O obreiro é cuidadoso em questões financeiras

pregador

Leitura: Números 22.1-21; Mateus 6.24; II Pedro 2.15; Judas 11; Apocalipse 2.14; II Pedro 2.1-3; I Timóteo 6.3-10 e II Coríntios 8.1-24.

Qual deveria ser a atitude do obreiro cristão para com as questões de dinheiro? Trata-se de uma pergunta importantíssima, porquanto aborda facetas tão impor­tantes que, a menos que o crente tenha recebido luzes claras a respeito, não poderá sair-se bem, pois nenhum obreiro cristão pode evitar de tocar nas “riquezas”.

Desde o próprio início precisamos perceber clara­mente que as “riquezas” fazem oposição a Deus. Seus servos, por conseguinte, devem manter-se perfeitamente alertas, a fim de que não caiam debaixo de seu poder, porque, se elas chegarem a exercer qualquer domínio sobre as suas vidas, tornar-se-ão incapazes de ajudar o povo de Deus a resistir aos seus ataques insidiosos. Por causa dos problemas universais que se levantam em conexão com o dinheiro, passaremos alguns momentos juntos, falando acerca deles.

Em primeiro lugar, observemos a relação existente entre o dinheiro e a conduta e o ensino ministrado pelo obreiro. No Antigo Testamento, a história de Balaão e as suas relações com o povo de Deus, pode ser referida como ilustração desse ponto, enquanto que no Novo Testamento encontramo-lo como ilustração do mesmo problema. No livro de Apocalipse, lemos acerca da “doutrina de Balaão”. Balaão era um profeta que trabalhava em troca de recompensas; comercializava o seu ministério profético. Balaque, rei de Moabe, inclinava-se por destruir o povo terreno de Deus, e alugou os serviços desse profeta, a fim de que os amaldiçoasse. Balaão, entretanto, não ignorava a mente de Deus, e tinha perfeita consciência de que o povo do Senhor era um povo bendito; e, além disso, Deus lhe dissera claramente que não poderia atender à solicitação de Balaque. Todavia, a recompensa oferecida o atraía. Como lhe seria possível obtê-la? Ele procuraria persuadir a Deus a reverter a Sua decisão declarada. Deus de fato, chegou a dar-lhe a permissão de fazer exatamente aquilo que anteriormente lhe proibira.

Algumas pessoas imaginam erroneamente que esse episódio serve de ilustração sobre como se deve esperar em Deus. Na realidade, Balaão jamais teria consultado a Deus se não fosse a esperança do ganho; e quando o resultado de sua primeira consulta foi uma recusa patente, obviamente não havia necessidade de uma segunda consulta. Quando Deus, finalmente, permitiu que Balaão acompanhasse os príncipes enviados por Balaque, isso não significava que Ele tivesse aprovado a missão de Balaão, mas simplesmente serviu isso de demonstração que permitia que Balaão seguisse o ca­minho que ele mesmo escolhera. Não pode haver dú­vidas que Balaão foi um profeta, mas ele permitiu que a sutil influência do dinheiro afetasse o seu minis­tério e o desviasse para tão longe.

Todo obreiro cristão que ainda não resolveu em sua vida a questão financeira, corre o perigo de se desviar em busca das riquezas. Nesse caso, quando tiver de resolver onde deverá trabalhar, certamente se deixará influenciar pelas considerações de dinheiro. Se não contar com o apoio financeiro em seu lugar, certamente se dirigirá para outro. Sendo obreiro cristão, natural­mente buscará orientação divina acerca de para onde se deverá dirigir, mas a sua inclinação por certo penderá para o lugar onde o sustento for garantido. Quando ora­mos ao Senhor, pedindo orientação, nossa vida natural pode guiar-nos para que aceitemos lugares onde não haja falta de fundos, dando escassa atenção aos distritos pobres ou às pessoas sem recursos. Certa vez observou um idoso crente: “Quantos dos servos do Senhor se regem pelas considerações financeiras! Vejam quantos distritos pobres não contam sequer com um obreiro residente, ao passo que as áreas mais privilegiadas não se ressentem da falta deles”. Essas observações são rudes, mas são tragicamente verdadeiras. Infelizmente, muitos obreiros cristãos andam no “caminho de Balaão”. Seus passos se dirigem na direção do lucro, ao invés de se orientarem pela vontade de Deus, e, por isso mesmo, quando passam pela forma usual de buscar a Sua confir­mação para o caminho que eles mesmos escolheram, o Senhor lhes diz: “Vão”.

Todo autêntico servo de Deus deve ser homem completamente livre da servidão ao dinheiro. “Ninguém pode servir a dois senhores… Não podeis servir a Deus e às riquezas” (Mateus 6.24). Isso de buscar a orien­tação de Deus quando, de fato, nos deixamos guiar pelas vantagens materiais, é uma indignidade. Se o Deus a quem servimos é o Deus vivo, não podemos seguir com confiança para onde Ele nos determinar? E se Ele não é o Deus vivo, por que não desistimos de todas as tentativas de servi-Lo? Oh, que vergonhosa é a situação de qualquer crente que, sob a capa de estar servindo a Cristo, na realidade serve aos seus próprios interesses!

