Uma das marcas das seitas é negar a inerrância da Bíblia.
Os mórmons declaram:
Cremos ser a Bíblia a palavra de Deus, o quanto seja correta a sua tradução. E cremos também ser o “Livro de Mórmon” a Palavra de Deus (Artigo 8), (“Regras de Fé”, edição 1981 – p. 252, James E. Talmage).
Observe a ressalva que fazem os mórmons sobre a Bíblia como palavra de Deus: o quanto seja correta a sua tradução. E por que assim declaram?
Não há e não pode haver uma tradução absolutamente fidedigna desta e de outras Escrituras, a menos que se tenha feito por intermédio do dom de tradução, como uma das dádivas do Espírito Santo. O tradutor deve ter o espírito de profecia se deseja expressar em outro idioma as palavras do profeta: e a sabedoria humana, por si só, não conduz a essa possessão. Leia-se, pois, a Bíblia reverentemente e com cuidado e oração, buscando o leitor a luz do Espírito para poder sempre distinguir entre a verdade e os erros dos homens (“Regras de Fé”, edição 1981 – p. 221, James E. Talmage).
Os Erros da Bíblia Segundo o Mormonismo:
Creio na Bíblia tal como se encontrava ao sair da pena de seus escritores originais. Os tradutores ignorantes, os copistas descuidados e os sacerdotes intrigantes e corruptos, cometeram muitos erros (“Ensinamentos do Profeta Joseph Smith”, edição 1975 – p. 319, Joseph Fielding Smith).
A Bíblia é um Livro Incompleto
E, depois de transmitidas pelas mãos dos doze apóstolos do Cordeiro, dos judeus aos gentios, vês a fundação de uma grande e abominável igreja, que é a mais abominável dentre todas as outras igrejas: pois que despojaram o Evangelho do Cordeiro de muitas partes que são claras e sumamente preciosas, como também de muitos dos convênios do Senhor (1 Nefi 13.26 –“Livro de Mórmon”, edição 1951 – p. 39).
É Tolo Quem se Apóia só na Bíblia
Tu, tolo, tu dirás: Uma Bíblia, temos uma Bíblia, e não necessitamos mais de Bíblia. Terias obtido uma Bíblia se não fosse pelas mãos dos judeus.
E, portanto, porque tendes uma Bíblia, não deveis supor que ela contém todas as minhas palavras; nem deveis supor que eu não permiti que se escrevesse mais (2 Nefi 29.6,9 – “Livro de Mórmon”, edição 1951 – pp. 128-129).
Resposta Apologética:
Então, segundo os mórmons, a Bíblia não é suficiente. Mas nós temos a Bíblia como suficiente. Eis que:
- Ela é a Palavra de Deus (1 Ts 2.13; 2 Tm 3.16-17);
- Na verdade não contém todas as palavras de Cristo, mas o que traz sobre Ele é o suficiente para a aquisição da vida eterna (Jo 20.30-31);
- Os apóstolos foram ensinados pessoalmente pela Bíblia (Lc 24.45-48);
- Deus falou por profetas, cujas palavras estão registradas na Bíblia (Hb 1.1-2, Cl 3.16; At 17.11-12; 2 Tm 2.15; 1 Pe 1.23-25; 2.2).
Contradições entre a Bíblia e o “Livro de Mórmon”:
1 – O sol se escurecerá por três dias, enquanto que a Bíblia fala de três horas, na ocasião da crucificação de Jesus:
E aconteceu que estas trevas duraram pelo espaço de três dias, nos quais não foi vista luz alguma; e houve grandes lamentações e gemidos e pranto entre todo o povo continuamente; sim, grandes foram os gemidos do povo por causa das trevas e da grande destruição que sobreviera (3 Nefi 8.23 –“Livro de Mórmon”, edição 1997 – pp. 494-495).
E, chegada a hora sexta, houve trevas sobre toda a terra até a hora nona (Mc 15.33).
E era já quase a hora sexta, e houve trevas em toda a terra até a hora nona, escurecendo-se o sol (Lc 23.44).
2 – O lugar do nascimento de Jesus em Jerusalém, enquanto que a Bíblia declara que Ele nasceria em Belém:
- Mas eis que isto o Espírito me disse: Clama a este povo, dizendo: Arrependei-vos e preparai o caminho do Senhor e andai nas suas veredas, que são retas; pois eis que o reino do céu está próximo e o Filho de Deus nascerá na face da Terra.
E eis que nascerá de Maria, em Jerusalém, que é a terra de nossos antepassados, sendo ela uma virgem, um vaso precioso e escolhido; e uma sombra envolverá; e conceberá pelo poder do Espírito Santo e dará à luz um filho, sim, o Filho de Deus (Alma 7.10 – “Livro de Mórmon”, edição 1997 – pp. 256-257).
E tu, Belém Efrata, posto que pequena entre os milhares de Judá, de ti me sairá o que governará em Israel, e cujas saídas são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade (Mq 5.20).
E, tendo nascido Jesus em Belém de Judéia, no tempo do rei Herodes, eis que uns magos vieram do oriente a Jerusalém (Mt 2.1).
3 – Os seguidores de Cristo chamados cristãos em 73 a.C, enquanto que a Bíblia declara que isso ocorreu em 42 a.D.
Porque assim eram chamados todos os verdadeiros crentes em Cristo, que pertenciam à igreja de Deus, pelos que não pertenciam à igreja.
E os que pertenciam à igreja eram fiéis; sim, todos os que eram crentes verdadeiros em Cristo tomavam alegremente em si o nome de Cristo, ou seja, de cristãos, como eram chamados em virtude de sua crença no Cristo que haveria de vir (“Alma” 46.14-15 – “Livro de Mórmon”, edição 1997 – p. 374).
E sucedeu que todo um ano se reuniram naquela igreja, e ensinaram muita gente; e em Antioquia foram os discípulos pela primeira vez chamados cristãos (At 11.26).
Extraído da série Apologética do ICP