Essa é uma pergunta que às vezes os deterministas me fazem. Eles perguntam, “por que uma pessoa crê em Jesus e outra não?” A resposta resumida é: uma pessoa escolheu crer e a outra não.
Agora, vamos dar uma olhada na questão e destrinchá-la um pouco. A raiz do problema é que a questão é apresentada dentro de uma visão determinista, e pressupõe a resposta. De fato, a pessoa que pergunta está dizendo, “o que torna necessária uma escolha não necessária?” Os que não são fatalistas rejeitam a pressuposição da pergunta. Pela atração de Jesus, para cada pessoa é dada a capacidade de fazer a escolha de crer. Nada há na pessoa ou em suas experiências que tornem necessário que ela escolha de uma forma ou de outra.
É isso que nos torna responsáveis diante de Deus. Uma pessoa é responsável pelo que faz quando tem a habilidade de fazê-la e de não fazê-la. Eu não posso cobrar de meu filho que ele bata os braços e voe, e então puni-lo por não ter voado. Isso seria injusto. Semelhantemente, se uma marionete saca uma arma e atira em alguém da plateia, a marionete não é responsável pela sua ação, mas sim a pessoa que está controlando as suas cordas. A marionete não pode fazer coisa alguma diferente daquilo que foi determinada a fazer. Somente a habilidade de fazer escolhas genuínas nos torna responsáveis diante de Deus.
Todos naturalmente entendem quem Deus é, pois Deus Se revelou a todas as pessoas. Paulo escreve que Deus Se revelou a todos, que Ele fez Sua natureza conhecida por nós, e que entendemos quem Ele é. É por essa razão que nós não temos desculpas (Romanos 1). Paulo também escreve que a graça de Deus que traz salvação foi manifesta a todos (Tito 2). E João nos conta que Jesus está na tarefa de atrair todos a Si mesmo (João 12). Então temos um entendimento de quem Deus é (Graça), temos um desejo natural de buscá-Lo, Sua salvação foi revelada a nós, e Ele está atraindo a todos nós. É por isso que a rejeição consciente de Jesus é um problema tão sério. Porque nós podemos escolher de maneira diferente.
Kevin Jackson
Fonte: wesleyanarminian.wordpress.com, Tradução: Glória Hefzibá