Pedro, referindo-se, em sua segunda epístola, a certos indivíduos que palmilham pelo “caminho de Balaão”, escreveu: “…tendo coração exercitado na avareza… abandonando o reto caminho, se extra­viaram, seguindo pelo caminho de Balaão… que amou o prêmio da injustiça” (2.15). Irmãos e irmãs. Deus descortinou à nossa frente o “reto caminho”, e devemos ter o cuidado de não nos desviarmos dele, a fim de não tomarmos o “caminho de Balaão”. Pedro descreve as pessoas que andam por esse caminho como aqueles que têm o “coração exercitado na avareza”. O problema basilar está arraigado no coração. Quando se desenvolveu secretamente no coração o hábito da avareza, então a mão se estende após a recompensa, e os pés começam a desviar-se do caminho do Senhor. No caso de Balaão, não aconteceu tudo num único momento, e não havia, no princípio, qualquer indicação acerca da sua dificul­dade. Mesmo depois de seu coração haver-se “exercitado na avareza”, o desvio no íntimo, para longe do Senhor, se disfarçou sob a forma exterior da consulta a Ele. A Palavra de Deus informa-nos que Balaão “amou o prêmio da injustiça”. Ele se apegou aos presentes que lhe foram oferecidos, e o seu coração já estava apegado a eles quando disse aos príncipes que não po­deria aceitá-los sem primeiro saber qual era a vontade divina; não obstante, prometeu: “E vos trarei a res­posta, como o Senhor me falar” (Números 22.8). Quão espirituais soavam aquelas palavras! Porém, o coração de Balaão estava “exercitado na avareza”, pelo que quando Deus lhe recusou a permissão de fazer aquilo que o levaria a receber o cobiçado prêmio, ele encobriu a sua avareza com uma fraseologia pia, ao falar com os emissários de Balaque, e então tornou a fingir espiri­tualidade, ao consultar novamente a Deus. Balaão adquiriu o que desejava, mas com que horrendo sucesso! O hábito mau que ele vinha cultivando cresceu e se tornou num caminho aberto — o “caminho de Balaão”.

Irmãos e irmãs, podem vocês acompanhar a senda da cobiça? A menos que a graça de Deus nos capacite a corrigir essa perigosa condição no íntimo, cada vez mais nos aproximaremos da sutil escravidão às riquezas, até sermos, finalmente, engolfados em seu poder.

Judas, escrevendo a respeito de certos indivíduos que se tinham desviado, diz sobre eles que, “movidos de ganância, se precipitaram no erro de Balaão”. Essa qualidade de gente em nossos dias não somente anda por esse caminho, mas, na realidade, precipita-se pelo mesmo, e esse é o caminho do “erro”.

No livro de Apocalipse, João escreve a uma das sete igrejas nos termos seguintes: “Tens aí os que sustentam a doutrina de Balaão, o qual ensinava a Balaque a armar ciladas diante dos filhos de Israel para comerem cousas sacrificadas aos ídolos e praticarem a prostituição” (2.14). Por essa passagem compreen­demos que existe não só um “caminho de Balaão”, mas que também existe a “doutrina de Balaão”.O coração que abriga pensamentos cobiçosos não aceita a correção, e assim o desejo de lucro se transforma num hábito fixo; e o hábito oculto dentro em pouco ter­mina por expressar-se externamente; e assim o caminho se vai tornando cada vez mais definido, até que se desenvolve na forma de uma doutrina formulada.

A Palavra de Deus não se cansa de falar sobre a espantosa destruição desfechada pela cobiça. Quando Pedro falava sobre o “caminho de Balaão’, referia-se, principalmente, aos falsos mestres; e então advertiu os seus leitores com estas palavras: “Assim também haverá entre vós falsos mestres, os quais introduzirão dissimuladamente heresias destruidoras… movidos por avareza, farão comércio de vós” (II Pedro 2.1-3). Note-se que quando os pensamentos gananciosos são abrigados em nossos corações, eles pervertem nosso próprio ensina­mento. Então, se a nossa audiência se compuser de pessoas menos privilegiadas, nosso ensino assumirá um certo aspecto, mas se a nossa audiência for de pessoas mais bem situadas na vida, adaptaremos nosso estilo e nossos temas e as aliciaremos. Portanto, se desco­brirmos que pensamentos interesseiros têm qualquer poder para influenciar os nossos movimentos ou as nossas palavras, devemos humilhar-nos contritos perante o Senhor, buscando a Sua misericórdia, porquanto trata-se de uma questão solene.

