Os Adventistas do Sétimo Dia fazem com que tudo gire em torno da sua visão do Santuário. Ele é vital para eles. Se estiverem errados sobre isto, todo o seu sistema desmorona. O leitor deveria, portanto, estudar o tema cuidadosamente. Eles discorrem sobre ele constantemente e afirmam que são os únicos em toda a Cristandade que tiveram a luz sobre o assunto. Dedicarei apenas umas poucas páginas a ele, exatamente o suficiente para mostrar a falácia do seu sistema.
Eles basearam seu tempo de 1844 sobre Dan. 8:14 – “Até dois mil e trezentos dias, e o santuário será purificado.” O santuário era a terra. Ela seria purificada pelo fogo no segundo advento. Os 2.300 dias terminariam em 1844. Consequentemente, Cristo viria naquele ano. Eles provaram tudo isso pela Bíblia e assim não poderia haver engano, disseram. Mas Cristo não veio. E agora? O fanatismo custa a morrer; homens categóricos não gostam de se render. Assim, eles agora descobriram que o santuário não significa a terra, como haviam dito, mas sim um edifício real no céu, exatamente como o tabernáculo que Moisés construiu.
Aquele era uma tenda com dois compartimentos: o Lugar Santo contendo a mesa, um candelabro e o altar de ouro; o Lugar Santíssimo contendo a arca, na qual estavam as tábuas de pedra e sobre a qual estava o propiciatório e os querubins (ver Heb. 9:4-5). Os sacerdotes ministravam no primeiro lugar a cada dia do ano, mas somente o sumo sacerdote entrava no Lugar Santíssimo, e isto apenas no último dia do ano (Lev. 16). Naquele dia ele purificava o santuário dos pecados confessados ali durante o ano. Tudo isso seria um tipo (símbolo) de um edifício exatamente igual no céu, onde Cristo ministra (Heb. 8:1-5; 9:1-9, 24). Em 1844, ele teria deixado o primeiro lugar e entrado no Lugar Santíssimo para purificar o santuário celestial, o que, na verdade, é o julgamento. Isso explica o seu desapontamento. Em 1844 Jesus entrara no Lugar
Santíssimo do santuário celestial para começar o julgamento, em vez de vir para a terra, como eles inicialmente esperavam e pregavam! Para provar tudo isso, eles tecem argumentos longos e construídos sobre suposições, estando abertos para objeções por todos os lados.
Os Adventistas sabem que estão certos sobre esta questão? Não.
Se este assunto está tão claro e é tão importante quanto dizem que é, é estranho que ninguém jamais o tenha descoberto antes.
Após estar perfeitamente familiarizado com suas concepções a respeito do tema, e conhecendo todos os seus argumentos, estou seguro de que eles estão errados sobre o mesmo.
“Deus enviou os Adventistas com uma última mensagem solene para a terra; mensagem da qual dependiam os destinos da igreja e do mundo”. A primeira coisa que eles fizeram foi chegar ao ano errado, 1843, em vez de 1844. Depois, quando o fixaram, em vez de anunciar o lugar efetivo onde o evento se realizaria – a mudança da obra de Cristo no santuário no céu – eles disseram que ele viria para a terra, ressuscitaria os mortos e faria o mundo passar pelo fogo, quando nada do tipo aconteceu!
Ninguém dos cinquenta Adventistas originais jamais descobriu o erro claro que haviam cometido. Nenhum dos líderes Adventistas, como Miller, Himes, Litch, etc., jamais aceitou esta explicação do santuário. Apenas um punhado da grande massa dos Adventistas de 1844 descobriu a verdade sobre o santuário, e estes não eram homens listados entre os da obra de Miller.
O próprio Miller se opôs ao movimento dos Adventistas do Sétimo Dia rejeitando a ideia do santuário, o Sábado e a mensagem do terceiro anjo. Que emaranhado sem esperança foi a obra Adventista!
Não é de admirar que o povo a tenha rejeitado. Como seria se Moisés tivesse se oposto a Josué; e João Batista se oposto a Cristo? Miller foi enviado para fazer uma obra; fê-la errada e depois se opôs àqueles que finalmente a fizeram certa!
Em vez de receberem a “luz” sobre a questão do santuário por meio de visão da Sra. White ou do céu, eles a obtiveram de O. R. L. Crosier. Mas este logo desistiu dela como um erro e se opôs aos Adventistas do Sétimo Dia por muitos anos. Parece mal para uma teoria quando o seu próprio autor renuncia a ela.
