Outras seitas e “Ismos” modernos

relig

Além das seitas e heresias até aqui estudadas, existe um gran­de número de outras, menores, evidentemente, mas não me­nos perigosas. Dentre essas, salientam-se as seguintes:

O BAHAÍSMO

O bahaísmo é uma religião de origem pérsico-maometana, fun­dada em Acre, na Palestina, por um nobre persa exilado, conheci­do pelo nome de Bahá-Allah (“Glória de Deus”), nascido em 1817.

1.1. Crenças do Bahaísmo

O bahaísmo crê que o “último e verdadeiro sucessor de Maomé, que desapareceu no século X, nunca morreu, mas continua vivo numa misteriosa cidade, rodeado por um grupo de fiéis discípulos e que, no final dos tempos, aparecerá e encherá a terra de justiça, depois de ter sido cheio de iniqüidade.” Esse sucessor oculto revê-

Ia-se de tempos em tempos através daqueles a quem esclarece sua vontade e que são conhecidos como “Babs” ou “portas”, “isto é, são portas através das quais se renova a comunicação entre o es­condido e os seus fiéis seguidores” (Baallen, O Caos das Seitas, p. 107).

Segundo o opúsculo O Que Significa Ser Bahai, publicado e distribuído pela Assembléia Espiritual Nacional dos Banais do Brasil, o bahaísmo crê que:

  1. Há somente um Deus, e que o conhecimento do homem vem de Deus, através de seus mensageiros.
  2. Um novo mensageiro aparece no mundo a cada milênio, aproximadamente, para reacender o amor de Deus nos corações dos homens e para iniciar uma nova era.
  3. O mensageiro de Deus para esta época é Bahá-Allah (“A Glória de Deus”).
  4. Bahá-Allah, que surgiu na Pérsia, em meados do século XIX, é o prometido anunciado por Moisés, Jesus Cristo e outros mensageiros. Foi enviado por Deus para trazer paz e unidade para todo o mundo.

1.2. Fatos do Bahaísmo

Existem outras personagens centrais na Fé Bahai, que são:

1.2.1. O Báb (A Porta)

O Báb (A Porta) foi o Profeta Arauto da Fé Bahai. Além de ter sido considerado um mensageiro de Deus, ele preparou o povo para a vinda de Abdul-Bahá. Foi martirizado em julho de 1850.

1.2.2. Abdul-Bahá (“O Servo de Deus”)

Abdul-Bahá (“O Servo de Deus”) foi o filho mais velho de Bahá-Allah e o Centro do seu Pacto. Ele o indicou como seu su­cessor. Embora não fosse um profeta, sua posição é muito destacada dentro do Bahaísmo. Tudo o que ele disse e escreveu tem a mesma autoridade que as palavras de seu pai. Abdul-Bahá morreu em 1921.

1.2.3. Shoghi Effendi

Shoghi Effendi, o neto mais velho de Abdul-Bahá, foi por ele nomeado em sua última Vontade e Testemunho, como Guardião da Fé Bahai e Intérprete da Palavra de Deus. Sob sua direção, os alicerces da Ordem Administrativa Bahai foram firmemente esta­belecidos em todo o mundo. Os seus escritos são revestidos de autoridade, de acordo com o conceito Bahai. Morreu em 1957 e está sepultado em Londres.

1.2.4. Mãos da Causa

Shoghi Effendi indicou um número de Bahais proeminentes como “Mãos da Causa de Deus”. Seus deveres especiais são ensi­nar e proteger a fé Bahai por todo o mundo.

1.3. Princípios Básicos Para Uma Nova Era

Na esperança de uma nova era, o Bahaísmo,

1.4. Uma Nova Ordem Mundial

Além de esperar pelo alvorecer de uma nova era, o bahaísmo postula uma nova ordem mundial, com as seguintes características:

1.5- O Bahaísmo Desmascarado

Se analisarmos a doutrina bahai à luz das Escrituras Sagradas, haveremos de concluir que:

1)  Quanto à crença em Deus, o bahaísmo é nitidamente panteísta, isto é, furta a atenção e a crença de seus adeptos do Deus-homem, transferindo-as para o Homem-deus. Numa de suas publicações de 1914, lê-se a seguinte declaração: “Além deste ho­mem (Bahá-Allah), não existe outro ponto de concentração. Ele é Deus”.

