O livro de mórmon é digno de crédito?

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Em 1823, o anjo Moroni supostamente visitou o profeta mórmon Joseph Smith e anunciou a localização de algumas placas de ouro contendo a “totalidade do evangelho eterno”. Essas placas — resumidas por Moroni e seu pai, Mórmon, 1400 anos passados — foram escritas em “hieróglifos do egípcio reformado”. Junto com as placas, Smith encontrou um par de óculos mágicos que usou para traduzir a escrita enigmática para o inglês. O resultado foi uma nova revelação chamada Livro de Mórmon e uma nova religião, o mormonismo.

As milhares de pessoas que levam o Livro de Mórmon a sério estão quase além da compreensão.

Primeiro, embora Smith se refira ao Livro de Mórmon como “o livro mais correto do que qualquer outro na face da Terra e a pedra fundamental de nossa religião”, suas falhas passam do sério para a tolice. Na categoria de sério, o Livro de Mórmon contém uma linguagem modal que influencia a oposição à doutrina bíblica da Trindade (Eter 3.14). Na categoria de tolice, um homem luta para recuperar o fôlego depois de ter a cabeça cortada (Eter 15.31).

Além disso, embora a arqueologia seja uma poderosa testemunha da exatidão da Bíblia, não se pode dizer o mesmo do Livro de Mórmon. Não existe evidência arqueológica para uma linguagem como os “hieróglifos do egípcio reformado” e também não há suporte arqueológico para territórios como a “terra de Mórmom” (Eter 7.6). Nem existe qualquer evidência arqueológica para apoiar a ideia de que os jareditas, nefitas e lamanitas migraram de Israel para as Américas. Pelo contrário, tanto a arqueologia quanto a antropologia demonstram, de modo conclusivo, que as pessoas e lugares registrados no Livro de Mórmon são pouco mais que o fruto de uma imaginação fértil.

Finalmente, Joseph Smith afirmou que as placas de ouro foram traduzidas “pelo poder de Deus” e deram origem “ao livro mais correto do que qualquer outro na face da Terra”. Joseph F. Smith, o sexto presidente da igreja mórmon, foi mais longe ao dizer que não só as palavras estavam corretas, mas “cada letra foi dada [a Smith] pelo dom e poder de Deus”. Porém, na verdade, o Livro de Mórmon teve que ser corrigido diversas vezes para compensar a precária ortografia e gramática de Smith. O Livro de Mórmon também está cheio de outros erros. Por exemplo, “Benjamim” foi trocado por “Mosias” quando líderes mórmons perceberam que na cronologia do Livro de Mórmon o rei Benjamim já havia morrido — portanto, ele dificilmente seria recrutado para “interpretar” os registros em Mosias 21.28. Talvez a maior falha na credibilidade do Livro de Mórmon é que seções inteiras derivam diretamente da versão da Bíblia King James — apesar do fato de que, segundo a cronologia mórmon, o Livro de Mórmon antecede a versão King James em mais de mil anos.

Não é de admirar que os mórmons aceitem o Livro de Mórmon baseados em um “calor no peito” em vez de na história e em evidências.

“Maravilho-me de que tão depressa passásseis daquele que vos chamou à graça de Cristo para outro evangelho, o qual não é outro, mas há alguns que vos inquietam e querem transtornar o evangelho de Cristo. Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema. Assim como já vo-lo dissemos, agora de novo também vo-lo digo: se alguém vos anunciar outro evangelho além do que já recebestes, seja anátema” (Gálatas 1.6-9).

Pr. Hank Hanegraaff

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