vozes)
– O Céu que Alá oferece é cheio de virgens para serem desfrutadas pelos fiéis – A Bíblia mostra uma outra realidade de céu, onde a paz, e a justiça reinarão sendo uma pátria de santos (Fl.3:20).
– O Islã permite que o marido possua até quatro esposas (Sura 4,3) – A poligamia nunca foi parte do plano de Deus (Gn 1,27; 2,24; Deut 17,17; 1Cor 7,2; 1Tim 3,2).
– O Alcorão permite que se mate em nome de Alá (Sura 9:5) – Jesus nos ensinou oferecer a outra face (Mt. 5:39).
– Negam a crucifixão de Cristo (Sura 4,157) – O muçulmano nega a verdadeira razão pela qual Cristo veio ao mundo! A Bíblia é clara – Porque nada me propus saber entre vós, senão a Jesus Cristo, e este crucificado (I Cor. 2:2).
– Não aceitam a Trindade e afirmam que os cristãos que assim pensam são idolatras – O Alcorão erra em seu retrato da Trindade ao ter Jesus e Maria como dois deuses, além de Alá: “Ó Jesus, filho de Maria! Não dissestes aos homens de boa vontade: ‘Toma-me e a minha mãe como dois deuses ao lado de Alá’?” (Sura 5,116); “Como pode Ele (Deus) ter um filho, quando não tem uma esposa?” (Sura 6,101). Eles, de fato, desacreditaram em quem disse: “Alá é o Messias, filho de Maria” (Sura 5,17). “Longe de nós retirá-lo de sua majestade transcendente para que tenha um filho” (Sura 4,171). Este retrato de cristãos acreditando que Deus tomou Maria como sua esposa, e ela, com seu filho Jesus, se tornaram deuses separados é uma ofensa aos cristãos tanto quanto aos muçulmanos, embora haja evidências de seitas heréticas banidas da Arábia que ensinavam isso no tempo de Maomé (conhecidas como Mariamia ou Coloridianos). A Trindade é encontrada na Bíblia desde a primeira página, Gênesis 1:1-3,26, até a última, Apocalipse 22:3 e 17. Os cristãos verdadeiros não crêem que haja três deuses em um. Crêem, isto sim, que existe três Pessoas, todas da mesma substância, co-iguais, co-existentes e co-eternas (I Jo. 5:7).
– Acreditam que a justificação é feita pelas obras e não pela Graça – No Islamismo os pecados são erros que você faz e, se você diz “lamento” a Deus, Ele lhe perdoa. Na soma, nossas boas obras apagam nossas más obras (Sura 11,114). Mas somente pela graça é que somos salvos (Ef. 2:8-9).
… Enfim há muitas outras coisas a serem consideradas, mas pela proposta dessa entrevista, acreditamos que o relatado aqui dá para perceber como as doutrinas islâmicas são extrabíblicas.
CACP: É verdade que Maomé recebia as visões em transe como os demais profetas pagãos de Meca em sua época?
Prof. J Flávio: Na verdade Maomé sofria de ataques epilépticos e, segundo alguns historiadores, ele teve suas visões durante essas convulsões.
CACP: Poderia citar em que parte do Alcorão é dito que a mulher, em caso de estupro tenha que apresentar quatro testemunhas?
Prof. J Flávio: Esse é um fato muito engraçado! Essa doutrina foi inventada por Maomé quando sua última esposa (Aisha, que ele levou para o seu harém com pouca mais de sete anos) se perdeu da comitiva do profeta sendo ela achada mais tarde junto de um belo soldado. Seus assessores queriam condenar a jovem por adultério, mas o profeta, para livrar sua amada e por conveniência, recebeu mais uma recitação para o seu alcorão, proibindo as mulheres de serem condenadas por adultério, a não ser que confirmado por quatro testemunhas. Veja o que nos informa o Alcorão: “Quanto àquelas, dentre vossas mulheres, que tenham incorrido em adultério, apelai para quatro testemunhas, dentre os vossos e, se estas o confirmarem, confinai-as em suas casas, até que lhes chegue a morte ou que Deus lhes trace um novo destino” (Sura 4:15)
CACP: O senhor poderia explicar melhor esta coisa de Ala ser o deus lua? Como ele se tornou como Jeová?
Prof. J Flávio: Que Alá era apenas mais um deus entre os muitos deuses de Meca, isso é fato histórico corroborado por vários historiadores. Veja o que é dito pelo escritor Libanês Albert Hourani: “… O nome dado a Deus era Alá, já em uso para um dos deuses locais”. O escritor Indiano Naipal (prêmio Nobel) narra em seu livro que os xiitas do Irã fazem desfiles religiosos com altares enfeitados com várias Luas. Maomé, na verdade, escolheu um entre os muitos deuses de Meca e assim fundou um Islã monoteísta/pagão. No decorrer da história islâmica foi subentendido que o Deus dos Judeus e Cristãos era o mesmo Alá do Islã. É verdade que os islâmicos afirmam que a Lua é importante e é usada sobre suas mesquitas apenas para conotar o usou do calendário lunar. Mas que a problemática é relevante, isso é!
CACP: Muito Obrigado Pr. João Flávio Martinez pela entrevista