A princípio os Adventistas do Sétimo Dia adotaram a Teoria do Santuário para provar que a porta da misericórdia havia se fechado em 1844, uma teoria que a Sra. White e todos eles sustentavam naquela época. Aqui está a minha prova sobre este ponto:
“Ann Arbor, Mich., 1 de dezembro de 1887. Ancião D. M. Canright,
Eu guardei o sétimo dia por quase um ano, em 1848. Em 1846, expliquei a ideia do santuário em um artigo publicado numa edição extra do Day Star, Cincinnati, Ohio. O objetivo do artigo era apoiar a teoria de que a porta da misericórdia estava fechada, uma teoria que eu e praticamente todos os Adventistas que aceitaram as visões de William Miller sustentavam entre 1844 e 1848. Sim, eu sei que Ellen G. Harmon, agora Sra. White, apoiava naquela época a teoria da porta fechada.
Sinceramente, O. R. L. Crosier.”
Agora escutem a Sra. White:
“Topsham, Me., 21 de abril de 1847… O Senhor me mostrou em visão, passado mais de um ano atrás, que o irmão Crosier tinha a verdadeira luz sobre a purificação do santuário, etc., e que foi da sua vontade que o irmão Crosier escrevesse a visão que ele nos apresentou no Day Star Extra, em 7 de fevereiro de 1846. Sinto-me inteiramente autorizada pelo Senhor a recomendar este Extra a cada fiel.” (A Word to the Little Flock, pág. 11, 12; Cristo em seu Santuário, pág. 9).
Aqui você tem a origem e objetivo da teoria do santuário. Tenho diante de mim o Present Truth, Vol. I nº. 6, dezembro de 1849, por James White. “The Shut Door Explained” (O Fechamento da Porta Explicado) é o artigo principal, no qual é discorrido a respeito do tipo em Lev. 16:17, este dizendo que não poderia haver mais perdão pelo pecado depois que o sumo sacerdote entrava no Lugar Santíssimo. “Neste dia da expiação ele é um sumo sacerdote somente para aqueles cujos nomes estão listados na placa de julgamento.” (pág. 44). Na época a sua teoria do santuário era utilizada para provar que já não havia mais salvação para os pecadores. Todo o volume está repleto desta ideia.
Seu argumento partindo do tipo estava certo sobre este ponto: no tipo, nenhum pecado poderia ser confessado e transportado para dentro do santuário depois que o sumo sacerdote entrasse no Lugar Santíssimo (Lev. 4:1-7; 16:17, 23, 24). Igualmente, se isto era um tipo de entrada de Cristo no Lugar Santíssimo no céu, em 1844, então verdadeiramente a porta da misericórdia se fechou ali, e todos os pecadores estão perdidos desde então.
Nenhuma obra, qualquer que fosse, podia ser feita no dia da expiação, ou dia quando o santuário era purificado (Lev. 23:27-32). A lei era muito rígida. Se o argumento Adventista sobre o santuário está correto, o dia da expiação começou em 1844; e então eles não deveriam estar trabalhado desde este dia.
Consequentemente, muitos Adventistas depois de 1844 afirmavam ser um pecado trabalhar; mas o tempo os deixou famintos e eles tiveram que voltar a labutar.
Finalmente, sendo obrigados a abandonar a posição de que em 1844 a porta da misericórdia se fechara completamente para os pecadores, eles, a seguir, ensinaram que apenas aqueles que soubessem da mudança que Cristo fez em 1844, no santuário do Céu, poderiam ser salvos. Assim fala o Ancião Smith em Objections to the Visions Answered, pág. 24-26: “É necessário um conhecimento da posição e obra de Cristo para desfrutar dos benefícios de sua mediação… Uma ideia geral da sua obra era então (previamente a 1844) suficiente para capacitar os homens a se aproximarem de Deus através dele… Mas, quando ele mudou a sua posição (em 1844) para o Lugar Santíssimo… o conhecimento da sua obra, que até então tinha sido suficiente, já não era suficiente… Quem pode encontrar a salvação? Aqueles que vão para o Salvador onde ele está e o veem pela fé no Lugar Santíssimo… Esta é agora a porta aberta para a salvação; mas nenhum homem pode compreender esta mudança sem um conhecimento definido sobre o assunto do santuário e a relação entre o tipo e o antítipo. Agora eles podem até procurar o Salvador como costumavam vê-lo antes, sem nenhuma outra ideia de sua posição e ministério além daquelas que tinham noção quando ele estava no primeiro compartimento; mas isso lhes será aproveitável? Eles já não podem encontrá-lo lá. Aquela porta está fechada!”.
