Os Adventistas do Sétimo Dia declaram que “o selo de Deus é seu Santo Sábado” (Thoughts on Revelation, pág. 452).
Eles agora são enviados para “selar” os 144.000 de Apoc. 7.1-8 prontos para a trasladação. Quando Jesus vier nenhuma alma viva sobre a terra será salva, a menos que tenha sido selada por meio da guarda daquele dia (Early Writings, pág. 11; “Aquela santa lei, proclamada no Monte Sinai, agora é apresentada como a norma do juízo… Agora são condenados por aquela lei que desprezaram… Tarde demais, veem que o Sábado do quarto mandamento é o selo do Deus vivo.” (A Grande Esperança, pág. 88; http://www.esperanca.com.br/agrandeesperanca/2012_A_Grande_Esperanca.pdf)
1) A Bíblia diz que o Sábado é o selo de Deus? Não, isto é outra suposição Adventista, a qual eles alegam demonstrar por um conjunto de argumentos longos, sinuosos e improváveis. Para fazer com que esta suposição ao menos pareça plausível, isto demanda deles um de seus oradores mais hábeis, usando uma hora, e isso quando não haja oposição. Mesmo assim, poucos conseguem ver através deste esforço.
2) A palavra “selo”, seja como substantivo ou verbo, é utilizada sessenta e cinco vezes na Bíblia, mas em nenhuma dela é dito que seja o Sábado.
3) Eles argumentam que sinal e selo são termos sinônimos, significando a mesma coisa; e como o Sábado é chamado de “um sinal” (Êx. 31:17), ele é, por conseguinte, um selo. A isto nos objetamos, porque (1) Selo nunca é definido pela palavra sinal, nem sinal pela palavra selo; nem jamais é dado um termo como sinônimo para o outro. Eu examinei cuidadosamente quatorze dicionários diferentes, léxicos e enciclopédias, e não encontrei exceção para esta declaração. (2) O termo original para selo (hebraico, ‘chotham’; grego, ‘sphragis’) nunca se prestou para sinal. (3) A palavra original para sinal (hebraico, ‘oth’; grego ‘semeion’) nunca se prestou para selo. Por isso não são termos sinônimos.
4) Rom. 4.11 é usado para provar que um sinal é um selo, mas o texto não prova isto. Qualquer coisa pode ser apontada para ter dois usos inteiramente diferentes. Eu posso usar a minha bengala como um apoio ou como um indicador; mas por causa disso ela seria igualmente um apoio e um indicador? Não. Igualmente em Rm 4.11 a circuncisão foi usada como um sinal e também como um selo; mas isso não prova que um sinal é um selo. Da mesma forma o Sábado é um sinal (Êx 31.17). Possivelmente Deus poderia também usálo como um selo, mas ele o fez? Onde está a prova? Em parte alguma.
5) O Sábado era um sinal entre Deus e os filhos de Israel (Êx 31.17). Igualmente o era a circuncisão (Rm 4.11), mas nenhum dos dois é um sinal para os Cristãos.
6) O Sábado foi abolido na cruz (Cl 2.16). Consequentemente, ele não pode agora ser o selo de Deus.
7) Se o Sábado é o selo de Deus com o qual sela o seu povo para a trasladação, então cada um que guarde o Sábado está selado e pronto para a trasladação. Quando Deus coloca o seu selo sobre um homem, este deve determinar que o homem é de Deus. Da mesma forma em Ap 7.2-4, onde o anjo selou um homem com o selo de Deus, este não se tornou por meio disto um dos 144.000, os quais eram “irrepreensíveis” (Ap 14.1-5)? Sim. Então, se o Sábado é o selo, todos os que o guardam estão selados e prontos para o Céu. Mas, (1) todos os antigos Fariseus guardavam o Sábado rigidamente; (2) milhões de Judeus o guardam agora; (3) todos os Batistas do Sétimo Dia o guardam; (4) todos do partido de Marion, que se opõem implacavelmente aos Adventistas do Sétimo Dia, o guardam; (5) muitos Adventistas do Sétimo Dia que foram expulsos de suas igrejas por seus pecados, o guardam. Estão todos estes selados e prontos para a salvação? Não. Logo, o Sábado como um selo, como a prova do favor de Deus, como um teste de caráter e aptidão para o Céu, falha inteiramente. Consequentemente, ele não pode ser o selo de Deus. O que, então, é o selo de Deus? Ele é claramente dito ser o Espírito Santo. Assim: “O qual também nos selou e deu o penhor do Espírito em nossos corações” (2 Co 1.22). “Em quem também após terem crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa” (Ef 1.13). “E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual estais selados para o dia da redenção” (Ef 4.30). Estes textos são claros o suficiente para dizer o que é o selo do Senhor. Ele é o Espírito Santo. É estranho que homens deixem de lado esses textos claros, e tentam por meio de argumentos alongados e duvidosos decifrar que o Sábado Judaico é o selo, quando a Bíblia nunca disse uma única palavra sobre isto.
Os Adventistas argumentam que o Sábado é o selo para o decálogo. Eles dizem que não existe nada mais nos Dez Mandamentos que diga quem deu a lei. A afirmação é totalmente falsa. As primeiras palavras do decálogo dizem quem a deu: “Eu sou o Senhor teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão. Não terás outros deuses diante de mim.” (Êx 20.2-3). O texto diz da forma mais clara quanto possível quem deu a lei, e corta pelas raízes o argumento Adventista sobre o selo. Agora olhem para o seu quadro da “Lei de Deus”. Estas palavras, como Deus as colocou, foram suprimidas. Se fossem deixadas, iriam contradizer claramente o argumento Adventista.
Extraído do livro “Adventismo do Sétimo Dia Renunciado”, REV. D. M. CANRIGHT
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