Os milagres de Ellen White

“Se eu… ouvisse um pregador enaltecendo isso (os milagres de Ellen White)… eu teria minhas dúvidas: isto é, eu gostaria de saber se ele o viu (o milagre). Ele teria que dizer que não. que ele não o viu. Então eu perguntaria: “Você já encontrou alguém que tenha visto?”. E ele teria que responder: ‘Não, não encontrei'” (A. G. Daniells, Presidente da Conferência Geral na Conferência Bíblica de 1919, Spectrum, vol. 10, número 1, pp. 28, 29).

Se você se tornou um Adventista do Sétimo Dia como resultado de haver participado de reuniões evangelísticas, você provavelmente já ouviu falar de milagres associados às visões de Ellen White. Se você frequentou escolas Adventistas do Sétimo Dia, você foi ensinado sobre os milagres associados às Visões de Ellen White. E se puder visitar a Conferência Geral dos Adventistas do Sétimo Dia, ou o White Estate, ou a casa onde Ellen White viveu, você ouvirá sobre mais milagres associados às visões de Ellen White.

O vínculo de Ellen White com estes milagres e com o sobrenatural contribui grandemente para promover sua mística e autoridade dentro da Igreja Adventista do Sétimo Dia. O que os Adventistas têm dito sobre esses milagres é interessante por duas razões.

Primeiro, os Adventistas do Sétimo Dia desprezam todos os milagres associados a pastores ou agentes de cura não-Adventistas. Ao longo dos anos, os Adventistas do Sétimo Dia têm publicado diversos livros e artigos indicando que, quase sem exceção, todos os milagres não-ASD são do diabo, ou o resultado de hipnose em massa, ou meramente truques. Várias e várias vezes você ouvirá Adventistas sinceros negando milagres não-ASD com base em dois textos bíblicos:

“Porque hão de surgir falsos cristos e falsos profetas, e farão sinais e prodígios para enganar, se possível, até os escolhidos. Ficai vós, pois, de sobreaviso; eis que de antemão vos tenho dito tudo” (Marcos 13:22-23).

“Pois são espíritos de demônios, que operam sinais; os quais vão ao encontro dos reis de todo o mundo, para os congregar para a batalha do grande dia do Deus Todo-Poderoso” (Apocalipse 16:13-14).

Em segundo lugar, os Adventistas do Sétimo Dia imediatamente invertem seu posicionamento geral sobre milagres ao talarem de Ellen White. Para muitos Adventistas, os milagres validam a inspiração de Ellen White. Essa abordagem inconsistente sobre milagres quase nunca é questionada por novos convertidos ou pelos Adventistas modernos, mas foi seriamente debatida por aqueles que trabalharam diretamente com Ellen White por décadas.

Por exemplo, um dos milagres mais admirados associado às visões de Ellen White é aquele em que se diz que ela ergueu com os braços estendidos uma grande Bíblia de cerca de 8 quilos por aproximadamente 45 minutos enquanto estava “em visão”. O que não dirão a você é que o relato original afirma que ela manteve erguida a Bíblia, não por 45 minutos, mas a tarde toda até o pôr-do-sol (Dons Espirituais, vol. 2, páginas 78, 79). Dizia-se também que a Bíblia não pesava apenas 8 quilos, mais aproximadamente 18 quilos (ver a declaração de A. G. Daniells ( nas páginas 179-180).

O que é especialmente interessante sobre a versão moderna deste “milagre” é que o White Estate tem uma grande Bíblia de aproximadamente 8 quilos em exibição que se supõe ser a Bíblia que Ellen White carregou (veja as fotos na página 90). Se você estivesse na sessão da Conferência Geral de 1990 em Indianápolis, você veria centenas de Adventistas de todo o mundo aguardando de pé em uma fila para ter o privilégio de ter fotografado segurando a Bíblia. Mesmo uma pessoa extremamente forte dificilmente conseguiria segurá-la por mais de um minuto. A conclusão óbvia é que: se a pequena e frágil Ellen White a segurou com as mãos estendidas por 45 minutos durante a visão, isto exigiria dela uma força sobrenatural – e, portanto, ela só pode ter sido inspirada por Deus. E se ela foi inspirada por Deus, ela certamente era Sua confidente “mensageira” para a “Igreja Remanescente”.