Do mesmo modo a Sra. White: “Eles não têm conhecimento do movimento feito no Céu, ou do caminho para o Lugar Santíssimo, e não podem ser beneficiados pela intercessão de Jesus naquele lugar… Eles direcionam suas orações inúteis para o compartimento que Jesus deixou.” (Spiritual Gifts, Vol. I, pág. 171,172;). Que doutrina abominável! Ninguém pode ser salvo, a menos que saiba da mudança que Cristo fez no Céu em 1844. Mas ninguém tem a menor noção desta mudança, exceto os Adventistas do Sétimo Dia. Leitor, reflita sobre isto.
Mas atualmente eles abandonaram essa visão do santuário, e sustentam que todos aqueles que honestamente buscarem a Deus podem ser salvos sem qualquer uma dessa “luz” sobre o santuário. Assim, eles já mantiveram quatro posições diferentes sobre a questão do santuário: 1. Ele era a terra; 2. A porta da misericórdia foi fechada para todos os pecadores em 1844. 3. Ela foi aberta apenas para aqueles que
aprenderam sobre a mudança de Cristo em 1844. 4. Ela agora está aberta para todos. Qual será a próxima crença que eles terão?
Depois de investigar exaustivamente todo o assunto do santuário, estou seguro de que eles estão em um grande erro sobre este ponto.
O trono de Deus sempre esteve no lugar Santíssimo do santuário, entre os querubins, sobre a arca, nenhuma vez no lugar Santo. Como prova deste ponto, ver Lev. 16:2; Núm. 7:89; I Sam. 4:4; II Reis 19:15.
Smith declara que o trono de Deus estava algumas vezes no lugar Santo, e aponta Êx. 33:9-10. Mas aqui o Senhor aparece do lado de fora do tabernáculo, e de forma alguma no lugar Santo. Portanto, este texto o contradiz.
Quando Jesus ascendeu aos Céus, há mil e oitocentos anos, ele foi diretamente para a destra de Deus e sentou-se em seu trono (Heb. 8:1). Portanto, ele entrou no Santo dos Santos naquela ocasião, ao invés de ter entrado em 1844.
“Dentro do véu” é para dentro do lugar Santíssimo. “Pendurarás o véu debaixo dos colchetes, e porás a arca do testemunho ali dentro do véu; e este véu vos fará separação entre o santuário e o lugar santíssimo.”
(Êx. 26:33). Ver também Lev. 16:2, 12, 13. Ninguém pode deixar de ver que “dentro do véu” é no lugar Santíssimo onde estava a arca. Este é justamente o lugar onde Jesus entrou há mil e oitocentos anos. Prova:
“a esperança proposta; a qual temos como âncora da alma, segura e firme, e que penetra até ao interior do véu, onde Jesus, nosso precursor, entrou por nós, feito eternamente sumo sacerdote.” (Heb. 6:18-20). Como o sumo sacerdote entrava “dentro do véu”, assim Jesus, nosso sumo sacerdote, entrou “dentro o véu”, no lugar Santíssimo, para a destra de Deus, e sentou-se sobre seu trono. Nada poderia estar mais plenamente declarado. Isto abala toda a teoria Adventista de 1844. Para prova adicional, ver Êx. 27:21; 30:6; 40:22-26; Lev. 4:6, 17, 16:15, 24:3; Núm. 18:7; Mat. 27:51.
“Diante do trono”, Apoc. 8:3. O Ancião Smith declara que “o trono de Deus estava no primeiro compartimento do santuário”, porque é dito que as sete lâmpadas e o altar de ouro estavam “diante do trono” (Apoc. 4:5; 8:3). Esta é uma prova tão desesperada quanto a sua causa. O mesmo argumento provaria que a arca e o trono de Deus estavam sempre no primeiro compartimento do santuário terreno, o que sabemos ser falso. Como existia apenas um véu, o qual dividia o lugar Santo do Santíssimo, onde estava o trono de Deus, dizia-se que as coisas no lugar Santo estavam “diante do Senhor”, na medida em que estavam tão perto do trono que ficavam logo atrás da cortina. Prova: Êx. 27:20, 21; 30:6-8; 40:23-25; Lev. 4:6, 15-18. Até mesmo onde os animais eram mortos, totalmente fora do tabernáculo, era considerado “diante do Senhor”, como mostra Lev. 4;15. Abraão andou “diante do Senhor” (Gên. 24:40), embora estivesse na terra e o Senhor no céu.