2)  O bahaísmo tem muito em comum com o teosofismo, o espiritismo e a Maçonaria: proclama a união das religiões, a per­feição do homem independentemente de Cristo, e sustenta um ensino sincretista, respectivamente.

3) O ensino de que um novo mensageiro de Deus aparece no mundo a cada milênio não tem apoio nas Escrituras. Já são passa­dos quase dois mil anos desde que Cristo, o Mensageiro prometi­do no Antigo Testamento, veio, e, após ressuscitar dos mortos, passou a seus seguidores a responsabilidade de encher o mundo das boas-novas do Evangelho (Mt 28.19,20; Mc 16.15).

Não obstante haja aqueles a quem Deus dota de uma chamada específica para pregar o Evangelho, todos os crentes têm uma cha­mada geral e uma responsabilidade universal para testemunharem do Evangelho de Cristo (At 1.8).

4) O mensageiro de Deus para esta época são todos os crentes conscientes e responsáveis (At 1.8).

5) Moisés anunciou a vinda de Cristo, como um profeta seme­lhante a ele (Dt 18.15), porém, Cristo não anunciou a vinda de nenhum mensageiro humano, pelo contrário, anunciou a vinda do Espírito Santo (Jo 16.7).

6) Só Cristo é a porta (Jo 10.7,9).

7) Não obstante todos os crentes serem servos, só Cristo é tido como “O Servo de Deus” por excelência (Mt 20.28).

8)  Cristo destinou o Espírito Santo como intérprete da sua Palavra (Jo 16.13,14).

9) A conservação da fé é batalha não de uns poucos privilegi­ados, mas de todos os santos (Jd v.3).

1.6. O Bahaísmo Nega a Doutrina Cristã

Segundo ensina a doutrina bahai,

Os aspectos louváveis do bahaísmo tornam-se nulos diante da falsidade dessa religião. Quem não louvaria o bahaísmo quando oferece os seus princípios básicos para uma nova era e postula uma nova ordem mundial? Mas, nem com toda essa nobreza de caráter o bahaísmo consegue esconder os malefícios das suas crenças.

O bahaísmo é mau e herético à medida que rebela-se contra o senhorio de Jesus Cristo, e faz de Deus apenas uma idéia e não um ser pessoal e responsável.

1.7. Conclusão

Cremos que uma nova era há de raiar no mundo e que uma nova ordem há de se estabelecer na Terra. Mas isso não se dará como resultado de esforços humanos ou de um impossível aper­feiçoamento da humanidade. Cristo as estabelecerá na Terra du­rante o seu governo milenar, conforme é descrito em Isaías 2.2-4; 65.18-22.

Não obstante o revestimento de glória que o Milênio terá, a Bíblia jamais sugere que a humanidade alcançará a perfeição nes­se tempo. O homem continuará o mesmo, e a prova disto está no que relata o livro de Apocalipse. No final do Milênio, a humanida­de até aqui beneficiada com a prosperidade do reinado de Cristo, em atitude de hostilidade, levantar-se-á contra Jesus e os seus elei­tos, o que causará a repentina destruição de todos os ímpios, e o lançamento de Satanás no Lago de Fogo (Ap 20.7-10). A esperan­ça do crente será a manifestação do novo céu e da nova Terra, onde habitará a justiça de Deus, onde todos habitarão por toda a eternidade (2 Pe 3.13).

———————————–

A CIÊNCIA CRISTÃ

A Igreja da Ciência Cristã foi organizada e fundada no ano 1879. Mary Baker Eddy, sua fundadora, desde criança padecia de ataques de nervos. Ainda jovem, foi aceita como membro da Igre­ja Congregacional, sem no entanto haver experimentado conver­são genuína.

