O Marxismo Ateísta e Materialista

Um dicionário comum definiria o marxismo como conjunto das dou­trinas filosóficas, políticas e econô­micas de Karl Marx e seus continuadores, que, reagindo às filosofias idealistas e dualistas, pregam o ad­vento do socialismo, o qual seria al­cançado através da luta de classes e da ditadura do proletariado. O mes­mo que materialismo dialético.

Estudado, porém, à luz das Es­crituras e das ciências que tratam do comportamento humano, have­remos de notar que o marxismo é bem diferente daquilo que os mar­xistas dizem ele ser. Se não veja­mos.

PRIMÓRDIOS DO MARXISMO

Quem foi Karl Marx. Karl Friedrich Marx, pai intelectual do marxismo, nasceu em Treves, na Alemanha no ano de 1818 e morreu em Londres, na Inglaterra em 1883. Seus pais eram judeus, convertidos ao cristianismo. Marx mesmo, quando criança, fora batizado numa igreja protestante na Alema­nha. Após se formar em Filosofia, ingressou no jornalismo e na políti­ca.

Quando muito jovem, Marx foi um cristão. Nessa época em sua te­se: “Considerações de um jovem na escolha de sua carreira”, ele disse o seguinte: “A própria religião ensina-nos que O Ideal que todos lutam para alcançar, sacrificou-se a Si próprio pela humanidade, e quem ousará contradizer tal afirmação? Se escolhermos a posição na qual podemos realizar o máximo por Ele, então não poderemos nunca ser es­magados pelas responsabilidades, porque elas são apenas sacrifícios feitos em favor de todos.”

Quando terminou o seu curso ginasial, foi feita a seguinte anotação em seu certificado, sob o título: “Conhecimento Religioso”. “Seu conhecimento de fé e moral cristãs é bastante claro e bem fundamenta­do. Até certo ponto, conhece tam­bém a história da igreja cristã.

Uma mudança radical. Não muito depois de ter recebido esse certificado, algo inexplicável acon­teceu na vida de Marx. Antes mes­mo de adotar e esposar convicções socialistas, no ano de 1841. através da influência de Moses Hess, ele já se tornara profunda e veemente­mente anti-religioso. Nessa época, ele escreveu num dos seus poemas: “Desejo vingar-me d’Aquele que go­verna lá em cima.”

O engano da falsa teologia. Antes de se ligar à Economia e de tornar-se um comunista de renome, Marx foi um humanista. Hoje, cer­ca de um terço do mundo é marxis­ta. Nesse meio estão muitos pseudo- crentes, que, sem a experiência ge­nuína e sobrenatural da conversão e sem orientação bíblica de base caem vítimas das doutrinas infames do marxismo ateu e materialista. E aqui que se enquadram os teólogos da Libertação como “tolos úteis”, a serviço dos interesses do marxismo. Precisamos saber que por trás de tudo isso está o maligno e suas hos­tes.

O QUE PREGA O MARXIS­MO

A guerra de classes. O marxismo aplica a Guerra de Classes à humanidade, seguindo o seguinte raciocínio: A humanidade está dividida em duas forças que se opõem: operários e patrões ou che­fes e subordinados. O operário é a força chamada “tese”; enquanto que os patrões são a força reacioná­ria “antítese”. Há guerra eterna en­tre estas duas classes. O resultado final será a tese vencer a antítese, isto é, a classe trabalhista destruir o sistema capitalista.

O conceito de paz. Os marxistas sempre falam em paz. Mas o que entendem eles por paz? Para o marxismo a paz só é possível com a destruição do povo capitalista pelo operariado, ou como dizem eles: “A vitória do proletariado sobre a burguesia.”

Proletariado e Capitalismo. Na dialética materialista do marxismo, a classe operária é chamada proletariado; todos os demais com­põem a burguesia ou capitalismo. O que o marxismo chama capitalismo não é somente os ricos, comerciante e industriais, mas o sistema demo­crático, todas as religiões, igrejas e organizações religiosas.

Segundo Marx a religião é uma espécie de travesseiro sobre o qual o crente está a dormir a fim de não se engajar na luta contra os explorado­res, na esperança de ter uma vida num além que nunca chegará. Por­tanto, é ensino básico do marxismo que o homem, para viver bem e diri­gir seus destinos, é preciso destruir primeiramente a religião e a pro­priedade privada.

O conceito de propriedade. O marxismo caracteriza-se pela sis­temática oposição à propriedade privada, à liberdade econômica, e à livre iniciativa. Marx e Engels de­clararam em 1848 aquilo que hoje é um diapasão do marxismo: “Os co­munistas podem resumir sua teoria nesta única expressão: abolição da propriedade privada.” Para o mar­xismo, “a propriedade privada é um roubo.” Deste modo o alvo marxista é que toda propriedade deve ser administrada pelo Estado (pelo Esta­do comunista, evidentemente), in­clusive no que diz respeito às neces­sidades individuais. Isto acarreta um totalitarismo absoluto em que o indivíduo fica absorvido pela coleti­vidade.

O CRISTÃO FACE AO MARXISMO

Com a inauguração da chamada “Nova República”, o povo brasilei­ro tem diante de si uma nova reali­dade política: Facções políticas an­tes mantidas na ilegalidade foram legalizadas, de sorte que já podem se engajar na conquista de votos do eleitorado brasileiro.

Por que repelir o marxismo

Dentre outras razões porque o ver­dadeiro cristão deve manter-se isen­to do marxismo destacam-se as se­guintes:

O marxismo tolhe a liberdade do cidadão. Quem quiser ter melhor noção da diferença entre democra­cia e marxismo, terá que ver como os países marxistas encaram as quatro liberdades fundamentais do ho­mem: a) liberdade individual, ou seja liberdade de ir e vir, de morar onde desejar; b) liberdade de pensa­mento, isto é, não sofrer qualquer tipo de patrulhamento ideológico, como sofrem os cidadãos de países comunistas; c) liberdade de reu­nião; e d) liberdade religiosa.

O marxismo se opõe a Deus. Pela manifesta atitude de oposição e desrespeito à pessoa de Deus e ao cristianismo, não há a menor dúvi­da de que o marxismo seja um mo­vimento precursor do governo do Anticristo a se estabelecer na terra logo após o arrebatamento da Igre­ja.

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LIÇÕES BÍBLICAS – CPAD – 1986 

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