Em um artigo intitulado “O Pontífice Convoca a Uma Descoberta da Maravilha da Missa”, publicado no Catholic Herald, foi declarado:
A encíclica será seguida pela publicação de novas normas sobre a celebração da Eucaristia, editadas pela Congregação para a Doutrina da Fé [Inquisição] e pela Congregação para os Sacramentos e Adoração Divina”. Disse o papa que as novas regras se tornaram necessárias porque em certas partes do mundo católico a Eucaristia tem sido desvalorizada e celebrada “sem a devida consideração quanto ao seu valor sacramental e universalidade.”
Ele escreveu:
Em alguns lugares a prática da adoração à Eucaristia tem sido quase completamente abandonada. Em várias partes da Igreja têm ocorrido abusos, levando á confusão com respeito à verdadeira doutrina católica sobre este maravilhoso sacramento. Às vezes se encontra um entendimento extremamente reduzido do mistério da Eucaristia. Apartada de sua verdadeira significação sacrifical, ela é celebrada como se fosse apenas um banquete fraternal.
Além disso, a necessidade do sacerdócio ministerial firmado na sucessão Apostólica, fica às vezes obscurecida e a natureza sacramental da Eucaristia é reduzida ao mero efeito de uma forma de proclamação. Isso tem levado, aqui e ali, a iniciativas ecumênicas, as quais, embora bem intencionadas, promovem na Eucaristia práticas contrárias à disciplina através da qual a Igreja expressa a sua fé.
Como podemos deixar expressar profunda tristeza diante de tudo isso? A Eucaristia é um dom grande demais para se tolerar ambigüidade e depreciação.
Considero meu dever, portanto, apelar com urgência para que as normas litúrgicas na celebração da Eucaristia sejam observadas com grande fidelidade. Essas normas são uma expressão concreta da natureza autenticamente eclesiástica da Eucaristia; esta é a sua mais profunda significação. A liturgia jamais pode tornar-se propriedade particular de qualquer pessoa, seja do celebrante ou da comunidade na qual são celebrados os mistérios”.
Disse o papa que os padres e as comunidades que têm seguido fielmente as normas “silenciosa, porém eloqüentemente” demonstram o seu amor pela Igreja.
Refletindo sobre a relação entre a Igreja e a Eucaristia, desde o Concílio Vaticano II, o papa disse que o Vaticano II havia conduzido a “participação mais consciente, ativa e fiel” da missa, mas em alguns casos a Eucaristia tinha sido maculada por arbitrárias inovações:
“Lamenta-se que especialmente nos anos seguintes a reforma litúrgica pós-conciliar, como resultado de um senso mal dirigido de criatividade e adaptação, tenham acontecido muitos abusos, os quais têm sido uma fonte de sofrimento para muitos”. Ele escreveu:
“Uma certa reação contra o ‘formalismo” tem levado alguns, especialmente em certas regiões, a considerar a “forma” escolhida pela grande tradição litúrgica da Igreja e o seu Magistério como não relacionados e a introduzir renovações não autorizadas, as quais são em geral completamente inapropriadas”.
O papa reservou algumas palavras mais fortes para os católicos que recebem a Eucaristia, mesmo estando em pecado mortal. O pontífice fez uma forte recomendação para que os católicos estejam em estado de graça, a fim de poderem receber a Santa Comunhão.
Na Grã Bretanha foi focalizada a atenção sobre a seção da encíclica referente à intercomunhão entre católicos e protestantes. O papa argumentou que compartilhar regularmente da Eucaristia é um fim e não um meio de unidade cristã. Ele escreveu:
“Precisamente por causa da unidade da Igreja, à qual a Eucaristia fala através do sacrifício do Senhor e pela comunhão do seu corpo e sangue, é que se exige uma comunhão total nas fronteiras da profissão de fé, os sacramentos e a governança eclesiástica, não é possível celebrar em conjunto a mesma liturgia eucarística, até que essas fronteiras sejam re-estabelecidas.
Qualquer dessas celebrações não seria um meio válido e deveria resultar em que, em vez de ser um obstáculo à obtenção da completa comunhão, enfraquecer o sentido de quão distante estamos desse objetivo e introduzir ou exacerbar ambigüidades com respeito a uma outra fonte da verdade da fé.