Escrevendo a Timóteo, Paulo também tece co­mentários sobre os perigos da cobiça. Em sua primeira epístola, ele observa: “Se alguém ensina outra doutrina e não concorda com as sãs palavras de nosso Senhor Jesus Cristo, e com o ensino segundo a piedade, é enfa­tuado, nada entende, mas tem mania por questões e contendas de palavras… supondo que a piedade é fonte de lucro” (6.3-5). Como aqueles falsos mestres eram totalmente diferentes de Paulo! Quão intensa­mente ele se desgastava a si mesmo e aos seus recursos, por amor ao evangelho! Poderia haver coisa mais vil do que alguém lançar-se à obra cristã tendo em mira o lucro? Mas nós, à semelhança dos demais, fatalmente seremos vitimados por essa tentação, a não ser que enfrentemos corajosamente a questão e a resolvamos de uma vez para sempre, tomando a resolução de que nunca olharemos para nosso trabalho como um meio de vida. Rejeitemos o pensamento que julga que “a pie­dade é fonte de lucro”; mas consolemo-nos com a cer­teza de que “grande fonte de lucro é a piedade com o contentamento” (versículo 6). E entesouremos no coração as palavras que Paulo escreveu em seguida, na sua epístola a Timóteo — “Porque nada temos tra­zido para o mundo, nem cousa alguma podemos levar dele; tendo sustento e com que nos vestir, estejamos contentes. Ora, os que querem ficar ricos caem em tentação e cilada, e em muitas concupiscências insen­satas e perniciosas, as quais afogam os homens na ruína e perdição. Porque o amor do dinheiro é raiz de todos os males; e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé, e a si mesmos se atormentaram com muitas dores” (versículos 7-10).

Voltando-nos agora da Palavra do Senhor profe­rida por meio de Seus servos para as palavras ditas diretamente pelo Senhor, lemos no nono capítulo do evangelho de Lucas que Ele enviou os doze, ao passo que o capítulo seguinte registra o envio dos setenta dis­cípulos. Em ambos os casos foram baixadas instruções específicas aos discípulos, a respeito do equipamento deles, e, em ambas as ocasiões, essas instruções foram vasadas em termos negativos. Dirigindo-se aos doze, disse Ele: “Nada leveis para o caminho, nem bordão, nem alforje, nem pão, nem dinheiro, nem deveis ter duas túnicas” (9.3). Menores detalhes foram dados quando da comissão dos setenta, mas o princípio orientador foi idêntico: “Não leveis bolsa, nem alforje, nem san­dálias” (10.4). Em ambos os casos, a ênfase foi a mesma, isto é, que quando o Senhor comissiona aos Seus servos eles não deveriam deixar qualquer coisa material entrar em seus cálculos.

Posteriormente, o Senhor interrogou os Seus dis­cípulos a respeito da experiência que tinham tido quando saíram por ordem Sua — “Quando vos mandei sem bolsa, sem alforje e sem sandálias, faltou-vos por­ventura alguma cousa? Nada, disseram eles” (Lucas 22.35). No entanto, observemos agora a seqüência imediata.

“Então lhes disse: Agora, porém, quem tem bolsa, tome-a, como também o alforje; e o que não tem espada, venda a sua capa e compre uma”. As circuns­tâncias se haviam alterado naquele intervalo de tempo. Chegara a noite em que o Senhor seria traído. En­quanto o caminho permanecia aberto para que os discí­pulos se movessem livremente de lugar para lugar, as instruções foram peremptórias: “Nada leveis para o ca­minho”; não obstante, o Senhor legisla de conformi­dade com as circunstâncias, e, segundo estas, os discí­pulos agora necessitavam de um mais completo equi­pamento.

Para que alguém seja um eficiente pregador do evangelho, cumpre que seja compelido por uma paixão que elimine todos os demais interesses. O verdadeiro pregador das boas novas não sente ansiedade acerca da jornada, nem teme pela recepção de que será alvo no fim da jornada, porquanto, juntamente com a sua comissão, recebeu instruções claras a respeito de ambas as coisas. Quanto à jornada, as ordens que recebeu foram — “Nada leveis para o caminho”; e quando chegar ao seu destino, ele já conta com ordens igualmente explícitas — “Ao entrardes numa casa, dizei antes de tudo: Paz seja nesta casa!” (Lucas 10.5). Que beleza! Todo obreiro cristão deveria ser um mensageiro da paz; todo obreiro cristão deveria exaltar o seu ofício. Talvez sejamos pobres, mas jamais deveremos perder a digni­dade de nosso chamamento. Mas, e se as pessoas a quem nos dirigimos se recusarem a receber-nos? O Senhor antecipou essa questão e lhe deu resposta em Lucas 9.5 – “E onde quer que não vos receberem, ao sair daquela cidade, sacudi o pó dos vossos pés em testemunho contra eles”. Estão percebendo nessas palavras a digni­dade dos servos do Senhor? Não há qualquer vislumbre de auto-compaixão devido à má acolhida de que forem vítimas; não há introspecção, não há perguntas em tom de dúvida quanto à orientação recebida; nada há de negativo ou de fraco. Pelo contrário, os servos do Senhor são fortes e cheios de dignidade, porquanto nada neles é excuso.

