“Quando Cristo Se referiu ao “castigo eterno” (S. Mt 25.46), não estava querendo dizer “ato de castigar eternamente”. O significado era que a “vida eterna [que os justos desfrutarão] continuará pelos séculos intérminos da eternidade; e que a punição [sofrida pelos ímpios] também será eterna — não uma duração eterna do sofrimento consciente, mas uma punição que será completa e final. O fim daqueles que assim sofrem é a segunda morte. Essa morte será eterna, pois dela não deverá, e não poderá, haver ressurreição” (Nisto Cremos, p. 480).
As palavras de Mt 25.46 são: “E irão estes para o tormento eterno, mas os justos para a vida eterna”. No grego se lê ‘kolasin aionion’ (tormento eterno) e zooin aionion (vida eterna). Se a palavra aionion qualifica a palavra vida (zooin), declarando-a eterna, deve-se concluir, a não ser que seja dada clara evidência ao contrário, que esta palavra também signifique castigo ou tormento sem fim, quando utilizada para o castigo dos ímpios.
Ademais, aniquilamento não pode chamar-se castigo, e não é castigo adequado para o pecado. Implica em término de consciência e, por conseguinte, toda pena e sentido de culpa ficam nulos. Para os que estão cansados de viver, particularmente para os que têm a consciência acusadora, aniquilamento seria considerado algo desejável. Seria, na verdade, uma bênção. Ao contrário, a Bíblia não sugere aniquilamento, mas declara sem fim o castigo dos ímpios (Mt. 25:41; Ap. 20:10). Assim, a palavra aionios é empregada para:
a) Indicar a eternidade de Deus – 1Tm. 1.17;
b) Indicar a felicidade eterna dos justos – Jo. 5.24;
c) Indicar o castigo eterno dos ímpios Mt. 25.41-46.
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