A observância da lei, a guarda do sábado, o juízo investigativo, o bode emissário, o espírito de profecia e o sono da alma são os pontos principais que distinguem os Adventistas do Sétimo Dia dos evangélicos.
I- ORIGEM
- William Miller. Nasceu em 1782, Pittsfield, estado de Massachussetts, EUA. Era de família batista. Em 1818, dizia que nos próximos 20 anos Cristo voltaria à Terra. Em 1831, MuIIer anunciou que esse evento ocorreria em 23 de março de 1843. Tentou justificar a sua “profecia” em Daniel 8.13-14, quando dizia que as 2.300 tardes e manhãs correspondiam a 2.300 anos, e marcou como ponto de partida o retorno de Esdras a Jerusalém em 457 a.C.
- William Miller e seu fracasso. Ele conseguiu muitos adeptos. Eles venderam propriedades e foram para as colinas esperar o retorno de Cristo. Em Boston, muitos se vestiram de branco, subiram os montes e permaneceram em constante oração. Enquanto isso, muitos, em outras partes dos EUA, entregaram-se publicamente à imoralidade e à prostituição. Nada de suas previsões, porém, cumpriu-se. Miller disse que se enganou, errou nos cálculos, marcando nova data – 22 de outubro de 1844, que também fracassou.
- Origem dos adventistas do sétimo dia. Miller arrependeu-se, procurou a igreja, pediu perdão e foi servir a Deus, vindo a falecer em 1849. Com isso, surgiram vários grupos: Hiram Edson, Joseph Bates e James White com sua esposa Ellen Gould White eram os principais proeminentes dos movimentos adventistas.
Hiram Edson, de Port Gibson, disse que teve uma visão no dia seguinte ao fracasso de Miller, declarou ter visto Jesus em pé ao lado do altar. Assim, reinterpretou a “profecia” de Miller, explicando que ele errou simplesmente quanto ao local, mas havia acertado a data.
Joseph Bates, de New Hampshire, Washington, instituiu a observância do sábado.
O casal James e sua esposa Ellen Gould White, em Portland, Maine, se destacou com as “revelações e visões” de Ellen. Os três grupos juntos, em 1960, deram origem ao que hoje é chamado de Igreja Adventista do Sétimo Dia.
II – A LEI DE MOISÉS
- Decálogo. O Decálogo é o esboço e a linha mestra da Leide Moisés, registrado em Êxodo 20.1-17 e Deuteronômio 5.6-21. O termo vem de duas palavras gregas deka (dez) logos (palavra) – usado na Septuaginta para traduzir a expressão hebraica asseret hedevarim “as dez palavras” (Êxodo 34.28, Deuteronômio 4.13 e 10.4). As “dez palavras” nessas passagens tem o sentido de “mandamento, pronunciamento, princípios”. Por essa razão o Decálogo ficou conhecido universalmente como “os dez mandamentos” que Deus escreveu em pedras e deu aos filhos de Israel por meio de Moisés.
- Qual a diferença entre lei moral e lei cerimonial? Os adventistas dizem que a Leide Deus é o Decálogo e a Lei de Moisés é a Lei Cerimonial, os demais preceitos que não são universais.
- a) Uma só lei. A Bíblia afirma que existe só uma lei. O que existe, na verdade, são preceitos morais, preceitos cerimoniais e preceitos civis. É chamada de Lei Deus porque teve sua origem nEle, e Lei de Moisés porque foi Moisés o legislador que Deus escolheu para promulgar a lei no Sinai. Os preceitos, tanto do Decálogo como os fora dele, são chamados alternadamente de Lei de Deus, ou do Senhor, e lei de Moisés (Lucas 22-23; Hebreus 10.28). São, portanto, sinônimos, e por isso hão há distinção alguma (Neemias 8.1-18).
- b) Preceito moral fora do Decálogo. Há princípios que são imutáveis e universais. Não há para eles a questão de transculturação. Onde quer que o evangelho seja pregado, esses princípios estão presentes, são chamados “preceitos morais ou éticos”. Os dois maiores mandamentos são preceitos morais (Marcos 129-31), entretanto não constam do Decálogo, é uma combinação de Deuteronômio 6.4-5 com Levítico 19.18. Por outro lado, encontramos no Decálogo o quarto mandamento, que não é preceito moral, pois Jesus disse que o sacerdote podia violar o sábado e ficar sem culpa (Mateus 12.5).