Agora, se essa história for verdadeira, isso provaria que Ellen White era divinamente inspirada? E os gurus indianos de Singapura que caminham de pés descalços por mais de 9 metros de brasas ardentes sem se queimar? Esse “milagre” não provaria que eles são inspirados por Deus? E o que dizer dos hindus que enfiam ganchos e lanças de cerca de um metro de comprimento em sua carne sem qualquer demonstração de dor ou perda de sangue? Esse “milagre” não é prova de que eles são inspirados por Deus?

Por que os Adventistas expressam um grande ceticismo quanto a milagres exceto quando associados à Ellen White? Por que os Adventistas do Sétimo Dia necessitariam ter o ministério de Ellen White confirmado por “milagres”? Não seria porque interiormente eles desconfiam que seu ministério é incapaz de ser comprovado por si só?

E quanto a esse milagre em especial? Será que Ellen White realmente ergueu por 45 minutos, enquanto estava em visão, como alega a versão moderna? A evidencia diz que não, que isso nunca aconteceu! Observe o que autor Wallace D. Slattery descobriu sobre esse mito:

“Hoje, o White Estate admite que qualquer evidencia de que ela tenha alguma vez erguido um grande bíblia por um longo período de tempo é frágil e não pode ser comprovada. Minha assistente em meu último período como professor ASD na Pensilvânia foi uma bisneta da irmã White. Eu discuti este suposto evento com ela, e ela concordou que, sem dúvida, isso jamais aconteceu. Ela telefonou à sua mãe, que trabalhava no White Estate em Washington, e perguntou:” Por que você ainda mostra essa grande bíblia às pessoas que chegam, quando você sabe que o evento nunca ocorreu?” Sua mãe respondeu: “Mas você deveria ver seus rostos quando eles veem isso!” (Wallace D. Slattery, São os Adventistas do Sétimo Dia Falsos Profetas? P. 5, publicado em 1990 pela presbyterian and reformed publishing company, Phillipsburg, Nova Jersey).

Essa é a resposta moderna à questão. Mas e quanto aos que viveram há mais de cem anos e trabalharam com Ellen White – eles acreditavam em seus milagres? Arthur G. Daniells, presidente da Conferência Geral que trabalhou em estreita colaboração com Ellen White por trinta anos, alertou os líderes Adventistas do Sétimo Dia:

“ Agora com referência às evidências (os milagres): Eu discordo com alguns dos irmãos que tem reunido provas ou evidências da autenticidade deste dom… Creio que a prova mais contundente é encontrada nos frutos desse dom para a igreja, e não em manifestações físicas e externas. Por exemplo, ouvi alguns ministros pregarem, e tenho visto isso também por escrito, que a Irmã White certa vez carregou uma pesada bíblia – acredito que eles falavam de um peso de cerca de 18 quilos – e, com uma mão estendida, e olhando para os céus, ela citava textos e virava as folhas (paginas) apontando para eles (os textos), com os olhos fitos no céu. Não sei se isso ocorreu ou não de fato. Não estou certo. Eu não vi acontecer, e não me recordo de ter conversado com alguém que tenha visto. Contudo, irmãos, não considero esse tipo de coisa como uma prova incontestável. Não creio ser esse o melhor tipo de evidência. Se eu fosse um estranho na audiência, e ouvisse um pregador enaltecendo isso…eu teria minhas dúvidas; isto é, eu gostaria de saber se ele o viu (o milagre). Ele teria que dizer que não, que ele não viu.  Então eu perguntaria: ‘Você já encontrou alguém que tenha visto?’. E ele teria de responder: Não, não encontrei. Bem, quanto disso é genuíno, e quanto tem se arrastado para dentro da história? – Eu não sei. Mas eu não acho que esse seja o tipo de prova que queiramos usar. Faz muito tempo que tenho questionado esse tipo de coisa – com total isenção e de os olhos bem abertos. Isso pode ter acompanhado o exercício deste dom nos primeiros anos, mas certamente não aconteceu nos últimos dias!” (Citado das minutas da Conferência Bíblica de 1919 publicada na Revista Spectrum, vol. 10, Número 1, pp. 28,29).