A vida matrimonial da senhora Mary Baker foi uma verdadei­ra desilusão do princípio ao fim. Ficou viúva do primeiro marido não muito depois do casamento. Teve de divorciar-se do segundo marido, vindo a contrair um novo casamento com um dos seus primeiros discípulos, de nome Asa Eddy, que também veio a mor­rer, anos depois.

Em meio a todos os seus problemas matrimoniais, e acometi­da de uma grave enfermidade, Mary Baker Eddy deixou-se influ­enciar pelos ensinos de um curandeiro e hipnotizador popular cha­mado Fineas Quimby, que negava a existência da matéria, do so­frimento, da enfermidade, do pecado e de todo o mal.

2.1. Ensinos da Ciência Cristã

No seu livro Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, Mary Baker foi além das teorias de Fineas Quimby, afirmando

que toda aparência da matéria ou da experiência mortal é somente uma ilusão, um sonho.

A senhora Mary Baker ensinou mais o seguinte:

1) “A Bíblia tem sido minha única autoridade”. Contudo afir­ma que seus próprios escritos são divinamente inspirados, e que, sem o estudo deles, é impossível se compreender a Bíblia.

2) “Deus é um princípio divino, um Ser supremo e incorpóreo, que é Mente, Espírito, Alma, Vida, Verdade e Amor. Deus é toda substância, inteligência”.

3)  “Nas palavras de João: ‘Ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja sempre convosco’, este Consolador eu entendo ser a Ciência Divina… A ‘Ciência Cristã’ é o Espírito Santo”.

4) “Jesus não era o Filho de Deus num sentido diferente da­quele em que todo homem é filho de Deus. Jesus é o Ser humano, e Cristo, a idéia divina. A virgem-mãe concebeu essa idéia de Deus e deu a seu ideal o nome de Jesus”.

5)  “A eficácia da crucificação reside no fato de que ela de­monstrou afeto e bondade práticos para com a humanidade. O san­gue material de Jesus não era mais útil quando foi derramado na cruz do que quando corria pelas veias do Senhor em sua vida diá­ria. Veio a salvar os homens da crença de que eram pecadores. O homem já é perfeito”.

6)  “O que os evangélicos chamam de ressurreição de Cristo era a demonstração da Ciência Divina, o triunfo da Verdade e do Amor Imortal sobre o erro”.

7) “A segunda vinda de Cristo é o despertar de um sono enga­noso para dar-se conta dá verdade”.

8) “O diabo é o mal irreal da mente falsa e mortal”.

9) “A oração não é petição, mas simples afirmação. A oração elevada a um Deus pessoal é um obstáculo e pode levar à tentação. Não se persuade a Deus a fazer mais do que já fez”.

10)  “O homem foi, é e será sempre perfeito… O homem é incapaz de pecar. Posto que o homem é a idéia da imagem de Deus, é perfeito. É completamente bom, fora do alcance do mal”.

11) “Não existe inferno nem juízo. Não existe um céu literal; este simplesmente consiste em harmonia perfeita com a Mente Divina” (Walker, Qual o Caminho?).

2.2. REFUTAÇÃO

Os ensinos da senhora Mary Baker Eddy, hoje defendidos pe­los seus discípulos, são anti-bíblicos e absurdos, como mostramos a seguir:

  1. A relação filial de Jesus Cristo com Deus, o Pai, distingue-se da relação que os demais seres têm com Deus. Veja, por exemplo:
  1. A morte de Cristo na cruz não tinha como objetivo salvar o homem da crença de que era pecador, mas salvá-lo do pecado mesmo (Mt 1.21; Rm 6.6).
  1. A ressurreição de Cristo foi um fato real, demonstrando que Jesus Cristo, como Deus, tem poder sobre a morte (At 2.24).
  1. A segunda vinda de Cristo é o centro da bem-aventurada esperança futura do crente:
  1. O diabo é um ser real. Na Bíblia ele é chamado:
  1. Não obstante crermos na sabedoria divina sobre os mínimos detalhes da nossa vida, cremos que através das nossas orações podemos mover o coração daquEle cuja mão move o mundo e anula os obstáculos. Atente, pois, para o seguinte:
  1. Quanto ao homem e ao pecado, contrariando o erro ensina­do pela Ciência Cristã, a Bíblia diz que:

Finalmente, a Bíblia diz que:

———————————–

III. SEICHO-NO-IÊ

O Movimento Seicho-no-iê é uma mistura de xintoísmo, bu­dismo e Cristianismo. Foi fundado pelos idos de 1930, por Masaharu Tanigushi, nascido em Kobe, no Japão.