- A lei cumpriu sua função. O Senhor Jesus já cumpriu a lei (Mateus 5.17). O Concílio de Jerusalém determinou que os cristãos nada têm com a lei (Atos 15.10-11;20,29). O apóstolo Paulo comparou a liberdade cristã com a lei do casamento (Romanos 7.1-3). Se uma mulher for de outro homem, estando seu marido vivo, é adúltéra, isso porque ela está ligada à lei do marido. Não podemos estar ligados à lei e ao mesmo tempo a Cristo, por isso estamos mortos para a lei (Romanos 7.4). A função da lei foi patológica”(descobrir a causa da doença), revelar o pecado no homem, mas ela não pode curar (Romanos 3.19-20, Gálatas 2.16 e 3.24).
- Observar a lei é desvio. O apóstolo Paulo chamou a lei de ministério da morte gravado em pedras (2Coríntios 3.7). da condenação (2Coríntios 3.9), transitório (2Coríntios 3.13) e que o Velho Testamento foi abolido por Cristo (2Coríntios 3.14). Procurar ser salvo pela observância da lei é desviodo Cristianismo (Gálatas 5.1-4). Ele não criticou a lei, reconhecia a santidade dela (Romanos 7.7-14), mas ela é impotente para salvar, pois, sua função é outra.
III – “ESPÍRITO DE PROFECIA”
Os escritos de Ellen Gould White. Para os adventistas do sétimo dia os escritos da Sra. Ellen Gould White têm a mesma autoridade da Bíblia.
- a) Regra de fé para os adventistas. Afirmam que a expressão “o testemunho de Jesus é o espírito de profecia” (Apocalipse 19.10) é uma alusão aos escritos da Ellen G. White. Creem que suas obras têm “aplicação e autoridade especial para os adventistas do sétjmó dia” e negam que “a qualidade ou grau de inspiração dos escritos de Ellen G. White sejam diferentes dos encontrados nas Escrituras Sagradas”. A Bíblia diz que quem não andar conforme a Palavra de Deus nunca verá a alva (Isaías 8.19-20).
- b) Testemunho de fé. O candidato ao batismo na igreja adventista, ao preencher a ficha encontra o lugar onde está escrito: “Você crê no espírito de profecia” uma observação: “Respondendo “não” estará impossibilitado de batizar-se”. Esse é um dos problemas mais graves do adventismo do sétimo dia.
Plágios da Sra. White.
- a) Plágio comprovado. Walter T. Rea, em sua obra The White Lie (A Mentira Branca) apresenta tabelas intermináveis desses plágios. No capítulo cinco ele mostra que a obra “Patriarcas e Profetas” é plágio do Pr. Edersheim. No capítulo seguinte, ele dá as fontes de onde Ellen White plagiou o livro “O Desejado de Todas as Nações”, entretanto os adventistas do sétimo dia recebem as obras da Sra. White com a mesma autoridade da Bíblia. Além dos plágios, há inúmeros erros e contradições em seus escritos.
- b) Defesa dos teólogos adventistas. Sabendo que o plagiador está desclassificado como servo de Deus, os teólogos adventistas têm feito um esforço concentrado para salvar a situação” de sua profetisa. Alguns deles apelaram para as passagens de 2Reis 18 e Isaías 38, pois são os mesmos textos, para justificar o plágio da Sra. White. Acontece que em nenhum lugar do livro de Reis se menciona o nome de seu autor. Quem garante que não é de autoria do próprio Isaías, uma vez que esse profeta foi assistente do rei Ezequias?
IV – CRENÇAS ERRÔNEAS
Juízo investigativo. É a doutrina da redenção incompleta de Hiram Edson, consubstanciada posteriormente pelas “visões” da Sra. White. Afirmam os adventistas, que em 1844, o Senhor Jesus entrou no santuário, no céu, para purificá-lo e assim completar a obra da redenção humana. São dois os principais problemas dessa interpretação adventista:
- a) “Tardes e manhãs” (Daniel 13). As 2.300 tardes e manhãs são os 1.150 dias ocorridos entre a profanação do santuário de Jerusalém, por Antíoco Epifânio, em 175 a.C., e a purificação do templo, por Judas Macabeus, quando foi instituída a festa da dedicação mencionada em João 10.22.
- b) Entrada no santuário celestial. Jesus Cristo entrou no santuário celestial quando subiu ao céu e não em 1844 (Hebreus 1.3; 6.19-20; 10.19-20). A obra da redenção foi realizada na cruz do Calvário e foi completa (João 19.30; Hebreus 7.25).
- O bode emissário. Os adventistas dizem que o bode emissário, do dia da expiação, representa Satanás. Assim, os adventistas colocam Satanás como co-autor da redenção. Moisés prescreveu que, no dia da expiação, o sumo-sacerdote apresentasse dois bodes para o sacrifício (Levítico 16.5,10). Um deles seria imolado, e o outro enviado para o deserto — o bode emissário, azazel, em hebraico. Convém lembrar que os dois bodes eram apresentados, e não um só. Isso representava o sacrifício de Jesus pela expiação de nossos pecados. A Bíblia diz que foi Jesus quem levou nossos pecados (Isaías 53.4-6; Mateus 8.16-17; João 1.29; 1Pedro 2.24; 3.18).
