Os evangélicos não são contra o impeachment

NOTA DO PR. MARTINEZ: Recebi alguns ataques de “cristãos” que se posicionaram contra mim, tudo pelo fato de eu apoiar o impedimento dos crimes da atual presidenta. Bem, nada, absolutamente nada na bíblia me proíbe de ser a favor da cassação da nossa presidente criminosa. Ela foi citada 12 vezes na operação Lava Jato, foi a responsável pela compra da Refinaria de Passadena e afundou o Brasil… Quem a condenou foi o tribunal de contas pelas pedaladas e isso gerou o pedido de impeachment, de acordo com as leis explicitas da nossa constituição, ou seja, nada fere Romanos 13. Aliás, segundo Levítico 5.1, que fala de levar o pecado do criminoso por se calar diante dele, se nos calarmos diante dos crimes de Dilma, ai sim, seríamos cristãos coniventes com o pecado. O verdadeiro cristão quer que Dilma e todos os corruptos sejam julgados de acordo com a Lei.

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Triste situação de um país que não consegue se livrar da corrupção que grassa no centro do poder. Na época do governo militar (1964-1985) muitos líderes religiosos (pastores e padres) se dividiram, uma parte contra e outra a favor do sistema vigente. Com a redemocratização o país mudou muito e rapidamente.

Quando Dilma concorreu em 2010 tinha o apoio de muitos evangélicos que pouco tempo depois da eleição dela, perceberam que os ideais comunistas estavam acima de qualquer valor cristão. Antigos aliados, como o Partido Social Cristão, do deputado Marco Feliciano, passaram a ser oposição ferrenha. Pastores influentes como Malafaia, que circulava com liberdade em Brasília nos anos de Lula, hoje denuncia constantemente os desmandos do PT.

Os únicos que parecem manter-se inabaláveis no seu apoio ao petismo são a IURD – cujo braço político, o PRB, continua na base do governo – e a Assembleia de Deus Madureira. Outros grupos e denominações oscilam, ora mais ora menos perto da presidente.

Pastores de esquerda começaram a vir a público atacar Cunha e defender Dilma. Um vídeo produzido pela revista petista Carta Capital em junho expôs que a manipulação midiática do programa de manutenção do poder do Partido dos Trabalhadores.

Em nome do que chamam de ‘justiça social’ ou ‘teologia da missão integral’, diferentes líderes evangélicos se postaram em favor da agenda do Foro de São Paulo, que tenta unir a América Latina toda em torno do ideal socialista cubano. Esquecem esses pastores que quando a Revolução Comunista ocorreu em Cuba, diversos líderes religiosos cubanos estavam entre os primeiros a serem fuzilados.

Agora, com a abertura do processo de impeachment, outro segmento vem a público defender Dilma Rousseff. O Conselho de Igrejas Cristãs do Brasil (CONIC) publicou um documento onde defende o projeto para o país que considere “não os interesses materiais e imediatos das elites econômicas e políticas, mas sim as necessidades das grandes maiorias, especialmente dos e das trabalhadores e trabalhadoras do campo e das cidades”.

Em outras palavras, fica Dilma e fora Cunha!

Esse material logo foi alardeado pela imprensa como uma comprovação que “os evangélicos estão contra o impeachment”. O CONIC reúne lideranças as igrejas católica, anglicana, luterana, presbiteriana e ortodoxa. Atualmente é presidido pela pastora luterana Luzmarina Campos Garcia, que fez campanha para Dilma, então não há surpresas.

Como bem lembrou a revista VEJA, “é tradição do PT usar especialistas ou representantes religiosos supostamente desvinculados do partido para conferir às posições políticas petistas a autoridade técnica ou moral que lhes falta”.

Do outro lado, o pastor Silas Malafaia usou as redes sociais para denunciar mais essa manobra. “Um grupo de esquerdopatas gospel disseram que os evangélicos são contra o impeachment. Eles não representam nem 2% dos evangélicos”, escreveu ele no Twitter.

O pastor Marco Feliciano foi mais contundente, explanando em um vídeo por mais de 10 minutos como o PT está agindo para dividir o país, inclusive os evangélicos.

Com informações do Gospel Prime em 10/12/2015

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