Orgulho ou vergonha gay?

Resposta do Movimento pela Sexualidade Sadia (MOS) à matéria de capa publicada por Época, intitulada “Orgulho Gay”.

A matéria Orgulho Gay (capa da revista Época nº 70) está pontuada de equívocos. Aliás, o ativismo gay mundial também está eivado de teses e teorias insustentáveis cultural e cientificamente. Por exemplo: há gays de todo o mundo bradando que se “nasce gay”. A verdade é que não existem pesquisas em nenhum lugar do mundo que tenham conseguido comprovar evidência orgânica para a homossexualidade. Algumas pesquisas como a do hipotálamo e a dos gêmeos (ambas já descartadas por cientistas americanos. Temos registros seguros do que afirmamos) chegam aos países do terceiro mundo como panacéia para o conflito interior que atinge gays e lésbicas independentemente de sua condição social, cultural, econômica, religiosa ou familiar. O homossexualismo é um estado de vida completamente reversível e cogita-se (e é nisso que cremos com o respaldo de inúmeros psicólogos e psiquiatras) que as pessoas não são homossexuais, mas estão homossexuais.

Por que, num país democrático como o nosso, aqueles que discordam de que homossexualismo seja normal é taxado de homofóbico? Será que os GLS (gays, lésbicas e simpatizantes) sabem o significado verdadeiro da palavra homofobia para taxarem todos de homofóbicos? Isso também não seria preconceito contra a convicção de outros? Uma fobia, de acordo com a Associação Americana de Psiquiatria, é definida como “um temor ou medo irracional de um objeto ou atividade, levando a pessoa a evitar significativamente o objeto temido” (Diagnostic and Statistical Manual). Aqui vale a pergunta do terapeuta americano Joe Dallas no livro A Strong Delusion: “Ao ver um homossexual, se somos realmente homofóbicos, nós também não deveríamos ficar agitados, com a respiração mais rápida, quase não suportando a presença de um homossexual, mesmo que por pouco tempo? Acontece que não reagimos assim. Portanto, é improvável que a pessoa acusada de homofobia seja realmente homofóbica. Para que fosse, de acordo com a APA, a pessoa deveria ter medo de homossexualismo ou de homossexuais, fazendo tudo para evitar a ambos.”

Se ninguém é obrigado a concordar com determinados regimes políticos ou doutrinas religiosas, por que tem que concordar com certas práticas sexuais? O que a maioria tem (e que os ativistas gays não aceitam) não é homofobia nem preconceito. É convicção. Segundo Joe Dallas, convicção “é a certeza obtida de fatos e razões que não deixam lugar para dúvidas ou objeções. É plenamente possível ter uma posição firme em relação ao homossexualismo sem preconceito ou fobia” (pág. 145).

O argumento da homofobia conforme utilizado pelos militantes gays não é, sob aspecto algum, imparcial. Exemplo claro disso foi a declaração de Lucinha Araújo – mãe de Cazuza – a respeito da atriz Maria Zilda em entrevista à IstoÉ Gente e comentada com ares de triunfo pela revista SuiGeneris, demonstrando claramente que, dependendo de quem diz, não importa o que se diz. SuiGeneris reproduz a declaração integralmente: “Ela é lésbica, gosta de mulher. E ainda é metida a mãe de família.”. Isto dito por qualquer pessoa, cujo filho não tivesse sido homossexual e morrido por causa de AIDS, seria considerado um pronunciamento homofóbico. Aguinaldo Silva, escritor pernambucano, disse abertamente na matéria Orgulho Gay (Época, 20 de setembro de 1999): “O Brasil para nós é um paraíso. Não sei do que as bichas tanto se queixam” (grifo nosso). Definitivamente, não há seriedade nos argumentos e no estardalhaço da militância homossexual.

O contraste ficou por conta do travesti Rogéria, na pergunta “Uma briga de quem com quem?”, em entrevista concedida à Marília Gabriela (19.04.98) por causa de uma declaração da atriz Cássia Kiss no programa do Faustão, quando perguntada sobre o que faria se descobrisse que seu filho era homossexual. A reposta foi despretenciosa, mas categórica. O próprio travesti Rogéria comentou a resposta da atriz: “Ela disse que não saberia onde tinha errado.” E continuou: “Eu xinguei-a e ela pariu dois filhos em seguida.” Aliás, Marília Gabriela – considerada uma das mulheres mais intelectuais do país – deu um show de insensatez chamando o travesti Rogéria o tempo todo de “mulher” quando o próprio Astolfo Barroso Pinto insistia que era homem e declarava: “Eu nunca serei uma mulher”.

