A palavra teosofia vem de duas outras gregas, Theus = Deus, e sofia = sabedoria; isto é, sabedoria de Deus. Essa falsa religião ensina que a aquisição da sabedoria divina não é dada através da revelação de Deus – a Bíblia, nem por inspiração, estudo, ou revelação concedida pelo Espírito Santo.
RESUMO HISTÓRICO DO TEOSOFISMO
Helena Petrovna Blavatsky. A origem do Teosofismo como o conhecemos hoje, é atribuída à senhora Helena Petrovna Blavatsky, natural da Rússia, a cuja nobreza pertencia. Era médium espírita, e por dez anos esteve sob o domínio dum espírito demoníaco que, para enganá-la, dizia chamar-se João King. Com o propósito de disseminação da sua nova religião, Helena viajou por vários países. A princípio esteve no Cairo, capital do Egito, onde tentou fundar uma sociedade espírita, mas não conseguiu. Daí foi para Nova Iorque, onde aliou-se a um grupo de médiuns. Como nessa época já se começava a pesquisar as fraudes do Espiritismo, chocada com isto, coadjuvada por outras médiuns, a senhora Blavatsky fundou em Nova Iorque em 17 de novembro de 1875 a Sociedade Teosófica.
Expansão do Teosofismo. Acompanhada do Coronel Olcott, veterano da Guerra Civil Americana e adepto do Teosofismo, deixando os Estados Unidos em 1882, Helena parte em direção à índia a fim de penetrar no conhecimento das crenças hindus e budistas. Na índia, escolheu como sede do Teosofismo, a cidade de Madras.
Desse modo, o Teosofismo que fora gerado do Espiritismo, cresceu de braços dados com o paganismo oriental, hindu e budista. Os princípios falsamente chamados “filosóficos” adotados pelo Teosofismo, foram tomados emprestados das obras dos filósofos alemães João Eckhart e Jacó Boheme.
PRINCÍPIOS E ENSINOS DO TEOSOFISMO
A respeito de Deus. Ensina que Deus é impessoal e que a Trindade de Deus é de nomes apenas. É constituída de Força, Sabedoria e Atividade. Ensina também que Deus tem ainda uma quarta pessoa sendo esta feminina. Trata-se da matéria, a qual ele utiliza para poder manifestar-se. Citam Lucas 1.38 e por meio de explicações sutis ligam o fato da encarnação do Filho de Deus por meio da virgem Maria, a esse falso ensino da quarta pessoa da Divindade. A segunda pessoa da Trindade – Sabedoria, tem duas naturezas, uma espiritual: a Razão, e outra material: o Amor. Em suma, este falso ensino é o seguinte: Deus no sentido espiritual tem três pessoas: Força, Sabedoria, e Atividade. Já no sentido material, é manifestado na Matéria.
A respeito do homem. Ensina o Teosofismo que o homem tem dois corpos, um natural e outro espiritual. O espiritual é constituído das mesmas pessoas da Trindade: Força, Sabedoria, Atividade. O corpo natural é mais complicado; tem quatro partes, a saber:
- O corpo físico, duplamente constituído. Não detalha essa duplicidade. Ensina apenas que há aqui duas partes.
- O corpo astral, ao qual estão afetos as emoções e os desejos.
- O corpo mental, que se ocupa do Pensamento.
A respeito da reencarnação. “Reencarnação” na linguagem teosófica é chamada “Carma”. É palavra hindu e brâmane para exprimir a Lei de Causa e Efeito. A lei do “Carma” ensina o seguinte: as ações e intenções atuais do homem são efeito daquelas que o precederam e causa das que se seguirão Firmado nessa crença, o homem pode operar sua salvação com uma certeza matemática mediante o aperfeiçoamento crescente de cada vida que passar aqui. Em busca de apoio nas Escrituras à lei do Carma, o Teosofismo, erroneamente lança mão de passagens como Gálatas 6.7 e João 9.2.
A respeito da raça humana. O Teosofismo ensina que o homem é um “fragmento divino”, e seu destino final é voltar para Deus de modo permanente. Isso é chamado “Nirvane”, ou seja, o fim das reencarnações. Na linguagem teosófica são “os homens divinos feitos perfeitos”. São chamados “Mahatmas”, que significa Mestres, Sábios. Os Mahatmas podem viver sempre no céu, mas podem também habitar nos “montes sagrados” do Tibete. Isso fazem para auxiliarem na evolução da humanidade. Um Mahatma pode também encarnar-se num teosofista proeminente. Toda sabedoria oculta do Teosofismo derive desses Mahatmas. Há um chefe acima de todos os Mahatmas chamado “Supremo Mestre”. Quando este se encarna, temos um Cristo. Assim sendo, de acordo com o ensino teosófico, todo homem é um Cristo em potencial.
Firmado na lei do Carma, o Teosofismo dá à humanidade uma origem remotíssima e pontilhada de detalhes portentosos para impressionar o povo crédulo e sem fé na Palavra de Deus.
REFUTAÇÃO BÍBLICA
Grande parte da refutação bíblica apresentada na lição 7, sobre o Espiritismo, estudada no último dia 16 de fevereiro, aplica-se de igual modo aqui. Mas aqui estão mais algumas, apropriadas para refutar o ensino teosófico.
- O teosofismo tem os seus fundamentos em princípios oriundos das religiões e filosofias pagãs do Oriente, e não nas Escrituras Sagradas (Cf Is 2.6).
- A entrada no reino dos Céus não é pela reencarnação ou lei do Carma (Mt 7.21; Jo
1.12,13), mas pelo novo nascimento (Jo 3.3).
- Mahatmas e Cristos habitando no Tibete, não passa de descabida invenção de ímpios alienados de Deus (Mt 24.24- 26).
- É Deus quem liberta o homem dos seus pecados e não a lei do Carma (Is 1.18; 1 Jo 1.9).
Está bem claro que o Teosofismo tem por base doutrinas de demônios, de acordo com o que escreveu Paulo em 1 Timóteo 4.1. Este texto bíblico registra que nos últimos tempos surgirão essas “filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo” (Cl 2.8). “filosofias” disseminadas por homens ignorantes do fato de que em Cristo “habita corporalmente toda a plenitude da divindade” (Cl 2.9).
Agradeçamos a Deus pelo fato de por sua graça, revelada em Jesus Cristo e através da sua Palavra, guardar-nos do embuste do Teosofismo, e fazer-nos perfeitos no seu Filho, Ele “que é a cabeça de todo o principado e potestade” (Cl 2.10).
LIÇÕES BÍBLICAS – CPAD – 1986