A caminhada em direção à completa unidade só pode ser admitida na verdade. Nesta área, as proibições da lei da Igreja não deixam margem a incertezas e infidelidade à norma moral estabelecida pelo Vaticano II”. [O Cardeal Ratzinger, autor e consumador desta encíclica, costuma usar linguagem rebuscada, a fim de confundir os leigos – MS].
O papa disse que os católicos não devem receber a comunhão nas igrejas protestantes, pois fazer isso é “faltar com o seu dever”. Igualmente, é “inadmissível” que as dioceses tenham substituído a missa dominical pelas celebrações ecumênicas.
Apesar disso, o papa enfatizou que a Igreja continua inequivocamente engajada na busca da unidade cristã [ou seja, que todos os protestantes venham se alinhar sob o seu cajado – MS]. Ele escreveu:
“O tesouro da Eucaristia, colocado diante de nós pelo Senhor, nos impele ao objetivo de total compartilhamento com os nossos irmãos e irmãs, aos quais nos unimos pelo batismo comum. Contudo, para que esse tesouro não seja desperdiçado, precisamos respeitar as exigências que derivam de ser este o sacramento da comunhão em fé e na sucessão apostólica” [Em suma, se os protestantes não aceitam a transubstanciação e a sucessão apostólica, continuam fora da unidade e serão todos exterminados, como antigamente.]
Os comentários do papa foram interpretados em alguns quartéis como um sopro contra as esperanças de reunião entre católicos e protestantes britânicos. O jornal “The Times” disse que a encíclica “esmagou” as chances de Tony Blair gozar uma alegre páscoa católica com a família, representando um passo atrás para o Arcebispo de Canterbury, Dr. Rowan Williams.
Mesmo assim, na semana passada o Dr. Williams falou que dará boas cindas à carta do papa.
O papa procura renovar a Eucaristia
O primado anglicano disse:
“Dou as boas vindas à confirmação da Eucaristia como um local da presença e ação de Deus e também dou as boas vindas à reafirmação do papa do seu ardente desejo” da celebração comum da Eucaristia. Essa é uma área de trabalho que continua a ser importante nas relações entre anglicanos e católicos romanos e continuaremos a trabalhar teologicamente nisso, em conjunto”.
O Bispo Michael Evans, instalado no mês passado como Bispo da Anglia Oriental, defendeu a encíclica, no “Four´s Sunday Programme”, da BBC. Ele disse que ficou “admirado” que os comentários do papa sobre a intercomunhão tenham sido interpretados como um insulto aos não católicos.
O bispo, que é um líder ecumenista, disse que JP2 está simplesmente reafirmando uma doutrina da Igreja, há muito tempo sustentada – a Eucaristia – e que as observações do papa foram consistentes com as normas dos bispos da Inglaterra, Gales, Escócia e Irlanda, estabelecidas no documento de ensino de 1998 – One Bread, One Body (Um Pão, um Corpo).
Ele também observou que embora a encíclica anule a celebração da missa pelo clero não católico, ela falou calorosamente dos padres católicos administrando a Eucaristia aos cristãos que não estejam em completa comunhão com a Igreja, no caso de “grave necessidade espiritual de salvação eterna de um indivíduo crente”.
Ele disse que a encíclica deveria ser vista como uma tentativa de inspirar nova admiração e fervor pela Eucaristia, entre os católicos.
A Ecclesia de Eucharistia deve ser publicada no início de maio, pela Sociedade da Verdade Católica.
O insulto do papa a todas as demais igrejas, quando ele afirma que a sua igreja é a única Igreja de Jesus Cristo no céu e na terra, não preocupa os protestantes. Eles têm sido não apenas insultados por Roma durante séculos, como têm sido perseguidos, torturados e assassinados pela mesma, durante séculos.
Não é pela nossa própria honra que contendemos, mas pela honra do nosso Senhor Jesus Cristo.
A doutrina romana da transubstanciação e o sacrifício da missa são as duas mais blasfemas idolatrias já designadas para insultar o Senhor Jesus [Por causa dessa maléfica doutrina milhões de cristãos foram mortos- MS]. Eles afirmam crucificar novamente o Senhor da Glória, expondo-O a uma pública vergonha.