Note que o mais alto funcionário da Igreja Adventista Sétimo Dia – um homem que trabalhou em estreita colabora com Ellen White por cerca de trinta anos – afirmou que as visões de Ellen White nunca foram acompanhadas de supostos milagres durante todo o seu convívio com ela. Ele também disse que nunca conheceu ninguém que tivesse visto esses milagres ocorrerem, e tampouco conhecia alguém que soubesse existência de alguma testemunha ocular desses milagres. Lembre-se que ele se dirigia a mais de cinquenta pessoas, dezessete das quais eram os maiores líderes da Igreja Adventista do Sétimo Dia! E nenhum deles se opôs! Nenhum deles se levantou e acusou o Ancião Daniells de deturpar os fatos. Não, todos sabiam que Daniells dizia a verdade!

Mas e quanto aos leigos que testemunharam as primeiras visões de Ellen White? Será que eles estavam convencidos de seus fenômenos milagrosos? Não, muitos deles também rejeitavam os chamados “milagres”. No início de 1847, por exemplo, uma testemunha escreveu uma carta ao Ancião Jam White, dizendo-lhe, em termos inequívocos, o que pensava das “visões” que sua esposa (Ellen White) estaria supostamente recebendo:

“Não posso endossar as visões da irmã Ellen como sendo de inspiração divina, como você e ela creem que são… Eu acho que o que ela e você consideram como visões do Senhor, são apenas devaneios religiosos, em que sua imaginação viaja sem controle sobre temas nos quais ela está mais interessada” (Uma Palavra ao ‘Pequeno Rebanho’, p. 22, escrito no início de 1847).

Você percebeu isso? Leia novamente: “Eu acho que o que ela e você consideram como visões do Senhor, são apenas devaneios religiosos, em que sua imaginação viaja sem controle sobre temas nos quais ela está mais interessada”. Isso é o que muitas pessoas sensatas concluíram.

E quanto aos próprios médicos da Igreja no Sanatório Battle Creek? Qual eram suas opiniões sobre as visões de Ellen White e estas supostas manifestações milagrosas? Dois dos médicos de Ellen White disseram:

“As visões da sra. White eram resultado de uma estrutura ou condição cerebral débil ou de uma doença no sistema nervoso” (Dr. William Long. médico-cheíe do Sanatório de Battle Creek, escrito em 12 de julho de 1869, citado em São os Adventistas do Sétimo Dia Falsos Profetas?, p. 39).

“Indiscutivelmente, você está certo ao atribuir as chamadas visões da sra. E. G. White à uma doença. Tive a oportunidade de observar seu caso por um bom tempo, abrangendo um período de vários anos, o que, com um conhecimento completo de sua história desde o início, não me permitiu duvidar de que seus ataques eram simplesmente transes histéricos. A própria idade quase a curou” (Dr. Fairfield, escrito em 28 de dezembro de 1887, Ibid).

Esse foi o diagnóstico médico sobre as visões de Ellen White, e é comprovado pelo gráfico na página 129 deste livro.

A questão levantada pelo presidente Daniells, “quanto disso (de seus milagres) é genuíno, e quanto tem se arrastado para dentro da história”, pode agora ser plenamente respondida. Lembre-se: Daniells afirmou que, se houve algum suposto milagre associado às visões de Ellen White, isso Só pode ter ocorrido nos primeiros anos. E eles (os membros da Conferência) não tinham nenhum escrito corroborando as declarações de testemunhas oculares confiáveis.