Vamos aproveitar algo mais a esse respeito, en­quanto notamos as instruções dadas pelo Senhor aos discípulos, quando multiplicou pães para a multidão. Numa das multiplicações de pães Ele estivera ensinando uma audiência de cinco mil homens, sem incluir mu­lheres e crianças. Quase no fim do dia os discípulos sugeriram que, visto estarem num local desértico, seria conveniente despedir as multidões para que pudessem comprar alimentos pelas aldeias. “Jesus, porém, lhes disse: Não precisam retirar-se, dai-lhes vós mesmos de comer” (Mateus 14.16). Um dos discípulos ficou bas­tante alarmado ante a possibilidade de ter de arranjar alimentos para tanta gente, e protestou que seria mister uma considerável soma de dinheiro para comprar o sufi­ciente para que cada pessoa recebesse ao menos uma migalha; e. em face disso, o Senhor perguntou quanto alimento tinham realmente à mão. Foram capazes de localizar cinco pães e dois peixinhos, que Lhe foram trazidos, e, devido à Sua bênção sobre tão escasso supri­mento, houve tanta abundância que todos se fartaram e ainda sobrou muito.

Por intermédio desse milagre, Cristo demonstrou para os Seus discípulos que a sabedoria do mundo não deve vigorar quando se trata de Seu serviço. Por mais escassos que sejam os recursos que tivermos à mão, devemos estar preparados para dar, dar e dar. As pessoas que sempre se deixam influenciar pelas considerações financeiras são escravas das riquezas, e não servas de Deus. Porém, leva tempo aprender essa lição. Os dis­cípulos não a aprenderam imediatamente, razão por que, apôs a miraculosa multiplicação dos pães para os cinco mil homens, o Senhor os pôs novamente em circuns­tâncias similares. Nessa outra oportunidade, uma mul­tidão de cerca de quatro mil homens, sem contar mulheres e crianças, haviam-No seguido pelo espaço de três dias, quando então Ele disse: “Tenho compaixão desta gente, porque há três dias que permanecem co­migo e não têm o que comer; e não quero despedi-la em jejum, para que não desfaleçam pelo caminho” (Mateus 15.32). Era óbvio que os doze ainda não haviam aprendido essa lição, porquanto dessa vez a sua reação foi idêntica à da ocasião anterior – “Onde haverá neste deserto tantos pães para fartar tão grande multidão?” Agora, como na vez anterior, eles racioci­navam à base das circunstâncias prevalentes e da falta de suprimentos para satisfazer à demanda. Novamente, entretanto, o Senhor simplesmente indagou de quanto dispunham; e quando Lhe apresentaram sete pães, por causa de Sua bênção teve lugar outro milagre, e outra multidão comeu até fartar-se, e ainda sobrou muita coisa.

Por ocasião do Pentecostes, os discípulos viram-se a braços com multidões de almas em necessidade espi­ritual; mas já haviam aprendido a sua lição e, contando com os recursos divinos, se tornaram ministros da vida eterna, certa ocasião, para nada menos de três mil almas, e, posteriormente, para nada menos de cinco mil pessoas. (Ver Atos 2.41 e 4.4). Foi mediante a disciplina que os discípulos se transformaram em homens capazes de estar à altura da necessidade do Senhor, e não será sem disciplina que nós, igualmente, ficaremos equipados para servi-Lo. Poderemos ser tão frugais quanto qui­sermos, quando os nossos negócios particulares esti­verem em pauta, mas não devemos tentar ser mesquinhos no serviço do Senhor, pois isso Lhe tirará a oportunidade de operar prodígios em favor das multidões. Nosso intuito de frugalidade tão só impedirá Seus pro­pósitos e empobrecerá nossas vidas. Precisamos nos submeter ao treinamento Daquele que treinou aos doze, como igualmente aos setenta discípulos; embora mesmo debaixo de Suas instruções um dos doze não tivesse sido qualificado para o serviço e tivesse de ser rejeitado como um ladrão. Judas chegou ao extremo de observar Maria, que ungia ao Senhor com um perfume preciosíssimo, para então calcular friamente quanto dinheiro poderia ter sido dado aos pobres, se o ungüento houvesse sido vendido e o apurado fosse entregue aos seus cuidados. Judas só podia ver um desperdício sem propósito naquela liberal expressão de amor de Maria pelo Senhor; mas Jesus valorizou a ação, reputando-a de grande valor para Ele mesmo. “Ela praticou boa ação para comigo”, disse Ele; e ajuntou a decla­ração que por onde quer que o evangelho fosse anun­ciado, essa pura expressão do poder do evangelho também seria propalada. (Ver João 12.1-8 e Mateus 26.10-13). Quanto a Judas, que tinha um senso de valores tão pervertido, acabou vendendo o Senhor por trinta moedas de prata.