Clodovil disse durante o programa do Faustão que não concorda com a união civil de homossexuais e que a ex-deputada Marta Suplicy pode estar legislando em causa própria. O ator Jorge Laffond declarou em entrevista também concedida à Marília Gabriela (04.07.99) que não levanta bandeiras para homossexuais: “É que é cada um com uma cabeça (…) é muito perturbador uma coisa dessas. A nível de grupos gays, homossexuais, eu não entraria jamais!”

Tudo isso só comprova o óbvio: o argumento da homofobia contra convicções nas evidências de que o homossexualismo é reversível é manobra política e manipulação psicológica. Um dos porta-vozes do ativismo gay nos EUA, Marshall K. Kirk, corrobora o que estamos afirmando e dá a receita para o uso do “argumento contra a homofobia”: ” Apresentemos os gays como pessoas boas… a campanha tem de pintá-los como a ‘nata’ da sociedade… Os opositores têm de parecer maus… Para ser claro, eles devem ser difamados… precisamos mostrar ao público imagens de homófobos briguentos…” (Júlio Severo, O Movimento Homossexual, 1998, Ed. Betânia, p. 60).

Essa constatação não exime os verdadeiros casos de violência contra homossexuais – que reconhecemos e, como cristãos evangélicos, somos absolutamente contra -, mas vale uma ressalva: nem todo homossexual que é vítima de violência ou preconceito na sociedade brasileira o é por causa do homossexualismo. Muitos são pessoas irritadiças e agressivas, estão envolvidos com drogas, crimes, ou são simplesmente alvo de algum assalto que acaba em tragédia, como acontece com inúmeros heterossexuais.

A confusão ideológica reina no meio dos militantes gays. Uns dizem que nasceram assim, outros dizem que é opção, outros, ainda, que é genético e outros que não é genético nem opção, apenas é. Por que, então, comparar o homossexualismo com os negros (questão racial), deficientes físicos (geralmente herança genética), judeus (causa religiosa e cultural) e os nordestinos (causa geográfica e social)? Será que os ativistas gays pediram autorização aos negros e deficientes físicos, judeus e nordestinos para se comparar com eles ou isso também faz parte de sua bem engendrada estratégia política e apelação emocional? É muito conveniente à militância homossexual evocar tais injustiças. De acordo com Júlio Severo, autor de O Movimento Homossexual, “a utilização do termo opressão é muito importante para o movimento homossexual… Embora o movimento esteja empenhado em apresentar os gays como seres agredidos e oprimidos, recentes acontecimentos têm demonstrado o oposto” (observe o apêndice com casos específicos).

Quanto à idéia de que os homossexuais assumidos e bem-sucedidos profissionalmente são felizes e estão plenamente equilibrados, a matéria Orgulho Gay foi absolutamente parcial. Uma das maiores provas disso é o caso da lésbica mais assumida do Brasil: Cássia Eller. Ela não é lésbica, está lésbica. Dentro dela certamente existe uma mulher em profundo conflito com tudo o que empurraram na psicossexualidade dela desde a adolescência. Resultado: baixíssima auto-estima. As declarações dadas por ela à revista SuiGeneris no 48 de 1999 refletem claramente a condição de incontáveis gays no país: uma simples experiência física, afetiva ou emocional e conselhos “afirmativos” dados por amigos ou profissionais “qualificados” e o comodismo se instala diante da nova experiência – já que o discurso da pós-modernidade é “viva o prazer intensamente”, “o importante é ser feliz”, “esqueça a moralidade retrógrada dos falsos moralistas” etc.

O outro lado da verdade é que nenhum dos que vivem propalando essas máximas (ou seriam mínimas?!) e idolatram o preservativo (a Dra. Theresa Crenshaw, ex-presidente da Sociedade Norte-Americana de Educadores, Conselheiros e Terapeutas Sexuais, e membro da comissão Presidencial de AIDS, diz que “se a informação errada [sobre preservativos] for transmitida, o esforço fracassará. Ele causará a morte em vez de evitá-la… Dizer que o uso de preservativos representa ‘sexo seguro’ seria de fato brincar de roleta russa. Muitas pessoas morrerão nesse jogo perigoso” – Os Mitos da Educação Sexual, Josh McDowell, Ed. Candeia, pág. 72, 1995) e a “democratização da possibilidade do prazer”, tiram (desculpem a linguagem tão popular) o traseiro das suas acolchoadas cadeiras para visitar as vítimas quando estão nos hospitais condenadas pelo HIV, com outras doenças (ou mesmo como o caso de um homossexual que nos procurou para aconselhamento. Ele ouviu tanto “assuma-se”, que acabou condenado pelos médicos. Não podia mais operar o ânus – foram várias cirurgias -, mal podia sentar-se ou ir ao banheiro sem horrível sofrimento), que estão alcoolizadas, drogadas, abandonadas, sem família e, algumas, já loucas por terem seguido o conselho de profissionais que, além de engordar sua conta bancária, não têm coragem de mostrar as conseqüências para seus clientes (coitados, talvez sejam eles mesmos guias cegos!).