Nem um único texto pode ser encontrado em toda a Bíblia mostrando que a arca, querubins e trono estivessem no lugar Santo do santuário terreno, o tipo. E mesmo assim, no antítipo eles têm o trono de Deus no lugar Santo, não em alguma ocasião especial, mas todo o tempo por 1.800 anos, exatamente contrário ao tipo!
Os Adventistas sempre assumem e dizem que “o templo de Deus é o lugar Santíssimo.” (Sanctuary, pág. 234, de Uriah Smith). Mas isto é falso. O lugar Santíssimo, ou oráculo, era um aposento no templo, mas ele não, era em si, o templo. De fato, as Escrituras distinguiam claramente entre o templo e o oráculo, ou lugar Santíssimo (ver I Reis 6:5, 16, 17, 19:23; 7:50). O templo era o edifício, todo o prédio (I Reis 7:50; II Reis 11:13; I Sam. 3:3; Mat. 21:12; Luc. 1:9; Apoc. 11:19).
Quando foi aberto o templo no céu, Apoc. 11:19? Os Adventistas usam este texto para provar que o lugar Santíssimo no santuário celestial não estava aberto até 1844. Mas eles se enganam: 1) Porque, como provamos acima, o templo não é o lugar Santíssimo, mas todo o prédio; 2) Porque o templo celestial foi aberto quando Cristo iniciou o seu ministério aqui, há 1800 anos (Heb. 8:1, 2; 9:8-12); 3) Porque o verso 19, de Apoc. 11, pertence propriamente a Apoc. 12, e começa esta nova linha de profecia, em vez de fechar a linha no capítulo 11. O Siríaco assim o divide. Clarke, Barnes, Scott e cada comentador que consultei conecta esse verso com capítulo 12, como sendo a introdução. Ver Scott: “V. 19 – Este verso introduz um novo assunto, e deveria ter sido colocado no início do próximo capítulo.” Certamente, pois quando foi aberto o templo no céu? Quando Jesus lá entrou para começar seu ministério, é claro (Heb. 9:8-12). Assim desmorona o principal pilar da teoria Adventista do santuário.
Até agora eu argumentei baseado em seus próprios fundamentos de que existe um edifício real no céu exatamente igual ao santuário da terra. Mas toda esta coisa é extremamente questionável.
Como as verdades morais são ensinadas às crianças por meio de lições materiais, assim Deus ensinou aos Judeus verdades espirituais através das lições materiais dos tipos (símbolos) da adoração.
Consequentemente, não se segue que na adoração Cristã tenha que ter tais coisas materiais empregadas no céu. Ao contrário, a presunção é contra isto.
Todo o serviço no templo era para o sacerdócio Aarônico, mas Cristo não é um sacerdote segundo a ordem de Arão, mas sim segundo a ordem de Melquisedeque (Heb. 7:11). Melquisedeque não tinha templo nem serviço de templo, e assim Cristo não deveria ter nenhum. Desde Adão até Moisés não existiam templo nem serviço sacerdotal no céu. Smith admite isto: “Não havia lugares santos estabelecidos, e nenhuma obra sacerdotal estava estabelecida no céu.” (Sanctuary, pág. 238). Exatamente, pois tudo isso estava sob o sacerdócio de Melquisedeque, exatamente como agora. Se lá no céu não foi necessário um templo por 4.000 anos, tampouco é necessário agora.
Paulo exprime de forma direta que os tipos (símbolos) da lei não eram “a imagem exata das coisas” que representavam (Heb. 10:1). Mas os Adventistas elaboram seu argumento sobre a suposição de que elas eram imagens exatas de coisas no céu, ignorando assim a declaração de Paulo.
Paulo diz que Cristo é ministro de um maior e mais perfeito tabernáculo (Heb. 9:11). Portanto, este é diferente do tabernáculo terreno.