3.1. Aspectos Gerais do Movimento

Esse movimento afirma ser a harmonia de todas as coisas do Universo e a reunião de todas as religiões. Ensina, inclusive, que Cristo, na Judéia, Buda, na índia, e o Xintoísmo, no Japão, são manifestações de Amenominakanushi, o Deus absoluto, e que to­das as religiões têm como fundamento a verdade de que todos são irmãos, filhos do mesmo Deus.

O movimento Seicho-no-iê proclama que a sua missão é trans­mitir ao mundo parte dos ensinamentos de Cristo e de Buda, que não haviam sido ainda suficientemente revelados.

Em 1932, Tanigushi, o fundador do movimento, publicou o livro A Verdade da Vida, obra que contém a filosofia Seicho-no-iê. Em 1963 começou o movimento em vários países, inclusive no Brasil. Tendo a cidade de São Paulo como o seu principal centro, no nosso país, esta falsa igreja já alcançou quase todos os Estados da Federação, tendo adeptos principalmente entre aqueles que buscam cura física.

3.2. Principais Ensinos

Além de possuir uma crença baseada na compensação materi­al, como saúde, dinheiro e bem-estar, o movimento Seicho-no-iê possui um sistema doutrinário que o identifica como uma seita herética. Veja, por exemplo, a crença Seicho-no-iê sobre os se­guintes assuntos:

1)  Amenominakanushi é o Deus absoluto. Não importa os nomes que tenha nas diversas religiões, já que todas as crenças e todos os deuses levam o homem a ele.

2) Ser verdadeiramente salvo é compreender por que a doença se cura; por que é possível ter uma vida financeira confortável e por que se pode estabelecer harmonia no lar.

3) O homem pode viver um “reino do céu” desde que compre­enda que não existem doenças, males, dores, etc.

4) O pecado é como uma doença, os males e a morte, que não passam de meras ilusões. O pecado não existe, pois Deus não o criou.

5) O homem é perfeito.

3.3. Refutação

O ensino do movimento Seicho-no-iê é de origem satânica, e mostramos por que:

  1. Se Amenominakanushi é o Deus absoluto, Deus estaria mentindo quando disse: “Há outro Deus além de mim? Não, não há outra Rocha que eu conheça” (Is 44.8).
  2. Se a verdadeira salvação consiste em compreender por que a doença se cura, em ter uma vida financeira confortável e um lar harmonioso, é de se supor que aquele anjo do Senhor estaria men­tindo quando disse que Jesus haveria de salvar os pecadores dos seus pecados, e não de uma vida de privações materiais (Mt 1.21).
  3. Se o homem pode viver o reino do céu desde que compre­enda que não existem doenças, males e dores, deduz-se que João estaria mentindo quando registrou no Apocalipse que só no céu não haverá mais lágrimas, morte, luto, pranto ou dor (Ap 21.4).
  4. Se o pecado inexiste, então Deus não estaria falando a ver­dade, quando disse: “A alma que pecar, essa morrerá” (Ez 18.20).
  5. Se o homem é perfeito, Paulo não falou a verdade, quando disse: “Não que eu já tenha recebido, ou tenha obtido a perfeição, mas prossigo para conquistar aquilo para o que também fui conquistado por Cristo Jesus” (Fp 3.12).

Pelo contrário, seja Deus verdadeiro, e todo o movimento Seicho-no-iê e suas filosofias mentirosas (Rm 3.4).