Mas a luta para “convencer” que ser homossexual é in continua. Tentando provar que é possível desenvolver um relacionamento duradouro entre pessoas do mesmo sexo, Cássia Eller e Eugênia acabam frustrando as expectativas de quem esperava um relacionamento fiel e equilibrado. É a própria Cássia quem declara: “Eu tenho muito ciúme dela e ela de mim. Então procuramos nos respeitar. Meio que combinamos de não deixar a outra saber, não é para escancarar. A gente se conhece tanto que sabe quando a outra está apaixonada por alguém, mas preferimos não contar.”

Contrariando a opinião geral dos GLS, que defendem uma constituição familiar caracterizada pela falta de um dos papéis materno ou paterno, sem prejuízos psicossociais para a criança, Cássia Eller chega a confessar que pai faz falta: “O Chicão sente falta de um pai, mas vai ter que aprender a conviver com isso. Ele foi passar um fim de semana na fazenda do pai de um colega e ficou fascinado porque o pai do garoto pegava ele nos braços bem alto, essa coisa de força masculina. O Chicão voltou falando que estava triste porque não tinha pai.” (grifo nosso).

Cida Araújo, 48 anos, empresária paulista e homossexual assumida, em declaração à Época, gaba-se: “Depois que saí do armário, dobrei o faturamento da casa, porque atraí o público gay.” Infelizmente a tendência pró-gay facilmente identificada na máteria não permitiu a busca de experiências avessas como, por exemplo, a do famoso autor teatral Oscar Wilde. Ele perdeu a família, muitos amigos e o sossego. Por fim, morreu em depressão e desconforto, em decorrência do conflito que vivia com a própria homossexualidade. Mesmo o mais assumido dos gays, no fundo, tem conflito e se questiona. A quem, então, a militância quer enganar: a si mesma ou aos outros?

Está mais do que provado que os homossexuais, em sua maioria, tornaram-se homossexuais por conta da falta de referência saudável dos pais, da ausência deles, separação etc. Está provado, também, que a maioria tornou-se gay por causa de experiências homossexuais (satisfatórias ou não) com colegas, primos, parentes e até mesmo abuso sexual na época da formação de sua identidade sexual. Muitos, de igual forma, envolveram-se no homossexualismo devido a tantos apelidos que acachapavam sua auto-estima e os empurravam para uma única opção: “Você é gay!”, “Sua bicha louca!”, “Mulher-macho, sapatão!”, “Você é bicha mesmo e não tem jeito!” etc. Ouvir tudo isso é forte e doloroso demais para crianças e adolescentes. E o que piora é que a maioria dos pais não conversa abertamente com os filhos e não procura saber como foi o dia na escola, com os colegas etc.

A matéria é completamente tendenciosa e, diante das evidências aqui expostas, não corresponde à realidade. Todos os gays conhecem e convivem com homossexuais que são bem-sucedidos em todas as áreas da vida (inclusive com famílias que os aceitam e apóiam), mas que continuam convivendo com processos de desconforto, depressão e conflito. E não é porque estejam insatisfeitos com seus relacionamentos amorosos! E não é, também, porque nunca tenham passado pelo divã de um bom psicólogo! Não! É pura e simplesmente porque a prática do homossexualismo é incapaz de se traduzir em felicidade para quem quer que seja.

Diante de todos esses fatos nós, como propagadores da Palavra de Deus a todos os seres humanos – independentemente de sua posição econômica, social, religiosa, cultural ou sexual -, queremos deixar uma mensagem aos GLS. Gays e lésbicas não são piores do que nenhum outro pecador. São cidadãos que pagam seus impostos, têm direitos, deveres etc., mas que precisam saber que breve haverá o juízo de Deus como houve há alguns milênios no tempo e no espaço quando as pessoas não acreditavam em nada do que um velho profeta diziam (pois consideravam-no retrógrado!): Noé. Hoje um velho livro – alvo das mesmas críticas e indiferença dirigida ao velho profeta -, a Bíblia (absolutamente) Sagrada e inerrante, a Palavra viva e verdadeira de Deus, está clamando por arrependimento e profetizando um juízo, uma destruição no tempo e no espaço, um momento em que seremos todos confrontados com nossas próprias desobediências, rebeldias e obstinações e teremos que dar conta de todos os nossos atos – bons e maus – ao Juiz dos juízes:

