A verdadeira profecia ocorre quando o Espírito Santo usa os seus servos para edificar, exortar e consolar a igreja (1Co 14.3). Ele fala como e quando quer (1Co 12.11), e não no momento em que alguém resolve proferir palavras de ordem. Aliás, como num culto nem todos são profetas (1Co 12.29), devem falar apenas dois ou três, enquanto os demais julgam (1Co 14.29). Para quem não sabe, a profecia pode ter três origens: divina, humana ou demoníaca (1Jo 4.1; Dt 18.21-22 e 1Tm 4.1).
Mas o que temos visto acontecer hoje em muitos cultos é puro mecanicismo e banalização do verbo “profetizar”. Os crentes têm sido motivados a usar o poder de suas palavras, como se elas fossem mágicas. Acreditam que qualquer declaração de fé é uma profecia para abençoar pessoas, famílias, empresas e até times de futebol!
Se algumas celebridades evangélicas estivessem com a razão, nenhum crente teria problema. Como num passe de mágica, todos profetizariam bênçãos uns aos outros, a qualquer hora, e Deus teria de sair cumprindo cada predição, inclusive as mais absurdas, como aquela de que a seleção brasileira seria campeã mundial na Alemanha!
Um texto muito usado por irmãos mal-orientados é Tiago 3.10, que de modo algum respalda esse modismo de profetizar a qualquer hora, sem que o Senhor mande, o que é muito perigoso (Ez 13.1-3). Tiago, na passagem citada, condena a maledicência e nos incentiva a usar a língua para bendizer a Deus. Basta ler o contexto para entender isso (Tg 3.1-9). Não há ênfase ao suposto poder abençoador das palavras humanas.
Muitos gostam de citar a visão do vale dos ossos secos, em que Ezequiel profetizou, e os ossos reviveram. No entanto, o profeta, conforme se lhe deu ordem (Ez 37.7), disse: “Ossos secos, ouvi a palavra do Senhor” (v4). O poder para vivificar os ossos, pois, não estava em suas palavras, e sim na Palavra que recebera de Deus.
Outros citam o fato de Elias ter profetizado que não choveria durante três anos e seis meses (1Rs 17.1). Porém, a ousadia do profeta diante do rei Acabe se deu em decorrência do que está registrado em Tiago 5.17: “Elias era homem sujeito às mesmas paixões que nós e, orando, pediu que não chovesse…” O que ele profetizou havia recebido do Senhor, em oração.
É comum, em grandes eventos, ouvirmos celebridades evangélicas dizendo: “Eu profetizo que esta cidade é de Jesus”. Contudo, se não houver compromisso com a Palavra de Deus, teremos vários fãs de Cristo — e não seguidores — profetizando isso e aquilo, enquanto as coisas continuarão exatamente como estão.
Quantos já não “abençoaram” o Brasil, profetizando por conta própria que esse país é do Senhor Jesus?! (Ah, se as coisas fossem tão fáceis como esses “profetas” pensam que são!) Apesar disso, a nossa nação continua cheia de violência, imoralidade, corrupção… O que pode mudar o mundo é a evangelização e a intercessão (Mc 16.15-18 e 1Tm 2.1-3). Mas, em vez de pregar o evangelho, muitos já foram convencidos de que basta profetizar bênçãos sobre a nação…
Muitos hoje não querem examinar as Escrituras. Preferem seguir aos modismos de alguns célebres pregadores e cantores. Não embarque nessa canoa furada. Não siga o exemplo deles, por mais famosos que sejam! Permita que a Palavra de Deus guie a sua vida (Sl 119.105).
Ciro Sanches Zibordi do blog http://cirozibordi.blogspot.com.br/ em 04/01/2014
eu sou edificado na fé quando na presença de irmãos seja pelo critério dos históricos e do entusiasmo dos pentecostais, infelizmente a erros em ambos lados, concordo plenamente com o artigo e gostei da conclusão final; a vitória é atentar a um diligente estudo bíblico. Sl 119.105
E quando eu disse “infelizmente a erros em ambos lados”, eu não quis dizer que concordo com o modismo e o estapafúrdio dos famosos, pelo contrario repudio, é heresia.
Vc quer fazer os teus comentários preconceituosos,se não crer na biblia problema teu: pari enfatizar os eros e se souber fali do relato bíblico.. seu exibicionista,arrogante etc…
qualé o galho aie jovino (-pr) … ? tá nervoso porque ? só porque não bato palmas com emoção ?