Os “primeiros anos” a que Daniells se refere eram aqueles imediatamente após 1844, quando Ellen e seus amigos estava experimentando “manifestações” do “Espírito” muito intensas e bastante agitadas. Essa atmosfera pentecostal criou problemas para os pioneiros Adventistas quando suas reunia barulhentas começaram a perturbar a paz. Várias delas foram interrompidas pela polícia, e seus líderes detidos. A edição de abril de 1845 do Daily Eastern Argus, publicada na cidade natal de Ellen White em Portland, Maine, trazia o seguinte relato:

“O comportamento dos adeptos dessa crença (Millerismo) era tal, que os oficiais de Norway e algumas outras cidades vizinhas sentiram que era seu dever tomar providências para pôr fim a isso… Na quarta-feira (23 de abril), um dos líderes, conhecido como Joe Turner, outra chamada Harmon (nome de solteira de Ellen White), com um ou dois outros foram presos na casa do sr. Megquier, em Poland, pelas autoridades daquela cidade” (Citado em Atualidades Adventistas, abril de 1988, p. 34).

Um ano depois, em abril de 1846, Otis Nichols, um dos apoiadores de William Miller lhe escreveu uma carta em que afirmou que um “milagre” impediu momentaneamente a prisão de Ellen Harmon (Ellen White) em certa ocasião:

“Tem havido uma série de mandados para sua prisão (de El/len White), mas Deus a protegeu de forma notável. Certa vez, um xerife e vários de seus homens se viram impotentes diante de sua pessoa por uma hora e meia, mesmo exercendo toda a força física para movê- la, enquanto nem ela nem os outros ofereciam resistência” (lbid).

Os oficiais realmente não conseguiram prender Ellen White uma hora e meia? Um incidente semelhante envolvendo Ellen White e oficiais da lei é especialmente notável em vista dos paralelos que contém. Além disso, podemos comparar o testemunho sob juramento prestado no dia seguinte ao tribunal, com a versão do incidente publicada por Ellen White, ao recorda-se do fato uns quinze anos depois.

Este incidente ocorreu em uma residência particular em que Ellen White, o Ancião James White, o Ancião Israel Dammon e mais de dezoito pessoas realizavam uma barulhenta reunião no típico estilo pentecostal. No transcorrer do encontro, o oficial Joseph Moulton foi enviado com vários agentes para prender o Ancião Dammon por vadiagem e perturbação da paz.

O que se segue abaixo é, em primeiro lugar, o relato de Ellen White escrito 15 anos após o fato. Em seguida, você lerá os registros do tribunal transcritos um dia após o incidente. Observe cuidadosamente as discrepâncias ao ler os dois relatos:

 Ellen White:

“No dia seguinte, que foi o primeiro dia da semana, enquanto falava, dois homens olhavam pela janela. Ficamos satisfeitos com seu interesse. Eles entraram e passaram por mim em direção ao Ancião Dammon. O Espirito do Senhor desceu sobre ele, e ele caiu ao chão completamente indefeso. O oficial gritou: “Em nome do Estado do Maine, prendam esse homem”. Dois deles apanharam seus braços e dois seus pés e tentaram arrastá-lo da sala. Eles só conseguiram movê-lo alguns centímetros, e então correram para fora do recinto. O poder de Deus estava naquela sala, e os servos de Deus com seus semblantes iluminados por sua glória, não manifestaram qualquer resistência. Os esforços para levar o Ancião Dammon se repetiram por diversas vezes com o mesmo efeito. Aqueles homens não podiam suportar poder de Deus, e era-lhes um alívio sair daquela casa. Seu número aumentou para doze, e o Ancião Dammon ainda continuou a ser mantido pelo poder de Deus por cerca de quarenta minutos; nem mesmo toda a força daqueles homens foi capaz de erguê-lo do chão, onde ele repousava indefeso. Em um mesmo instante, todos sentimos que o Ancião Dammon deveria ir; que Deus havia manifestado o seu poder para a sua glória, e que o nome do Senhor seria ainda mais glorificado em permitir que ele fosse tirado de nosso meio. Então aqueles homens o ergueram com a mesma facilidade com que se carrega uma criança, e o conduziram para fora” (Dons Espirituais, vol.2; pp. 40,41, escrito em 1860).