Paulo diz que é um tabernáculo “não feito por mãos” (Heb. 9:11). Isto mostra que não é um edifício material.
Paulo diz que a carne de Jesus é o véu (Heb. 10:20). Isto mostra que o templo era apenas figurativo.
Raramente um dos tipos tinha um antítipo exatamente igual a ele. Assim, cordeiros e bois eram os tipos dos quais Jesus era o antítipo. Ele era um homem, mas eles eram animais. Os corpos dos animais eram queimados (Heb. 13:11, 12), mas Cristo, o antítipo, não foi queimado. Eles eram sacrificados à porta do santuário (Lev. 17:3, 4), mas Jesus não foi sacrificado à porta do santuário. Seu sangue era levado para dentro do templo e colocado sobre o altar (Lev. 4:6, 7), mas o sangue de cristo foi derramado sobre o solo.
Os sacerdotes Levíticos faziam ofertas diárias, mas Cristo fez uma única por todos (Heb. 9:25, 26, 28; 10:10, 12, 14). O Ancião Smith diz: “O fato de Moisés ter feito dois compartimentos em sua semelhança do templo celestial é uma demonstração de que este último também tem dois compartimentos.” Novamente: “Os sacerdotes aqui na terra, em ambos os compartimentos, serviam como exemplo de um serviço semelhante no céu. Agora Jesus é o único sacerdote no céu, e ele executa este ‘serviço semelhante’.”
Todos os dias os sacerdotes terrenos ofereciam os sacrifícios da manhã e do entardecer, aspergindo o sangue de vítimas recém-sacrificadas no santuário externo. Deste modo, por mais de mil e oitocentos anos Jesus, de acordo com o Sr. Smith, deve ter oferecido seu próprio sangue fresco, derramado no compartimento exterior do santuário celestial, duas vezes ao dia – isto é mais do que 1.300.000 vezes – desde sua ascensão até 1844. Este é o resultado lógico da ‘demonstração’ do Sr. Smith. O apóstolo diz, Heb. 7:27: “Isto ele fez uma vez, oferecendo-se a si mesmo. Portanto a ‘demonstração’ contradiz categoricamente as Escrituras.” (G. W. Morton). A lei regulando o serviço dos sacerdotes e o templo foi mudada (Heb. 7:12); então certamente ela não é executada agora no céu. Os Adventistas levaram toda a lei Levítica do serviço do santuário, transferindo-a para o céu e executando-a lá! Este é o absurdo do seu sistema. Em Heb. 7:11-28, Paulo assinala muitos pontos de diferença entre os tipos e os antítipos. Na era Judaica, a mesa do Senhor estava no templo (Mal. 1:7); mas agora a mesa do Senhor está na Igreja (I Cor. 10:21; 11:20). As sete lâmpadas do templo no céu “são os sete espíritos de Deus.” (Apoc. 4:4). Assim, elas não são lâmpadas literais. Portanto, é mais do que provável que nenhuma das coisas mencionadas como estando lá, sejam literais. Em um lugar é dito que os santos no céu estão “trajando vestes brancas” (Apoc. 7:9), mas em outro lugar explica-se que isto é a justiça dos santos (Apoc. 7:14).
Em Apoc. 8:3, é dito que as orações de todos os santos são oferecidas sobre o altar de ouro. Mas evidentemente isto não é para ser tomado literalmente, mas apenas como uma referência ao modo Judaico de adoração. Col. 2:16, 17 diz que as comidas, bebidas, dias de festa, de lua nova e Sábados eram uma sombra de Cristo. Raciocinando como fazem os Adventistas, sobre o santuário terreno (Heb. 8:5), poderíamos esperar encontrar algo no Evangelho exatamente como eles – comidas, bebidas, dias anuais de festa, dias mensais sagrados, etc. Mas onde estão eles? No Evangelho não há nada como estes tipos.
Paulo diz precisamente que o lugar no qual Jesus entrou era “o mesmo céu, para agora comparecer por nós perante a face de Deus.” (Heb. 9:24). A simples verdade sobre tudo é que as eras dos tipos, objetos, lições, formas exatas, conjunto de cerimônias, lugares consagrados e vasos sagrados – tudo isto terminou na cruz (Col. 2:17). A resposta de Jesus para a mulher junto ao poço vai diretamente ao ponto. Ela disse: “Nossos pais adoraram neste monte, e vós dizeis que é em Jerusalém o lugar onde se deve adorar. Disse-lhe Jesus: Mulher, crê-me que a hora vem, em que nem neste monte nem em Jerusalém adorareis o Pai… mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem. Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade.” (João. 4:20-24).
