O pelagianismo é uma teoria teológica cristã, atribuída a Pelágio da Bretanha. Sustenta basicamente que todo homem pode por si mesmo buscar a sua própria salvação e portanto, não necessita da “graça preveniente”. Segundo os pelagianos, todo homem nasce “moralmente neutro”, sendo capaz, por si mesmo, sem qualquer influência divina, de salvar-se quando assim o desejar. Uma das grandes disputas durante a Reforma protestante versou sobre a natureza e a extensão do pecado original.
No século V, Pelágio havia debatido com Santo Agostinho sobre este assunto. Agostinho mantinha que o pecado original de Adão foi herdado por toda a humanidade e que, mesmo que o homem caído retenha a habilidade para buscar a Deus por si mesmo, ele está escravizado ao pecado e não pode não pecar. Por outro lado, Pelágio insistia que a queda de Adão afetara apenas a Adão, e que se Deus exige das pessoas que vivam vidas perfeitas, ele também dá a habilidade moral para que elas possam fazê-lo e embora considerasse Adão como “um mau exemplo” para a sua descendência, suas ações não teriam consequências para a mesma, sendo o papel de Jesus definido pelos pelagianos como “um bom exemplo fixo” para o resto da humanidade (contrariando assim o mau exemplo de Adão), bem como proporciona uma expiação pelos seus pecados, tendo a humanidade em suma, total controle pelas suas ações sem a ajuda do Espírito Santo.
As sentenças pronunciadas contra tal tese pelo Papa Inocêncio I acabaram por classifica-la como heresia.
Fonte – http://pt.wikipedia.org/wiki/Pelagianismo