Embora tenha se tornado comum misturar a espiritualidade oriental com o Cristianismo bíblico, o abismo que separa essas visões de mundo é intransponível.
Primeiro, na visão de mundo oriental, Deus é uma força ou princípio impessoal. Em nítido contraste, o Deus do Cristianismo é um ser pessoal que manifesta atributos comunicáveis como espiritualidade, racionalidade e moralidade (João 4.24; Colossenses 3.10; Efésios 4.24).
Além disso, na visão de mundo oriental, o objetivo da humanidade é tornar-se um com a natureza, porque a natureza é Deus. Nesse sentido, a visão de mundo oriental é panteísta — em outras palavras “Deus é tudo e tudo é Deus”. Por outro lado, o Cristianismo ensina que o homem foi criado à imagem e semelhança de seu Criador e, como tal, é distinto da natureza e de Deus (Gênesis 1.26-27).
Por fim, na visão de mundo oriental, a verdade é compreendida pela intuição, e não por um processo de pensamento cognitivo. Em contraste, o Cristianismo ensina que a verdade é compreendida pela revelação (Hebreus 1.1-2), que é entendida pelo intelecto (Lucas 1.1-4) e então recebida pelo coração (Marcos 12.29-31).
“Pois mudaram a verdade de Deus em mentira e honraram e serviram mais a criatura do que o Criador, que é bendito eternamente. Amém!” (Romanos 1.25).
Pr. Hank Hanegraaff