Não, não precisamos ter receio de extravagâncias, se é no Senhor que estamos vertendo o nosso amor e os nossos recursos. Algumas pessoas temem de tal modo ir a extremos que desde o começo de sua vida cristã podem calcular exatamente com quanto devem contribuir regularmente. Se, no primeiro arroubo de nosso amor pelo Salvador podemos mostrar-nos tão calculistas, como não o seremos quando o ardor de nossa afeição se tiver arrefecido?

Que imenso contraste entre Pedro e Judas Iscariotes! Judas era o tesoureiro dos apóstolos e, ao mesmo tempo que administrava os fundos comuns, se apropriava de uma parte do dinheiro para o seu uso pessoal. Pedro bem poderia ter melhorado a sua condição finan­ceira numa época em que um grande número de pessoas estava sendo salvo e vendia as suas possessões para con­tribuir para o tesouro comum dos crentes. No entanto, notemos o que ele disse ao aleijado que esmolava à porta do templo — “Não possuo nem prata nem ouro, mas o que tenho, isso te dou: em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, anda!” (Atos 3.5,6). Dediquemo-nos hones­tamente em algum empreendimento secular se qui­sermos examinar o nosso aprimoramento financeiro; porém, se quisermos servir ao Senhor, deixemos resol­vido para sempre que a nossa preocupação consiste da promoção do evangelho, e que não gira em torno de nosso proveito próprio.

Examinemos de passagem a vida de Paulo e obser­vemos a sua atitude para com o dinheiro. Escutem a sua defesa, enquanto falava aos anciãos de Éfeso: “De ninguém cobicei prata, nem ouro, nem vestes; vós mesmos sabeis que estas mãos serviram para o que me era necessário a mim e aos que estavam comigo” (Atos 20.33,34). Ao escrever aos crentes de Corinto, fez-lhes esta pergunta: “Cometi eu, porventura, algum pecado pelo fato de viver humildemente, para que fosseis vós exaltados, visto que gratuitamente vos anunciei o evan­gelho de Deus? ” (II Coríntios 11.7). E perante estes, tal como fizera perante os crentes efésios, ele apre­sentou a sua defesa: “E, estando entre vós, ao passar privações, não me fiz pesado a ninguém; pois os irmãos, quando vieram da Macedônia, supriram o que me fal­tava; e em tudo me guardei, e me guardarei, de vos ser pesado. A verdade de Cristo está em mim; por isso não me será tirada esta glória nas regiões da Acaia. Por que razão? É por que não vos amo? Deus o sabe. Mas o que faço, e farei, é para cortar ocasião àqueles que a buscam com o intuito de serem considerados iguais a nós, naquilo em que se gloriam” (versículos 9-12). Paulo não adotara uma atitude independente; estava disposto a aceitar ajuda financeira, conforme essa própria pas­sagem o demonstra; mas, mesmo em um período em que passava necessidades, nada quis receber dos crentes de Corinto, porquanto, se o fizesse, não poderia fazê-lo visando aos interesses do evangelho naquela localidade. Pois na região inteira da Acaia havia pessoas que procu­ravam desacreditar o seu ministério, e ele estava resol­vido a não dar lugar a qualquer dúvida atinente ao seu caráter. Será que ele não aceitava qualquer sustento da parte deles porque pouco os amava? Ele responde à sua própria indagação — “Deus o sabe”. Paulo estava cônscio da dignidade de seu ofício, e a resguardava ciosamente. Dele aprendemos a atitude de rejeitar quaisquer dádivas que possam lançar na dúvida o ca­ráter de nosso ministério.

Quão constrangido se sentia Paulo a pregar o evan­gelho! Ele não podia fazer outra coisa, mesmo que para isso tivesse de trabalhar horas extras, em algum negócio, a fim de que não se transformasse numa carga para outros; e não somente provia para as suas necessidades pessoais, como também para as de seus companheiros. Seu agudo senso de responsabilidade jamais o deixou satisfeito por possuir o suficiente para si mesmo. Fi­camos muito aquém do que deveríamos ser, como obreiros cristãos, se só podemos exercer fé no tocante à satisfação das nossas próprias necessidades, mas a nossa fé não abarcar igualmente as necessidades alheias. Geral­mente pensamos que, à semelhança dos levitas, temos o direito de esperar que o povo de Deus nos ofereça os seus dízimos; entretanto, inclinamo-nos por olvidar que os levitas, por sua vez, estavam na obrigação de oferecer os seus dízimos. Os obreiros cristãos de tempo integral correm o perigo de se tornarem tão obcecados, pelo muito do que têm deixado, que sempre esperam apenas receber, perdendo de vista, por completo, sua responsabilidade e seu privilégio de contribuir, essa atitude é fatal para o progresso espiritual do obreiro, pois todo crente, sem importar quão exígua seja a sua renda, sempre deve ser um contribuinte. Se sempre receberem, sem jamais contribuírem, serão conduzidos à estagnação. E se não desempenharmos qualquer res­ponsabilidade financeira para com os outros, Deus nos confiará pouco. Em sua segunda epístola aos Coríntios, Paulo se utiliza da seguinte expressão: “…pobres, mas enriquecendo a muitos” (6.10). Sim, aquele homem conhecia o seu Deus! Não importava quão profunda fosse a sua própria necessidade, ele estava sempre preocupado com o enriquecimento de outras vidas, e o que é mais admirável é que sempre se mantinha em posição de enriquecê-las.

