Resposta Apologética
Nós evangélicos cremos que a alma sobrevive, e permanece em estado inteligente e consciente, no intervalo entre a morte e a ressurreição do corpo. Entendemos que a alma é uma entidade consciente e inteligente que habita no corpo e que se separa do corpo por ocasião da morte física: “E, havendo aberto o quinto selo, vi debaixo do altar as almas dos que foram mortos por amor da palavra de Deus e por amor do testemunho que deram. E clamavam com grande voz, dizendo: Até quando, ó verdadeiro e santo Soberano, não julgas e vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra? E foram dadas a cada um compridas vestes brancas, e foi-lhes dito que repousassem ainda um pouco de tempo, até que também se completasse o número de seus conservos e seus irmãos, que haviam de ser mortos, como eles foram” (Apocalipse 6.9-11, também Lucas 12.4-5).
Algumas vezes as palavras alma e espírito são empregadas como sinônimas, para falar da parte imaterial do homem que sobrevive à morte da matéria, o corpo. Quando isso acontece, os termos alma e espírito têm o mesmo sentido. Alguns exemplos bíblicos:
“E o pó volte à terra, como o era, e o espírito volte a Deus, que o deu” (Eclesiastes 12.7) e “E apedrejaram a Estêvão, que em invocação dizia: Senhor Jesus, recebe o meu espírito” (Atos 7.59). Esses textos falam da sobrevivência do espírito, enquanto que Apocalipse 6.9-11 e Lucas 12.4-5 abordam a sobrevivência da alma como a parte imaterial do homem, que sobrevive à morte do corpo, com consciência e inteligência – o “eu” do ser humano. “Pois qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o espírito do homem, que nele está?” (1Coríntios 2.11).
- O Estado Intermediário do Cristão
Depois da morte física o cristão vai estar com Cristo no céu: “Por isso estamos sempre de bom ânimo, sabendo que, enquanto estamos no corpo, vivemos ausentes do Senhor. Mas temos confiança e desejamos antes deixar este corpo, para habitar com o Senhor” (2Coríntios 5.6-8). “Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho. Mas, se o viver na carne me der fruto da minha obra, não sei então o que deva escolher. Mas de ambos os lados estou em aperto, tendo desejo de partir, e estar com Cristo, porque isto é ainda muito melhor” (Filipenses 1.21-23).
- O Estado Intermediário do Incrédulo
O incrédulo vai para o Seol-Hades (inferno), e lá permanece em estado consciente de tormento. Hades indica o lugar da alma no intervalo entre a morte do corpo e a ressurreição do corpo, e aparece dez vezes no Novo Testamento.
“E morreu também o rico e foi sepultado. E no inferno (Hades), ergueu os olhos, estando em tormentos, e viu ao longe Abraão e Lázaro no seu seio. E, clamando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim, e manda a Lázaro que molhe na água a ponta do seu dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama. Disse, porém, Abraão: Filho, lembra-te de que recebeste os teus bens em tua vida, e Lázaro somente males; e agora este é consolado e tu atormentado” (Lucas 16.22-25).
Seol-Hades indica o lugar da alma, enquanto o corpo vai para a sepultura (em hebraico kever, kevurah e, em grego taphos, mnema e mnemeion). Geena indica o lugar do corpo e da alma depois da ressurreição do Juízo final. “E, se a tua mão te escandalizar, corta-a; melhor é para ti entrares na vida aleijado do que, tendo duas mãos, ires para o inferno [geena] para o fogo que nunca se apaga, onde o seu bicho não morre e o fogo nunca se apaga” (Marcos 9.43). “Assim, sabe o Senhor livrar da tentação os piedosos, e reservar os injustos para o dia do juízo, para serem castigados” (2Pedro 2.9).
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