Os recentes movimentos carismáticos possuem no seu bojo desvios doutrinários. Em nome do Espírito Santo, coisas absurdas são cometidas. São atribuídas ao Espírito práticas que não correspondem à revelação bíblica. A Igreja tem sofrido a invasão de práticas místicas antibíblicas, que confundem as manifestações espirituais autênticas geradas pelo Santo Espírito. São atribuídas ao Espírito práticas que não correspondem à revelação bíblica. A Igreja tem sofrido a invasão de práticas místicas antibíblicas, que confundem as manifestações espirituais autênticas geradas pelo Santo Espírito.
Esses movimentos novos têm uma certa conexão com o Movimento Pentecostal. Foi a partir da ideia de liberdade no Espírito que pessoas ambiciosas, fraudulentas e fanáticas formaram grupos e desenvolveram doutrinas próprias. Com raízes fincadas nos primórdios do século 20, hoje tais movimentos são denominados neopentecostais e seus conceitos têm títulos como movimentos de fé, confissão positiva, poder da palavra falada, Teologia da Prosperidade, palavra da fé, maldição hereditária.
Muitos teólogos daquela época, influenciados por pensamentos gnósticos e metafísicos, fundaram correntes religiosas como a Ciência Cristã, as Testemunhas de Jeová e os Mórmons. Essas seitas nasceram de pseudo-revelações dadas secretamente aos seus líderes, que afirmavam terem recebido orientação especial de Deus para explicar as Escrituras.
Misticismo-pentecostalista
A palavra misticismo vem do latim mysticus ou mystica e significa o conjunto de práticas religiosas na contemplação dos mistérios sobrenaturais das religiões. O misticismo-pentecostalista é a mistura sem escrúpulos de símbolos e figuras materiais para significarem coisas espirituais. Ele toma figuras tipológicas do Velho Testamento e as espiritualiza, transformando-as em “proteções” semelhantes as usadas pelas magias pagãs, e então aparecem crentes com fitinhas nos braços, com medalhas de símbolos bíblicos de proteção, ungindo portas e janelas com azeite ou colocando sal ao redor das residências para impedir a entrada de maus espíritos; outros bebem copos de água abençoada, azeite de Jerusalém etc. Tudo isso não passa de artifícios que roubam o verdadeiro lugar da fé, da eficácia do sangue de Jesus, do poder do nome de Jesus. Todas e quaisquer manifestações fora dos parâmetros da Palavra de Deus são rejeitadas pelos pentecostais.
O movimento pentecostal, que abrange aquelas denominações comprometidas com as Escrituras, crê em visões, revelações, sonhos espirituais, e outros modos de operações. Crê também que o Espírito não está restrito às experiências pessoais. Não se julga as ações do Espírito Santo pelas experiências pessoais, pelo contrário, as experiências são julgadas de acordo com os parâmetros bíblicos.
Imitar os sons do mundo animal, o dom do riso, vomitar quando há pecado não confessado, o soprar que faz as pessoas caírem por terra são alguns exageros atribuídos ao Espírito, mas que na realidade são frutos das emoções e da carne. O Espírito não nos torna irracionais. Ele pode até nos fazer cair por terra, mas não o faz por fórmula espiritual. Deus não nos trata irracionalmente, mas pessoalmente. Quando confinamos as coisas do Espírito à lógica humana, Ele move a nossa estrutura, mostra nossas limitações e o quanto Ele está acima dos limites.
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Fontes: Elienai Cabral (Revista Pentecostes – CPAD – Julho/99).