Estamos vivendo numa época em que a discriminação racial ainda é uma dura realidade, embora haja diversas campanhas combatendo o racismo, realizadas por ong’s, empresas privadas, governo, inclusive com a possibilidade de prisão como pena para aquele que agir de forma racista, mas ainda assim estas ações não tem se mostrado suficientes para coibir manifestações repugnantes de descriminação racial em alguns segmentos da sociedade. Esta atitude repulsiva sempre foi reprovada pela maioria da população, mas quanto á Deus será que Ele aprovaria uma manifestação racista? Certamente que não! Mas se falássemos que algum grupo que se denomina religioso, durante um bom período de sua existência, agia de maneira racista para com seus fiéis, poderíamos considerá-lo como cristão? Certamente que não.
Parece pouco provável supor que um grupo que professa a fé em Deus pudesse proceder de maneira racista dentro de sua comunidade, mas esta é a realidade do Mormonismo. De acordo com o ensino que era transmitido pelos Mórmons, o fato de uma pessoa possuir a cor da pele Negra ou escura, seria resultado de uma punição Divina, por esta pessoa ter cometido pecados antes de seu nascimento, como consequência sua pele se tornava escura como sinal de maldição da parte de Deus. Vejamos um trecho de uma de suas obras, a qual é considerada inspirada no mesmo nível da Bíblia Sagrada:
“Pois eis que o Senhor amaldiçoará a terra com muito calor e a sua esterilidade continuará para sempre; e uma cor negra desceu sobre todos os filhos de Canaã, de modo que foram desprezados dentre todos os povos… Pois a semente de Caim era negra” (Moisés 7.8,22 – A Pérola de grande valor – Edição 1997 – pp. 23,25).
Este posicionamento além de ser extremamente degradante, em nada tem a ver com o Deus das Escrituras, onde lemos que o Senhor não faz acepção de pessoas (Rm 2.11; At 10.34; Dt 10.17; 2Cr 19.7; Cl 3.25; Jó 34.19; Ef 6.9; 1 Pe 1.17).
Ainda de acordo com o ensino Mórmon, o povo de Israel que haviam sido rebeldes ao Senhor foram amaldiçoados com a cor negra, sendo chamado de Lamanitas, este nome era atribuído aos índios norte-americanos. Os que permaneceram fieis, continuaram com a pele branca, sendo chamados de Nefitas, se porém os Lamanitas de convertessem ao Senhor novamente, teriam sua pele restaurada a tonalidade clara, assim está escrito: “Ele fez cair a maldição sobre eles, sim uma dolorosa maldição por causa de suas iniquidades…O Senhor Deus fez com que sua pele se tornasse escura (2 Nefi 5.21 – Livro de Mórmon – p. 81, edição 1951). Um ensino como esta deve ser rejeitado indubitavelmente, pois fere os princípios humanos, no que diz respeito ao racismo e ao Divino, por alegar que tal ensino venha da parte de Deus.
Quanto à restauração da pele da cor negra para a cor branca, após a conversão dos Lamanitas, passando a serem Nefitas, assim está registrado: “Portanto todos os Lamanitas convertidos ao Senhor, uniram-se a seus irmãos, os Nefitas…Os Lamanitas que se uniram a seus irmãos foram contados com os Nefitas…E a maldição foi retirada deles e a sua pele tornou-se branca como a dos Nefitas (3 Nefi 2.12,13; 2 Nefi 5.15,16 – Livro de Mórmon – p. 479, edição 1951).
Chega a ser chocante a maneira como os mórmons realizam a interpretação das Escrituras, pois todo este mecanismo doutrinário ocorre a partir de uma péssima exegese Bíblica, assim definem sua concepção sobre a origem da pele de cor negra: “Através de Cão (nome que significa negro), o sangue dos Cananeus foi preservado através do dilúvio, pois ele casou-se com Egyptus, uma descendente de Caim…Negros são portanto descendente de Cão…por casar-se com uma linhagem proibida” (Mórmon Doctrine – p.343, edição 1979, Bruce R McConkie, Editora Brookcraft).
De maneira simples, fazendo uma analise do posicionamento doutrinário Mórmon, se este ensinamento estivesse correto, nos dias de hoje os negros que se convertem ao Mormonismo, deveriam ter sua cor de pele alterada para a cor branca, mas isto não acontece. Isto só demonstra mais uma vez o quanto os ensinos transmitidos dentro desta Seita é herético, incompatível com as Escrituras e dessa forma deve ser rejeitado e considerado como pagão.
Deus jamais aprovou ou promoveu distinção de pessoas, qualquer que seja seu tom de pele, afinal ele criou a todos, Europeus, Asiáticos, Africanos, e enxerga todos de maneira igual, sem fazer acepção de pessoas. Atribuir ao Senhor este ensinamento soa como um insulto, pois está indo de encontro com as Escrituras. Portanto, afirmamos que mais uma vez o Mormonismo, não é um grupo cristão, que ensina doutrinas da imaginação do coração dos homens, levando assim muitos para longe da Verdade.
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Por Edson Moraes