ATOS 17.1-3 – PAULO PREGAVA AOS SÁBADOS NA SINAGOGA, O QUE PROVA QUE A GUARDA DO SÁBADO ESTAVA EM VIGOR?
Os Adventistas do Sétimo Dia argumentam que Paulo sancionou para os cristãos a prática da guarda do sábado, através de seu costume de frequentar e ministrar as suas pregações na sinagoga judaica aos sábados.
RESPOSTA APOLOGÉTICA: A prática de Paulo de discursar aos judeus era meramente parte de sua estratégia missionária, visando alcançá-los onde quer que estivessem reunidos, e a partir das próprias Escrituras deles. Esse fato não sancionou a guarda do sábado pelos cristãos, do mesmo modo que as reuniões de Paulo com os filósofos pagãos também não trouxeram nenhuma nova prática aos cristãos (At. 17.22-34). Ao contrário, Paulo disse aos Colossenses que o sábado era apenas uma “sombra”, que se foi quando a “substância” veio com Cristo (Cl. 2.16-17). O Novo Testamento, por diversas vezes, menciona que a lei judaica contida no Antigo Testamento foi cumprida por Cristo (Rm. 10.4). Por causa desse cumprimento da lei “se faz também mudança da lei” (Hb. 7.12).
O mandamento referente à guarda do sábado é o único dos Dez Mandamentos não enunciado no contexto da graça no Novo Testamento. Essa teria sido uma significativa omissão, caso esse mandamento devesse ser praticado pelos cristãos da atualidade. Antes, o Novo Testamento sanciona o primeiro dia da semana para a adoração cristã — como um costume do próprio Paulo. As razões para tal são óbvias. Foi o dia em que Cristo ressuscitou, dando início, desse modo, à comemoração cristã do primeiro dia da semana. As primeiras aparições de Jesus, após ter ressuscitado, aconteceram aos domingos, o que estabeleceu um padrão de expectativa de sua presença no primeiro dia da semana (Mc. 16.2; Jo. 20.19,26).
Assim, reunir-se no primeiro dia da semana tornou-se a prática da igreja apostólica (At. 20.7; ICo. 16.2). No último livro do Novo Testamento, o apóstolo João estava meditando em um domingo, o “dia do Senhor”, quando recebeu uma visão de Cristo (Ap. 1.10), mostrando que a prática continuou por muitas décadas após os dias de Jesus na terra. Na verdade, a igreja cristã tem dado continuidade a essa prática desde o primeiro século.
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Texto Base: Resposta às Seitas, Norman L. Geisler e Ron Rhodes, CPAD, 1997. Texto adaptado e compilado pelo Pr. Edison Miranda da Silva e Maria Candida Alves.