Falar em suicídio nunca é um assunto agradável, pois na maioria das vezes ele vem à tona depois que uma pessoa acaba o colocando em prática. O suicídio é algo que gera tristeza tanto para os familiares de quem o pratica, como para Deus que criou o homem a sua imagem e semelhança (Gn 1:26).
Todavia, achamos relevante tratá-lo aqui por tomarmos conhecimento que há um bom número de pessoas que entendem que o suicídio, embora seja um pecado, é perdoável. Além disso, quem o pratica tem um lugar reservado no Reino de Deus, desde que seja um genuíno cristão. Mas, a Bíblia traz alguma informação em favor disto?
Bom, muitos esquecem ou não sabem que um suicida é antes de tudo um auto-homicida (Ex 20:13) impossibilitado de arrepender-se uma vez que está morto. A Bíblia diz que um homicida precisa confessar o seu pecado para então obter perdão da parte de Deus:
“O que encobre as suas transgressões nunca prosperará; mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia.” (Pv 28:13)
“Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.” (1Jo 1:9)
Porém, o pedido de perdão deve ser feito em vida, pois após a morte não há mais chance de arrependimento para ninguém, senão o juízo (Hb 9:27).
Diferente do que é afirmado por alguns, As Escrituras mostram que Deus não reservou lugar algum em seu Reino para os homicidas:
“Ficarão de fora os cães e os feiticeiros, e os que se prostituem, e os homicidas, e os idólatras, e qualquer que ama e comete a mentira.” (Ap 22:15)
Qualquer outra interpretação quanto ao auto-homicídio que defenda que há perdão para quem o praticar, dever ser rejeitada. Se o versículo acima diz que homicidas, prostitutos e os amantes da mentira não terão lugar no Reino de Jesus Cristo, é porque não terão. Quem defende o contrário disso, isto é, que João não quis dizer realmente o que interpretamos, precisa, necessariamente, defender que há salvação também para osprostitutos e os amantes da mentira. Todavia não se deve ir além do que está escrito (1Co 4:6).
Vale salientar que o fato de alguém ser um genuíno cristão não o isenta da condenação se porventura matar-se, pois, para a Bíblia, o genuíno cristão que se mata além de aniquilar a imagem de Deus contida nele (Gn 1:26) está destruindo o templo e a morada do Senhor, o que lhe acarreta destruição também (1Co 3:16-17, 6:19).
Bom, se depois dessa breve abordagem alguém ainda ficar com alguma dúvida sobre se a Bíblia mostra um suicida sendo condenado, é só recorrer a lógica.
Ex: Se há mais evidências bíblicas em desfavor ao perdão de um suicida, e nenhuma a favor, prevalece as que fazem objeção.
Sendo assim, concluímos que qualquer que se matar por infelicidade na vida, como, por exemplo, Saul e seu escudeiro (1Sm 31: 4-6); Aitofel: (2Sm 17:23); Zimri: (1Rs 16:18) e Judas (Mt 27:5), terá como prêmio uma ida sem volta ao Lago de Fogo preparado para o diabo, seus demônios e para os que pecam e morrem sem pedir perdão (Sl 9:17; 1Co 6:9; Ap 20:10).
Obs: O intuito deste artigo não é atingir de modo maldoso alguém que perdeu um ente querido nessa situação, mas de advertir os que estão pensando em dar tal passo, com base na atitude do apóstolo Paulo para com o carcereiro:
“Acordando o carcereiro e vendo abertas as portas da prisão, tirou a espada e quis matar-se, cuidando que os presos já tinham fugido. Mas Paulo clamou com grande voz, dizendo: Não te faças nenhum mal, que todos aqui estamos.” (At 16:27-28)
Diga NÃO ao suicídio!