“Com certeza vocês sabem que os maus não herdarão o Reino de Deus. Não se enganem, não herdarão o Reino de Deus os imorais, os que adoram ídolos, os adúlteros, os homossexuais, os ladrões, os avarentos, os bêbados, os difamadores, os marginais. Alguns de vocês eram assim. Mas foram lavados do pecado, separados para pertencerem a Deus e aceitos por ele por meio do Senhor Jesus Cristo e pelo Espírito do nosso Deus.” (1 Coríntios 6:9 a 11 – Bíblia na Linguagem de Hoje)

“Pois não deixou escapar os anjos que pecaram, mas os jogou no inferno e os deixou presos com correntes na escuridão, esperando o Dia do Julgamento. Deus não deixou escapar o mundo antigo, mas trouxe o Dilúvio sobre o mundo das pessoas más. O único que ele salvou foi Noé, que anunciou que todos deviam obedecer a Deus, e também salvou mais outras sete pessoas. Deus condenou as cidades de Sodoma e Gomorra, destruindo-as com fogo, como exemplo do que vai acontecer com os maus. Ele salvou Ló, um homem bom, que estava aflito porque conhecia a vida daquela gente imoral. Todos os dias esse homem bom, que vivia entre eles, sofria no seu bom coração, ao ver e ouvir coisas más que aquela gente fazia. Assim o Senhor sabe como livrar das aflições as pessoas dedicadas a ele e também sabe guardar os maus debaixo de castigo para o Dia do Julgamento. Deus castigará especialmente os que seguem os seus próprios desejos impuros e desprezam a autoridade do Senhor.” (2 Pedro 2:4 a 10 – Bíblia na Linguagem de Hoje)

Mas ainda há um Advogado! Ou melhor, ainda há o melhor Advogado da História em plena atividade: Jesus Cristo. E, hoje, Ele chama todos ao arrependimento e capacita a todos para viverem uma nova vida. Não temos força de nós mesmos, mas Ele nos ajuda diariamente a vencer todas as limitações que o pecado nos impôs e a termos comunhão constante com ele. Saíram da sua própria boca as palavras transcritas abaixo:

“Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e cearei com ele e ele comigo.” (Apocalipse 3:20 – Bíblia Atualizada da SBB)

João Luiz Santolin

(Presidente do Movimento pela Sexualidade Sadia – Moses)

APÊNDICE

O golpe do travesti

Em 1993, uma empresa de software, situada na Califórnia, contratou uma empregada temporária. Quando o tempo acertado estava no fim, ela pediu um emprego fixo. O empregador não pôde atender à sua solicitação. Ela processou a firma, alegando discriminação contra a sua “orientação sexual”, com base na lei de direitos homossexuais da Califórnia. Só depois é que o empregador foi informado de que sua empregada temporária era na verdade um homem que se vestia de mulher.

A empresa foi obrigada a pagar mais de um milhão de dólares ao travesti. Como conseqüência direta desse despendioso processo legal, no qual a firma teve de pagar tal indenização ao ex-funcionário, imediatamente oito empregados tiveram de ser despedidos. Mais tarde, o número de pessoas que perderam o emprego elevou-se para vinte, e a empresa ainda não conseguiu recuperar-se financeiramente.

Vale tudo para os homossexuais

Em 1991, a Shell foi multada em mais de cinco milhões de dólares por haver demitido um executivo, Jeffrey Collins. Ele havia utilizado equipamentos de uma firma subsidiária, a Triton Biosciences. Ele usou-os para produzir e copiar um panfleto de propaganda de uma festa de sexo seguro para homens homossexuais. A juíza Jacqueline Taber, do Tribunal Superior, deu o seguinte parecer final: a empresa da Califórnia violara uma norma que dispunha que os empregados só seriam julgados pelo trabalho desenvolvido, nunca pelas atividades sem relação com o trabalho, mesmo quando estes usam equipamentos de propriedade da companhia para promovê-las.

Ao decidir contra a Shell, a juíza estabeleceu como regra que as firmas particulares não podem proibir os empregados de usar propriedade da empresa para promover comportamentos imorais.

Os casos apresentados neste apêndice foram extraídos do livro O Movimento Homossexual, de Júlio Severo que, por sua vez, os extraiu do documento The Other Side of Tolerance: Victims of Homossexual Activism, preparado pelo Family Research Council de Washington, D.C.

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