———————————–

  1. O MOONISMO

O moonismo, ou “Associação do Espírito Santo Para a Uni­ficação da Cristandade Mundial”, foi fundado na Coréia, em 1954, e, em 1973, nos Estados Unidos. Em 1976, proclamava ter entre 500 mil a 2 milhões de adeptos, radicados principalmente na Coréia e no Japão, com modestas ramificações também na Europa.

4.1. Resumo Histórico do Moonismo

Sun Myung Moon, fundador da “Associação do Espírito San­to Para a Unificação da Cristandade Mundial”, nasceu na Coréia, em 1920. A exemplo de Joseph Smith, fundador do mormonismo, Moon fundamenta as suas crenças e ensinos em alegadas revela­ções que teria recebido de Deus ainda quando criança.

No seu livro O Divino Princípio, Moon conta que, desde a infância, foi clarividente, isto é, podia ver através do espírito das pessoas. Conta que quando tinha apenas doze anos, começou a orar para que coisas extraordinárias começassem a acontecer. Conta o próprio Moon que, num domingo de Páscoa, quando tinha ape­nas dezesseis anos, teve uma visão na qual Jesus lhe teria apareci­do, dizendo: “Termina a missão que eu comecei”.

Moon procurou se preparar para o cumprimento dessa mis­são, através do estudo das seitas e dos cultos populares do Japão e da Coréia. Foi assim que, em 1946, começou a pregar a sua pró­pria versão do Cristianismo messiânico. A medida que a seita cres­cia, Moon enfrentava problemas com as autoridades coreanas, o que culminou com a sua excomunhão pela Igreja Presbiteriana, em 1948, à qual pertencera até então.

4.2. Ensinamentos de Moon

De acordo com O Divino Princípio, o livro “sagrado” que contém as revelações do reverendo Moon, Deus queria que Adão e Eva se casassem e tivessem filhos perfeitos, estabelecendo as­sim o Reino de Deus na Terra. Mas Satanás, encarnado na ser­pente, seduziu Eva, que, por sua vez, transmitiu sua impureza a Adão, causando, então, a queda do homem. Por isso Deus man­dou Jesus Cristo ao mundo, para redimir a humanidade do peca­do. Mas Jesus morreu na cruz, antes de ter podido casar-se e tornar-se pai de uma nova raça de filhos perfeitos. Agora chegou o tempo para um novo Cristo, que finalmente cumprirá os dese­jos de Deus.

Como você pode ver, o ensino de Moon tem o propósito de desvirtuar a obra de Cristo e anular o testemunho do Evangelho, segundo o qual o propósito de Deus não é constituir uma família perfeita aqui na Terra, através de Moon, mas salvar os pecadores perdidos, através de Jesus Cristo. O ensino moonita é anti-bíblico e satânico, digno do repúdio de todo cristão verdadeiro.

4.3. Moon, um Falso Messias

Moon não identifica a si mesmo como o novo Messias, mas diz que este, tal como ele próprio, nasceria na Coréia em 1920. Não obstante, muitos dos seus pensamentos o identificam ora como sendo Deus, ora como Satanás, ora como o Anticristo. Evidente­mente, os seus pensamentos contradizem as Escrituras, como você mesmo pode ver e comparar:

Moon

A Bíblia

Quando se mudou para os Estados Unidos, em 1973, Sun Myung Moon proclamou a “Nova Idade do Cristianismo”, em

conferências, banquetes e comícios, culminando com uma con­centração no Madison Square Garden, em Nova Iorque, em 1974. No seu discurso, ele deu a sua própria versão da queda do homem e da vinda do Messias esperado: “Esta é a vossa esperança… A única esperança dos Estados Unidos e do resto do mundo.”

4.4. Lavagem Cerebral e Fanatismo

Em geral, os moonitas, ou seguidores de Moon, cedo assu­mem a responsabilidade de fazer proselitismo nas esquinas das grandes cidades. As pessoas mais visadas, tidas como moonitas em potencial, são as que se mostram estar sendo vencidas pela solidão. Quando estas pessoas se sentem atraídas, são convidadas para uma conferência da seita, para jantares, para passar um fim de semana num dos centros da comunidade, para estudo.

