Lembra-te do dia do sábado, para o santificar. Seis dias trabalharás, e farás toda a tua obra. Mas o sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus; não farás nenhuma obra, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o teu estrangeiro, que está dentro das tuas portas. Ex 20.8-11
Este mandamento ordena que o sétimo dia da semana, o sábado, seja o dia do Senhor, separado para repouso e adoração. No Novo Testamento, a igreja cristã começou a adorar e repousar no primeiro dia da semana, que é o domingo. Os Adventistas do Sétimo Dia (ASD) perguntam: por que não guardar o sábado, se isso faz parte do corpo dos dez mandamentos? Os cristãos estão violando o mandamento do sábado, adorando no primeiro dia da semana, ao invés de fazê-lo no sétimo dia?
RESPOSTA APOLOGÉTICA: A resposta ao questionamento adventista está em Mt. 12.5, onde o Senhor Jesus afirma que os sacerdotes violavam o sábado e ficavam sem culpa, o que não acontecia com relação aos demais mandamentos. A base para o mandamento de observar o sábado, conforme escrito em Êxodo 20.11, é que Deus repousou no sétimo dia após seis dias de trabalho, e que Deus abençoou e santificou o sétimo dia. O dia de sábado foi instituído como um dia de repouso e adoração. O povo de Deus deveria seguir como exemplo o modelo de trabalho e repouso de Deus. Contudo, Jesus — corrigindo a visão distorcida dos fariseus — disse: “O sábado foi feito por causa do homem, e não o homem por causa do sábado” (Mc. 2.27). O ponto destacado por Jesus foi que o sábado não foi instituído para escravizar pessoas, mas para beneficiá-las. O espírito de observância de um dia de descanso e culto a Deus teve continuidade no Novo Testamento, mediante a observância do repouso e da adoração no primeiro dia da semana (At. 20.7; ICo. 16.2).
Deve ser lembrado, que de acordo com Colossenses 2.17, o sábado estava na condição de “sombras das coisas futuras, mas o corpo é de Cristo”. A observância ao sábado estava associada à redenção em Deuteronômio 5.15. O sábado era uma sombra da redenção que seria dada em Cristo. Simbolizava o descanso de nossos trabalhos, e a nossa entrada no repouso de Deus, dada através da obra consumada por Ele.
Embora os princípios morais expressos nos mandamentos sejam reafirmados no Novo Testamento, o mandamento de separar o sábado como um dia de repouso e adoração é o único que não foi repetido. Existem razões muito boas para isso. Aqueles que creem no Novo Testamento não estão sujeitos à lei do Antigo Testamento (Rm. 6.14; Gl. 3.24-25; Hb. 7.12 e 8.6-13). A partir da ressurreição de Jesus no primeiro dia da semana (Mt. 28.1), suas contínuas aparições nos domingos que se seguiram (Mt. 28.1; Mc. 16.2,9; Lc. 24.1; Jo. 20.1,19,26), e a descida do Espírito Santo em um domingo (At. 2.1), a Igreja Primitiva passou a ter como modelo o domingo como dia dedicado à adoração e isso faziam regularmente. A adoração aos domingos foi posteriormente consagrada por nosso Senhor, que apareceu a João na última grande visão no “Dia do Senhor” (Ap. 1.10). É por essas razões que os cristãos adoram aos domingos, ao invés de adorar no sábado judaico.
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Fonte: Resposta Às Seitas, Norman L. Geisler e Ron Rhodes, CPAD, 2000 – Texto compilado e adaptado pelo Pr. Edison Miranda da Silva. Bíblia Apologética, ICP, 2000.