Irmãos e irmãs, se em qualquer lugar o caráter do ministério que lhes foi confiado for posto em dúvida, então, visando à honra do ministério, não ousem aceitar sustento. Cumpre-lhes deixar a sua posição perfeita­mente clara; mas, mesmo depois de rejeitar sustento, não se devem esquecer de sua obrigação para com o próximo. Se tiverem a esperança de aumentar os seus rendimentos, então aumentem as suas contribuições. A experiência de muitos dos filhos do Senhor confirma as Suas próprias palavras – “Dai, e dar-se-vos-á” (Lucas 6.38). Essa é uma lei divina, e só podemos violá-la com prejuízo próprio. O crente gere os seus negócios sobre bases diametralmente opostas do que o faz o in­crédulo. Este último poupa a fim de enriquecer; mas o crente se enriquece quando dá. Quiçá o crente não possa aumentar a sua conta bancária com contribuições, mas desse modo é capaz de ir aumentando cada vez mais a sua participação na experiência de Paulo “pobres, mas enriquecendo a muitos”.

Quase ao encerrar a sua segunda epístola aos coríntios, ao escrever-lhes sobre a sua esperança de visitá-los dentro em breve, Paulo declara: “Eis que pela terceira vez estou pronto a ir ter convosco, e não vos serei pesado; pois não vou atrás dos vossos bens, mas procuro a vós outros. Não devem os filhos entesourar para os pais, mas os pais para os filhos” (12.14). Obser­vem com quanta freqüência Paulo se refere à sua atitude para com as questões financeiras em suas epístolas aos crentes de Corinto, mas sempre que fala sobre a sua própria atitude, aproveita a oportunidade para instruí-los; doutro modo, bem poderiam ter imaginado que ele adotava uma atitude independente, por haver ficado ofendido com as críticas assacadas contra ele e contra o seu ministério. Embora as circunstâncias especiais em que Paulo fora colocado fizesse necessário que se absti­vesse de receber ajuda financeira da parte dos coríntios, era ele tão franco e tão liberto que pôde encorajá-los a enviarem ajuda para os santos necessitados de Jeru­salém, e, igualmente, pôde jactar-se da liberalidade dos coríntios perante as igrejas da Macedônia. Pessoal­mente, Paulo não precisava do dinheiro deles, mas esse dinheiro era necessário em outros lugares, e Paulo desejava que contribuíssem abundantemente para o próprio enriquecimento deles, e também para o enrique­cimento de outros crentes.

Gostaria de perguntar se, enquanto vocês se loco­movem entre os filhos do Senhor, à semelhança de Paulo, sempre podem estabelecer a diferença entre “vós” e o que “é vosso”. Em todas as suas relações com eles, vocês estão visando a “eles” ou ao que “é deles”? Se eles olham para vocês com desconfiança e negam-lhes o que “é deles”, podem vocês ainda dar, sem reservas, daquilo que lhes pertence, ou, pelo contrário, o desejo que vocês têm em ministrar a eles desaparece quando, da parte deles, não há qualquer estímulo em forma de vantagem financeira? De conformidade com o ponto de vista natural, Paulo teria sobejas razões para abandonar aos coríntios, mas não podia deixá-los sozinhos, e agora, pela terceira vez, planejava visitá-los. Ele rejeitava o que “era deles”, mas continuava dese­jando a “eles” mesmos, E quão autêntica era essa sua atitude transparece crescentemente enquanto ele abria o seu coração para eles, em suas cartas. A seqüência da passagem que citamos dá prosseguimento aos mes­mos sentimentos: “Eu de boa vontade me gastarei e ainda me deixarei gastar em prol das vossas almas. Se mais vos amo, serei menos amado? Pois seja assim, eu não vos fui pesado; porém, sendo astuto, vos prendi com dolo. Porventura vos explorei por intermédio de alguns daqueles que vos enviei? Roguei a Tito, e enviei com ele o irmão; porventura Tito vos explorou? Acaso não temos andado no mesmo espírito? não seguimos nas mesmas pisadas? (II Coríntios 12.15-18). Vejam a atitude do coração de Paulo nessas palavras! Como ele se derramou em favor dos crentes de Corinto! E como derramou de seus recursos, por semelhante modo! Se­remos indignos de nosso alto chamamento como prega­dores do evangelho se não pudermos investir tudo quanto somos e tudo quanto temos nessa atividade.