- O sábado. A questão não é o sábado em si, mas o fato de que não estamos debaixo do Antigo Concerto (Hebreus 8.6-13). O que nos chama a atenção é que ultimamente estão surgindo novos pseudo-cristãos, ensinando a guarda da lei e do sábado. Isso é retrocesso espiritual, é voltar às práticas antigas do Velho Testamento.
- a) Opção dos judeus cristãos. O apóstolo Paulo diz que uns fazem separação de dia, outros acham que podem comer de tudo (Romanos 14.1-6). Convém lembrar que o apóstolo está falando dos judeus cristãos, por causa da sua cultura religiosa, e não dos gentios. Não é, portanto, o caso dos adventistas. Eu conheço judeus cristãos que usam kipar e talit, observam o kash’rut e guardam o sábado. Isso meramente para não perderem sua identidade nacional, e não como condição para salvação.
- b) O sábado foi abolido. A Palavra profética previa a chegada da Novo Concerto (Jr 31.31-33) e o fim do sábado (Oséias 2.11), que se cumpriu em Jesus (Cl 2.14-17), por essa razão o sábado não aparece nos quatro preceitos de Atos 15.20, 29. O texto de Cl 2.16, 17 esmaga completamente os adventistas.
- c) O sábado cerimonial. Os adventistas afirmam que o sábado mencionado em Colossenses 2.16 é cerimonial. As festas judaicas eram anuais, mensais, ou lua nova (pois a lua nova aparece a cada 28 a 30 dias e com ela se principia o novo mês) e semanais (1Crônicas 23.31; 2Crônicas 2.4; 8.13; 31.3; Ezequiel 45.17). Veja que o texto diz: “…por causa dos dias de festa, ou da lua nova, ou dos sábados”. O sábado cerimonial ou anual já está incluído na expressão “dias de festa”, que são as festas anuais, “lua nova”, festas mensais e “dos sábados”, festa semanal. No v. seguinte o apóstolo diz: “Que são sombras das coisas futuras, mas o corpo é de Cristo” (Cl 2.17). Isto é, são figuras das coisas futuras, que se cumpriram em Jesus. Por isso Jesus afirmou ser Senhor do sábado (Marcos 2.28).
- d) Constantino: Dizem que o imperador romano, Constantino, mudou o sábado pelo domingo. Isso não é verdade. A palavra “domingo” por si só significa “Dia do Senhor” (Apocalipse 1.10), porque foi nele que Jesus ressuscitou (Marcos 16.9). O primeiro culto cristão aconteceu num domingo (João 20.1), e o segundo também (João 20.19-20). Os cristãos reuniam-se no primeiro dia da semana (Atos 20.7). Assim, essa prática foi se tornando comum, sem decreto e sem imposição, foi espontâneo. Constantino apenas confirmou uma prática antiga dos cristãos.
- e) Domingo em inglês. Os adventistas rejeitam o domingo porque dizem que “domingo” em inglês é Sunday, que significa “dia do sol” e portanto, dia pagão. Como é “Sábado” em inglês? Saturday, que significa “Dia de Saturno”, divindade pagã. Shabat não é uma palavra inglesa, mas hebraica e significa “repouso, descanso”. Por isso que cada dia, para nós, é sábado, pois em Cristo repousamos todos os dias da semana (Hebreus 4.11). A palavra hebraica para “Domingo” é Yom Rishon, que significa “Dia Primeiro”. Em grego a palavra é kurieke emera é traduzida para o português para “dia do Senhor” ou “domingo”.
- Outras crenças adventistas. Os adventistas do sétimo dia ensinam o kash’rut e são vegetarianos, seguindo o modelo do hinduísmo. Somos livres do kash’rut judaico (1Timóteo 4.4-5). Negam a existência do inferno e a imortalidade da alma.
CONCLUSÃO
A Sra. White ataca todos os pastores evangélicos. Ela, no seu livro O Grande Conflito, chama-nos de agentes de Satanás, porque pregamos a existência do inferno ardente. Esse livro e outras publicações da Casa Publicadora Brasileira, muitas vezes são vendidos em nossas igrejas. Eles não são nossos irmãos, só nos tratam como tal para vender sua literatura e realizar seu proselitismo sectário e desleal, na casa de nossos irmãos. Os adventistas chamam a si mesmos de remanescentes e as demais igrejas de apóstatas e comprometidas com a besta. Como vamos recebê-los em nossos púlpitos? Não é possível ceder espaço para eles em nossas igrejas! Sejamos símplices como as pombas, mas prudentes com as serpentes (Mateus 10.16).