A Bíblia diz que a vingança pertence a Deus. Nós não devemos procurar nos vingar mas deixar isso nas mãos de Deus. Vingança nem sempre é sinônimo de justiça.
O que é vingança?
Vingança é dar retribuição pelas seus próprios meios, normalmente fora do sistema oficial de justiça. Quem procura vingança muitas vezes não quer dar uma punição justa mas quer causar sofrimento, porque é motivado pelo ódio. Por exemplo, Sansão brigou com alguns homens no seu casamento e decidiu vingar-se, destruindo plantações e matando muita gente (Juízes 15:7-8). Ele achou que estava fazendo justiça, mas na sua ira foi muito além. A vingança também pode ser dirigida contra a pessoa errada. Os filisteus, depois que Sansão causou confusão, vingaram-se na sua esposa e no seu sogro, que não tinham culpa (Juízes 15:6).
Só Deus tem o direito de vingar porque só Ele é justo para dar a punição correta. Nós não devemos guardar ódio por quem nos faz mal (Levítico 19:18). Precisamos aprender a perdoar e a retribuir o mal com o bem (Romanos 12:17-21). Perdoar não é dizer que a pessoa não merece punição, é deixar de exigir essa punição para ficarmos satisfeitos. Quando perdoamos deixamos a punição nas mãos de Deus.
O que é o “vingador da vítima”?
No Velho Testamento, o “vingador da vítima” era a pessoa que devia executar a sentença contra quem tivesse cometido assassinato (Números 35:19). Normalmente era um parente próximo da vítima, que tinha também o dever de tomar conta da sua família.
Ter um “vingador da vítima” era normal nas culturas à volta de Israel, mas muitas vezes a vingança acabava em lutas muito sangrentas entre famílias que não tinham fim. A lei que Deus deu a Moisés servia para impedir que isso acontecesse e refrear os impulsos vingativos sem base na justiça (Números 35:12). O “vingador da vítima” acabou por desaparecer da cultura israelita no tempo da monarquia.