Você observou que essas “manifestações sobrenaturais” ocorreram no “primeiro dia da semana”, no domingo? Ao que parece. Deus não se importou de os Adventistas haverem se reunido para adorá-lo no domingo, embora Ellen White alegasse que adorar no domingo era a “marca da besta”! Mas isso foi realmente urna demonstração miraculosa do poder de Deus, como afirmou Ellen? O Espírito de Deus realmente manteve o Ancião Dammon inerte e indefeso no chão por quarenta minutos? Terra Deus realmente exaurido a força de doze policiais para que eles não conseguissem levantar o Ancião Dammon do chão? Será mesmo verdade que ninguém na sala aos oficiais? Quinze anos depois, ao fazer essas afrmações, estaria Ellen White realmente dizendo a verdade?

Não, Ellen não disse a verdade de acordo com o testemunho sob juramento apresentado no tribunal no dia seguinte, quando Israel Dammon (o Ancião Dammon) compareceu perante o juiz e foi julgado pelas acusações:

“[Oficial] Joseph Moulton, sob juramento. ‘Quando fui prender o prisioneiro, eles fecharam a porta na minha cara. Percebendo que eu não conseguiria ter acesso a ele, eu arrebentei a porta. Me dirigi ao prisioneiro e o segurei pela mão dando-lhe voz de prisão. Várias mulheres pularam sobre ele – e ele se agarrou a elas, e elas a ele. Tamanha foi a resistência, que eu e três assistentes não conseguimos arrancá-lo delas. Permaneci na casa e solicitei mais apoio; ao chegarem, fizemos uma segunda tentativa com o mesmo resultado – tomei a pedir mais apoio – após chegarem, nós os dominamos e o levamos até a porta sob custódia. Houve resistência de homens e mulheres. Não posso descrever o lugar – era uma gritaria incessante!’ (Tomado dos registros do tribunal impressos em Piscataquis Fartner, vol. 3, n. 31, Dover, Maine, sexta-feira, 7 de março de 1845, sobre o caso do Estado do Maine contra Israel Dammon, ouvido na segunda-feira, 17 de fevereiro de 1845).

Nenhuma das 39 testemunhas nesse julgamento contradisse o relato do oficial Moulton.

Você concorda com o Ancião Daniells que muito de sobrenatural foi “arrastado para dentro da história” desde o dia em que 39 testemunhas sob juramento depuseram

no tribunal em 1845 até o dia em que Ellen White, 15 anos depois, em 1860, escreveu suas “lembranças” do incidente?

Agora, pense sobre isso: Se Ellen White, alegando escrever apenas o que o Espírito Santo lhe trouxera à mente, pôde errar tal acerca dos detalhes de um evento tão simples, poderiam amigos de Ellen manter seus próprios relatos (deles, no caso), escrever meses e anos depois, sem o benefício da inspiração divina que ela afirmava ter, e sem quaisquer secretários editores para corrigir as “lembranças” que tinham do incidente? Você sabia que inúmeras questões foram levantadas acerca precisão da memória de Ellen White, que seus próprios partidários julgaram necessário elaborar um breve documente em 1860 para verificar suas afirmações? Esse documento consta na página 302 de Dons Espirituais, volume 2, e é assinado p cinco “testemunhas”:

“Nós alegremente testemunhamos da veracidade das declarações relativas ao Ancião Dammon, nas páginas 40 e 41. Tão próximo do que podemos recordar, acreditamos que as circunstâncias sua prisão e julgamento estejam adequadamente apresentadas.

A. Hannaford,

Wm. T. Hannaford,

S. Hannaford,

James Ayer, Sênior,

Sra. R. VV. Wood”.