Por outra parte, notemos que Paulo aceitou o au­xílio financeiro enviado da Macedônia, pois, sob cir­cunstâncias normais é correto que o obreiro cristão receba contribuições da parte de seus irmãos na fé. Paulo não aceitava doações de modo indiscriminado, e também não as rejeitava indiscriminadamente. Ele era dotado de percepção espiritual e, caso as condições espirituais do doador fossem corretas, então Paulo se tornava um grato recebedor. Nós, igualmente, deverí­amos discernir entre aquilo que nos compete aceitar e aquilo que nos convém rejeitar, livrando-nos da atitude por demais generalizada de aceitar todas as dádivas que nos são oferecidas.

Passemos agora a considerar a epístola de Paulo aos Filipenses, a fim de determinarmos sua atitude ao receber ofertas daqueles santos. Eis como ele lhes escreve: “E sabeis também vós, ó filipenses, que no início do evangelho, quando parti da Macedônia, ne­nhuma igreja se associou comigo, no tocante a dar e receber, senão unicamente vós outros; porque até para Tessalônica mandastes não somente uma vez, mas duas, o bastante para as minhas necessidades. Não que eu procure o donativo, mas o que realmente me interessa é o fruto que aumente o vosso crédito” (4.15-17). Paulo referiu-se com gratidão à oferenda da igreja de Filipos; porém, ao fazê-lo, declarou que a sua principal alegria por haver recebido o donativo consistia, não do enriquecimento que isso lhe trouxera, mas do enri­quecimento dos próprios doadores; e ato contínuo adicionou esta observação: “Recebi tudo, e tenho abun­dância”. Que contraste faz isso com as usuais cartas de agradecimento pelas dádivas recebidas! Mui geral­mente tais cartas salientam quão grande é a necessidade que ainda resta satisfazer, com a intenção, consciente ou inconsciente, de estimular novo ato de generosidade. Leiamos uma vez mais as palavras de Paulo e as tor­nemos nossas: “Recebi tudo, e tenho abundância”. Aqui não há a mais leve indicação de necessidade. Pelo contrário, há tudo para deixar a impressão de total satisfação. Que puro espírito aprimorado era o de Paulo! Quão livre era ele da servidão às riquezas!

Entretanto, vamos prosseguir na leitura: “E o meu Deus, segundo a sua riqueza em glória, há de suprir em Cristo Jesus cada uma de vossas necessidades”. Paulo exprime agradecimento por toda a ajuda material que lhe chegara às mãos através dos santos de Filipos, mas jamais perde de vista a dignidade do seu ofício. No tocante à dignidade espiritual ele nada sacrifica, nem mesmo quando reconhece a sua dívida de gra­tidão para com eles. Paulo não se deixava prender às doações que lhe eram oferecidas. Expressava volun­tariamente a sua gratidão, mas deixava patente que reconhecia que tais dádivas eram feitas a Deus – “como aroma suave, como sacrifício aceitável e aprazível a Deus”. Não obstante, visto ser participante da oferta que faziam a Deus, agora proferia uma bênção que ultrapassa a todos os donativos dos filipenses, dizendo – “E o meu Deus, segundo a sua riqueza em glória, há de suprir em Cristo Jesus, cada uma de vossas neces­sidades”. Quão rico era Paulo! E quanta abundância ele extravasava sobre os outros! Que nos possamos aliar à singeleza de coração desse homem, dizendo então, conforme ele acrescentou: “Ora, a nosso Deus e Pai seja a glória pelos séculos dos séculos. Amém”.

Finalmente, verifiquemos qual a atitude de Paulo em relação aos fundos da congregação. Em 11 Coríntios 8.1-4, escreve ele: “Também, irmãos, vos fazemos co­nhecer a graça de Deus, concedida às igrejas da Mace­dônia; porque no meio de muita prova de tribulação, manifestaram abundância de alegria, e a profunda po­breza deles superabundou em grande riqueza da sua generosidade. Porque eles, testemunho eu, na medida de suas posses e mesmo acima delas, se mostraram voluntários, pedindo-nos, com muitos rogos, a graça de participarem da assistência aos santos”.

