Os Adventistas diante do GEENA

“O termo grego geena, que o Novo Testamento igualmente traduz como “inferno”, denota um lugar de punição dos impenitentes pelo fogo. Portanto, na Bíblia “inferno” nem sempre quer dizer a mesma coisa — e a incapacidade em distinguir isso tem conduzido a muita confusão” (Nisto Cremos, p. 479).

Refutação: A palavra GEENA aparece 12 vezes no Novo Testamento:

Geena” significa “vale de Hinom”, porque é a forma grega do hebraico ‘geh hin-nóm. Em Js. 18:16, onde ocorre “vale de Hinom”, a LXX reza “Geena“. A palavra ocorre 12 vezes nas Escrituras Gregas Cristãs, aparecendo pela primeira vez em Mt. 5:22. A Tradução do Novo Mundo verte-a por “Geena” em todas as suas ocorrências, a saber: Mt. 5:22,29,30; 10:28; 18:9; 23:15,33; Mc. 9:43,45; Lc.12:5; Tg. 3:6.

Acertam os Adventistas quando afirmam que Geena “denota um lugar de punição dos impenitentes pelo fogo”. Há aqueles que afirmam que lá só eram lançados corpos mortos, do que resulta que a palavra só pode significar a n i q u i l a mento.

A Bíblia registra a história da palavra GEENA ou do “Vale dos Filhos de Hinon” e mostra que o local recebeu esse nome por causa dos sacrifícios de seres vivos que lá se realizavam de modo bárbaro. O Vale dos Filhos de Hinon (Jr. 7:22) tornou-se o nome técnico para designar o lugar de tormento eterno, não porque fossem lá lançado o lixo ; mas por causa da adoração do ídolo Moloque, que era feita com sacrifícios vivos:

2Cr. 33:6: “Fez ele também passar seus filhos pelo fogo no Vale dos Filhos de Hinom, e usou de adivinhações e de agouros, e de feitiçarias, e consultou adivinhos e encantadores; e fez muitíssimo mal aos olhos do Senhor para provocar sua ira”.

2Rs. 23:10: “Também profanou a Tofete, que está no Vale dos Filhos de Hinom, para que ninguém fizesse passar a seu filho, ou sua filha, pelo fogo a Moloque”.

A maldição do Vale do Filho de Hinom, pelo rei Josias, tornou-se associada com a profecia do juízo de Deus que assim visitaria o seu povo:

Jr. 7:32: “Portanto, eis que vêm dias, diz o Senhor, em que nunca se chamará mais Tofete, nem Vale do Filho de Hinom, mas o vale da matança; e enterrarás em Tofete, por não haver mais lugar”.

O posterior uso do lugar como depósito de lixo da cidade, onde se lançavam corpos de seres mortos, veio aprofundar o sentido de maldição do lugar, mas o significado primário de ser um lugar amaldiçoado não era por causa disso, e sim pelo uso do lugar como local de adoração ao deus Moloque, acompanhado com sacrifícios de crianças vivas. Por causa da maldição lançada por Josias, o lugar ficou marcado por Jesus como símbolo da punição eterna. Uma GEENA simboliza a outra GEENA – o fogo eterno (Mt. 18:9; Mc. 9:43-45). Vejamos bem: se a GEENA era um símbolo do inferno, então o inferno é real, porque o que simboliza algo real é semelhante ao simbolizado. Se a GEENA fora dos muros de Jerusalém simboliza o inferno, então ambas as coisas são reais: tanto o lugar fora de Jerusalém como o próprio Inferno. Que GEENA não é somente um monturo fora de Jerusalém torna-se claro ao lermos Mt. 13:40-42. Nesta passagem GEENA é representada como “fornalha de fogo” Note-se a semelhança de linguagem ao descrevê-lo como uma fornalha no ventre de Moloque 2Cr. 28:3; 33:6).

Dizem conosco os adventistas:

“A profecia de Jeremias sem dúvida levou os israelitas a verem Ge Hinnom como um lugar de julgamento dos maus, um lugar de repugnância, punição e vergonha” (Nisto Cremos, p. 479).

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