Sob o Evangelho um lugar não é mais sagrado do que outro. Junto com os lugares sagrados foram-se os vasos sagrados, sacrifícios, incensos, tábuas de pedra e tudo o mais. Pedro estabelece isto em uma frase:
“Vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual e sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por Jesus Cristo.” (I Ped. 2:5). No mesmo sentido temos Efé. 2:20-22; I Cor. 6:19. Estamos agora sob uma nova aliança (Heb. 8:6-13), um mais elevado sacerdote de uma nova ordem (Heb. 7:11), vamos a Deus por um novo caminho (Heb. 10:20), por novas ordenanças (Marc. 15:15-16; I Cor. 11:23-26), por um templo diferente e um melhor sacrifício. Consequentemente, não existe a necessidade de um templo no céu exatamente igual ao antigo templo Judaico.
A ideia Adventista do santuário no céu é um absurdo. Em Early Writings, pág. 114, 115, a Sra. White foi tomada aos céus e lhe foi mostrado tudo sobre o santuário. Ela viu um edifício exatamente igual ao da terra.
Nele estava o candelabro, a mesa dos pães da proposição, o altar, as cortinas, a arca; e “na arca estavam as tábuas de pedra contendo os Dez Mandamentos.” (Primeiros Escritos, pág. 251). Pense, agora, qual a utilidade de um candelabro literal na presença imediata de Deus cuja glória está acima da luz do sol. “Não necessitarão de lâmpada nem de luz do sol, porque o Senhor Deus os ilumina.” (Apoc. 22:5). E qual a utilidade de uma mesa de pães da proposição literal? Acaso os anjos do senhor comem os pães? E tábuas de pedra reais no Céu! O Senhor sentado sobre a arca acima delas! Que ideias pueris! Ouça Paulo proibindo tal ideia: “não em tábuas de pedra, mas nas tábuas de carne do coração.” (II Cor. 3:3). Pense no absurdo de ter o Deus Altíssimo e todos os milhares de milhares
de anjos ao redor de seu trono, habitando em um edifício literal com cortinas, lâmpadas, mesas, paredes, etc.
Seria necessário que o prédio fosse maior do que todo um estado. Que os Adventistas leiam isto: “O Altíssimo não habita em templos feitos por mãos.” (Atos 7:48).
“Mas, Paulo não diz que o templo Judaico era uma sombra, figura, um modelo das coisas celestiais?”
(Heb. 8 e 9). Sim, e da mesma forma ele diz que as oferendas e dias santos da antiga aliança eram sombras de Cristo (Col. 2:16, 17). Mas onde estão os nossos dias de festa, luas novas, comidas, etc., sob o Evangelho?
Em algum lugar, num sentido espiritual. Igualmente, Paulo diz que o templo terreno era apenas uma figura de um “tabernáculo não feito por mãos” (Heb. 9:9-11). Como ele poderia dizer mais claramente que o celestial não é literal? Cristo ministra num templo literal no céu, desde Adão até a cruz, por milhares de anos? Não. Melquisedeque tinha um templo? Não (Gên. 14:18-20). Como Cristo é um sacerdote segundo a sua ordem, ele não precisa de nenhum templo literal. De acordo com os Adventistas, o lugar Santíssimo do santuário celestial estava inteiramente vazio e desocupado desde a ascensão de Jesus até 1844. Mesmo Cristo não havia entrado lá nenhuma vez!
Finalmente, todo o seu argumento sobre o santuário depende de se provar que as setenta semanas de Dan. 9 são uma parte dos dois mil e trezentos dias de Dan. 8:14. Mas a Bíblia diz que são? Não, nem eles podem provar isto. O melhor que eles podem fazer é alegar que este entendimento é plausível.
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Extraído do livro Adventismo do Sétimo Dia Renunciado, REV. D. M. CANRIGHT
Quanta heresia
Pode um juiz declarar a sentença antes do julgamento,como fez JESUS em Lc 11:31:32 e Lc 23:43 ao declarar que a rainha do sul, os ninivitas e o ladrão na cruz estão no céu? Então como fica o juízo investigativo para estas pessoas que foram declaradas salvas pelo Senhor JESUS CRISTO ?