Pergunta: Baseado em IICr 7.12-16, podemos dizer que Deus habita num determinado templo?
Resposta: Deve-se observar, antes de mais nada, que na verdade Deus não prometeu a Salomão que “habitaria” naquele templo. Ele disse apenas tê-lo escolhido como uma “casa de sacrifício” (IICr 7.12), onde o seu “nome” estaria perpetuamente (IICr 7.16).
Além disso, quando a Bíblia fala que Deus está em alguma coisa, isso não quer dizer que a sua natureza infinita possa ser contida (IRs 8.27) por tal coisa, mas simplesmente que ele se faz presente ali de uma maneira especial, para abençoar ou para manifestar-se ao seu povo. Geralmente isso era expresso na forma de uma teofania (Is 6.1), ou como uma nuvem de glória (Êx 40.34). Mas de forma alguma o Deus transcendente das Escrituras pode ser compreendido entre as paredes de qualquer edifício construído pelo homem (cf. Is 40.21-22).
Pergunta: Como Deus pode abençoar Raquel, tendo ela furtado os ídolos de Labão e ainda mentido sobre isso? (Gn 31.32)
Resposta: Deus não abençoou Raquel por ela ter furtado os ídolos, nem por ter mentido com respeito ao seu ato. Simplesmente pelo fato de Labão não ter descoberto que Raquel tinha sido a ladra, isso não quer dizer que Deus a abençoou. Pelo contrário, é mais plausível admitir que Deus não tenha exposto o furto de Raquel por causa de Jacó, para protegê-lo. Também, Gênesis 35.16-19 relata que Raquel morreu de parto, de seu segundo filho, Benjamim. Nos capítulos intermediários, entre 31.32 e 35.19, muito pouco é dito a respeito dela. O relato bíblico revela que de fato Deus não abençoou Raquel pelo que ela fez, mas deixou-a num segundo plano de importância, até a sua morte dolorosa.
Pergunta: O que é idolatria?
Resposta: Essa palavra vem do grego eídolon, que significa ídolo, e latreúein, que significa adorar. Esse termo refere-se à adoração ou veneração a ídolos ou imagens, quando usado em seu sentido primário. Porém, em um sentido mais amplo, pode indicar veneração ou adoração a qualquer objeto, pessoa, instituição, ambição etc. Culto à imagem esculpida, deuses de fundição, imagem de escultura, estátua, figura de pedra, imagens sagradas ou ídolos é idolatria e profanam a ordem divina.
A Igreja Católica Romana apresenta basicamente duas fontes para justificar o culto às imagens: a tradição e as opiniões de seus líderes. Em resumo, a opinião dos homens. Citam a Bíblia quando existe alguma possibilidade de apoio às suas doutrinas. Esquecem o ensino do famoso clérigo católico romano Padre Vieira: As palavras de Deus pregadas no sentido em que Deus as disse, são palavras de Deus; mas pregadas no sentido que nós queremos, não são palavras de Deus, antes podem ser palavras do demônio”. A Palavra de Deus condena o culto às imagens.
Os argumentos do catolicismo romano a favor do culto às imagens fazem-nos lembrar de um rei na Bíblia, chamado Saul, que quis agradar a Deus com sua opinião, mesmo contrariando frontalmente a Palavra de Deus (ISm 15.1-23). O catolicismo romano, de modo semelhante, contrariando a Bíblia, entende que a imagem é o livro daqueles que não sabem ler. O rei Saul, achava que oferecer sacrifícios era melhor, mais lógico, mais correto, mais racional. Acreditava que estava prestando um grande serviço a Deus (ISm 15.20-21). Deus, no entanto, o reprovou, dizendo: “Tem o Senhor tanto prazer em holocaustos e sacrifícios, como em que se obedeça à sua palavra? Obedecer é melhor do que sacrificar, e atender melhor é do que a gordura de carneiros” (ISm 15.22). Deus proíbe terminantemente o culto a ídolos e imagens (Êx 20.4).