A natureza real do sacerdócio romano deve ser completamente esclarecida. Nenhum outro meio poderia ser adotado, a fim de descobrir a verdadeira natureza do Anticristianismo de Roma do que examinando-se o livro texto, leitura “obrigatória” dos padres, quando se preparam para exercer o sacerdócio. Este livro texto é o “Dignidade e Deveres do Sacerdote ou Selva” (Uma Coletânea de Material para os Retiros Eclesiásticos. Regra de Vida e Regras Espirituais), de Santo Afonso de Ligório.
Exatamente como foi Afonso elevado à precedência dos santos romanos, pode ser visto na “Nota” que aparece no prefácio do volume. Ela termina com este elogio: “VIVA JESUS, VIVA MARIA E AFONSO!”
Jesus morreu para instituir o sacerdócio romano:
“Jesus morreu para instituir o sacerdócio. Não era necessário que o Redentor morresse para salvar o mundo; uma gota de sangue, uma simples lágrima ou uma oração seriam suficientes para prover a salvação de todos, pois a sua oração, tendo valor infinito, deveria ser suficiente para salvar, não apenas um, mas milhares de mundos.
Contudo, a fim de instituir o sacerdócio, a morte de Jesus foi necessária. Se Ele não tivesse morrido, onde iríamos encontrar a vítima da qual os sacerdotes da Nova Lei precisam para oferecer? Uma vítima, ao mesmo tempo santa e imaculada, capaz de dar a Deus uma honra digna de Deus. Como já foi dito, todas as vidas dos homens e dos anjos não seriam suficientes para dar a Deus uma honra infinita como a que o sacerdote Lhe oferece, numa simples missa”
Essa declaração é uma hedionda blasfêmia. Cristo morreu para salvar os pecadores. Leiamos o que diz Hebreus 1:1-3: “Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de tudo, por quem fez também o mundo. O qual, sendo o resplendor da sua glória, e a expressa imagem da sua pessoa, e sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, havendo feito por si mesmo a purificação dos nossos pecados, assentou-se à destra da majestade nas alturas.”
O propósito do derramamento de sangue na cruz não foi para instituir o sacerdócio romano, mas para conseguir salvação para o povo de Deus. Qualquer sistema que mantenha essa visão anti-escriturística oferecida por Roma torna insuficiente a obra de Cristo na cruz e não é, de modo algum, um sistema cristão, mas um sistema de Satanás e do Anticristo.
O Sacerdote romano é maior do que os reis:
“Os reis da terra se gloriam em honrar os sacerdotes de Deus, voluntariamente'”, diz Pedro de Blois. “Eles se ajoelham diante do sacerdote de Deus, beijam-lhes as mãos e, ajoelhados, recebem a sua bênção.”
“A dignidade do sacerdote'”, diz S. Crisóstomo, “mostra a dignidade real, daí inclinarem eles a cabeça sob a mão do sacerdote, a fim de receber a sua bênção.”
O sacerdote romano é igual a Deus
“Se o Redentor descesse até uma igreja e sentasse num confessionário para ministrar o sacramento da penitência, e um sacerdote se sentasse noutro confessionário, Jesus iria dizer: “Eu te absolvo”, assim como o sacerdote diria: “Eu te absolvo”, e os penitentes de ambos seriam igualmente absolvidos”.
O sacerdote romano é maior do que Deus
“Assim pode o sacerdote, de certo modo, ser chamado de criador do Criador, visto como, ao dizer as palavras da consagração, ele cria, como sempre acontece, Jesus no sacramento, dando-lhe existência sacramental, produzindo-o como vítima a ser imolada ao Pai eterno. Pois, para criar o mundo a palavra que deus falou foi suficiente: “Fiat!”. Ele falou e tudo se fez. Entçao, basta o sacerdote dizer “Hoc est corpus meum” e logo o pão não será mais pão, mas o corpo de Jesus Cristo. O poder do sacerdote, diz São Bernardino, é o poder da pessoa divina, pois a transubstanciação exige muito mais poder do que a criação do mundo.”
Com referência ao corpo místico de Cristo, isto é, todos os fiéis, o sacerdote tem o poder das chaves, ou seja, o poder de enviar os pecadores para o inferno, ou torná-los dignos do paraíso, e o poder de transformar em escravos de Satanás os filhos de Deus. E o próprio Deus é obrigado a concordar, pelo julgamento dos seus sacerdotes, a perdoar ou não perdoar, conforme estes se recusem a dar ou não absolvição, se o penitente for merecedor da mesma”.