Tendo sabido da fome em Jerusalém, Paulo infor­mara aos irmãos da Macedônia acerca da necessidade que havia ali. Embora os próprios macedônios estivessem em apertura financeira, ficaram tão comovidos com essa notícia que se negaram a satisfazer às suas próprias necessidades, a fim de enviarem alívio para os seus irmãos, e, movidos de júbilo, enviaram doações acima do que as suas posses lhes permitiam. Tais dádivas por certo não foram feitas sob a obrigação do dever, pois lemos que rogaram fervorosamente ao apóstolo que se lhes fosse permitido ministrar para as necessidades dos santos de Jerusalém. Estavam tão autenticamente vinculados pela mesma vida aos seus irmãos na fé que a sua consciência predominante não dizia respeito à sua própria necessidade imediata, e, sim, à necessidade de membros distantes do Corpo de Cristo. O fato que haviam implorado esse favor, mostra-nos que o apóstolo hesitara em encorajá-los em sua auto-negação, visto que a necessidade deles era tão aguda; mas a importunação deles venceu toda relutância de Paulo. A atitude dos macedônios foi digna de encômios, como também o foi a atitude de Paulo. Achando-se em posição de respon­sabilidade, Paulo não ousava ignorar a necessidade dos irmãos locais, em sua ânsia de aliviar irmãos de outras paragens; mas os macedônios se sentiam tão libertos do senso de sua própria necessidade e tão autentica­mente preocupados pela necessidade dos irmãos que Paulo não pôde deixar de reconhecer a ação de uma vida coletiva, e assim lhes concedeu o pedido. Que belo quadro sobre a relação entre um servo de Deus e aqueles a quem ele busca servir! Nós, que nos chamamos de obreiros cristãos, não devemos saltar de alegria à pri­meira visão de dinheiro oferecido pelos santos para as nossas próprias necessidades ou para as necessidades de outros, mas antes devemos considerar bem as circuns­tâncias dos doadores, a fim de que, em seus cuidados pelos seus irmãos na fé, não cheguem ao ponto extremo de se privarem daquilo de que precisam.

Tendo dado sua aprovação à contribuição dos santos de Corinto aos santos que se achavam em Jeru­salém, agora Paulo os orientava na coleta dos donativos e no envio dos mesmos até seus destinatários. Nova­mente, podemos aproveitar da mesma epístola aos Coríntios: “Mas, graças a Deus”, escreve ele, “que pôs no coração de Tito a mesma solicitude por amor de vós… e, mostrando-se mais cuidadoso, partiu volun­tariamente para vós outros. E com ele enviamos o irmão cujo louvor no evangelho está espalhado por todas as igrejas. E não só isto, mas foi também eleito pelas igrejas para ser nosso companheiro no desempenho desta graça, ministrada por nós, para a glória do próprio Senhor…evitando assim que alguém nos acuse em face desta generosa dádiva administrada por nós; pois o que nos preocupa é procedermos honestamente, não só perante o Senhor, como também diante dos homens. Com eles enviamos nosso irmão, cujo zelo em muitas ocasiões e de muitos modos temos experimentado” (8.16-22). Notem quão cauteloso foi Paulo em todo esse negócio. Já perceberam como ele não manuseou pessoalmente o dinheiro? Tito é quem recebeu a res­ponsabilidade de fazer a coleta. E dois outros irmãos altamente reputados foram nomeados para acompa­nhá-lo – “o irmão cujo louvor no evangelho está espa­lhado por todas as igrejas” e o irmão “cujo zelo em muitas ocasiões e de muitos modos temos experimen­tado”. A administração das finanças da igreja nunca deve ser deixada ao encargo de uma única pessoa; sempre deveria ser manuseada conjuntamente, ao menos por duas ou três pessoas.

Devido à necessidade de se exercer cuidado ex­tremo no tocante às questões de dinheiro, Paulo, escre­vendo tanto a Timóteo quanto a Tito, declarou que nenhum indivíduo cobiçoso deveria ser investido da posição de ancião em uma congregação local (ver I Timóteo 33 e Tito 1.7). E, em I Timóteo 3.8, a mesma estipulação é apresentada quando o apóstolo aborda o ofício dos diáconos. Ninguém está qualificado a ocupar uma posição de responsabilidade na igreja se não sabe manusear fielmente o dinheiro. Pedro frisa o mesmo ponto que Paulo: “Pastoreai o rebanho de Deus que há entre vós, não por constrangidos, mas espontaneamente, como Deus quer; nem por sórdida ganância, mas de boa vontade” (I Pedro 5.2).

A cobiça é um problema que exige tratamento drástico, porquanto, a menos que o solucionemos de maneira radical, cairemos em dificuldades mais cedo ou mais tarde. Que pela graça de Deus possamos andar corretamente em todas as nossas questões financeiras; e que possamos ser capacitados a assumir responsabi­lidade perante Ele, não somente para satisfação de todas as nossas próprias necessidades materiais, mas também para satisfação, na medida de nossa capacidade, das necessidades de nossos companheiros na fé.

Extraído do livro “O Obreiro Cristão Normal” – Watchman Nee, Ed. Fiel

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