Esses fins de semana obedecem a um programa rigidamente estruturado, exaustivo, com pouco tempo para dormir e nenhum para refletir. Os neoconvertidos passam por uma verdadeira la­vagem cerebral, que envolve uma média de seis a oito horas de preleções baseadas no livro “Divino Princípio”, livro que con­tém as visões de Moon. Na preleção final, aprendem que Deus mandou Moon para salvar o mundo, em geral, e a eles próprios em particular.

Dentre os adeptos da seita, alguns continuam a fazer seus cur­sos ou a exercer seus empregos, mas, à noite ou durante os fins de semana, trabalham para a seita, vários deles dando a esta uma par­te de seus salários. Os que trabalham com tempo integral, geral­mente freqüentam seminários que duram de seis a dezesseis se­manas.

Durante os primeiros meses de experiência religiosa, os no­vos membros da seita freqüentemente recebem telefonemas de pais, parentes e amigos, pedindo que voltem ao seu convívio. Quando alguns deles vacilam, os seus discipuladores lhes dizem que seus pais, parentes e amigos são agora inimigos a serviço de Satanás.

No Brasil, muitas famílias têm tido seríssimos problemas com seus filhos que se têm deixado envolver pelo moonismo. Tem ha­vido casos em que pais, acompanhados de policiais, têm invadido templos da seita (no Rio de janeiro e São Paulo, por exemplo) para arrebatar à força os filhos, que estão sendo programados por manipuladores da seita.

4.5. Duas Particularidades Doutrinárias

Dentro do complexo quadro doutrinário do moonismo, pode­mos destacar as duas particularidades a seguir:

1) Uma das principais exigências do reverendo Moon àqueles que se convertem ao moonismo é que o neoconverso passe a ado­tar a Coréia como sua nova pátria-mãe, à qual deve jurar lealdade e amor. Assim, um brasileiro, por exemplo, que se converte ao moonismo, já não tem nenhum dever cívico e patriótico para com o Brasil.

Evidentemente, esta tem sido a principal razão do repúdio das autoridades de muitas nações ao moonismo.

2) Outro princípio inviolável do moonismo é que quando um moonita for considerado apto para o casamento, deve ter dado pelo menos sete anos de leais serviços para a promoção da seita. Ainda assim precisa de permissão do reverendo Moon para poder con­trair matrimônio.

Os moonitas em idade de se casar podem propor parceiros ou parceiras de sua própria escolha, mas a decisão final é do reveren­do Moon, que pode até escolher noivos ou noivas inteiramente desconhecidos um do outro. Os moonitas recém-casados devem viver inteiramente separados durante os primeiros quarenta dias.

4.6. Conclusão

A história de Moon tem muita semelhança com a história de diversos fundadores de seitas falsas. Envolve sempre os mesmos princípios:

Foi sobre homens como Sun Myung Moon que escreveu Judas nos versículos 12 e 13 da sua epístola:

“Estes homens são como rochas submersas, em vossas fes­tas de fraternidade, banqueteando-se juntos sem qualquer reca­to, pastores que a si mesmos se apascentam; nuvens sem água impelidas pelos ventos; árvores em plena estação de frutos, mas de frutos desprovidas; duplamente mortas, desarraigadas; ondas bravias do mar, que espumam as suas próprias sujidades; estre­las errantes, para as quais tem sido guardada a negridão das tre­vas, para sempre”.

Durante esses anos, Moon construiu um verdadeiro império industrial nos Estados Unidos, graças aos donativos arrecadados pelos seus seguidores. Porém, como o governo americano resol­veu processá-lo por sonegação de impostos, Moon fugiu dos Esta­dos Unidos durante o mês de outubro de 1981. Ao voltar, foi jul­gado e preso, sendo finalmente solto no final do ano de 1985.

Extraído do Livro “Seitas e Heresias”, Editora CPAD

Sair da versão mobile