O testemunho da histórica fé cristã
O testemunho da histórica fé cristã contra a apostasia do papado tornou-se meridianamente clara nos credos do grande
fundamento das igrejas da Reforma.
Igreja Episcopal da Inglaterra – “A Transubstanciação (ou a transformação do pão e do vinho) na Ceia do Senhor, não tem respaldo nos escritos sagrados, mas torna-se repugnante às claras palavras da Escritura, destruindo a natureza de um sacramento, o que tem dado ocasião a muitas superstições.
A oferta de Cristo, uma vez por todas, é a perfeita redenção, propiciação e satisfação por todos os pecados do mundo inteiro, tanto do original como dos atuais. E não há nenhuma outra satisfação pelo pecado, a não ser essa. Por isso o sacrifício das missas, nas quais é dito que sacerdote faz a oferta de Cristo, pelos vivos e mortos, a fim de obter a remissão da pena ou da culpa, é uma fábula blasfema e um perigoso engodo”.
Igreja Presbiteriana – “Não há outro cabeça da Igreja, exceto o Senhor Jesus Cristo. Não pode o papa de Roma, de modo algum, ser o cabeça da mesma. Mas ele é o Anticristo, o homem do pecado, o filho da perdição, o qual se opõe, e se levanta contra tudo o que se chama Deus, querendo parecer Deus.”
Sobre a Ceia do Senhor – “Neste sacramento Cristo não é oferecido ao Pai e nem qualquer sacrifício real é feito, de modo algum, para a remissão de pecados dos vivos e dos mortos. Ela é a apenas a comemoração de Cristo se oferecendo a si mesmo sobre a cruz, de uma vez por todas, uma oblação espiritual de todo o louvor possível a Deus, feito por Ele, de modo que o sacrifício papal da missa é a mais abominável injúria ao único sacrifício de Cristo, propiciação única por todos os pecados dos eleitos”.
Igreja Metodista – Eis o comentário de Wesley sobre a expressão “o homem do pecado”, da 2 Tessalonicenses 2:3:
“…Contudo, em muitos aspectos, o papa tem merecido um indisputável direito àqueles títulos. Ele é, em sentido enfático, o homem do pecado, pois tem levado o pecado, de todas as maneiras, além da medida. Ele também é propriamente considerado o homem do pecado, visto como tem causado a morte de incontáveis multidões, tato dos seus oponnent4s como dos seus seguidores, tendo destruído inúmeras almas e devendo ele próprio perecer eternamente. Ele é o que se opõe ao imperador, que é o seu legítimo soberano. Ele é o que “se levanta contra tudo o que se chama Deus, querendo parecer Deus, e que é adorado”.
Ele comanda os anjos, colocando os reis sob os seus pés, sendo ambos chamados ‘deuses’ nas Escrituras. Ele tem exigido o poder mais alto, a honra mais elevada, recebendo, ele mesmo, não apenas uma vez, os títulos de Deus e vice-Deus. De fato, não está menos implícito o seu título de “Santíssimo Senhor” ou “Santo Padre”, de modo que ele se entroniza no templo de Deus, exigindo as prerrogativas que somente a Deus pertencem.
A oferta de Cristo uma vez por todas, é a perfeita redenção, propiciação e satisfação por todos os pecados do mundo, tanto do original como dos atuais. E não há nenhuma outra satisfação pelo pecado, além desta. Desse modo, o sacrifício da missa, onde se diz que o sacerdote faz a oferta de Cristo pelos vivos e mortos, a fim de obter a remissão da pena ou da culpa, é uma fábula blasfema e um perigoso engodo”.
Igreja Batista – “O Senhor Jesus Cristo é o cabeça da Igreja, na qual, por nomeação do Pai, e pelo poder da vocação, instituição, ordem e governo da Igreja, Ele está investido, de maneira suprema e soberana. Não pode o papa de Roma, de modo algum, ser o cabeça. Ele não é outro senão o Anticristo, o homem do pecado, o qual se exalta acima de Cristo e se chama Deus, e a quem o Senhor destruirá com a glória em Sua gloriosa vinda”
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