Mas de acordo com as transcrições do tribunal, nenhuma das cinco “testemunhas” esteve presente no julgamento de Israel Dammon! Portanto, eles não poderiam testemunhar quanto às suas “recordações” em relação ao julgamento! Note também que três das cinco “testemunhas” eram todos membros da mesma família, Hannaford.

Mas e a sra. R. W. Wood? Eis o que ela disse sobre esse documento:

“Em uma carta particular datada de 16 de maio de 1888, a sra. Wood nega que tenha assinado essa declaração, e ela jamais soube que seu nome fora incluído até muitos anos depois. Ela também nega a precisão das declarações da sra. White sobre o caso (a prisão de Dammon). Ela estava presente e lembra-se muito bem do ocorrido, e seu relato não está de acordo com o da sra. White. Se forjaram a assinatura da sra. Wood em um documento, forjariam a de outros também; portanto, temos boas razões para duvidar da veracidade de seus depoimentos” (Citado em Atualidades Adventistas, abril de 1988, página 31).

Examinando as evidências toma-se cada vez mais claro que há discrepâncias entre o que Ellen White e seus partidários alegaram e o que foi apresentado no tribunal. Os supostos “milagres” eram apenas adereços fabulosos que serviam ao único propósito de sustentar as falsas alegações de inspiração divina advogadas por uma falsa profeta.

Na medida em que você tem examinado as evidências apresentadas até aqui, você já seria capaz de concluir que Ellen White não foi divinamente inspirada? Se é nisso que você está pensando, esteja ciente de que com sua decisão você estará violando pelo menos cinco das 27 doutrinas oficiais da Igreja Adventista do Sétimo Dia, pois cada uma dessas cinco doutrinas procede e foi definida, sustentada e modelada pelas visões e ensinos de Ellen White e sem qualquer apoio bíblico. Eis abaixo um breve resumo dessas doutrinas antibíblicas mantidas a hoje pela Igreja Adventista do Sétimo Dia:

Doutrina 12 – A Igreja Adventista do Sétimo Dia é a “Igreja Remanescente”.

Doutrina 17 – Ellen White possuía o dom da profecia e, portanto seus escritos são uma fonte de verdade contínua e autoritativa.

Doutrina 20 – Todos os dízimos devem ser remetidos à Conferência local, em seguida, uma parte à União, e por fim, parte às entidades da Conferência Geral em vez de permanecer na igreja local.

Doutrina 21 – Abstinência de álcool, tabaco, Coca-cola, carteado, joias, maquiagem, teatro, dança, etc.

Doutrina 23 – Cristo começou seu elevado ministério sacerdotal Lugar Santíssimo do santuário celestial em 22 de outubro de 1844 Este também foi o começo do “juízo investigativo”.

Um quinto das doutrinas oficiais da Igreja Adventista Sétimo Dia tem por base, procedem ou são sustentadas pelos mitos de Ellen White. Mas ainda há mais: a maioria das outras 22 doutrinas estão manchadas por seus ensinos. Ciente disso, como é possível a você manter sua integridade espiritual e ao mesmo tempo ser membro de uma Igreja que promove o falso evangelho de uma falsa profetisa? Você é capaz de, em sã consciência, convidar amigos para participar de sua igreja sabendo que, direta ou indiretamente, cedo ou tarde, eles ouvirão sobre os mitos de Ellen White -e ciente ainda de que eles decidirem se tornar membros, eles serão obrigados afirmar sua crença nos mitos e no falso evangelho de que ela pregou?

Paulo ensina claramente que nossa salvação está em jogo se estivermos desviados do verdadeiro Evangelho bíblico por acreditarmos em uma falsificação dele:

“Também vos notifico, irmãos, o evangelho que já vos tenho anunciado, o qual também recebestes e no qual também permaneceis; pelo qual também sois salvos, se o retiverdes tal como vo- lo tenho anunciado, se não é que crestes em vão” (1 Coríntios 15:1-2).

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LIVRO: DESVENDANDO OS MITOS SOBRE ELLEN G. WHITE – EDITORA REFLEXÃO, SYDNEY CLEVELAND

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